⟩|Único|⟨
Se a realidade nos fosse suficiente, por que sonharíamos com o inexistente?
É como se não bastasse, como se precisassemos de algo além que nossas realidades.
É algo fictício como nos filmes. Talvez como a fênix que ressurge das cinzas. Algo surreal para algumas mentes, por ser apenas um mito existente.
Agora a pergunta? Por que sonhamos sonhos inexistentes? E se eles de uma forma alvoroçadamente estranha, acontecessem?
O que acharia? Que podemos ter uma realidade de sonhos inexistentes ou que sonharíamos sonhos existentes?
Quem dera os sonhos não ficassem somente em nossas mentes.
→★←
Seu subconsciente contestava e relutava.
" – Por que ele me acalmava? "
Não que de alguma forma ela fosse entender, " mas como assim? Por que você? "
Suas mãos tremiam por conta da ansiedade que lhe percorria o corpo. A muito tempo isso acontecia, porém, ninguém percebia. Seu coração pulsava rapidamente, o sentimento que sentia era de uma vida inexistente. Como se tudo a sua volta ficasse pequeno, será que era tudo fruto da sua mente?
Comentários rondavam sua mente.
" Ansiedade é uma besteira, acontece com muita gente"
Pelo simples fato de normaliza-la , assustava maior parte da população.
Mas nesse dia, nesse momento. Tudo para Lavínia desmoronava, sua ansiedade somente piorava.
Sozinha em casa, não sabia o que fazer, estava em um labirinto escuro, para onde poderia correr?
Como se Deus tivesse lhe ouvindo, a porta se abriu, revelando seu amigo. Seu coração disparou ainda mais ao notar a tristeza em seu olhar.
Um dia antes havia desfeito amizade, pelo simples fato de se gostarem, o sentimento era mútuo, mas não sabia o que fazer? Disseram um ao outro: "— Tenho medo de amar você! " O coração de ambos se desfez, foi como lançar uma flecha com o rumo certo a se abater. Se não fosse o suficiente, a amizade de ambos se dissipou, deixando somente a marca de um passageiro amor.
— Eu sabia! – exclama o garoto ao se aproximar dela.
— Quando eu contar até três, você respira junto comigo, tá bom? – negando com a cabeça ela se afasta.
— Não se afaste, você sabe muito bem que eu não quero o seu mal. Se eu quisesse te ver mal, eu não estaria aqui, eu não voltaria, mesmo depois de tudo que nós falamos um ao outro ontem. – diz
— Pedro, – sussurrou ela — eu não quero brigar com você novamente, não quero piorar o nosso estado. Então, não me faça repetir os mesmo atos que ontem. – retruca.
— Eu não me importo! Fale o que tiver de falar, mas eu só sairei daqui quando você se acalmar. Não adianta pestanejar. – fala firme.
— Você quer acabar ainda mais comigo ou com a sanidade que ainda me resta? – questiona.
— Não... eu só quero cuidar de você! – em um estado de êxtase Lavínia fica, enquanto Pedro se aproxima dela segurando em seus dois antebraço para que a mesma parasse de tremer a fazendo lhe olhar com frieza, como se ali não mais existisse sentimento. Por mais doloroso que isso fosse, ele a envolveu em um abraço, no qual ela não retribuiu.
— Me odeia ainda ? – zomba
— Só não te coloquei pra fora, pois estou nesse estado – com voz embargada, relata.
Ele sorriu de seu comentário, sabia que aos poucos, a ansiedade que ela estava sentindo esvaia-se. Seu coração se aquecia toda vez que notava sua respiração que antes fora agitada, estava calma.
Com tudo que os ocorreu, Pedro só pôde sentir o doce aroma de seus cabelos escuros, nesse momento em que estava abraçado a ela. Porém, mais doce que o aroma de seus cabelos, era o aroma do seu inebriante perfume, no qual se deliciava ao sentir passar entre suas narinas.
O tão sonhado clima calmo, pairava sobre eles. O que antes era um abraço, tornou-se o reencosto na parede de coloração âmbar, com alguns belos adesivos.
A cabeça da moça encontrava-se repousada sobre o ombro do belo jovem de cabelos negros. Que com delicadeza fazia-lhe um maravilhoso cafuné. Enquanto a mesma dedilhava seus dedos na pulseira com pequenas estrelas ao redor.
Lavínia recordava-se do dia em que a recebeu de sua mãe. Estavam sentadas sobre a grama do parque há quatro anos atrás. Se divertindo a berça e antes que saíssem sua mãe lhe deu a pulseira e disse-lhe para guardar com muito carinho e cuidado. Com um imenso sorriso no rosto, ela abraçou a mãe e disse que a amava tanto, que esse amor não lhe cabia. Mal sabia ela, que esse momento era uma despedida.
Dias depois, sua mãe veio a falecer, por conta do câncer terminal , o qual já estava agravamente avançado. E sua família não tinha o dinheiro para tentar fazer com que ela tivesse mais um tempo com eles.
