Capítulo 47 - Big Bang
Neco e Dunga já adentravam o portão do quintal, ansiosos por saber o que Lisa tinha conseguido de Dione. Pararam diante à porta de entrada e com um sorriso sarcástico no rosto, Neco falou...
__ Bem meu grande amigo, o momento chegou. Arrombe essa maldita porta e acabe com aquele desgraçado, sem dó nem piedade! - o ódio estampado nos olhos. Essa brincadeira já tinha ido longe demais. Dunga se afastou para trás tomando distância, correu em direção à porta e a arrombou com um encontrão de seu ombro contra a madeira rígida que nem sequer, prestou resistência. A violência com que a fechadura foi rompida fez a porta bater com força contra a parede e causar um som estrondoso no ambiente. Ele continuou a correr como um touro desgovernado até o centro da cozinha até interromper os passos. O ambiente estava vazio e como seu instinto selvagem estava aflorado ao máximo, virou a mesa da cozinha de pernas para o ar com violência, derrubando o que estava sobre ela à procura do seu possível inimigo.
Neco entrou em seguida, os grunhidos de Dunga por não encontrar nada, denunciavam que precisava ser cuidadoso. Com uma arma em punho, mirava o ambiente à sua frente espreitando qualquer movimento. Percebeu as janelas fechadas e o ambiente um tanto escuro. As luzes apagadas eram perfeitas camuflagens à sua caça. Dunga começou a resmungar e a fazer mesuras. Estava louco pra extravasar sua ira. Descontava em potes e utensílios a sua poderosa energia. Aumento a bagunça, repudiando a audição de Neco e denunciando a posição deles.
_Shiu... - Neco pediu silêncio. __ Lisa! Cadê você menina?! Espero que tenha cumprido com o combinado, não quero ter que lhe fazer mal por isso. Qual das duas opções que lhe dei você escolheu? O envenenou ou fez com que ele gozasse dentro de você? Se o matou, posso pegar a grana. Se transou com ele, posso lhe acusar de invasão privada e de estupro, e também pegar a grana. Lisa... - Neco fungou com o nariz, algo parecia queimar eu interior e questionou: __ Mas que cheiro é esse?! - Ao dar mais um passo rumo ao corredor, a luz automática acendeu. Ele olhou para ela acima de sua cabeça e disse:
__ Maldição! Corre Dunga é uma armadilha!
Neco voltou-se a saída e correu o máximo que pôde rumo a porta por onde entrou, enquanto Dunga ficou imóvel ainda tentando entender o que estava acontecendo. O gás de cozinha já havia tomado conta do ambiente, e quando entrou em contato com a faísca que o interruptor proporcionou ao acender a lâmpada, provocou uma grande e inevitável explosão. Neco saltou para fora e foi impulsionado pela pressão do impacto da explosão e pelas chamas azuis que o lançaram para longe, caindo no chão de bruços e rolando pelo asfalto. A casa foi para os ares numa enorme bola de fogo.
Um pouco distante dali, Lisa se erguia se virando para trás no banco do cadillac onde estava ao lado de Dione, e pode contemplar boquiaberta a grande explosão que iluminava o céu proveniente de sua casa. De onde estavam, não tinham a parcial completa da casa, mas sim a grande bola de fogo que subiu para os ares. Escutavam os alarmes dos carros próximos sendo acionados e a correria junto aos gritos dos curiosos que se formavam lá atrás.
Ela não sentiu um pingo de remorso. Nunca considerou aquele lugar como o seu lar. Olhar aquelas chamas era a mesma coisa que saber que tudo que viveu e sofreu ali agora viraria cinzas. Esperava sinceramente, que seu padrasto estivesse também no meio delas. Lisa voltou a se sentar e se virou para Dione sorrindo satisfeita. Dione até tentou manter uma postura fúnebre. Mas, soltou uma gargalhada que foi acompanhada pela garota que ria mais alto ainda. Estavam comemorando o plano perfeito que bolaram. Vazamentos de gás são frequentes. Não deixam vestígios e Lisa jamais seria culpada por isso. Pelo menos de momento, assim acreditavam. Deixaram o corpo de Plínio na casa, por sorte as evidências de como foi morto desapareceriam com as cinzas.
Em seguida, Dione segurou com uma das mãos o queixo da moça e a trouxe para um beijo. Enquanto se beijavam, a fumaça negra, subia para o alto atrás deles...
Momentos antes...
Dione jogou a mochila pro lado e foi sedento em direção a Lisa. A moça sorriu satisfeita por ter aceitado seu convite, com um desejo ardente. Ele empurrou tudo que estava sobre a mesa abrindo espaço, pegou a moça pela cintura e a sentou sobre ela. Encaixou-se por entre suas pernas e começou a beijá-la como um louco. Se fosse a última vez que provaria aquele mel, queria sentir com todo tesão do momento. O hóspede esquecia-se de tudo em sua volta. Admitia que aquela mulher era a sua perdição. E seu sexto sentido berrava que aquilo era uma idiotice sem tamanho.
