finally, we are all together;
— Se você não me deixar sair, eu vou gritar. – falei ofegante dando passos para trás.
— Calma, eu não vou fazer nada com você. – Drew fez uma careta.
— Então... Por que me beijou?
— Ah, o beijo? Não foi nada. – riu sem graça.— Esquece isso, eu preciso te contar algo muito importante. – limpou a garganta e colocou suas mãos no bolso de seu moletom.
— Se é importante você não deveria contar ao Justin também? – cruzei os braços e arqueei uma de minhas sobrancelhas. O loiro olhou para o lado e mordeu seu lábio inferior.
— Eu não quero vê-lo agora. Ontem à noite, quando ele chegou em casa, tivemos uma pequena discussão. – voltou seu olhar para mim.
— Eu sei. Ele me contou... – olhei para o chão.
— Escuta Hanna, o que eu contarei agora é muito importante e, se alguém descobrir, eu estou ferrado. Então, tome bastante cuidado com quem você fala e onde você falará.
— E... O que é?
— Shiu! As paredes têm ouvidos. – sussurrou olhando para os lados.
JUSTIN BIEBER
Assim que cheguei ao quarto, estranhei por Hanna não se encontrar no mesmo ou no banheiro. Troquei minha roupa e me deitei na cama logo pegando meu celular para acessar minhas redes sociais.
— Justin? – olhei em direção a porta e vi Hanna entrar correndo.
— O que houve? – sentei-me na cama e cobri meu corpo com o lençol, pois estava apenas de boxer.
— Eu preciso te contar algo e, vai por mim, é muito sério.
— O que é?
— Shiu! As paredes têm ouvidos. – sussurrou com os lábios próximos aos meus e eu engoli em seco.
No dia seguinte, às sete da manhã, todos na casa já se encontravam de pé. Havíamos passado o dia nos organizando para a noite. E, na hora marcada, já estávamos todos prontos.
— Hoje será uma noite cheia. Estão todos prontos? – apoiei minhas mãos na mesa de vidro da cozinha. Hanna e Vincent assentiram seriamente.
— Onde está o Drew? – Vinnie perguntou arrumando seu cordão. Olhei para Hanna e ela mordeu seu lábio inferior.
— Ele teve um trabalho de última hora e não pôde vir. – Hanna respondeu com a mandíbula travada.
— Trabalho de última hora? Mas o Drew sempre trabalhou conosco. – o loiro pareceu desconfiado.
— Sim, mas, dessa vez, ele teve que ir sozinho. – abri um enorme papel cheio de nomes, fotos e mapas para que eles focassem ali. — Aqui. Nós temos três alvos. – fiz um círculo em três locais com uma caneta vermelha. — Primeiro alvo: Emily. Pelo que eu vi ontem, ela ainda está trabalhando naquela boate e hoje será dia de show. Adivinhem quem será a apresentação especial? – encarei os dois que sorriram ao entenderem o que eu quis dizer.
— E quem pegará ela? – Vinnie perguntou.
— Eu. – Hanna levantou sua mão. Assenti com a cabeça e voltei minha concentração para o papel.
— Segundo alvo: Shawn. Ultimamente, ele não está fazendo nada e mora numa pensão perto de um bar bastante frequentado por nós. – marquei um círculo no endereço onde se encontrava o bar em que frequentamos. — Vinnie, você cuidará dele. – o garoto assentiu.
— Essa será fácil. – Hacker riu.
— E, por último: o homem de preto. – apontei com a ponta da caneta para a foto de um cara todo de preto que Vinnie havia conseguido tirar quando havia ido me tirar daquela prisão. — Como eu trabalho com nomes, e essa pessoa é extremamente importante, quero que vejam o dono de toda essa confusão. – joguei um envelope em cima da mesa. Meu melhor amigo o pegou e abriu. Seus olhos se arregalaram assim que viram as fotos que continham ali dentro..
— Você está brincando que é o... – Vincent começou a falar, mas eu o interrompi.
— Sim, é o Zayn. – cruzei os braços. — Parece que ele está realmente levando a sério aquele lance de vingança.
— O que você vai fazer com ele? – Hanna perguntou.
