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CAPÍTULO TRINTA

Quando o pai de Jimin descobriu que ele era gay, já dizia aquele ditado " a casa caiu"  , Porquê tinha caído mesmo, seu pai descobriu da pior forma, o garoto estava em frente ao computador vendo sites proibidos, o loiro estava com a mão na massa.

Ele tinha cartoze anos, e foi a primeira surra que tomou na vida, um olho roxo, um corte na testa, lábios inchados, um braço quebrado, e um coração partido. O primeiro homem que partiu seu coração foi seu pai, por não ama-lo da forma que ele merecia.

Um dos dias mais tristes na vida do pequeno, sua mãe então nem conseguia olha-lo nos olhos,  mas mesmo assim ela queria pega-lo no colo, e protegê-lo da ruindade do mundo, das pessoas, pois sabia que ele iria sofrer.

Mas ela não fez isso. Ela apenas ficou parada vendo seu marido ataca-lo como se ele fosse um animal indefeso, e naquele momento ele realmente era, apenas um garotinho se descobrindo e sendo atacado por isso.

–EU NÃO ADMITO ISSO JIMIN! - ele gritava agressivamente, só faltava as veias de seu pescoço estourarem de tão nervoso que estava. – FILHO MEU É HOMEM, VOCÊ TA ENTENDENDO? – mais um soco e depois outro, ele chorava, chorava de uma maneira que nunca tinha chorando antes.

E sua mãe estava parada ali, chorando e vendo tudo, sem piscar, sem mover um dedo.

– NÃO CRIEI VOCÊ PRA SER UMA BICHA, VOCÊ É HOMEM – ele gritava descontroladamente, repetindo as frases, até ele pegar Jimin pelos braços, e joga-lo na escada – TODA VEZ QUE VOCÊ PENSAR NISSO DE NOVO, LEMBRE-SE DESSA SURRA GAROTO – ele descia as escadas fervendo de raiva como um cão do inferno.

– Para pai, por favor – seus pedidos eram em vão, suas lágrimas eram em vão,  entre chutes e socos, ele conseguia ver ela, conseguia ver sua mãe parada no canto bem ali.

Mas ele a entendia, ela era submissa dele fazia tudo por ele, ela era controlada por ele, mesmo estando ali, sabia que sua mãe o amaria pra sempre, por isso nunca a julgou.

– VOCÊ É HOMEM, HOMEM – ele berrava, tirando o cinto de sua calça.

E foi uma, e depois outra,  suas pernas estavam marcadas pelo coro da cinta, o sangue manchava sua roupa, e a dor do seu coração estava grande demais perto da dor física, via tudo borrado, até não ver mais pois tinha perdido a consciência.

Já com Jungkook foi completamente diferente, ele tinha dezesseis anos e estava no sofá com Ji-won, ambos nus, odiava seu pai, e estava pouco se lixando se ele o visse assim, fazia um ano que ele tinha voltado depois de tê-lo abandonado, Jungkook o odiava ainda mais por ter voltado.

– O que es.. ta, aconteciendo aqui ? –o homem perguntou todo embolado, tentando não cair por causa da bebida.

– Estamos fodendo, senhor – Ji -won disse sarcasticamente.

Mas o problema não era o pai de Jungkook, pois ele vivia bêbado, ele não era uma pessoa sã, estava ficando louco aos poucos. Quando a mãe de Jungkook viu ele daquele jeito, o cesto de roupa caiu de sua mão, estava desacreditada.

Ela apenas chorou, a mulher não tinha forças para falar. O problema não era seu bebê ser gay, pois ela já sabia, era a mãe dele, sabia antes dele.

O problema era que Jungkook estava no sofá nu com outros homem, apenas para irritar o pai, que não passava de um louco,  ela chorou, porque ela só queria uma família, não um marido bêbado, e um filho enfurecido fazendo de tudo para irritar o pai.

Ela não aguentava, os dois únicos amores de sua vida lhe traziam infelicidade, decepção, qual era a necessidade de ficar com um cara no sofá de casa sabendo que sua mãe estaria no andar de cima?

Chorava porque não aguentava mais, seu marido a cada dia morria aos poucos, seu filho, seu filho a quem jurou amar e proteger, não queria ser protegido, dava trabalho todos os dias, fazia de sua vida um inferno, mas custava para ela ver que o seu bebê cresceu, como custava, e doía, doía demais.

Jungkook não estava nem ai para  ninguém, nem para sua mãe, que o amava com todo o amor do mundo e jamais o julgaria, mas ficou difícil de lidar com Jeon, principalmente depois das drogas.

Sua mãe estava despedaçada por dentro, toda força que tinha para cuidar de seu filho foi embora, pois ele não dava a mínima para ela, seu marido nem força tinha mais para bater, seu sangue era álcool, e Jungkook foi pelo mesmo caminho.

Ela olhou para seu filho, olhou nos olhos dele, e viu tudo aquilo que era ruim, ela viu em Jungkook o seu marido.

– Você vai embora daqui está noite – ela disse firme, segurando seu coração com todas as forças, resistindo a dor de manter o filho longe, mas era necessário – Você vai embora Jungkook.

Capítulo explicativo, espero que tenham gostado, e tenham entendido a mãe de ambos.

GRATIDÃO 》》》 ♡

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