• CAPÍTULO 02: Por trás do dia

Dezesseis de Junho, 1984, Axel, Iowa.

Poucas horas antes da morte de Bill Thompson

   Era o último dia de aula na Axel Middle School. Os alunos teriam seu primeiro período de férias no ano letivo, o que por si só já um momento de grande espera por todos.

   Na última sala no corredor esquerdo, a professora Mary Rosenborg — uma senhora de quarenta e cinco anos e descendente de holandeses — selecionava por conta própria e dividia a sala em grupos de quatro alunos cada.

   O último montado por ela ficou por Calvin Smith, Kaden Sinclair, Bonnie Parker e Steve Moore. Não eram tão próximos e nem gozavam de grande relação de amizade — se conheciam e conversavam com muita raridade. Nada fervoroso.

   Embora tenham passado todo o último tempo da aula — os cinquenta minutos — todos fizeram a redação pedida pela senhora Rosenborg — ela queria um texto sobre seus medos — com exceção de Kaden, que deixou incompleto.

   Ele foi o último a sair por causa disso, mas os outros três estavam esperando-o no lado de fora. Haviam combinado de irem embora juntos pois naquele dia, descobriram consequentemente que moravam perto um do outro.

   — Ei! Estamos aqui — acenava com uma das mãos o garoto Smith. Calvin era muito puro e um dos mais educados da escola. Era muito bem quisto pelos funcionários e sempre andava com o cabelo castanho-claro penteado para a esquerda. Vestia roupas normais para sua idade sendo bem coloridas.

   Calvin, Bonnie e Steve estavam em pé ao lado de suas bicicletas. Uma marrom, uma amarela e uma vermelha. Em ordem.

   A bicicleta de Kaden estava do outro lado, então ele demorou um pouco mais para buscá-la e se juntar ao trio.

   — Pronto, podemos ir. Parece que o tempo está mudando. — E ele tinha razão, o dia foi lindo por completo, um grande céu azul e o sol reluzente lá em cima, mas estava escurecendo muito cedo, o tempo estava fechando e uma estranha névoa começava a aparecer.

   Eles montaram e saíram juntos da escola. Pedalando todos em bom ritmo, um ao lado do outro. Sem parar.

   — Por que ficou lá dentro mais tempo? — Bonnie não entendeu a demora de Kaden e como era o garoto mais observador e formador de opiniões calculadas ali, resolveu perguntar.

   — Nada. Eu só deixei uma parte em branco. É isso. Aquela velha é muito chata. — Kaden era o aluno mais boca-suja da classe e muitas vezes recebia ocorrências por causa de seu péssimo vocabulário.

   — Essa neblina só aumenta. Até pouco tempo o céu estava todo azulado. — Steve falava muito pouco. Comentários criteriosos.

   Os quatro continuaram pedalando sem pausa e acelerando ainda mais a pisada para que não encontrassem problemas pelo caminho com aquela neblina que só aumentava.

   — Algum de vocês gosta de RPG? — assim que perguntou, Calvin se arrependeu. Achou que seria algo nerd demais para os outros, mas fora surpreendido. Kaden e Steve afirmaram que gostavam do jogo e da temática que o envolvia. Bonnie ficou em silêncio, pedalando e pedalando sua bicicleta amarela. Tinha preferência por outros tipos de jogos.

   O assunto morreu ali, e eles estavam passando pela fazenda do velho Bill. Os quatro moveram-se pelo lugar, que estava silencioso e tranquilo, mas foram só ultrapassarem a casa que ouviram um grito — e não foi um grito simples. Foi um grito diferente, de quem estava em apuros.

   Os quatro garotos se olharam na mesma hora. — Que merda é essa, caralho? — Kaden parou a bicicleta junto aos três.

   Neste momento, a corrente da bicicleta de Bonnie se rompeu, ele não consegue mais sair do local.

   — Que inferno. A corrente soltou. Não dá pra arrumar.

   Os meninos olharam para trás assustados, encararam a casa de Bill por um momento, mas não havia nada. No meio da estrada, uma grande neblina havia tomado conta. A mesma de outrora.

   Os quatro ficaram assustados, e o máximo que viram foi algo vermelho e longo passando pelas florestas já do outro lado da rua. Seja lá o que for, parecia ter observado as crianças por alguns segundos.

   — Vai, vai, vai. — gritava intensamente Kaden.

   — Não consigo, não consigo. — Bonnie estava em apuros por causa da corrente, mas Calvin o puxou pelo braço. — Sobe, vem comigo.

   Bonnie correu tanto para montar na garupa, que sua mochila — que estava meio aberta — deixou cair seu cartão de inscrição da escola, com seu nome e alguns outros dados.

   Os quatro deram no pé pela estrada. Sequer olharam para trás novamente. As luzes das lamparinas de suas bicicletas começaram a piscar sem parar. Eles estavam atônitos.

   — Vocês viram aquilo no meio do mato? — Calvin, aturdido, questionou se só ele havia visto a cor vermelha passando.

   — Ninguém viu nada, ok. Ninguém viu nada. Não tinha nada pra ser visto ali. — Kaden começou a falar sem parar, era o mais em choque do grupo. — Acelera essa porra. Só faz isso!

   O máximo que os garotos viram a partir dali, foi um homem branco, loiro e de traços germânicos que caminhava na estrada logo a frente deles. 

