Capítulo 29

Allison POV

O dia em que nos conhecemos durante um treinamento. Quando nos tornamos melhores amigos. Quando ele perguntou se eu queria ser sua Parabatai. E por fim, foi à pior memória. Quando ele morreu. Um demônio o matou cortando seu pescoço, eu tentei ir até ele, mas meu irmão me segurou e correu comigo pra fora e disse:

- Você vai ser a melhor Shadowhunter da Terra. Eu te amo Ally. Não se esqueça disso.

Depois disso, ele voltou para dentro do Instituto e eu ouvi seu grito. Eles o mataram.

- Pelo anjo. –Disse uma voz atrás de mim.

Ignore!

- Eu sabia que o ataque em Veneza foi ruim, mas não imaginava que fosse a esse ponto. –Jace sussurrou para Alec, mas eu ouvi.

Minha mãe estava implorando a um vampiro que a mordesse. Ele a mordeu, mas não conseguiu parar. Eu tentei ajudar, mas ele era forte, até aparecer Rafael e o matar. Olhei pra minha mãe e lá estava ela, pálida e sem vida.

Eu era apenas uma criança!

Minha tia estava em seu quarto com um Seelie e quando eles iam se beijar, ele pegou uma lâmina e enfiou em seu coração, matando.

Meu avô colocou um lobisomem em uma sela e a lua cheia apareceu o transformando. Ele quebrou as barras da sela e arrancou partes do rosto e corpo do meu avô com os dentes, o matando.

Era uma criança em um mundo que nunca mais veria cores!

Transformo meu bracelete em um cajado. Alec apareceu e pegou um cajado para ele também, se posicionando na minha frente. Enquanto treinávamos, ficamos conversando.

- Não sabia como tinha sido para você em Veneza. –Ele falou.

- Eu nunca falei pra ninguém.

- Deveria se abrir mais. Conversar ajuda.

- Eu nunca confiei nas pessoas que eu convivia em Veneza.

- Por quê?

- Eles estavam com pena e fingiam serem meus amigos.

- Acha que estamos com pena de você?

- Não sei.

- Acredite. Não estamos. Gostamos de você Ally. Virou parte da família.

- Eu poderia dizer que vocês também fazem parte da minha família, mas isso seria terrível. Na minha família só tem gente louca.

- É melhor você só fazer parte na nossa família então.

- Onde estão os "melhores amigos"?

- Clarissa e o Mundano? –Assenti. – Jace está treinando ela, ou tentando, e o Mundano saiu sei lá pra onde.

- Eles vão dar trabalho.

- Vão sim. E o pior é que sempre sobra pra mim. –Suspirou.

- Jace está apaixonado pela garota e Izzy só fica de papinho com ela.

- Eu poderia dizer que você está com ciúmes, mas iria me bater, então só posso dizer que foi bom encontrar alguém igual a você.

- Eu sei que sou uma pessoa maravilhosa.

- Convencida.

Já estava na hora do jantar então fomos direto ao refeitório.

- Você confia na Clarissa? –Perguntei.

- Não.

- Acredita no que eu disse sobre ela?

- Acredito. Vi os arquivos sobre a Jocelyn. Não acredito que ela escondeu a filha por anos.

- Ela não queria que Valentim a encontrasse.

- Valentim é um louco.

- Eu sei.

- Eles estão olhando. –fala Alec, se referindo aos integrantes da outra mesa, sendo Jaca, Izzy e Clarissa.

- Deixe eles olharem.

- Quer fazer alguma coisa amanhã? –Ele perguntou.

- Como assim?

- Sabe? Não temos nenhuma missão e estão todos distraídos com a Fairchild.

- Pode ser. O que quer fazer?

- Podemos ir na boate Pandemonium.

- Você bebe?

- Não.

- Então por que quer ir lá?

- Você gosta.

- Quem disse isso?

- Izzy me falou que garotas gostam dessas coisas.

Ri.

- Qual a graça?

- Eu não sou muito de festas. Na verdade as odeio.

- Somos dois.

- Posso pedir pro Magnus abrir um portal pra Idris e passarmos o dia lá. Tem alguns arcos na casa do meu pai que eu queria pegar.

- Pode ser.

Não poderiam saber o real motivo. Precisavam saber que eu estava viva. Eles precisavam do sinal do meu localizador.

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