— O mesmo que todos vocês farão. O levarei para o galpão abandonado, onde tudo começou. – os encarei friamente e os dois permaneceram estáticos. — Boa sorte para vocês dois. Nós nos vemos no galpão abandonado. – encerrei e todos nós nos dirigimos para a sala onde se encontravam diversas armas junto com caixas e mais caixas de munições.
Cada um pegou uma bolsa e colocou várias caixas de munições e armas, das grandes para as mais simples. Saímos de casa e cada um foi para o seu carro colocar a bolsa no porta-malas.
— Ei, Hanna! – a chamei antes de ir para o meu carro. — Você vai ficar bem? – segurei em sua mão. A mais nova olhou para a mesma que estava entrelaçada à minha e suspirou.
— Sim. – me deu um rápido selinho e soltou nossas mãos, não demorando a entrar em seu carro. Entrei no meu e fiz um sinal para que todos dessem a partida.
Murmurei um "boa sorte" olhando pelo retrovisor, onde era possível ver o carro de Vinnie logo atrás de mim. O loiro assentiu como se tivesse entendido o que eu havia dito e, logo, a única coisa que foi possível ouvir foi o barulho dos motores.
Demos a partida e seguimos cada um para um lugar diferente. Essa noite, Zayn e os outros iriam se ferrar. E para ter minha vitória merecida, eu iria até o inferno.
HANNA BIEBER
Assim que cheguei à frente da boate em que Emily se apresentaria, peguei a calibre que se encontrava no banco do carona e a escondi em minha cintura. Saí de dentro do carro e entrei na boate. Imediatamente, as luzes coloridas invadiram minha visão e a batida da música fazia o meu corpo estremecer.
Fui até o bar que ali havia e me sentei no banco perto do balcão. Pedi uma garrafa de uma cerveja qualquer e olhei para o palco em que várias pessoas já se aglomeravam para ver o grande espetáculo.
— Licença, hoje terá apresentação? – perguntei para o barman.
— Sim. E a principal será a famosa Red Bunny. – o homem sorriu. Olhei para o palco e, num segundo, a música parou e as luzes também.
As cortinas do palco se abriram e luzes vermelhas e roxas preencheram toda a boate. Uma música sexy começou a tocar e dançarinas segurando cadeiras pretas chegaram ao palco. Elas se sentaram e uma garota ruiva de cabelo preso e um vestido curto com decote em V brilhante, surgiu no meio do palco. Todos aplaudiram e a dança começou. Era Emily.
Sorri de canto e caminhei até uma porta. Entrei no local e me encontrei em um lugar apertado com vários espelhos e roupas espalhadas. Era o camarim. Troquei de roupa e coloquei um salto. A maquiagem que eu usava não precisava ser retocada, muito menos trocada. Peguei meu celular e enviei uma mensagem para Arón, um amigo de Justin que me ajudaria naquela missão, e, assim que a mensagem foi visualizada, a música e as luzes pararam. Abri um pouco da cortina que dividia o camarim do palco e vi que as garotas pareciam confusas por aquilo ter acontecido. Emily não era diferente.
De repente, uma música completamente diferente começou a tocar e as luzes vermelhas começaram a piscar. Coloquei uma máscara e subi ao palco fazendo todos irem ao delírio. Emily me olhou com uma expressão de raiva e me puxou fortemente pelo braço. As outras dançarinas não entendiam o que estava acontecendo, mas criaram uma coreografia para a música que tocava para que ninguém percebesse que havia algo de errado ali.
— Quem é você? Está estragando o show! – a ruiva perguntou com fúria.
— Não me reconhece mais? – ri. — Sou eu, a garota que você tirou o filho. – o sorriso em meu rosto se desfez e Emily soltou meu braço com os olhos arregalados.
— Hanna? – deu um passo para trás.
— Isso mesmo, vadia. – Emily riu sem humor.
— O que pretende fazer comigo? Por acaso irá me matar na frente de todos? Seja mais esperta, Bieber. – mexeu em seu cabelo que estava preso em um rabo de cavalo.
— Eu não sou tão estúpida assim. – sorri e todas as luzes desligaram novamente. Puxei Emily pelo braço e saímos do palco indo para o camarim. Peguei minha arma que estava misturada entre minhas roupas e, rapidamente, mirei em sua direção.
