Capítulo 20 - Cilada.
Lisa Park...
Dione...
Neco...
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Neco estava certo, sua filha era adorável. Quando a porta se abriu, uma linda jovem de olhos negros com um brilho tímido e ressabiado com sua presença, pequenos e puxadinhos com aquele toque oriental fascinante e sedutor, causaram um certo desconforto na sua postura.
Os cabelos negros como a noite constratando com a pele alva como a neve o provocaram um arrepio em sua espinha e despertaram a súbita necessidade do seu toque. O sorriso gentil em seu rosto, foi uma flecha certeira em seu coração, que todo abobalhado batia descompassado. Sentiu-se corar. E implorava aos céus que ela não tivesse percebido isso.
O seu pijama vermelho, talvez de seda pelo brilho suave a cada movimento dela o fez compará-la como um anjo sedutor. Sabia de momento que teria dificuldades em lhe negar algo que pedisse. O short curto, deixavam a beleza das suas pernas expostas e logo queria deslizar seus dedos sobre elas. Respirou fundo e tentou afastar esse pensamento. Mas, a blusa de alcinhas com os ombros desnudos, era um convite ao deleite que vinha reprimindo a muito tempo...
Isso deixara Dione confuso se ela era uma representação de algum anjo sedutor.
Uma lembrança parecia querer voltar em sua mente, quando fitava os olhos da moça. Tinha uma leve impressão que já tinha a visto em algum lugar. Estava certo. Se esforçava para se lembrar, mas sua amnésia ainda presente, o impedia de recordar.
Logo imaginou que aquela pequena deveria ter se perguntado, quem seria aquele homem estranho e misterioso que seu pai trazia para passar a noite debaixo do mesmo teto? Pois ela o analisava de alto a baixo reparando nos seus trajes que mais pareciam de mendigos. E por um momento, Dione sentiu-se corar diante da beldade.
一 Senhor Dione, essa é minha filha Lisa. Lisa, esse é o senhor Dione. O encontrei congelando lá fora e lhe ofereci nossa garagem para passar a noite.
A menina olhou espantada para o pai, mas logo voltou o olhar para o hóspede abrindo um simpático sorriso.
一 Traga uma toalha, ele vai tomar um banho. E depois prepare algo para ele comer.
一 Não precisa se incomodar senhor Neco, eu não estou com fome e o banho não é necessário, acho que não suei tanto. 一 Disse levantando o braço e cheirando sua axila. Sentia-se um idiota diante da garota. E como tal, fazia esse papel ridículo lhe arrancando um sorriso ainda mais lindo.
一 Vai tomar um banho sim. Olha pra você... Está horrível! Já que aceitou minha ajuda, não vai me fazer desfeita. Lisa... O que está esperando menina?! Vai logo fazer o que lhe pedi. 一 disse o pai à menina que não tirava os olhos daquele homem alto e forte.
一 Está bem quente aqui. 一 Comentou Dione assim que adentraram a residência.
一 Sim. Temos um ar condicionado velho, mas que ainda funciona perfeitamente. 一 Neco sorriu percebendo que o calor que Dione sentia não era por causa do ar condicionado.
一 Aqui está seu Dione... - Lisa voltou com uma toalha dobrada em seus braços e uma muda de roupas limpas. Se quiser eu posso guardar sua mochila enquanto toma banho. 一 disse a menina inocentemente já tencionando pegá-la dos seus ombros.
一 Nada disso! Minha mochila fica comigo! 一 Dione a colocou na frente do peito a abraçando um tanto enérgico.
一 O que deu em você menina?! Não mexa nas coisas dele! 一 seu Neco a repreendeu irritado.
一 Me desculpa pai, eu só queria...
一 Por que não vai fazer algo pra ele comer?
一 Se você soubesse o que tem aqui dentro, menina, não iria querer ficar com ela, são só roupas sujas e fedidas. 一 Dione percebeu o seu tom alterado com a garota e tentou se corrigir falando mais mansamente lhe sorrindo.
