✿ CINCO: ELETRIZANTE ✿

Em meio a um gole e outro, ele me perguntou qual era minha cor favorita. Já estávamos tão envolvidos na conversa que nem nos lembrávamos quantos drinques havíamos consumido. Embora me sentisse um pouco tonta, a alegria transbordava em mim.

— Verde, assim como os seus olhos. — Acabei deixando escapar. — Na verdade, na minha floricultura, estou cercada de verde. — Continuei rapidamente, tentando amenizar a situação. Não quero que ele pense que estou flertando, mesmo que secretamente eu esteja. Vamos fingir que não disse isso, tudo bem? Mas é verdade, o verde é realmente a minha cor predileta.

— Bem... — Ele coçou a orelha, parecendo desconfortável. — Você não perguntou, mas eu diria que o amarelo é a minha cor favorita. É uma cor alegre, o tipo de cor que eu acredito que minha aura teria, se eu pudesse vê-la, é claro. — Vincent começou a falar sem parar, enquanto eu simplesmente fixava meu olhar em sua boca em movimento. — Acho que também seria a cor da aura de Emma, ela é simplesmente deslumbrante.

De repente, meus sentimentos foram abalados. Eu o questionei, levantando-me bruscamente. Ok! Estou me sentindo ofendida. Ele está aqui comigo, conversando comigo. Esse idiota dançou comigo e agora está aqui, elogiando minha prima? Sua boca continua se movendo, mas não consigo ouvir nada.

— Você fez todo um esforço para falar com Amber e me convencer de que ela é realmente sua prima, apenas para me dizer que está interessado em Emma?! Eu achei que esse papo de querer ser amigo fosse, pelo menos, um pretexto para me levar para a cama.

As palavras escaparam de meus lábios com um misto de frustração e desapontamento.

— Olha, se der de cara com a Emma, diz que eu já fui embora. Sim, estou indo embora. — Exaltei a palavra "indo" com todo o meu drama. Em um suspiro profundo, dei as costas e segui decidida para fora do salão. Meu orgulho sofreu um pequeno abalo, eu sei que não sou a cópia perfeita da minha prima em termos de beleza, mas as investidas dele me fizeram acreditar que havia algum interesse em mim. E agora isso?

Enquanto caminhava pelas ruas, tirei os sapatos de salto. A noite estava agradável, perfeitamente propícia para me refugiar em um filme e me afogar em um pote de sorvete.

— Você entendeu tudo errado, sua teimosa! — Ecoa a voz de Vincent atrás de mim. — Você está tão alta que está captando tudo distorcido!

— Me deixa em paz, seu imbecil! — Grito de volta, sem olhar para trás.

De repente, meu braço é puxado com força, obrigando-me a girar e parar diante de um peito musculoso. Eu me deparo com Vincent, com nossas bocas a centímetros de distância. O perfume doce que ele exala faz meu estômago revirar, enquanto suas mãos frias enviam um arrepio pela minha espinha. Seus olhos verdes me encaram com uma intensidade arrebatadora.

— Você gritou comigo o dia inteiro, Courtney. — Sua voz soa grave e nervosa. Pelos se arrepiam na minha nuca. — Passei o dia pensando em você. Comprei rosas apenas para ter uma desculpa para te ver novamente.

Meu coração está prestes a explodir de excitação. Ele continua:

— Eu disse que estou interessado em você.

Eu fico em silêncio, olhando para ele como uma completa idiota.

E então, sem aviso, ele ralha:

— Quem é o idiota agora?! Sua idiota!

Como se lesse meus pensamentos, Vincent toma meus lábios com desejo e fome.

O sabor do álcool permanecia presente durante todo o beijo, enquanto suas mãos apertavam minha cintura com uma força irresistível. Eu ansiava por mais, queria mais. Vincent mordeu meus lábios, e um gemido de prazer e dor escapou de minha boca, enquanto o idiota sorria entre o beijo.

Aquilo era eletrizante.

― Estamos no meio da rua ― sussurrou Vincent.

― Me leve para onde você quiser.

― Que tal fazermos isso entre as flores? ― Sugeriu ele, apertando ainda mais firme a minha cintura.

Com minha mente turva de desejo, assenti, e juntos nos dirigimos à floricultura. A cada passo que nos aproximávamos, a sensação de calor em meu corpo se intensificava, revelando o profundo desejo que sentia por Vincent.

