Prólogo
Cecília se apressava para encher os baldes com água o mais brevemente possível. Não tinha mais tempo para esperar, se não agisse imediatamente sua mestre morreria. Afundou ele sobre o rio então o retornou, enchido pela metade com água fresca do rio.
Então correu de volta para a casa. Entrou pela porta e se dirigiu para o quarto novamente, onde a anciã agonizava na cama de tanta febre.
— Cecília? — disse ela ainda com os os olhos fechados.
— Já retornei senhora — respondeu Cecília.
Então pegou o pano úmido branco e o mergulhou sobre o balde de água. Espremeu um pouco e voltou a passá-lo sobre o corpo aquecido da moribunda.
Não está funcionando, pensou Cecília notando que a temperatura de sua mestra apenas começara a aumentar ainda mais.
Foi para a cozinha pegar o chá de ervas que havia preparado. Trouxe um bule e encheu uma chicara com o líquido, abriu a boca da mulher então despejou. Um pouco do líquido escorreu por sua boca.
— Ce... Cecília apenas pare, a minha hora chegou não tem como evitar o anjo da morte — disse ela se esforçando ao máximo para formar uma frase. — Minha hora chegou, não perca seu tempo minha filha.
— Eu não posso apenas ficar parada enquanto assisto você morrer lentamente. — Lágrimas escorreram pelo seu rosto.
— Ainda preciso da ajuda sua para uma... — Toce antes de continuar. — Uma última coisa. Por favor pegue alguma folha ou algo em que você possa anotar. Estou prestes a ter a minha visão, quero que tudo seja registrado com os mínimos detalhes.
Cecília foi até o pequeno armário de mesa e retirou de lá uma pequena agenda e uma caneta de tina. Voltou a se sentar ao lado de sua mestra.
Sirene estava prestes a ter sua visão. Todos os sábios antes de morreram possuiam a habilidade de ter uma visão de algum fato ou acontecimento futuro, alguns importantes, outros nem tanto, ninguém ainda sabia muito bem como funcionava.
Aguardou pelo momento então Sirene começou a se mover agitadamente na cama.
— Não... Não... Não pode ser... — dizia ela atormentada.
— Senhora, você está bem? — perguntou só depois percebendo o quão idiota era perguntar aquilo para uma pessoa a beira da morte.
— Eu vejo... Destruição... Não... Existe uma esperança.
Ela continuou falando algumas coisas aleatórias enquanto agonizava, Cecília se certificava de anotar tudo, ainda sem entender muito bem do que se tratava.
Anotou tudo quando a anciã soltou seu último suspiro de vida. Lamentou então fez uma prece de despedida por tudo o que a sua mestra a havia ensinado. Então organizou tudo que ouvira.
Entre as palavras ditas por sua mestra, notou que as mais repetidas foram "destruição", "criança com as marcas", "enxames" e os "grandes portões do submundo". Estava batendo a cabeça atoa afinal o trabalho de interpretar o conteúdo daquela mensagem era do decodificador, mas aquela impressão de que estava diante de algo que impactaria o mundo drasticamente não a deixava. E não estava errada.
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