epilogo
O nascimento de seus dois meninos foi motivo de alegria para a casa de Evangeline. Murilo e Gabriel tinham saúde e vieram de forma natural. Seu parto foi muito melhor que o antigo e Joseph não queria sair do lado da esposa durante os eventos.
Mas, como tudo não dura muito numa tarde onde os meninos dormiam em seus carrinhos, Dalia brincava com seus brinquedos e os gêmeos corriam ao longe.
- Tudo ficou bem no final das contas, né? – Manuela tinha um bebê nos braços que veio da linha dos rejeitados, o menino dos olhos de Miguel foi o alívio para aquele clima triste naquela casa grande. Rebeca sorriu enquanto passava a mão em sua barriga e bem Gabriela curtia as crianças correndo.
- Sim, depois de muita conversa. – Manuela concordo com Rebeca.
- Sem contar que tudo começou porque sua mãe mandou aquela loira para destruir seu casamento, não é? – Rebeca falou rindo e Evangeline enganou bem, mas a surpresa o pegou no coração.
...
Foi com essa informação que Evangeline viajou sozinha para a casa da mãe, com seus meninos.
O trem foi tranquilo, a caminhada foi tranquila até bem o centro, uma parada para um frauda suja e uma alimentação foram o suficiente para ir à casa de sua mãe.
Bater naquela porta grande e escura numa casa bem centrada no preço foi como lembrar os velhos tempos em que seu pai morreu e eles puderam voltar ao centro da cidade com carinho dos mais próximos. Sua mãe nunca pareceu muito bem em voltar, acho que ela não queria admitir que seu marido trocaria um futuro feliz para algo solitário.
Seu pai pouco conviveu com eles, diferente de Joseph, que faz parte da vida constante das crianças e aquilo a fez sorrir.
- Tem hora marcada? – O mordomo abriu com uma cara de poucos amigos.
- Não preciso, sou filha dela, Evangeline Schimidt. – A voz ecoou naquela casa enorme e uma pessoa, numa sala escura, desesperada, abriu uma das portas e Evangeline viu a mãe num estado horrível, para dizer pouco.
- Evangeline? – sua voz seca foi motivadora para passar pelo mordomo com as crianças e correr para a mãe.
Tocando em sua testa temperatura normal, Evangeline desceu para as roupas e tudo parecia bem, então tudo que fez foi guiar o carrinho e a mãe para a sala.
- Senhora? – O mordomo parecia muito em dúvida. Sua madame sempre foi fria e cruel, mas na frente da moça, com olhar gentil, mudou de água para vinho. As mãos que viviam retraídas em bolsos estavam adornando aquele carrinho de bebê, chegando perto dos jovens que dormiam tranquilamente.
- Faça chá, Demitri, e não fique aí como uma estátua. – Rosno para longe da filha e Evangeline sorriu, se desculpando, voltando para a mãe com uma cara feia.
- Mãe, não pode tratá-lo assim. – Acomodo-a na poltrona, sentando-se em seu próprio sofá que fazia tempo que não se sentava. – Ainda guarda esse sofá de estrelas? – Ela mesma tinha feito estrelas naquele sofá com tinta de tecido para que aquele móvel seja dela no meio de tanta criança.
- Sim, me faz me sentir menos só às vezes. – A senhora a olho com cuidado. – Por que me visita agora?
- Porque descobri que mandou uma mulher para estragar meu casamento. – Comento casualmente, enquanto o mordomo quase tropeça, a fazendo rir enquanto sua mãe continuava a tomar eternamente. – Vai falar algo sobre isso?
- O que vou falar? Você já fez uma acusação tão séria sem provas? – Evangeline pegou uma pasta com fotos mostrando na mesa, vendo-a fechar a cara.
- Mamãe? Por que sempre tenta acabar com meu casamento? – Seus olhos voltarão à mãe com cuidado.
- Por que não entendo como ele é tão fiel? - A voz com veneno fez o mordomo encolher, mas Evangeline bufou triste. – Ele é que nem seu pai irá te abandonar, todo casamento dá errado, em algum momento suas irmãs tiveram um relacionamento ruim e sempre voltam, você não...
- Eu me casei por amor, lembra? Você nunca gosta dele. – Suas irmãs queriam títulos e riquezas e, nos primeiros homens, as irmãs foram embora, deixando aquele sentimento estranho em Evangeline. Ela não queria isso, queria algo verdadeiro como nos livros.
- Não gosto, gosto de Jonatas. - Evangeline acabou sorrindo.
No final, não tem o que comentar, sua mãe sentia inveja dela sobre a sorte que tinha, mas, olhando em volta, aquela casa era bem escura comparada à dela.
- Ninguém mais veio, não é? – Vendo as teias de aranha.
- Não, - sua mãe murchou e Evangeline apertou sua mão com carinho. – Venha passar um tempo lá em casa, mas já aviso que meus filhos e meu marido não serão expostos aos seus comentários, se não nunca mais volto aqui. – Bufo com a bochecha inchada, fazendo a mãe sorrir.
O mordomo não entendeu nada.
- Acho que meus genes estão destinados a ter um casamento horrível. – Murmuro com desgosto. – Você foi a única que conseguiu algo. – Olhando o neto com carinho, que sorriu.
- Mamãe, seus genes estão em mim, como pode dizer algo ruim? – Evangeline resmungo brava, ajeitando a mãe e o filho melhor.
..
Dona Rosa foi deitar-se na cama cedo.
Rosa ficou triste quando a filha foi embora com os meninos quando deu 15h, mas ela tinha agora uma vida e não podia mais ficar atrás dela.
Rosa ainda tem dúvidas de seu genro e ficou pensativa de que Evangeline não veio berrando atrás de justiça pelo que fez. A loira que contratou disse que tinha tentado de tudo para acabar com o casamento, mas o marido é muito fiel à esposa e aquilo a fez sorrir.
Mesmo não gostando dele, ele sim não era nada parecido com seu Luís.
Aquele homem foi um verdadeiro demônio em sua vida.
Batia, espancava e até mesmo agredia suas crianças, o que ninguém sabia era que quem tinha tomado a decisão de morar no campo foi dela. Rosa não queria ver os filhos sofrendo e não teve coragem de pedir divórcio, não tinha como sustentar seus pequenos.
O Luís nem mesmo escolheu a casa, foi um verdadeiro desafio, nove crianças indo para o campo, mandando os meninos e meninas para escolas para longe e garantindo futuros prósperos. Foi quando voltou à cidade por causa de um escândalo em que seu marido se meteu.
E foi quando foi apresentada a Evangeline, a menina que foi fruto de uma traição.
A menina tinha os olhos gentil e sorriso acalorado, e Rosa não pensou duas vezes em pegá-la nos braços.
O marido nunca entendeu o que foi aquilo?
Rosa cuidou de Evangeline como se fosse sua, dando roupas, sapatos, amor e carinho e, de todas as crianças, ela foi a única que devolveu o amor. Evangeline a defendeu de seu marido quando ele bebia demais, ela luta por um lugar melhor com Rosa. E então ele apareceu e tirou sua menina de seus braços.
Joseph tirou sua menina dela e...
No final, ele a fez feliz de um jeito que ela não pode fazer por sua menina.
E então veio a raiva e o ciúme e, no meio disso, acabou se afastando.
Mas no final, ela sempre volta para seus braços, fazendo um convite para o aniversário dela.
E Dona Rosa iria.
Porque, querendo ou não, seu marido deu muita coisa, mas das melhores coisas que seu marido deu foi sua menina.
Sua querida Evangeline.
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