Aquele pequeno anjo tinha mexido com ele de alguma forma. Talvez sua beleza, sua delicadeza, fragilidade ou era só mesmo seu assanhamento masculino de receber um sorriso tão lindo e acolhedor como o dela numa noite tão fria como aquela. Será que estava ficando um velho babão? Pensou envergonhado de sua conduta. Aceitou as roupas e logo se dirigiu ao banheiro.
Assim que o hóspede saiu da presença do pai e filha e entrou no banheiro, Lisa preocupa com a visita do estranho, pediu uma explicação.
一 O que deu em você pra trazer um estranho pra dentro de casa?! 一 Perguntou em sussurros. Uma parte dela estava adorando aquela ideia, era o moço bonito que havia cruzado o seu caminho, e que de alguma forma havia mexido com ela. Mas sua outra parte lhe trazia medo, incerteza e timidez. Apesar de muito atraente, era um desconhecido.
一 Ele precisava de ajuda. E ele não é um mau elemento, sei avaliar muito bem o caráter das pessoas. - Sussurrou de volta. Por acaso devia explicações agora pra filha do que fazia ou deixava de fazer?
一 Mas ele continua sendo um estranho pra mim, eu tenho medo.
Tinha ressalvas com as amizades do pai. E um arrepio de frio que lhe percorreu todo o corpo dizia-lhe que algo estava muito errado por trás dessa atitude de generosidade repentina do pai. Desde quando ele se importava com mendigos? Admitia que esse mendigo tinha lá suas atribuições em beleza bem explícitas nos braços musculosos exposto, na altura e naquele par de olhos tentadores que a encarava sem disfarçar seu interesse em si. Conhecia o pai, talvez estivesse tramando alguma coisa contra o pobre moço.
一 Ah ... Deixa de besteira menina! - Disse o velho irritado. 一 Quero que faça algo pra mim... Quero que dê em cima dele. - lisa estava certa, sua intuição nunca erra.
一 O que?! Ficou maluco? 一 Disse espantada e em voz alta.
一 Shiu... Quer que ele escute? 一 Disse o pai irritado tapando a sua boca.
一 Isso que está me pedindo, não tem o menor cabimento! 一 a menina retirou a mão do pai de sua boca voltando a falar em sussurros.
一 Não trouxe ele aqui por um acaso, ele acabou de receber uma quantia alta em dinheiro e está naquela maldita bolsa.
一 Se está pensando que vou lhe ajudar a roubar aquele homem, está muito enganado! 一 Lisa, alterou a voz.
Mesmo no banho, Dione sentia em cada célula do seu corpo que algo estava errado naquela recepção tão calorosa. Quase parou de respirar por alguns momentos tentando indefinição sobre o que pai e filha ficaram discutindo na sala. Mas, era tudo inaudível. Somente seu sexto sentido mandava que ficasse alerta e tomasse, além do bom banho para eliminar o mau odor que tinha dos acontecimentos passados, todos os cuidados possíveis com aqueles dois.
一 Fala baixo! Se ele desconfiar de alguma coisa, você vai se ver comigo! 一 Disse o velho ameaçando a garota.
一 Tudo bem, eu te ajudo com o roubo, mas não me peça pra dar em cima dele.
一 Você vai dar em cima dele sim! E tem mais, você vai transar com ele essa noite de um jeito ou de outro!
一 Já parou pra pensar no absurdo que está me pedindo? Eu não consigo fazer isso! Sem chances! 一 Lisa completamente transtornada já estava ficando com os olhos marejados de lágrimas. Que tipo de mulher pensava que ela era? Já foi se afastando dele.
一 Você vai fazer o que eu estou lhe pedindo sim! Ou você sabe o que eu posso fazer com você! 一 Neco segurou forte o braço da garota a trazendo para mais perto de si para que visse em seus olhos a veracidade da sua ameaça.
