who is alive, always appears;

Deslizei uma das minhas mãos pelo corrimão e tentei ver algo, porém, a única coisa que pude ver foi a sala vazia. Desci em passos lentos as escadas e, assim que pus os pés no primeiro degrau, senti alguém segurar em meu pulso e me levar às pressas novamente para o andar de cima. Entrou comigo em um quarto e fechou rapidamente a porta. Era Drew.

— Ligou para o Justin? – perguntou ofegante abrindo uma fresta da porta.

— Liguei. Ele já deve estar chegando. – respondi tentando não olhar para o moreno. O que aconteceu entre nós alguns minutos atrás foi tão estranho...

Drew contraiu a mandíbula e levantou a arma, colocando-a em sua frente. Ele olhava atentamente pela fresta, para ver se conseguia ver algo ou alguém. Mordi meu lábio inferior de forma apreensiva e me sentei na beira da cama, onde logo comecei a balançar minhas pernas como forma de inquietação.

— Fica aqui. Eu vou dar mais uma olhada lá embaixo. – quebrou o silêncio enquanto abria a porta. Corri rapidamente em sua direção e, antes que ele pudesse sair do quarto, segurei em seu braço o fazendo olhar para mim.

— Não. Fica aqui. – meu tom foi baixo. Engoli em seco e, antes que ele pudesse falar algo, pude escutar dois disparos vindos do andar de baixo.

— Fica. – foi ríspido.

— Não, eu vou com você! – fui atrás dele e descemos. Quando chegamos à sala, vi Justin e Vinnie atirando em algo que não deu exatamente para ver o que era. — Justin! – o chamei enquanto corria em sua direção, logo o abraçando.

— Hanna, você tá bem?

— Sim. – o mais velho fez cafuné em minha cabeça e beijou o topo da minha cabeça.

— Drew, você conseguiu ver quem era? – se afastou de mim e foi em direção ao garoto.

— Não, mas sei que era mais de um. Provavelmente não era Emily. – o moreno olhou para mim assim que disse o nome da garota. Apenas encarei o chão e respirei fundo.

— De qualquer modo, não podemos deixar a Hanna sozinha. Não importa o que aconteça, não a deixe sozinha. – Justin apontou para Drew autoritariamente.

— Tudo bem. – assentiu sem expressão alguma.

Assim que Drew respondeu Justin, um enorme estrondo pôde ser escutado no andar de cima e os meninos se entreolharam confusos. Justin fez um sinal para que todos subissem já prontos e eu fui logo atrás de todos. Assim que chegamos ao andar de cima, cada um foi para um quarto ver se tinha alguém enquanto eu fiquei no corredor.

— Puta que pariu! – Vinnie exclamou saindo do seu quarto.

— O que houve? – Justin perguntou enquanto saia do outro quarto com Drew que vinha logo atrás.

— Quebraram a janela do meu quarto. Eu mato esses filhos da puta! – colocou as mãos em sua cintura.

— Cara, foi mal. – Drew segurou o riso.

— Fica no quarto do Zayn enquanto o vidro é consertado. – Justin disse sem nenhuma expressão. — Preciso que vocês cuidem das mercadorias do Jeremy. Enquanto isso, Hanna e eu vamos sair para comprar uma coisa. – os meninos assentiram e desceram as escadas rapidamente.

— O que vamos comprar?

— Precisamos de armas novas. – sorri sem mostrar os dentes e fui para o quarto trocar apenas o short.

Vesti uma calça jeans preta, um coturno e uma jaqueta de couro da mesma cor da calça. Depois de trocar de roupa, Justin e eu saímos de casa e entramos em seu carro, não demorando para ir onde o loiro sempre comprava suas mercadorias e armas.

Assim que chegamos ao local, um monte de garotas olharam para Justin com olhares maliciosos e sorrisos perversos nos lábios.

— Justin, meu amor. – uma delas o abraçou. A empurrei fortemente para longe dele e, por algum motivo, o loiro riu.

— Querida, ele não é o seu amor, muito menos de ninguém daqui, escutou? Ele é o meu marido. – coloquei o meu dedo indicador em seu rosto e ela apenas me encarou seriamente de cima a baixo.

— Okay Hanna, já chega. – Justin me puxou pelo braço.

— O que foi? Tenho que proteger o que é meu. – franzi o cenho.

— Você fica tão fofa quando tem ciúmes. – olhou para mim e sorriu enquanto fazia carinho em meu rosto.

