Euforia
META DE COMENTÁRIOS: 70
☼
— Jasper!— eu ri empurrando-o de cima de mim— Controle-se!
Tentei rastejar para longe dele, mas Jasper agarrou meu tornozelo e me puxou de volta.
— Eu preciso de um banho!— reclamei, enrolada com o lençol... ou melhor, um trapo, já que Jasper insistia em rasgar tudo que me cobrisse o mínimo de pele.
— Só se passaram algumas horas, querida— Jasper murmurou, beijando meus ombros, me deixando extasiada de felicidade como se me fizesse cócegas— Não vai pedir para parar agora, vai, meu amor? Eu te disse que eu nunca fico saciado— lembrou-me. Eu ri tentando o empurrar, mas Jasper agarrou meus pulsos os prendendo acima da minha cabeça.
— Você é um selvagem— gargalhei.
— Não estava reclamando disso até agora— provocou-me, me silenciando com um beijo que me fez perder toda a compostura. Deixa-me tonta e sem vontade de estar em qualquer outro lugar no mundo. Rendi-me mais uma vez às suas caricias enquanto ele tornava a me invadir deixando-me ofegante.
Eu nem sabia como tínhamos ido parar no chão sala, ou como tinham folhas no meu cabelo assim como penas de travesseiro.
Eu só me lembro de pensar uau, uau, de novo, de novo!
Uma montanha russa de tesão, consumindo cada pedaço do meu ser, me deixando alucinada e apaixonada. Minha mente não processa nada senão o corpo de Jasper, por cima de mim, por baixo, atrás, na frente. Não há nada mais belo do que esse corpo. Ah, há sim, o rosto, o olhar de quem me venera, apaixonante e faminto.
— Eu te odeio— sussurrei sorrindo.
— Cala a boca— Jasper falou, tenso. A voz que deixa minhas pernas trêmulas e fazia-me ter a ilusão que meu coração bate descompassado.
Eu sinto que não preciso de mais nada no mundo.
É como se... tudo tivesse sido apagado, e não realmente importasse. É o paraíso. Depois de tudo vale a pena tê-lo de novo.
Rodamos a casa mais uma vez. Cortinas foram rasgadas e prateleiras foram quebradas derrubando livros no chão da sala. Na cozinha, ah, minha parte favorita, acabei por socar com força demais a bancada e o granito se partiu.
Jasper parou de me chupar nessa hora para me censurar com o olhar.
— Não pensei que estava falando sério sobre quebrar tudo— ele riu, abaixei sua cabeça de novo, irritada com a pausa.
— Cala a boca— arfei.
Paraíso, paraíso!
☼
Jasper me deu uma hora de paz. Tive que correr para o banheiro, me esconder do seu tesão indomável aos risos. Tomei um banho longo, tarde da noite.
— Qual é! Me deixa te acompanhar!— ele reclamou batendo na porta.
— Deixe disso— eu ri.
— Não me faça arrombar a porta, Becca, já quebramos demais a casa de Esme— ele argumentou, sabia que sorria e não pude deixar de revirar os olhos.
— Então não quebre a porta! Ficamos conectados um dia inteiro, literalmente.
— Só um dia— ele resmungou— Sabe, isso é culpa sua, ainda sinto o mesmo que você em dobro, então eu estou fazendo tudo por nós dois— ele dizia, a sua voz não era abafada como seria em meus ouvidos humanos, isso é tão estranho... Como eu pude viver tanto tempo tão inválida de ver e ouvir o mundo como ele é?
— Não vamos transar durante uma semana, Jasper— falei antes de me deixar levar demais pelos pensamentos intrusos.
— Ah, não!— ele bateu na porta de novo, fazendo a madeira tremer— Becca, não fale assim! É cruel.
— Vai se foder— eu ri me deitando na banheira.
— Me dá uma mão?
— Jasper!— censurei gargalhando.
— Você pensou isso.
— Mas você disse— eu ri mais ainda lembrando-me do filme das branquelas.
Ele se encostou na porta por um momento, em silêncio, as ondas do seu conforto me abraçavam mesmo através da porta.
— Eu adoro o som da sua risada— ele suspirou. Gemi, confortada pelo elogio com um sorriso bobo— Queria poder te levar para fora agora, sabia?— ele disse— Te mostrar o mundo. Mas vamos ter que esperar um pouco até você melhorar...
