Capítulo 45 - Essa não é mais a Lili...
Atenção!!! Esse capítulo contém gatilhos de psicose, gore, psicopatia, Morte, sangue e mais meia dúzia de coisas. Se não se sentir confortável, te aconselho a não ler.
O clima estava tenso. Nem mesmo Dione com toda a sua experiência, prévia que Plínio ainda teria uma carta na manga.
__ Abaixe essa arma Plínio, nós o deixaremos ir embora. - Lisa pedia calma ao homem colocando as duas mãos á frente.
__ Então minhas suspeitas estavam certas, você é o maldito pedófilo!
__ Gosto de novinhas sim, e daí?! Já me diverti muito com a Lili... - Plínio olhava para a moça com olhar malicioso e passou a língua sobre os lábios mais uma vez lembrando do tempo que a tinha em seu poder.
__ Lili?! - Dione questiona e em seguida liga o apelido ao nome de Lisa.
__ Mas não se preocupe, ela já está velha demais para o meu gosto.
__ Vou castrar você, e jogar suas bolas para os cães! - Dione disse já caminhando alguns passos rumo ao homem, que deu alguns passos para trás tentando aumentar a distância entre eles e uma boa mira.
__ Para trás seu idiota! Você não vai fazer nada! Vou lhe matar e pegar essa maldita grana. - Plínio falou olhando para a mochila encostada ao pé da cadeira onde Dione estava. __ Vou deixar o seu Neco a ver navios. - Deu uma risada em seguida.
__ Plínio, não faça nada com ele, eu lhe imploro! Abaixe essa arma e vá embora! - Lisa não poderia imaginar como se sentiria se algo acontecesse com o homem a quem tinha tanto amor.
__ Que patético isso, Lili... Defendendo o namoradinho! - Falou como um moralista.
__ Se vai matá-lo, terá que atirar em mim também. - Lisa se colocou na frente de Dione.
__ Lisa... o que pensa que está fazendo? Eu resolvo isso sozinho. - Dione disse baixo ao pé do ouvido da moça.
__ Saia da frente Lili, eu não quero lhe machucar... - Falou Plínio com os dois na mira.
__ É melhor me matar também, pois se fazer alguma coisa contra esse homem, eu te juro que não importa para onde vá, eu irei atrás de você e lhe farei pagar da pior forma possível!
__ O que esse babaca fez com você? Essa não é a Lili que eu conheço. - Falou Plínio com espanto. Não reconhecia mais aquela moça doce de dias atrás
__ Essa não é mais a Lili, é a minha caixinha de pandora. - Falou Dione com satisfação enquanto Lisa lhe olhava com um sorrisinho de soslaio.
__ Não mãe... não faça isso! Se afaste, pode ser perigoso! Não quero que a senhora se machuque... É melhor abaixar essa arma. - Falou Lisa com cara de espanto olhando para o nada, atrás de Plínio. Estava tentando lhe ludibriar e Dione sacou rápido. Plínio mudou o semblante e começou a virar o pescoço para trás olhando de soslaio.
__ Dona Jane... - Disse não querendo acreditar, mas com medo que fosse verdade. Ele conhecia a senhora Jane. Se lembrou que já a viu manusear uma arma e até já havia baleado uma vítima. Ela poderia muito bem estar ali atrás, vindo do corredor da casa que conhecia muito bem.
Dione aproveitou o momento certo e foi rumo ao homem. Quando ele se voltou ao casal, Dione já estava perto demais para que pudesse fazer algo o desarmou e o colocou de cara contra o chão. Lisa aproveitou a situação aproximando-se rápido chutou a sua arma para longe.