— Se você não quer que eu tenha um ataque agora mesmo, fique longe delas. – retirei suas mãos do meu rosto e me aproximei de um cara alto que parecia ser o segurança do local.

— Quero falar com o Brian. – meu marido disse rispidamente logo atrás de mim.

— E quem deseja falar com ele? – o homem perguntou no mesmo tom, me encarando de uma forma que me deixou... Digamos que um pouco intimidada.

— Justin Bieber. – segurei fortemente em sua mão e o homem olhou para nós com um sorriso perverso nos lábios. Deu passagem para nós passarmos e entrarmos em um corredor estreito, logo chegando em uma sala que tinha um forte cheiro de maconha e várias garotas seminuas.

— Se você olhar para a bunda de alguma, eu te mato. – sussurrei no ouvido de Justin, fazendo com que ele desse uma risada rouca.

— Bieber! Há quanto tempo! Veio contratar um serviço de uma de minhas garotas? – um homem que aparentava ter a mesma idade de Justin, vinte e quatro, ruivo perguntou animado surgindo entre a fumaça.

— Dessa vez não. Vim comprar algumas armas novas. – Justin negou cruzando os braços.

— Ah sim. Não chegaram muitas novas. Os tiras vieram atrás de nós e só sobrou os calibres. Uma merda. – o ruivo fez uma cara de decepção.

— Melhor que nada. – disse baixo. Brian olhou para mim e sorriu.

— O seu pagamento será ela? Que ótimo pagamento Justin... – Justin contraiu a mandíbula e me colocou logo atrás dele.

— Não, Brian, ela é a minha esposa. Seu pagamento está no carro.

— Ah que pena Bieber, seria um ótimo negócio, mas... Tudo bem. Pegue quantas quiser e fechamos o negócio. – Brian sentou-se num sofá ao lado de duas garotas que começaram a alisar cada parte de seu corpo assim que se sentou.

Revirei os olhos e segui Justin que foi até uma portinha aberta, revelando duas paredes cheias de diversas armas e uma mesa com calibres e pistolas.

— Acho que só cinco está bom, não é? – Justin perguntou enquanto pegava uma arma e destrava a mesma para ver se estava boa.

— Pra que cinco? – fiz uma careta com tamanho exagero.

— Uma para você, Drew, Vinnie, eu e outra reserva. Nunca se sabe. – olhou para mim dando de ombros.

— Sério que você vai me deixar usar uma arma? Você nunca deixou. – mesmo que eu tivesse usado algumas vezes uma arma, Justin nunca foi a favor. Ele sempre dizia que era melhor ele me proteger e etc.

— Não. Pensando bem, seria melhor se você fosse para a casa da Pattie.

— Sério que você prefere deixar a vida da sua mãe e seus irmãos em risco só para eu não ter que usar uma arma? Não acredito nisso, Justin! Você está sendo um babaca. – revirei os olhos enquanto cruzava os braços.

— Eu não estou botando a vida deles em risco, para de ser dramática. Acredite, lá é mais seguro do que em casa. – também revirou os olhos.

— Não Justin, não é. Eles conseguiram invadir nossa casa que estava cheio de seguranças, obviamente podem invadir a casa da Pattie. Caso você tenha se esquecido, lá não tem seguranças.

— Hanna, não vamos brigar aqui... – pegou as armas que levaria e bufou.

— Não estamos brigando, estamos apenas discutindo o quão idiota você é.

— Deixa de ser infantil! – exclamou franzindo o cenho.

— Como é que é? – o puxei pelo braço e o prendi contra a parede, encarando-o em seus olhos. Não admito que Justin me chame de infantil.

— Quer que eu feche a porta, Hanna? – foi provocativo, intercalando seu olhar dos meus olhos para a minha boca. Soltei-o na mesma hora e saí do local, voltando para a sala onde estava Brian fumando mais um rolo de maconha.

— E então? Escolheram? – perguntou se levantando do sofá.

— Sim, vamos levar essas cinco. – Brian sorriu e passou seu dedo polegar entre seu lábio inferior.— Foi bom negociar com você, Bieber.

Depois de ter pagado Brian com seiscentos dólares pelas armas, finalmente chegamos em casa.

— Eu queria que o dia já estivesse acabando. – Justin bufou se jogando no sofá.

— Veja pelo lado bom, o pior já passou e agora podemos ficar juntos um pouco. – tirei a jaqueta e a joguei em cima do sofá.