Ao entrarmos no estabelecimento, nossos lábios se encontraram em um beijo repleto de desejo incontrolável. Sentíamos a excitação circulando nas nossas veias. Vincent, com um mordisco suave nos meus lábios, provocava uma sensação prazerosa, enquanto eu podia sentir a pressão firme e pulsante de algo rígido roçando minha virilha. O desejo nos consumia enquanto nossos corpos se entrelaçavam.

Determinada a explorar cada centímetro da sua pele, desabotoei habilmente o seu smoking enquanto ele soltava as alças do meu vestido, revelando aos poucos a nossa paixão latente. Enquanto ele depositava beijos ardentes no meu pescoço, ele suavemente me girou e deslizou o zíper do vestido, que caiu em cascata até o chão, deixando-me apenas com uma calcinha provocante.

Seus dedos deslizavam pelas minhas costas, causando arrepios elétricos na minha pele já inflamada. A excitação tomava conta de mim e, com um giro rápido, encontramo-nos de frente, com o hálito quente e o perfume do álcool intensificando o calor que fervia dentro de mim. Minhas mãos trêmulas de desejo exploraram os botões da sua camisa, enquanto me libertava do peso das calças deslizando o zíper. Cada peça que caía no chão nos aproximava ainda mais de uma conexão íntima que ansiávamos experimentar.

Despindo-nos completamente, nossos corpos nus se revelaram em toda a sua perfeição. Meu olhar percorreu cada detalhe de Vincent, admirando a sua forma esculpida pelo desejo. Iniciei uma viagem de beijos pelo seu pescoço, descendo lentamente até alcançar sua virilha. Ali, encontrei uma tatuagem escondida, uma rosa envolta por chamas, provocadora e sedutora.

Sorri, percebendo que meu hálito em contato com a sua pele causava arrepios, e então depositei um beijo molhado sobre ela, contemplando a pele arrepiada de prazer sob meus lábios. Cada toque, cada carícia era um convite ao fogo que incendiava nossos corpos e mentes.

Guiados por um desejo incontrolável, Vincent me conduziu a um canto mais discreto da floricultura. Um tapete de pétalas coloridas adornava o chão, como um convite para nos deitarmos sobre elas.

Nossos corpos se encaixaram perfeitamente, como se tivessem sido feitos um para o outro. Em meio a beijos apaixonados e ávidos, nossas mãos exploravam cada curva, cada relevo, mergulhando em uma dança frenética de prazer. O êxtase nos envolveu como uma onda avassaladora, transportando-nos para um estado de entrega absoluta. Suspiros e gemidos se misturaram em perfeita harmonia.

Ali, deitada nua sobre o seu peito, em meio às flores, ousei olhar para o seu rosto mais uma vez. Suas bochechas, antes pálidas como um doente, agora estavam avermelhadas, seus lábios carnudos vermelhos e inchados, após tantos beijos, seus cabelos estavam desgrenhados e, bobamente, ele continuava perfeito aos meus olhos.

Sentindo-me sóbria novamente, enquanto o observava, questionamentos sobre o que acabara de fazer começaram a assombrar minha mente. Não sabia quase nada sobre o rapaz que acabara de me preencher - literalmente - fui uma garota fácil e estava apaixonada por alguém que mal conhecia. Que tola eu estava sendo e o que seria de nós daqui para frente?

― O que está acontecendo? ― Perguntou Vincent, seu olhar fixo em mim. Senti meu rosto corar por ter sido pega desprevenida.

― Nada... ―respondi em um sussurro. ―Porém, como será o nosso futuro a partir de agora? — Questionei, com a incerteza dominando meus pensamentos.

Para minha surpresa, ele soltou uma risada contagiante, como se eu tivesse feito uma piada hilária. Sentindo-me ofendida, afastei-me de seus braços, determinada a me vestir e partir o mais rápido possível da Bellas Flores. Mas, como em um reflexo digno de um filme, Vincent me puxou de volta para seu peito nu, segurando-me com delicadeza.

 ― Nós vamos florescer juntos, Courtney.

Depois disso, o verde das folhas e o aroma das rosas não serão mais os mesmos. 

Assim como cuido das flores na floricultura, também vou regar Vincent e a nós dois.

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