what is love?

JUSTIN BIEBER

Confuso. Era assim que eu estava depois do que Faith havia falado sobre Hanna. Eu não sabia direito o que pensar, como agir; ainda tentava processar tudo em minha mente e, para ser sincero, eu não queria criar uma intriga. Eu não queria discutir com Hanna, já tínhamos problemas demais.

— Tudo bem, não vou insistir. – descruzei os braços e a mais nova franziu o cenho confusa.

— Como é? Está falando sério?

— Sim. Eu confio em você. – a encarei fixamente. — Eu... Vou ver como a Faith está. – desviei o olhar e logo a deixei sozinha, indo para o andar de cima.

Ao subir as escadas, dei de cara com Vinnie que estava encostado na parede do corredor, segurando uma bolsa de gelo. Ele parecia preocupado e, assim que me viu, levantou-se rapidamente e veio em minha direção.

— Cara, mil desculpas. Eu não queria causar toda essa confusão... – o loiro desculpou-se agitado.

— Calma cara. – coloquei minha destra a sua frente. — A culpa não foi sua. Relaxa. – sorri de canto.

— Eu... Acho melhor você ir lá falar com ela. – mordeu os lábios dando uma breve olhada para a porta de seu quarto.

Suspirei pesado antes de pegar a bolsa de gelo de suas mãos. E, enquanto Vinnie desceu as escadas, eu fui até o seu quarto, dando de cara com Faith sentada em sua cama, segurando um pano para cessar o sangue que ainda saia de seu nariz.

— Está melhor? – chamei sua atenção e ela riu sem humor.

— Defina melhor. Por culpa da sua esposa, terei que fazer outra plástica no nariz. – sua voz saiu anasalada e eu ri fraco.

— Toma. O gelo será melhor que o pano. – sentei-me ao seu lado e entreguei a compressa para ela. A loira pegou o objeto sem me encarar e o colocou a altura de seu nariz, apoiando sua cabeça na parede.

— Como você pôde ser capaz de engravidar aquela garota? – me encarou de canto de olho. Revirei os olhos.

— Eu sou capaz de engravidar qualquer mulher. Não sou capado. – agora foi a sua vez de revirar os olhos.

— É sério Justin, isso não tem graça.

— Eu não disse isso para ser engraçado. – dei de ombros.

— Você não fazia isso, Justin. Você não engravidava as garotas que ficava...

— Olha... Eu não sou capaz, como engravidei. Satisfeita agora? – a encarei fixamente nos olhos e ela desviou o olhar.

— Por que não comigo? Eu estava com você desde o começo, até 'aquelazinha chegar e me proibir de continuar morando aqui. Justin, por culpa dela eu fui obrigada a ficar com o Dominic e você sabe muito bem o que ele faz com as suas acompanhantes... – olhei para as diversas manchas em seu corpo e abaixei a cabeça.

Domenic era um colega meu de trabalho que sempre teve vontade de ficar com Faith. Depois que Hanna a mandou embora, ele não hesitou em chamá-la para morar em sua casa e, claro, Faith aceitou. Porém Dom é possessivo e gosta de "marcar território". Agora a garota tinha diversas marcas para todos saberem que ela já pertencia a alguém. Eu nunca fui a favor disso, ‒ ninguém é dono de ninguém ‒ mas Faith sabia que Domenic era abusivo com as garotas que ele se relacionava e, mesmo assim, foi decisão dela.

— Eu não quero que a mãe do meu filho seja uma puta interesseira... Não é você que eu amo. – a encarei novamente.

— Eu sei que não, mas você podia ter tentado... – ri sem humor.

— Não é preciso Faith. Agora eu estou casado e com a mulher que amo de verdade. Eu não preciso tentar algo que eu sei que não teria futuro.

— Ela ainda é uma pirralha e você sabe disso.

— Não é não. Você sabe que a Hanna é mais madura que você, sempre soube. Por isso você não gosta dela, porque ela é tudo o que você queria ser. – Faith fechou os punhos irritado e levantou-se da cama.

— Sabe Justin? Você é um tolinho. – riu fraco e eu contraí a mandíbula. — Me lembro como se fosse hoje do dia em que ela apareceu na porta dessa casa e era apenas um trabalho seu. As coisas mudam Justin, menos você. A quem você está tentando enganar Bieber? Todos nós sabemos que o amor morreu pra você a partir do momento em que a doce Violet morreu. Admite: você nunca soube o que é amar. – fechei meus punhos com força e semicerrei meus olhos. Eu não sentia mais pena de Faith, eu agora sentia raiva dela.