__ Bom trabalho!- Falou Dione piscando para ela, se sentindo orgulhoso. Admirava cada vez mais a sua astúcia.
__ Terá que me ensinar, como se faz isso algum dia desses.- A garota sorriu, impressionada com o golpe.
__ Será um prazer!- Dione observava o corpo no chão vendo a sorte que teve de escapar novamente da morte.
O homem ainda tentava se recuperar do golpe, completamente desnorteado. Começava a se levantar, mas a vertigem lhe embaralhou a visão o fazendo ficar sem reação, deitado apoiado com uma das mãos ao chão e outra na cabeça, parte mais atingida pela pancada.
__ Vamos acabar logo com isso... - Disse caminhando rumo a arma. Ele a pegou e sentiu que estava leve. A apontou rumo ao homem e começou a disparar freneticamente. O barulho seco da trava no pente denunciava que a pistola estava vazia.
__ Como eu imaginava... Ele só estava blefando. - Disse se virando para Lisa e descartando a arma. Pegou uma das cadeiras em seguida e caminhou rumo ao homem.
__ O que pensa que vai fazer com isso cara? - Perguntou Plínio arregalando os olhos, começando a se rastejar assentado no chão, até bater as costas na parede.
__ Percebe o quanto esses pés são finos? Finos o suficiente para atravessar sua garganta.
Plínio arregalou ainda mais os olhos e colocou uma das mãos na garganta. O pânico o dominando por ele ter razão. A visão de se ver perfurado por aqueles pés era aterradora. Dione se aproximou, preparou-se para executar o que pretendia, mirando a cadeira contra o pescoço de Plínio. O homem fechou os olhos temendo ser seu último dia na terra e esperava agora a agonia da morte.
__ Dione Não! - Lisa gritou. Já não dava mais para parar. Dione concluiu o ato.
__ O que foi? Aquela Lisa doce e meiga ainda está aí dentro? - Perguntou olhando para trás, enquanto firmava os pés da cadeira contra a parede.
O homem abriu os olhos e não podia acreditar que ainda estava vivo. Olhou de um lado para o outro assustado com os pés quase pontiagudos daquela cadeira em torno de sua cabeça, e escorregou o corpo para baixo na parede saindo daquele móvel tão ameaçador e se encolhendo todo no chão em posição fetal. Logo Dione se virou para ele e o viu molhar as calças e sua urina quente seguir um rastro pelo chão da sala.
__ Não acredito nisso... - Dione fez cara feia. __ Não tem vergonha? Você só é homem quando machuca garotinhas? -Plínio apenas suspirava. Ainda agradecia aos céus por ainda estar vivo.
__ O que há com você em Lisa? Sinceramente eu não lhe entendo. Não quer vingar os abusos que lhe fez? - Falou Dione recolhendo a cadeira e tirando mais um suspiro profundo daquele homem apavorado que agora fazia o sinal da cruz.
__ Deixe ele ir... - Falou a moça percebendo que Dione não se agradou de sua atitude.
__ Agora não é uma boa hora para se ter clemência. - Disse devolvendo a cadeira à mesa.
__ Eu sei, mas é que... - Falou um tanto nervosa.
__ Percebo que ainda não está preparada para seguir ao meu lado. Não por não querer que eu o machuque, mas pelo o que você possivelmente verá e presenciará ao meu lado. Quero que saiba que eu não gosto nem um pouco de tirar uma vida, mas faço sem dor nem piedade a todos que merecem isso. Eu sou assim. A vida e tudo que já enfrentei me fez tornar esse homem. Por isso continuo pensando que não sou o homem adequado para você. - Se virou para o sujeito e disse: __ É melhor você aproveitar essa chance e dar o fora daqui seu desgraçado! Se eu tiver que olhar mais meio minuto pra essa sua cara, não terá doçura e meiguice que me fará desistir de arrancar essas suas bolas fora!
__ Eu já vou embora. Não terá que se dar ao trabalho. - Se levantou ligeiro e foi rumo à porta. Ainda não acreditava que estava saindo ileso das mãos daquele homem. Ao abrir a porta Lisa bradou:
__ Plínio! Antes de ir quero lhe entregar algo.
__ Pois não. -Ela foi até a cozinha. Dione ainda não sabia qual era a dela. Uma hora queira vingança, outra posava de puritana.