Quando essa notícia chegou aos ouvidos da jovem, seu mundo que era cheio de cor, tais desapareceram, fora como se nunca tivessem existido. E o sincero sorriso que aparecia em seus lábios, quando via sua mãe... dissipou. Tudo a sua volta perdeu o sentido e a cor.
Ela somente continuou, pela Fé que restava em seu coração. E por amor a sua família, que naquele dia havia perdido alguém importante.
Todavia, as consequências logo lhe sobreveio, todas as noites, sua ansiedade atacava. Era horrível a sensação, ainda é. Toda vez que chegava no colégio, ficava em seu canto quieta, não tinha ânimo de fazer amizade com ninguém. Até que um dia, ela estava em seu ponto esperando o ônibus, e notou alguém sentar ao seu lado. Só notou mesmo, porque prestar atenção, foi outro caso.
Nesse dia o ônibus se atrasou, e por saber que demoraria e o garoto ainda estava sentando ao seu lado, tirou seus fones o olhou e falou apenas: " Olá, vai pegar o mesmo ônibus que eu? " Pedro ficou com uma feição de palerma com a pergunta que não esperava. A garota já havia se arrependido de lhe falar algo, quando ele assentiu que sim e começou a conversar com ela.
Foi aí, que essa amizade surgiu. E quase acabou por terem medo de amar um ao outro.
Será que o amor é assustador como pensamos ou ao contrário disso?
— Por que choras Lavínia? – questiona limpando o resquícios de lágrimas que havia no seu rosto. — Lembrando de sua mãe?
A moça suspirou longamente, Pedro a conhecia tão bem, que era capaz de decifrar cada emoção da jovem.
Um pequeno sorriso surgiu no canto de seus lábios ao sentir-se segura e acolhida por ele, mesmo que o ele tenha sido a última pessoa que ela imaginaria ajudá-la nesse momento, afinal, como ele sabia que ela tinha ansiedade e que estaria alí naquele estado?
Lavínia sentiu suas pálpebras pesarem e levemente foi fechando seus olhos com um sorriso dócil nos lábios. Mas como se não bastasse, seu corpo começou a estremecer ao notar que estava sonhando e que tudo que fora verdade naquele sonho, foi a parte do falecimento de sua mãe que realmente havia ocorrido e o trágico fim de sua amizade. E de tudo que ela mais gostaria que acontecesse, fora o que não aconteceu. Lágrimas quentes molharam seu rosto, seu coração se apertou de tal forma que o ar começou a lhe faltar. Novamente, ali sozinha, sem ninguém, sem amigos, o que lhe restava? Restava a sua Fé. Lavínia inspirou e expirou vagarosamente, e se lembrou do versículo que o Pregador citou, na noite em que ela foi ao Culto: " Vinde a Mim, todos que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei; tomai sobre vós o Meu Jugo e aprendei de Mim que sou Manço e Humilde de Coração, e encontrará descanso para sua alma. Porque o Meu Jugo é suave e o Meu fardo é leve " .
A moça tendo seu coração acalmado e sua ansiedade esvaindo-se. Sabia que todos a sua volta poderia abandoná-la, mas o Único que sempre esteve ao seu lado por mais que ela não cresse , era Jesus. E não importa qual tenha sido o seu erro, ela sabia que o arrependimento no seu coração era sincero e verdadeiro, portanto, seus erros ( pecados ) haviam sido perdoados.
E sabia, que por mais que pessoas pudessem de alguma forma ajudá-la, jamais poderia completá-la.
Lavínia se levantou do chão onde se encontrava, lavou o seu rosto e colocou em seu coração e mente, que não precisava de pessoas, muito menos a aceitação delas. Pois quando dependemos de tais, não somos felizes, muito pelo contrário, somos infelizes.
" Se a realidade nos bastasse, sonharíamos sonhos? "
"Psiu→ pode uma mãe e um pai se esquecer de um filho, todavia Deus, jamais dele Se esqueceria "
★ Jesus vos ama ★
" Ansiedade não é brincadeira, muito menos uma besteira , sejam consciente dos seus atos, pois , tais podem ocasionar a morte de alguém."
Não escrevi essa história por conta do setembro amarelo, a muito tempo eu a escrevia, e hoje no dia 06/09/22 eu a concluir.
Beijos de luz pra ti.
FIM
Notas autorais:
Espero que essa história tenha falo contigo!
Perdoe-me os erros ortográficos.
Talvez não tenha sido o final que tu esperava, mas foi o que o Senhor Jesus ministrou ao meu coração para escrever, Ele mudou todo o curso da história porque queria falar com você!
Que tu possas ser grandemente abençoado(a).
Que o Shekinah (a presença de Deus) sejam convosco, amém?
Vota na estrelinha,
hein →★←
Exqueceeeeeee não, terraaaaa!
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