Thalita on
Acordei e fui me arrumar para o trabalho, afinal hj é segunda feira. Virei animatronica e desci para o salao, cheguei lá e estava tudo brilhando, vejo o Freddy já na forma robótica descendo as escadas.

Eu: parabéns pela limpeza.

Freddy: que isso fique entre nós - falou enquanto ia para seu lugar.

Eu: pode deixar - respondi indo para meu lugar do salao.

Se passou um tempo e todos já estavam em seus lugares, a pizzaria abriu e as crianças entraram felizes, os pais foram escolher as mesas onde ficariam e eu fui coletar os pedidos como sempre.

Eu: qual o seu pedido?

Senhora: uma pizza pequena de jardineira.

Eu: logo trarei seu pedido senhora.

Saí da mesa e fui entregar o pedido para a Chica

Eu: uma pizza jardineira pequena!

Chica: já tô fazendo.

Fui coletar mais pedidos e os anotei com o número de suas mesas, voltei para a cozinha, Chica me entregou a pequena jardineira e eu lhe entreguei os pedidos. Fui até a mesa da senhora e lhe dei a pizza.

Eu: aqui está seu pedido, bom apetite.

Senhora: obrigada Kora.

Voltei para a cozinha e fiz a mesma coisa com os outros pedidos, ate que vi a Maria entrar na pizzaria com um uniforme roxo e com mechas roxas no cabelo, não liguei e continuei a fazer meu trabalho.
Se passou alguns minutos e vi que das vinte crianças que assistiam ao show, seis estavam faltando, comecei a suspeitar, mas aí com minha audição de loba eu escutei gritos infantis e vi as orelhas de Bonnie em alerta, ele olhou para o corredor que levava para a sala onde meus amigos foram mortos pelo PG e eu comecei a me desesperar por dentro.
Larguei meu trabalho e fui até a sala seguindo os gritos. Cheguei lá e os gritos ficaram mais altos, eram gritos de socorro de crianças e escutei também uma voz feminina. Tentei abrir a porta mas ela estava trancada.

Bonnie on
Eu estava fazendo meu trabalho até que com minha orelhas de coelho comecei a escutar gritos infantis pedindo socorro, e eles aparentam vir da mesma sala onde eu e os outros fomos mortos.
Olhei para Kora e percebi que ela também escutava os gritos só que num tom mais baixo, ela me olhou e vi o desespero em seu olhar, ela já sabia o que estava acontecendo.
Ela largou seu trabalho e foi rapidamente para a sala, espero que ela impeça o que está prestes a acontecer.

Thalita on
Eu tentava abrir a porta e quando finalmente consegui eu vi seis crianças encolhidas num canto da parede e Maria estava com um facão igual ao do PG.

Eu:*rosnando* deixe as crianças em paz.

Maria: se não?

Eu:*me aproximando dela* vc vai acabar em uma cova.

Maria: duvido.

Eu: saiam daqui crianças, vão para seus pais.

As crianças saíram correndo para o salao e eu fechei a porta, agora é só eu e ela.

Maria: o que uma lata velha pode fazer? Vc segue ordens - disse retirando um controle remoto do bolso e apertando um botao. Eu comecei a me movimentar sozinha, ela estava me controlando - vc me obedecerá! E vai pagar por ter matado meu pai Thalita.

Eu: vc era filha do PG?

Maria: e vou terminar o que ele começou! - ela apertou o botao novamente, resisti ao controle e comecei a travar.

Eu: you can't escape me! - eu queria falar normalmente, mas por causa dos bugs que eu estava tendo saiu em inglês, eu consegui resistir ao controle remoto e ele explodiu. - agora vc não me escapa.

