Capítulo 18


Manuela, volto ao Miguel, sentando-se numa grande poltrona.

Pegou uma das mãos, sentindo machucados nos dedos grossos e duros vindo do marido, e com pequenos passos chegou na vasilha com água e um pano. Sua forma está meio desastrada e Miguel foi instintivo em ajudá-la, mas recebeu uma mão bloqueando.

- Deixa eu consigo. – Sussurro, demoro, mas trouxe com dificuldade a bandeja com a água e os panos e, com persistência, Manuela sentou-se nas coxas do homem e voltei para as mãos grandes. – Como se machucou assim? – Miguel a olho pensativo.

- Me joguei no chão quando ouvi o tiro, - E com um bufo se ajusto, trazendo-a para perto. – Falando nisso, quando ouvir um tiro, se jogue no chão. – Queria cruzar os braços, mas fico ali a olhando.

- Eu fiquei muito perdida para falar a verdade. – Manuela não imaginou de fato que ia acertar os bandidos com uma frigideira e que ia salvar todo mundo, sem a bengala e as meninas, ficou muito perdida. – Muito barulho e do nada o silêncio, fiquei parada, você fala para eu ficar parada quando me perco. – Isso ele teve que concordar, Miguel nunca imaginou que ela o escutaria num momento daquele.

- Não quando há um tiroteio. – Isso a fez rir baixo enquanto terminava a mão esquerda e foi para a direita. – E então vai falar sobre ter ido numa viagem sem me consultar?

- Não achei que viria atrás para falar a verdade. – Seu rosto pela primeira vez se alinhou com o dele numa conversa e Miguel pode ver a falta de cor dos olhos cor de mel de Manuela e como seu castanho avermelhado é tão belo em contraste com seu rosto fino.

- Não acho? – Miguel resmungo. – Eu sempre vou atrás de você. – Com a mão curada, seguro seu rosto com carinho, deixando beijos bobos em todo o rosto. – Vou até mesmo no inferno atrás de você. – E aquilo a fez sorrir timidamente.

Mas sua alegria dura pouco e Miguel viu sua testa franzir e isso significava problemas.

- Pensei que ia atrás de uma amante no tempo em que ficamos separados.

- Pare de resolver coisas que você não tem nada a ver. – Miguel bateu numa mesa longe, fazendo-a pular e encolher. – Que paranoia é essa? Já disse que não vou arrumar amantes, não vou arrumar um bastardo, eu nem mesmo POSSO TER FILHOS. – Aquilo a deixou em choque.

- O-o-o quê? - Aquilo a deixou de boca aberta.

- Eu não posso ter filhos, Manuela, não é você a infértil de casa, sou eu! – Aquilo a fez buscar pelo silêncio e o pequeno toque a fez reconhecer no meio do silêncio.

- É verdade isso? – Aquilo pareceu ter tirado um peso de suas costas, deixando-a leve.

- Claro que é, se acha que eu mentiria? – Miguel bufa irado.

- Hm, - Manuela pondero no vestido. – Verdadeiramente achei que fosse eu depois do que aquele médico tinha falado quando tivemos uma falsa gravidez. – Comento timidamente e aquilo marca os ouvidos de Miguel. A insegurança dela veio de dois meses atrás com um médico idiota.

- Por que não falou que estava insegura sobre isso? – Miguel bufou irritado e Manuela sorriu.

- Achei que ia embora se eu comentasse minhas inseguranças. – Os olhos tristes fizeram machucados no coração de Miguel. – E eu não queria que você fosse embora, porque eu te amo tanto. – Suas mãos foram para a mão dele segurando seus dedos.

- Eu também te amo, mas sua insegurança fez quase eu ter um infarto porque quando cheguei em casa tinha só um lembrete falando que se tinha saído para Portugal! – Aquilo a fez rir e o deixou mais irritado ainda, o fazendo franzir a testa. – Você ri, mas é verdade, quase cair duro.

- Desculpa, - foi tudo que conseguiu falar entre as risadas. – Acho que podemos tentar conversar , não é? – Buscar seu rosto foi difícil e Miguel sorriu.

- Sim, sim, podemos conversar mais e ser mais sinceros. – O carinho nas madeixas a deixou mais tranquila. – Quando chegar em casa, terá uma surpresa nos esperando de qualquer forma. – Miguel murmuro aleatório.

- Como assim algo me esperando? – Seus olhos vazios foram longe, procurando e Miguel pode aproveitar um momento para analisar sua companheira.

- Tem algo de esperando, mas no momento quero beijar você inteira e te deixar sem andar no dia seguinte. – Aquilo fez Manuela acabar rindo alto quando foi jogada na cama.

- Miguel!

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