__ Torça para que eu não lhe encontre numa dessas curvas da vida seu desgraçado. - Dione o ameaçou. O homem engoliu em seco e retrucou:
__ Essa será a última vez que me verá. Vou sumir no mapa.
__ Tenha certeza que esteja longe o suficiente para que eu não lhe alcance. - nesse momento, Lisa voltou com uma das mãos para trás e com um largo sorriso no rosto.
__ Faz tempo que eu queria lhe entregar isso, mas nunca tive coragem, Plínio...
__ A é mesmo, e o que seria? - ironizou e sorriu sem graça diante de Dione.
__ Apenas isso.- Retirou uma enorme faca que escondia atrás das costas e a transpassou no estômago do sujeito que arregalou os olhos segurando a mão de Lisa que firmava a faca cada mais em sua barriga. começou a esfaquear o homem no estômago, com semblante de fúria. )
- Apenas isso... - Lhe olhou furiosa nos olhos.
__ Lili... - Plinio não acreditava que fora capaz de fazer tal coisa. Realmente aquela não era mais a Lili.
Dione observava a cena um tanto surpreso com a atitude da garota. Ela Retirou a faca fazendo o homem gemer e a soltar sangue pela boca. Ele colocou uma das mãos no estômago que sangrava e tencionou sair pela porta se virando para ela, mas lisa a empurrou com um dos pés a fechando. Plinio tentou girar a maçaneta desesperadamente para abri-la quando Lisa o surpreendeu por trás, colocando a faca em sua garganta e a cortando. O homem se virou de imediato para eles, cambaleando e já com a garganta esguichando sangue. Caiu de joelhos e tentou dizer as ultimas palavras mas o estrago feito em sua garganta o impedia.
__ Seu desgraçado! Saiba que isso está doendo bem menos do que tudo que me fez sofrer! Ah!!! - Lisa gritou extravasando toda sua fúria. E agora seu Dione, já estou preparada o suficiente para seguir ao seu lado?! - Disse se virando para ele com um olhar sombrio e suspirando fundo. Aquela era outra Lisa, disso Dione tinha certeza.
__ Não... Não era nesse sentido, que eu... - Dione disse baixo e ainda impactado com o que acabara de acontecer. Deixou pra lá, agora não importava mais.
Plinio caiu lentamente para frente de olhos abertos ate o seu rosto tocar o piso. Para ela, Foi como sentir o corpo aliviar-se da dor que aquele sujeito a fez passar. Todas as humilhações, pareciam esvair do seu corpo ao vê-lo cair daquela forma. Se sentia a pior das criaturas mas, sentia-se vingada. Limpa. Purificada...
Lisa viu a grande poça de sangue que se formou debaixo do corpo do homem. Levou uma das mãos a boca, deixou a faca ensanguentada escapar de suas mãos produzindo o barulho do metal tocando o chão. Olhou para a palma da mão suja de sangue, começou a andar para trás e a dizer:
__ O que foi que eu fiz? O que foi que eu fiz? - As lágrimas começaram a rolar sem controle de seus olhos e a banhar todo seu rosto. Ela estava totalmente abalada psicologicamente.
Ela se virou para Dione e continuou olhando em seus olhos num pedido de socorro. Ela não era uma assassina. Como chegou a tal ponto?
__ O que foi que eu fiz, Dione?!
__ Shiu... Não fique assim, você fez o que tinha que fazer. - Dione a abraçou forte e beijou seus cabelos arrependido pela conversa que tiveram antes e a confortava.
Enquanto a moça chorava, Dione se sentia estranho. Queria ter se vingado por ela. Como deixou que a situação saísse assim do controle?! Se perguntava. Não queria que a moça sujasse as mãos e carregasse um homicídio nas costas. Mas agora já era tarde. já pensava nos próximos passos, pois a tragédia já havia acontecido e aquele era um caminho sem volta.
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