— O que você quer dizer?

— Os meninos só chegam a noite e ainda é dia. O que acha? – sentei em seu colo e lhe dei um selinho.

— Não sei não Hanna... Sempre tem alguém para atrapalhar. – desviou o olhar.

— As empregadas estão de férias, os meninos trabalhando e Jaxon e Jazmyn estão com a sua mãe. Não tem ninguém para nos atrapalhar.

— Hanna, eu já disse que não. – colocou-me ao seu lado e se levantou do sofá. Prendi suas pernas o impedindo de andar e tirei minha regata ficando apenas de calça e sutiã.

— Por favor. – o fiz sentar-se novamente no sofá e comecei a dar beijos em sua nuca.

— Você sabe que eu odeio quando me provoca. – riu com uma voz rouca. Dei uma risada e retirei sua camisa. Justin se virou para mim e me deitou no sofá, abrindo logo meu sutiã.

— Vamos logo ao ponto então, meu amor. – sorriu selando nossos lábios.

Seus toques estavam mais intensos e parecia que Justin não transava há séculos, sendo que faziam apenas meses. Apoiei meu rosto sobre seu peitoral enquanto ele dava estocadas cada vez mais fortes. Minha boca estava aberta em um perfeito "O" e meus gemidos ficavam cada vez mais altos e estridentes.

— Justin... – falei seu nome em meio a gemidos. O loiro segurou em minha cintura, deu um gemido baixo e selou nossos lábios em um beijo deixando-me sem ar. Deu mais algumas estocadas logo chegando ao seu ápice. Gemi alto fincando minhas unhas em seu peitoral.

— Te amo, meu bebê. – sussurrou em meu ouvido retirando o cabelo do meu rosto. Deu um beijo em minha testa e envolveu seus braços sobre meu corpo.

— Admito que senti falta. – murmurei o fazendo rir. Ficamos mais um pouco deitados no sofá enquanto Justin fazia cafuné em minha cabeça, até que finalmente resolvi me levantar.

— Preciso preparar o almoço. – disse enquanto vestia minha roupa.

— Almoço? Hanna, eu acabei de almoçar...

— Idiota. Daqui a pouco os meninos chegam e vão chegar mortos de fome. – ri olhando para Justin que vestia sua camisa.

— Isso é verdade, porém você não sabe cozinhar. – retrucou ao terminar de colocar sua calça e eu semicerrei meus olhos. O mais velho riu ao ver que eu havia ficado ofendida e passou por mim, indo para a cozinha.

— Como assim eu não sei cozinhar? – o segui e me apoiei sobre a bancada, olhando o meu marido pegar uma fatia de pizza do dia anterior que estava na geladeira.

— Da última vez que você cozinhou, você quase explodiu a casa por ter deixado o gás ligado... – revirou os olhos e pegou algumas calabresas da pizza para comê-las..

— Tudo bem, eu me esqueci. Mas só por isso eu cozinho mal?

— Ah não! Teve também uma vez que você disse que a gente estava comendo muita gordura e você resolveu preparar um peixe cozido. – falou com a boca cheia.

— Claro! Só o que tinha era frango frito, batata frita, hambúrguer e essas coisas.

— Tudo bem, você tem razão. Mas poderia ter, pelo menos, visto se o peixe estava estragado e ficar de olho no arroz? Você acabou fazendo a gente passar mal por uma semana. – fez careta.

— Foi um erro meu... – desviei o olhar timidamente.

— E um trauma para todos nós... – murmurou. Dei uma leve empurrada em Justin o fazendo rir.

— Chegamos! – escutei a porta abrir e as vozes de Vinnie e Drew.

— Aí Justin, o que você faria se nós trouxéssemos alguém que você não vê há tempos para cá? – Vinnie perguntou entrando na cozinha.

— Depende da pessoa. Por quê? – guardou a pizza na geladeira e olhou para o garoto..

— Antes de dar chilique, eu não tenho nada a ver com isso. – Drew saiu entrando na cozinha e logo se sentou na mesa. Eu não estava gostando daquilo...

— Oi meninos! – uma voz que me fez dar nos nervos ecoou pela cozinha. Meu sangue ferveu na hora ao olhar para a criatura abraçada a Vincent.

— O que Diabos vocês têm na cabeça de trazer essa vadia para cá? – não pude me conter.

— Prazer em te ver também... Hanna. – Faith me encarou de cima a baixo com desdém.