A moça começou a abrir sua calça quase num desespero, sabia o pouco tempo que tinham. Não queria desperdiçar nem um segundo. Queria viver aqueles últimos minutos que lhe sobraram com intensidade. Dione já a sentia molhada. A puxou para mais próximo de si e arrancou um gemido da moça. Os seios da moça prensados contra o peito do homem. Rostos colados. Lisa o sentia dentro dela. Dione a olhou nos olhos e por alguns segundos fora daquele jeito. Ambos suspiravam. Lisa não entendia o porquê daquela preliminar.
__ Seu Dione... - A voz saiu quase que num suspiro.
__ Você me provocou pois sabia que se eu a sentisse por mais uma vez, eu não resistiria e a levaria comigo, não foi? - Dione a questionou. Ela apenas sorriu.
__ Você é sagaz.
__ Vai me levar com você, seu Dione? - Perguntou maliciosa.
__ Para onde eu for. Para todos os lugares. Mesmo sem sua presença te levarei aqui dentro. Você será minha companhia, minha melhor companhia até o fim dos meus dias...
__ Sim, seu Dione. Serei sua. Sua menina, sua garota... sua mulher, sua donzela...
__ Você é a minha droga. Estou viciado em você.
Ela sorriu. Ele se deitou sobre o seu corpo na mesa e entrelaçou os seus dedos nos dela prendendo suas mãos sobre a madeira. Ele a penetrava com carinho mas com tanto tesão que suspirava a cada estocada. A moça gemia e franzia os lábios com os olhos fechados sentindo o prazer a dominar por completo.
Ela precisava daquilo para curar de vez seu psicológico. Arrancar a culpa do homicídio que ainda lhe pesava a consciência, pelo menos por um momento. Se pudessem dizer com comparações o quão intenso era esse amor, sua força se compararia como uma locomotiva a todo vapor. Seu peso e tamanho seria como uma estrela caindo no mar e provocando um tsunami. Seu poder seria como um terremoto a estremecer os quatro cantos da terra. Uma explosão, um Big Bang com certeza...
Dione interrompeu a penetração e se afastou suspirando fundo. Lisa desceu de sobre a mesa e o fitando o beijou o trazendo para perto segurando seus cabelos atrás da nuca. Dione cessou o beijo e a virou de costas bruscamente e a fez pender sobre a madeira deixando a bunda rente ao seu membro. Ela gemeu e sorriu maliciosa. Dione roçou o pênis em sua vagina e começou a penetrá-la por trás. As estocadas eram mais fortes agora. Lisa gemia ainda mais alto e franzia os lábios. O que já era bom, ficava ainda melhor. Dione pedia a cabeça para trás sentindo o prazer a percorrer por todo o seu corpo. Por um momento foi assim até chegarem juntos ao ápice do prazer.
[...]
Após aquele prazeroso momento, ambos já estavam prontos para partir. Lisa colocava sua mochila cor de rosa nas costas com um um sorriso mais que satisfatório no rosto.
__ já estou pronta seu Dione, pronta para participar das suas aventuras. - Falou sorrindo para o homem que se encantou ainda mais com o novo luque que estava; o jeans básico a deixava mais linda.
__ Vamos nessa então. Mas antes... - Disse abrindo todo o gás do fogão.
__ Dione... o que está fazendo? - Lisa queria entender.
__ A que horas sua mãe vem para casa?
__ Ela está no centro. Já está vindo mas não vem para casa. Mamãe e eu temos uma promessa a ser cumprida. Todos os dias ao meio dia vamos até a igreja mais próxima. Ela me ligou. Vamos nos encontrar lá.
Dione olhou para o relógio de parede, percebeu que já eram 11:40
__ Uma promessa?- Questionou caminhando até a sala e desenroscando a lâmpada.
__ Ela foi curada uma vez de um câncer. Vamos todos os dias agradecer o milagre.
__ Hum... entendi.
__ Dione, Você está querendo...
__ Sim. Vamos explodir esse lugar. Seu Neco irá para os ares junto com a casa.
__ Hum... já ouvi algo a respeito disso... - Lisa falou sorrindo. __ O gás entra em contato com o calor da luz e causa a explosão! - Falou com entusiasmo.
__ Garota esperta... - Disse sorrindo para ela. __ Mas o que provoca mesmo a explosão é a faísca do interruptor não o calor da luz. Vamos eliminar esse da sala. Falou arrancando bruscamente usando sua força. A luz do corredor fará todo trabalho.
__ Queria ver essa explosão! -Falou gostando da ideia.
__ Você verá. Com certeza verá. Agora vamos nessa. - Dione segurou em sua mão e quando ia saindo ela se soltou e disse:
__ Acho que não irei mais com você... -Falou revirando os olhos e se segurando para não ri. Dione sorriu e disse:
__ Não brinca comigo garota... agora eu te levarei comigo nem que seja a força. - Dione a pegou nos braços e saiu a carregando rumo ao corredor até chegarem na garagem.
__ Seu Dione, está me raptando é isso? - Sorriu.
__ Pense o que quiser, não mudará nada pra mim. - Falou dando de ombros e sorrindo.
__ Em fim, liberdade! Hurruuuu! - Lisa gritou em alto e bom som, a todo pulmão. Era tudo que queria. Estaria livre agora para viver ao lado do amor de sua vida e isso não tinha preço.
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