— Ai meu deus! Sério mesmo? Você acha mesmo que eles não vão escutar o barulho do disparo? – cruzou os braços.
— E quem disse que eu vou atirar?
— Então... O que você vai fazer? – olhei para trás vendo Arón entrar no local. Antes que Emily pudesse se virar, Piper lhe deu um mata-leão e a ruiva caiu no chão.
— Obrigada, Arón. Você me ajudou bastante. – agradeci jogando a máscara que cobria meu rosto no chão.
— Não precisa agradecer. – sorriu. — Agora, precisamos ir logo, senão todos vão começar a perceber que isso não faz parte da apresentação. – o moreno pegou rapidamente Emily no colo.
Saímos pela porta dos fundos e, antes que eu fechasse a porta por completo, acionei o botão de emergência que se encontrava ali. Corri para o carro e, enquanto Arón amarrava Emily para colocá-la no banco do passageiro, ajeitei o vestido que usava. Aquele vestido curto e apertado, o decote enorme que havia e aqueles saltos brilhantes estavam realmente me incomodando.
— Mais uma vez tenho que te agradecer Arón. Se não fosse por você, eu não sei se conseguiria pegar Emily tão rápido assim. – agradeci novamente abrindo a porta do carro.
— Eu já disse que não precisa agradecer. – sorriu arregaçando as mangas de seu moletom, mostrando as pequenas tatuagens que havia em seu braço direito. — Ei Hanna, quando precisar é só ligar e mande notícias suas e de Justin. – falou antes de sumir por um beco escuro. Entrei no carro e dei a partida, indo direto para o galpão abandonado. Só espero que eu não seja a primeira a chegar lá.
Assim que cheguei ao galpão, desejei mentalmente que Arón estivesse ali para me ajudar a levar Emily para dentro do local. Ela era mais pesada do que eu imaginava.
Com um pouco de dificuldade, finalmente consegui chegar ao local marcado com Emily. A coloquei sentada em um chão e, não demorou muito para que Vinnie chegasse com Shawn. O garoto estava com seus pulsos amarrados com um pano e uma fita cobria sua boca, e Vinnie o empurrava para que ele andasse.
— Onde está o Justin? – empurrou fortemente Shawn fazendo com que ele caísse ao lado de Emily, que ainda estava desacordada.
— Não sei. Vou ligar para ele. – peguei meu celular. Disquei o número de Justin, mas apenas deu na caixa postal. — Está dando na caixa postal. – disse e, assim que encerrei a ligação, pude ouvir um barulho de tiro do outro lado do galpão.
— Você... Escutou isso?
— Não Vincent, eu sou surda. – revirei os olhos. — Vamos logo ver de onde veio. – o puxei pelo braço.
Corremos em direção ao local de onde havia ocorrido o disparo e, assim que nos aproximamos do local, pudemos escutar passos e barulhos de coisas caindo como se algo estivesse sendo jogado contra os objetos. Entramos no local e vimos Justin e Zayn. Justin olhava Zayn com fúria enquanto o segurava pelo colarinho de sua camisa. Malik estava com um olho inchado e sua boca sangrava, mas havia um sorriso debochado preenchido em seus lábios.
— Justin, não faça isso! – corri em sua direção o puxando para trás, fazendo com que ele soltasse Zayn, que caiu no chão.
— Cara, não se altera desse jeito. – Vinnie segurou Justin por trás para que o loiro não se soltasse e partisse novamente para cima do garoto. Ele limpou o sangue de sua boca e levantou-se do chão.
— Que bom que vocês chegaram. A festa já estava ficando chata... – Zayn bocejou ironicamente.
— O que você quer dizer? – franzi o cenho.
— Finalmente, estamos todos aqui. – sorriu. — Vocês acham mesmo que eu não sabia desse plano idiota de vocês? Eu sempre estive um passo à frente. – olhamos para o lado e vimos Drew trazer Michael para onde estávamos.
— Pai? – arregalei os olhos ao ver que ele estava acorrentado.
— Mais que porra tá acontecendo aqui? – Vinnie indagou num murmúrio. Realmente, estávamos todos juntos.
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