Avancei nela com a mandíbula pronta para morde-la, mas ela desviou e eu mordi uma barra de ferro a partindo em dois.
Ela pulou nas minhas costas e cravou seu facão em mim, óleo começou a escorrer pelo ferimento e eu fiquei de quatro patas para derruba-la. Comecei a correr pela sala até que ela finalmente caiu, ela bateu a cabeça no chão e acabou desmaiando, peguei algumas cordas e a amarrei numa cadeira, revistei ela por inteiro e retirei um canivete que estava escondido em sua bota e outro no sutiã.
Depois que a amarrei eu peguei suas armas e levei comigo para fora da sala, tranquei a porta, virei humana e o ferimento sangrava muito, fui direto para a sala do Golden pedir ajuda pois a do Puppet era muito longe dali.

Eu:Golden, preciso de sua ajuda! - disse batendo na porta.

Golden abriu a porta e viu minha roupa melada de sangue.

Golden: entre. O que aconteceu com vc - disse pegando a maleta de primeiros socorros.

Eu: resumindo... a filha do PG sequestrou seis crianças e tentou mata-las mas eu impedi e lutei com ela, ela me esfaqueou e fiz com que ela batesse a cabeça desmaiando, a revistei, retirei suas armas, a amarrei bem numa cadeira e deixei ela trancada lá.

Golden:* estancando meu sangramento* entao, quase que a historia se repete. Seis crianças, um assassino, um facão e uma sala.

Eu: exatamente.

Bonnie on
Vi seis crianças chorando vindo correndo para o salao mas não vi nem Kora ou o assassino. Fiquei aliviado em saber que ela impediu o assassinato mas estou me preocupando com ela.
Comecei a escutar o som de metal se batendo vindo do corredor, ela estava lutando com o assassino, a luta parecia intensa até que escuto o som de porta ser trancada e a voz da Thalita chamando o Golden.
Não consegui escutar tudo mas foi o suficiente para eu me acalmar.
Como Thalita não estava disponível, a chiks na forma humana estava coletando os pedidos e servindo as mesas, e Chica estava muito brava.

Golden on
Thalita tá bem ferida, a facada a acertou em cheio, mas quem é a filha do PG?

Eu: quem é a filha do PG?

Thalita: uma garota chamada Maria.

Eu: como vc sabe?

Thalita: pq ela é da minha sala no colégio, ela se acha a melhor mas é super piriguete e oferecida, não me dou bem com ela.

Eu: certo. Terminei, mas não se esforce muito.

Thalita: ok, vou voltar para o trabalho.

Eu: não, vá para seu quarto e descanse, depois eu vou dar explicações aos outros.

Thalita: valeu Golden. Vou deixar vc trabalhar - disse saindo da minha sala.

Eu: até depois - fechei a porta da minha sala mas eu me teleportei para a sala onde a tal da Maria estava.

Cheguei na sala e ela estava amarrada a uma cadeira, segurei ela e a cadeira e nos dei TP de volta para minha sala, comigo vigiando ela tem menos chances de escapar.

Quebra no tempo
A pizzaria fechou e a garota não acordou, ótimo. Segurei ela e dei TP para o palco. Eu já chamei todos da pizzaria para o salao e eles já estavam lá.

Bonbon: pq nos chamou aqui Golden?

Funxy: quem é essa garota?

Eu: chamei vc aqui para conversar. Todos perceberam que a Kora saiu no meio do trabalho?

Chica: sim e me deixou sozinha. Precisei chamar a chiks para me ajudar.

Eu: ela não trabalhou pois estava ocupada na sala onde os Olds foram assassinados evitando o assassinato de seis crianças.

Foxy: como assim?

Bonnie: seis crianças haviam sumido e eu comecei a escutar gritos de socorro. Thalita tb percebeu e foi ver o que estava acontecendo, logo depois as seis crianças voltaram correndo para seus pais e eu estava escutando sons de luta, mas logo eles pararam e não vi mais ela.

Eu: ela foi na minha sala me pedir ajuda, ela havia sido esfaqueada nas costas e estava sangrando muito, eu cuidei o ferimento e a mandei pros seus aposentos para que ela pudesse descansar.

Thalita:*chegando no salão* e eu agradeço, meu ferimento melhorou bastante.

Bonnie: não pude ajudar, me desculpe.

Thalita: se vc não tivesse entrado em alerta eu ia achar que os gritos eram apenas coisas da minha cabeça.