— Não fale assim— o cortei— Não é como se eu estivesse doente— suspirei, pensativa, imaginando o quanto poderia ir longe agora, quantos lugares veríamos e o quanto eu queria viver a toda— Pode falar que só vamos viajar quando eu controlar minha sede.
Jasper bufou do outro lado da porta, girando a maçaneta de uma vez, quebrando o trinco, o encarei de olhos arregalados, zangada com a atitude, mesmo que só por um segundo.
Ele deu de ombros jogando a maçaneta quebrada na pia do banheiro.
— Não gosto de conversar com o amor da minha vida sem ver o rosto dela— ele justificou, e entrou na banheira comigo, sentando-se de frente para mim enxarcando sua calça moletom.
— Você é impossível— eu ri.
— Você é muito gostosa— ele veio para o meio das minhas pernas, beijando meu rosto e levando as mãos para meu corpo, segurei seu rosto tomando cuidado para não me deixar levar pelo seu carinho envolvente de novo.
— Para onde você me levaria, cachinhos?— indaguei, permitindo que ele me desse beijinhos no rosto, pescoço e ombros.
— Para todos os lugares. Alguns podemos ir sem daqui— ele sugeriu malicioso, aproximando mais nossos corpos, jogando água para fora da banheira, eu ri maliciosa abraçando seu pescoço.
— Quando tentar ser romântico, vamos a Roma— comentei enquanto ele beijava meu pescoço, encarei o teto que precisava de mais uma mão de tinta— Depois Londres ou então Nova Orleans— gesticulei.
Jasper se afastou minimamente para me encarar com um sorriso doce.
— Só não vamos para o Texas, tá?— ele brincou.
— Logo agora que eu poderia matar Maria apenas com o poder da mente— fiz bico lhe roubando um selinho— O que foi? Quer protegê-la?— ironizei.
— Ela que queime no inferno— Jasper riu— Você ficaria tão linda arrancando a cabeça dela— ele fez careta. Nós rimos.
— Ainda vamos treinar muito mas eu acho que dou conta— falei fingindo pensar, a ideia não é nada ruim. Suspirei, sonhadora— Será que aquela vaca ainda tem um império para proteger?
— Provavelmente— Jasper revirou os olhos— Mas talvez se a matarmos venha alguém pior.
— Não se a gente pegar o controle— falei, para provocar. Consegui, pela cara furiosa que Jasper me encarou, com censura. Não consegui ficar séria e caí na risada.
— Não brinque com isso— Jasper rosnou.
— Ah, não leve tão a sério, querido— beijei seu rosto severo— Sabe que eu só estou de sacanagem com sua cara.
— Você é impossível— ele revirou os olhos.
— Impossivelmente gostosa— gabei-me entredentes esfregando a ponta do meu nariz ao seu.
— Eu nunca disse isso— ele não aguentou segurar o riso.
— É assim que trata o amor da sua vida? Ah, eu quero divórcio!— zombei. Jasper me beijou repetidamente.
— Temos que nos casar antes de nos divorciarmos, querida— ele sussurrou.
— Ah, não, muita papelada— resmunguei, ele pegou puxou meu cabelo erguendo meu rosto e expondo meu pescoço para encostar os lábios ali suavemente, me provocando, apertei os lábios em um sorriso duro, resistindo inutilmente para não cair em tentação.
— Vai dizer que não quer mais se casar comigo?— ele perguntou naquela voz baixa e sensual que ele sempre faz quando quer me tirar algo e eu com certeza lhe daria no fim das contas.
— Hmm, não tenho certeza— brinquei fechando os olhos, Jasper levou a mão livre para o meio das minhas pernas, me fazendo sorrir.
— Ah, você vai casar comigo— ele disse, firme da ideia.
— Eu vou te contradizer sempre que insistir— alertei.
— Você sabe o que eu vou fazer se me contradizer?— ele perguntou, malicioso, abri os olhos para o encarar com perversidade.
— Estou curiosa— admiti. Seus dedos foram se aproximando mais da minha virilha.
— Eu vou fazer...— pausa dramática, ele se aproximou de mim devagar, os lábios tão próximos dos meus como se fosse me beijar— uma greve— ele sussurrou e saiu da banheira rapidamente indo embora do banheiro sem olhar para trás com a calça enxarcada pingando no chão enquanto ele andava calmamente na direção do quarto. A raiva me dá também uma sensação de dejavu.