— Nós estávamos vendo as mercadorias do Jeremy quando ela chegou com o Dominic. Nós conversamos e a chamamos para almoçar conosco. Achei que não se incomodaria... – Vinnie encolheu os ombros, afundando suas mãos no bolso de sua calça.

— Nós não, você. Eu disse que não seria uma boa ideia. – Drew se defendeu e Vinnie o fuzilou com o olhar.

— E disse certo Drew. Não foi uma boa ideia. – cruzei os braços e olhei para Faith que tinha um sorriso cínico nos lábios.

A garota não tinha mais os cabelos longos e castanhos, e sim curto e loiro. Ela estava com um vestido simples e curto, onde era possível ver que ela estava com várias marcas roxas pelo corpo.

— Hanna, isso são águas passadas. Agora você é a minha esposa e Faith está com o Dominic. Não tem com o que se preocupar. – Justin se aproximou de mim.

— Vocês estão juntos? – a loira perguntou incrédula com uma voz esganiçada.

— Sim meu amor. Você achou mesmo que ele ficaria com putas feito você? Que só se interessam pelo dinheiro e aceitam ser espancadas por qualquer vagabundo? – dei um passo para frente e Justin me segurou para que eu não fizesse algo.

— Você não sabe do que está falando... – murmurou negando com a cabeça.

— Não sei? É só olhar para essas marcas em você. Você é tão idiota assim? – ri sem humor e Faith fechou os punhos.

— Eu disse que você não sabe de nada! – exclamou com fúria.

— Ei meninas, vamos parar... Eu só quero comer em paz e sem brigas, por favor. – Vinnie interveio ficando entre nós duas.

— Vinnie, sai da frente! – a loira exclamou autoritária empurrando o garoto para o lado.

— Você acha realmente que eu vou brigar com você? – ri revirando os olhos.

— Você tinha razão quando disse que Justin não ficaria com nenhuma puta feito eu. Ele prefere as pobres coitadas como você, que se fingem de duronas quando, na verdade, não são merda alguma. – levantou o queixo, na intenção de se sentir superior a mim. Fechei meus punhos com força e contraí meu maxilar.

— Como você disse: você não sabe de nada. – falei entre dentes.

— Ah, eu sei. Como eu sei. – riu. — Eu sei tanto que sei que você quase beijou o melhor amigo do seu esposo. Além de coitada, ainda é infiel.

Naquela hora, eu não pude me conter e acabei avançando em cima da garota. Dei um tapa certeiro em seu rosto e Faith gritou. Um silêncio pairou sobre o local enquanto os garotos olhavam perplexos para mim. A loira colocou a mão sobre o local do tapa e virou lentamente o rosto para mim.

— Sua vadia... Eu vou acabar com você! – exclamou com fúria antes de me jogar contra Drew, que me segurou para que eu não caísse no chão.

Olhei para Faith que sorria e grunhi logo correndo em sua direção. A mais velha correu para a sala e eu fui logo atrás, a puxando pelo cabelo. Empurrei-a bruscamente contra o chão fazendo com que ela batesse seu nariz na mesa de centro. Faith se levantou para me dar um tapa, mas Justin e Vincent chegaram às pressas para encerrar nossa briga.

— Já chega! – Justin me colocou sobre seu ombro e Vinnie segurou Faith por trás, enquanto ela tampava com as mãos seu nariz que sangrava. — Vinnie, a leve lá para cima. E você, mocinha, por acaso ficou louca? – o mais velho perguntou ao me colocar no sofá. Apenas cruzei os braços e olhei com fúria na direção de Faith, que subia as escadas com Hacker. — Você por acaso quer matar o nosso filho? Você tem sérios problemas por ter começado uma briga... – negou com a cabeça enquanto cruzava os braços.

— Ela que começou! – ameacei me levantar do sofá, mas, ao ver que Justin havia me repreendido com o olhar, permaneci sentada. — Eu apenas terminei...

— Isso agora pouco importa. O que eu quero saber agora é o que a Faith quis dizer de você quase beijar um amigo meu. Isso é verdade? – arregalei os olhos, mas logo desviei o olhar.

— Justin... Eu não quero falar sobre isso... – murmurei.

Como eu já disse, entre Drew e eu não aconteceu nada, mas também não via importância em contar para Justin. Drew era como um irmão para mim, sem contar que adorava a amizade dele com o meu marido, e não seria uma vadia qualquer que acabaria com a minha família.

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