Puppet: e a garota amarrada? Fazemos o que com ela?

Thalita: posso mata-la?

Eu: nao! Iremos acolhe-la e vigia-la para que não cause mais problemas.

Thalita: se vc achar o cadáver dela, saiba que foi eu.

Foxy: ou eu.

Bonbon: então teria dois suspeitos de assassinato.

Começou uma gritaria enorme, eu odeio muito barulho, a gritaria estava ficando mais alta e a filha do PG estava acordando.

Eu: QUIETOS! - todos se calaram e olharam pasmos para mim - ela está acordando.

A garota acordou e nos viu, sua expressão era de surpresa, afinal todos nós estávamos na forma robótica, mas quando ela viu a Thalita eu podia ver o ódio em seus olhos.
Olhei para Thalita e ela sorria maleficamente e seu olhar já dizia tudo: "vc vai morrer", juro que até eu me assustei com seu olhar.
Ambas se olhavam mortalmente, eu e os outros chega nos afastamos, para caso de acabar acontecendo a terceira guerra mundial.

Thalita: olá Maria! Como é ser uma assassina?

Maria: eu sei que não preciso te responder. Afinal, o que vc faz de melhor é matar - disse com sarcasmo.

Thalita: mas não fui eu que tentei matar seis crianças inocentes.

Maria: mas vc matou muito mais homens, quantos foram? Sete?

Thalita:*sorrindo psicoticamente* ja perdi a conta, foram tantos.

Eu:*me colocando entre as duas* já chega vcs duas.

Maria: quem vc pensa que é para mandar em mim?

Eu: o manda chuva deste lugar. Saiba que não gostamos de assassinos.

Maria: não parece. Vcs vivem com uma serial killer.

Foxy:calada maruja de água doce, ou te mato.

Maria: pelo que me lembre foi vc quem mordeu a cabeça de uma criança.

Pelo que eu vi o Foxy ficou muito bravo com a resposta dela, tanto que entrou no modo assassino. Vai rolar sangue.
Ele parou na frente dela e suspendeu o gancho acima de sua cabeça, todos fecharam os olhos já imaginando a cena mas algo o impediu.
Abri os olhos para olhar o que o impediu e vejo que é a Thalita, ela estava segurando seu pulso e olhando fixamente em seus olhos.

Thalita:*acena negativamente* se vc fizer isso não será melhor que ela, muito menos melhor que eu.

Ele a olhou fixamente e seus olhos voltaram ao normal, ele abaixou o gancho, olhou para maria, deu meia volta e foi para a cova.

Maria: pq me salvou?

Thalita: pq vc é um ser tão repugnante que nao merece ser salva pela morte. Merece sofrer em vida.

Thalita deu as costas e foi atrás do Foxy, Maria apenas ficou a olhando com uma cara de raiva e gritou:

Maria: SAIBA QUE VC TEM UM LUGAR GUARDADO PARA VC NO INFERNO!

Thalita: ENTÃO NOS VEMOS LA! - gritou de volta.

Eu não sabia o que fazer com aquela tal de Maria, como Thalita disse ela se acha a melhor.

Maria: tá olhando o que? Me desamarre!

Eu: se vire! Estarei aqui esperando vc se soltar - disse sentando em uma cadeira.

Maria: seu...

Eu: mesmo se vc se soltar não deixaremos vc sair da pizzaria para nada.

Ela me olhou com uma cara de raiva e começou a tentar se soltar, os outros saíram do salao, e eu fiquei só observando o quanto ela é filha do PG.

Foxy on
Aquela garota encrenqueira, ela me fez entrar em modo assassino. Poderia ter acontecido um desastre. Ela me lembrou do que eu fiz em 2007, quando eu mordi o Mike, eu nunca esqueci, mesmo tendo sido uma falha no sistema eu sempre me senti culpado.
Eu me sentei no chão da cova e fiquei pensando sobre as coisas que fiz, parte eram boas e outras nem tanto, sou tirado dos pensamentos pela Lita que se sentou em meu lado.

Thalita: fica assim não. É o que ela quer.