— Faith... Se você não quiser fazer outra plástica em outro lugar, é melhor ficar quieta. – a loira riu ainda com a compressa na altura de seu nariz.

— Justin, por favor... – levantei-me rapidamente e, antes que ela se desse conta, a puxei fortemente em seus pulsos. A loira me encarou assustada, abaixando a compressa.

— Só porque eu não fiquei com você, não quer dizer que eu não ame. Aprenda uma coisa: você era apenas minha vadia e Hanna é e sempre será minha mulher.

— Me solta! – Faith deu um tranco em seu braço e saiu do quarto, esbarrando em Hanna, que olhou confusa para a garota.

— Está tudo bem? – a loira perguntou confusa olhando para mim.

— Hanna... O que é o amor? – ignorei sua pergunta e a mais nova riu confusa.

— Amor é o que eu sinto por você, ué. – se aproximou de mim e alisou meu braço esquerdo.

— O meu amor é suficiente para você?

— Justin... Do que você está falando? – perguntou num tom preocupado colocando as mãos em meus braços.

— Eu só quero ter certeza que sou o melhor pra você. – mordi os lábios.

A única coisa que vinha em minha mente agora era o que Faith havia me dito. Será que era verdade? Será que existe uma maneira única para demonstrar que você ama uma pessoa? Amor não é um sentimento intenso que te faz ficar com vontade de passar o resto da vida com a pessoa amada? Se amor não é isso, eu realmente não sei o que é amar alguém.

— E você é. Você é o motivo da minha felicidade toda vez que acordo ao seu lado. É você o cara que eu quero passar cada minuto da minha vida e é você que eu tenho toda certeza do mundo que amará outra pessoinha, assim como me ama. – guiou minhas mãos até sua barriga ainda pequena. Meus lábios se comprimiram e encarei Hanna que me olhava sorridente. O sorriso que deixava minhas manhãs melhores. Sorri de canto e ela riu fazendo carinho em meu rosto.

— O casal me desculpe, mas... A Nessa acabou de chegar e, se vocês me dão licença, quero ficar a sós com ela no meu quarto. – Vinnie limpou a garganta chamando a nossa atenção.

— Ah, claro, desculpa. – ri junto com Hanna e saímos do quarto, cumprimentado Nessa que estava no corredor apenas esperando que saíssemos.

Descemos as escadas e fomos até a sala, onde Drew parecia incomodado com Faith, que estava ao seu lado terminando de fazer um curativo em seu nariz.

— A galinha já ciscou muito por aqui, não acha? Tá na hora de voltar pro galinheiro. – Hanna olhou para a garota que terminava de colocar um esparadrapo em seu nariz.

— Que tal você ir comigo para visitar as amigas? – Faith retrucou olhando para Hanna.

— Não querida, não frequento o mesmo local que você. Felizmente eu consegui dar um fim na outra galinha. Você quer que eu faça o mesmo com você? – Faith nada disse, apenas bufou enquanto se levantava.

— Eu... Acompanho você até a porta. – Drew disse enquanto se levantava.

— Não precisa. – a loira olhou para trás. — Eu sei o caminho. – passou por Hanna, dando um esbarrão nela e, não demorou muito, para que fosse embora.

— Finalmente! – Starkey exclamou aliviado e nós rimos.

— Agora que ela já foi, arruma essa mesa que tá uma sujeira. Não quero nenhum sangue dela aqui. – Hanna ordenou cruzando os braços.

— Seu pedido é uma ordem. – o loiro fez uma reverência e beijou a bochecha da garota, antes de ir até a despensa para pegar o material de limpeza. Encarei Hanna que sorriu de canto e, por algum motivo, me senti um pouco desconfortável com aquilo.

Já eram quase dez da noite e todos já estavam mortos de cansaço. Vinnie e Nessa não saíram do quarto nem para jantar; Drew subiu para o quarto assim que acabou de jantar e Hanna já estava na cama, pois havia sentido enjoos.

Subi as escadas indo direto para meu quarto, onde logo vi Hanna dormindo pesado. Retirei minha camisa e, com cuidado, deitei-me ao seu lado, puxando um pouco do edredom que a cobria. A mais nova virou para o meu lado e esticou seu braço em minha direção. Ao me sentir, apoiou sua cabeça em meu braço e eu beijei o topo de sua cabeça, logo fazendo cafuné. Sim, eu a amava mais que tudo e daria a vida por aquela mulher, ou melhor, minha esposa.

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