— JASPER HALE, NÃO OUSE!— me levantei da banheira pegando uma toalha e me enrolando depressa, seguindo o loiro que se fechava no quarto.
— Você pediu por isso!— ele gritou do outro lado da porta, a chutei a arrombando com facilidade. Jasper arregalou os olhos para mim quando passei pelo buraco que abri e riu cobrindo o rosto.
— Não feche a porra da porta na minha cara— falei, zangada— e não ouse fazer greve, eu vou sim foder você!
Jasper se jogou no chão quando eu disse isso, rindo, batendo no chão em meio uma crise.
— Sua tarada! Você disse que não vai se casar comigo, então a gente não vai mais transar— ele apontou para mim como se estivesse me dando uma lição de moral.
— Você não teria a coragem— cerrei os olhos para ele, cruzando os braços. Jasper levantou as sobrancelhas, dando de ombros, relaxado— Jasper, eu vou arrancar sua cabeça— ameacei.
— Você ama que eu te chupe, não faria isso— ele sorriu, convencido. Rosnei puxando-o para perto pelo pé e me sentei no seu colo segurando seu pescoço.
— Não me teste— alertei.
— Então se case comigo— Jasper franziu a testa, me encarando desafiador. Joguei a cabeça para trás descendo as mãos pelo seu peito, parando em sua barriga.
— Não venha com essa de só vamos transar depois do casamento, você já quebrou a tradição— balancei a cabeça, sorrindo.
— Você usou armas pesadas, foi muito injusto, eu não pude resistir— ele se defendeu cruzando os braços. O olhei indignada por ele não estar com as mãos nas minhas pernas como sempre.
— Você não vai levar isso a sério— cerrei os olhos para o loiro. Ele me mandou um beijo, irônico.
— Se senta e assiste, querida.
Abri a boca, chocada pela sua audácia.
— Você não vai aguentar— falei com uma sobrancelha erguida.
— Meu amor, eu me controlei muito enquanto você era humana, não vai ser tão difícil.
— Você sabe como isso vai acabar, os dois tendo o que querem, mas eu vou deixar por isso mesmo para ver até onde você aguenta ir sem sexo— falei sorrindo com divertimento— Quando eu era humana o que te impedia era o meu sangue. Agora... não tem nenhuma desculpa— o olhei perversa e rebolei devagar no seu colo enquanto me aproximava do seu rosto— Aposta quanto que você vai ceder primeiro?— sussurrei, a ponta de nossos narizes se tocando.
Jasper riu, mas eu vi sua mandíbula ficar tensa, fiquei convencida.
— Não seja um mal perdedor— brinquei, Jasper me tirou de seu colo depressa.
— Não vale!— ele correu para o andar de baixo.
— Eu vou pegar pesado, Jasper Hale!
— Pode vir, Rebecca Swan! Não vai ter um pedaço de mim enquanto não se casar comigo!— ele gritou de volta. Eu ri secando meu cabelo com a toalha e vesti apenas calcinha e sutiã para descer para a sala. Jasper olhou na minha direção brevemente antes de virar o rosto para o mar, depressa. Está de pé diante da janela, tomando sol. Fui para sua frente em velocidade humana e peguei seus braços para me abraçar por trás.
— Por que a gente não toma banho no mar pelados?— sugeri o olhando por cima do ombro. Jasper sorriu de canto, revirando os olhos e não me respondendo— Não seja rude, vai ser divertido.
— Depois do nosso casamento— ele argumentou afastando seu quadril conforme eu me aproximava mais. Não consegui ficar séria e ri.
— Isso vai ser divertido— girei nos seus braços, tinha que segurar para que ele não escapasse.
— Não seja tão otimista, vai ficar louca em pouco tempo— ele sorriu.
— Falando por experiência própria, é?— provoquei ficando na ponta dos pés para lhe roubar um selinho, ele virou o rosto, escapando por pouco— Ei!— reclamei.
— Eu disse, nenhum pedaço de mim— ele repetiu me olhando de canto, o fulminei com o olhar por um momento.
— Porque quando eu pego uma parte todo o resto vem junto, não é?— brinquei, convencida de estar certa, Jasper não rebateu— Quem cala, consente— soltei-o e ele correu para o andar de cima— Pode correr, mas não pode se esconder, meu amor! Eu vou pegar você— cantarolei, Jasper permaneceu quieto o que me fez rir sozinha, é uma luta perdida, ele sabe disso.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top