Eu: perdi o controle, tentei mata-la.

Thalita: se vc tivesse a matado, teria feito um favor a ela. Eu teria deixado, mas pessoas como ela e eu, não podemos ser salvas de nossos problemas pela morte, temos que sofrer com eles em vida, até acabarem e pudermos descansar como as pessoas boas.

Eu: vc não merece sofrer, vc é uma pessoa boa.

Thalita: uma pessoa boa não mata outras Foxy, pessoas boas apenas ficam de mau temporariamente.

Eu: mas vc é feliz, isso que importa.

Thalita:*chorando* sou feliz desde que encontrei vcs. Antes disso, cada sorriso meu era forçado, por trás do meu rosto sorridente tinha a face de uma garota que perdeu tudo, até a vontade de amar. Eu descontava toda raiva e dor em sacos de pancada ou em meu próprio corpo, eu sofria com o fato de não conseguir ter salvo vcs, e essa culpa me devorou de dentro pra fora, aos poucos perdi minha alegria. Mas reencontrar vcs, foi como se meu coração voltasse a bater depois de anos sem dar sinal de vida, eu teria virado uma psicopata se não fosse por vcs - cada palavra que ela dizia, eu percebia sua dor, aquilo era um desabafo de anos de sofrimento que ela finalmente pode botar para fora.

Eu: pode me falar tudo o que quiser falar, guardar tanta coisa pra si mesma por tanto tempo, faz mau. Eu escutarei tudo.

Thalita: *chorando* as vezes as pessoas me viam triste mas ninguém percebia que eu estava triste, eu era muito nova quando matei o primeiro de muitos, era muita dor para pouca idade e isso me deixou louca, só sei que eu capturei um homem no meio da noite e o torturei, eu me senti bem ao ver a dor dele, e logo eu percebi que estava enlouquecendo, quando finalmente o matei eu voltei para casa e feri a mim mesma usando minha adaga, as cicatrizes dos cortes ficaram por alguns meses mas sumiram. Eu tinha o desejo de matar, mas não a qualquer pessoa, eu queria matar o homem que tirou meus amigos de mim, eu queria ver seu sangue escorrendo pelo chão do mesmo jeito que eu vi o seu escorrendo por aquela sala, eu queria faze-lo sofrer, mas nunca o achei, então fui matando todos os assassinos que cruzavam com meu caminho até encontrar ele.

Eu:*segurando a mão dela* vc está certa. Era muita dor para pouca idade. Mas saiba que vc não era a única que encontrou o prazer em matar as pessoas. A raiva que eu sentia do PG me consumiu, e eu matava sem dó ou piedade todos os seguranças noturnos que vinham trabalhar aqui, e eu ia fazer o mesmo com vc, mas quando eu olhei em seus olhos e vi o seu olhar desafiador, eu percebi que era vc em minha frente, era vc me desafiando para mais um round, e fiquei surpreso de como vc havia mudado, a garota que evitava brigas estava me chamando para uma.

Thalita: obrigada por me ouvir.

Eu: quando quiser conversar mais, estarei aqui.

Ela sorriu e saiu da cova, eu não sabia o quanto ela sofreu, eu achava que ela havia se esquecido de nos mas eu estava errado, ela nunca esqueceu e chegou a matar para vingar nossa morte.
Mesmo se machucando ela continuava a lutar até vencer.

Thalita on
Eu sai da cova e fui direto para meu quarto, cheguei nele e vi o Wolf comendo seu jantar, me joguei na cama e fiquei a pensar em minha conversa com foxy. Eu nunca consegui contar tudo isso para alguém, e sempre que eu tentava a pessoa não prestava atenção e eu desistia, finalmente botei para fora tudo o que queria, como o Foxy disse "guardar tanta coisa para si mesma por tanto tempo, faz mau", aquela conversa tirou um grande peso dos meus ombros.
Wolf terminou seu jantar, subiu na cama e se deitou a meu lado, comecei a lhe fazer carinho e fiquei com sono, apenas fechei os olhos e dormi em paz.