Capítulo 4: Um Refúgio Inesperado
Buck vagava pelas ruas de Los Angeles, com o coração pesado e os pensamentos em desordem. Após o confronto com seus colegas do 118, ele precisava fugir, se afastar de todos que lhe lembravam sua dor. Ele entrou no carro sem um destino definido, deixando as estradas se estenderem à sua frente, enquanto sua mente estava em um turbilhão de emoções. As lágrimas escorriam pelo seu rosto, cada gota simbolizando a dor e o rejeito que acabara de sentir.
Dirigiu por muito tempo, perdendo a noção das horas, suas mãos agarradas firmemente ao volante. As memórias da noite no bar, de suas escolhas erradas e do confronto com seus amigos o assombravam. Então, sem realmente perceber, encontrou-se dirigindo até a casa de um amigo que não via há anos. A última vez que o encontrara foi antes de decidir morar definitivamente em Los Angeles.
Ele parou em frente à casa, com o coração acelerado. A ideia de bater naquela porta parecia, ao mesmo tempo, reconfortante e assustadora. Suas mãos tremiam enquanto ele hesitava, se perguntando se seria uma boa ideia. Mas sabia que não podia permanecer sozinho naquele estado. Respirando fundo, saiu do carro e se aproximou da porta, com o estômago revirando de ansiedade.
Bateu suavemente, com medo e esperança se misturando dentro dele. Após alguns instantes, a porta se abriu quase de repente. Um homem bonito, de pele negra, com expressão de surpresa, olhou para ele com os olhos arregalados. "Puppy? Meu Deus, o que aconteceu com você?" A voz de seu amigo transbordava preocupação, e Buck sentiu uma onda de alívio ao ver aquele rosto familiar.
Seu amigo, percebendo o estado em que ele estava, deixou a porta aberta e o observou atentamente, como se tentasse decifrar o que se passava na mente de Buck.
Buck sentiu-se vulnerável; a preocupação de seu amigo apenas fazia sua dor parecer ainda mais intensa. "Eu..." Ele tentou falar, mas sua voz falhou, sufocada pela dor que o dominava. Cada palavra parecia um fardo que ele não conseguia carregar.
"Eu..." murmurou, mas as palavras ficaram presas em sua garganta. Sentia-se tão fraco, como se compartilhar sua dor pudesse afundá-lo ainda mais em seu desespero. O silêncio se estendeu entre eles, cada segundo parecendo uma eternidade.
"Eu... Hondo, eu..."
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