一 Me solte, Você está me machucando... 一 Falou a menina com as lágrimas já escorrendo pela sua face apavorada com a rispidez com que ele a estava tratando.
一 A mulher é a fraqueza de um homem, e você será a dele essa noite. Procure fazer bem a sua parte ou a sua mãe pagará por isso! 一 Neco sabia que o seu ponto fraco era sua mãe.
一 Não tem outro jeito? 一 Lisa procurava esperançosa uma outra solução naquele olhar severo dele.
一 Outro jeito? Tem... Tem sim. 一 Disse o velho enfiando a mão no bolso da jaqueta de lã.
一 Se tem, então diz logo. 一 Disse a menina.
一 Ou transa com ele, ou coloque um pouco disso em sua bebida... 一 Disse o velho retirando um pequeno frasco com líquido do bolso.
一 Você quer eu mate ele?! - Disse assustada 一 Eu não sou uma assassina!
一 Ou é o veneno ou é a transa, você escolhe!
__ Eu não vou fazer o que está mandando! O senhor perdeu completamente o juízo! - Falou a menina se alterando novamente.
__ Acha que eu estou brincando?! - Falou o velho segurando a garganta da moça e começando a apertar.
__ Por que tá fazendo isso?! Está me machucando... - Falou a jovem segurando as mãos de Neco, na tentativa de diminuir a pressão sobre o pescoço.
O ar começou a faltar em seus pulmões. Sentia a pressão em seu fino pescoço provocando uma dor insuportável e sabia que não levaria muito tempo para desmaiar. O que no seu íntimo, não seria uma má ideia. Se livraria de ter que fazer o que aquele homem pede com tanta frieza.
__ E agora, ainda acha que eu estou brincando? - Neco falava com os olhos vermelhos de ódio.
O rosto de Lisa já estava começando a ficar sem cor. No desespero começou a bater em Neco com as mãos, dando sinais de que queria falar. O velho ainda esperou por alguns segundos olhando a moça com satisfação, antes de soltá-la.
Lisa caiu no chão de joelhos, começando a tossir levando uma das mãos ao pescoço acariciando a parte dolorida. Tinha um verdadeiro ódio crescendo dentro de si. Mas, sabia que não tinha forças para revidar contra aquele idiota. Já estava chegando no seu limite, com os maus tratos daquele que se dizia o seu pai.
___ Agora pegue esse maldito frasco! - Falou o erguendo.
Lisa levantou a cabeça fitando os olhos no frasco, e refletiu por alguns segundos. Não conhecia o homem que adentrou sua casa. Mas, não era uma assassina. Não tinha sangue frio o suficiente para fazer o que lhe pedia. Mesmo temendo por si e por sua mãe.
___ O que foi?! Ainda não fui convincente o suficiente?! Precisarei lhe machucar mais? - Falou seu Neco erguendo a mão, ameaçando lhe bofetear.
___ Não! Por favor, não me machuque de novo! Eu farei o que me pede... - Disse a moça pegando o frasco da mão do velho.
___ Vou dar uma volta, quando voltar, espero que já tenha feito o seu trabalho. - Ainda a ameaçou antes de bater a porta atrás de si com uma violência desnecessária.
A garota olhou o pequeno frasco em sua mão. A cabeça fervilhava dúvidas. Matar?! Se prostituir por um roubo?! Ou avisar o estranho que estava em seu banheiro e lhe pedir ajuda?! O medo não é bom conselheiro. E de momento, ele estava de posse do corpo e da mente da garota. Ela levantou do chão, bateu a poeira inexistente de sua roupa, ajeitou a alça do ombro direito que tinha deslizado o desnudando, respirou fundo e encaminhou-se para a cozinha...
Que sinuca de bico em Lisa! 😱
Lisa, terá que fazer sua escolha. Vamos saber qual?
Vire a página e se prepare para grandes surpresas e reviravoltas! 😃
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