   O grupo passou sem dar atenção ao sujeito.

   Kaden foi o primeiro a se separar do grupo, virando seu trajeto para a Rua dos Pinheiros minutos depois.

   Calvin morava logo a frente dessa rua, mas andou um pouco mais para poder deixar Bonnie perto de casa.

   Steve morava dois minutos depois do restante. Ele chegou no quintal de casa jogando a bicicleta pelo gramado e correndo para dentro.

   Curiosamente, a névoa — ou neblina — se dissipou momentos depois.

Dezessete de Junho, 1984, Axel, Iowa.

O dia seguinte a morte de Bill Thompson.

   No dia posterior a morte de seu pai, Will acordou cedo, como sempre fazia. Tomou seu banho e saiu enrolado na toalha. Ele ligou a televisão, mas não havia nenhum conteúdo que lhe agradasse. Deixou ligada apenas para ter um som ao fundo enquanto se trocava e vestia sua farda.

   Segurando o chapéu na mão — ele não costumava colocar logo depois que terminava o banho. Costume. Colocou seu revólver na cintura e saiu. Voltou logo em seguida, pois havia esquecido seu isqueiro.

   Teve mais um momento de reflexão sentado dentro do carro, antes de rodar a chave. Quando ligou o veículo, decidiu mudar sua trajetória. Não foi direto a delegacia, voltou para a cena do crime.

   Will aproveitou que não havia carro algum no caminho e acelerou a vontade pelas estradas que por incrível que pareça estavam sem buracos naquele ano.

   O xerife da cidade novamente não estacionou o veículo no lugar certo. Parou o carro em cima do gramado, na direita da entrada da fazenda de seu pai.

   Revisitar a cena do crime era algo comum para Will, que costumava sempre conferir a localidade novamente para ter certeza que não deixou nada escapar.

   Will passou por cada cômodo da casa. Não havia nada. A casa estava como sempre esteve. Sua fisionomia mudava aos poucos quando se deparava com os retratos da família, de sua mãe... Era algo que tocava o xerife casca-dura de Axel.

   Ele saiu de novo e foi a varanda. Não havia registro algum. Nenhum vidro quebrado, chão intacto, sem marcas de sangue, sem pegadas. Nada. Era o crime perfeito diante de seus olhos experientes.

   — Não tem rastro. Não tem nada. É impossível. — dizia ele enquanto acendia um cigarro. Acabou se deparando com uma bicicleta vermelha jogada na descida da calçada, bem próxima a floresta.

   Will caminhou até lá para vê-la de perto. Nela, não havia nada. Era só mais uma bicicleta como qualquer outra daquela região em que basicamente toda criança americana tinha.

   — Essas crianças largam tudo por aí... — até que ele notou que havia uma espécie de cartão no chão. Ele puxou da terra, bem sujo. Era branco, mas cheio de terra por cima, ele tentou passar o dedo, mas não deu para limpar tudo.

   Estava escrito "Bonnie Parker [...]". A série escolar estava suja, não dava para ler. Mas era possível ver por trás de uma das manchas de lama o logotipo azul da escola.

   Will subiu pelo morrinho com o cartão numa mão e a bicicleta na outra. Havia mudado seu destino mais uma vez. A delegacia ficou para depois. Ele agora visitaria um lugar um tanto quanto exótico para um possível assassino. A escola de Axel.

   Will jogou a bicicleta na parte de trás do carro, bateu a porta e colocou o cartão no bolso.

   — Que seja uma pista. Pelo menos uma. — disse para si mesmo.

   Will chegou na escola de Axel perto do fim da manhã. Parou o carro e foi direto para a porta entrar.

   — A escola está fechada. Só funcionários estão aí para o Conselho de Classe, senhor. — respondeu uma senhora, aparentava ter uns cinquenta anos. Estava do lado de fora com uma vassoura. Will passou direto, não deu atenção.

   — Espere aí. Não pode entrar assim. — Connely impediu que Will continuasse andando pela escola, era uma das coordenadoras, a senhora Longi — seu sobrenome, bem magra e com traços orientais.

   — Me perdoe, senhora. Mas estou buscando uma criança e ela estuda aqui. Eu não saio daqui sem ela. — apontando o cartão para a mulher.

   — Veio ao lugar errado. Não estamos mais dando aulas. É período de férias.

   Will sacou o cartão sujo e a bicicleta. — Bonnie Parker. Vê? Ele estuda aqui? Cadê ele? Como eu posso encontrar esse garoto?

   — Ah, sim. Ele estuda aqui. Deve ser o cartão dele. A bicicleta eu não sei.

   — Sabe onde ele mora?

    — Sinto muito, não posso passar dados dos nossos alunos para desconhecidos.

   — Olha só minha senhora, eu sou o xerife daqui e isso é um caso para lá de importante. Você me desculpe, mas eu preciso achar essa criança.

   Connely acabou cedendo à pressão e mostrou a ficha de Bonnie para Will. Ele morava depois da Rua dos Pinheiros, na casa de número 13. Não era muito difícil de encontrar.

   — É depois da Rua dos Pinheiros. Eu sei onde é. Obrigado e adeus. — disse ele balançando a bicicleta, já que não podia gesticular com seu chapéu.

   E lá estava ele. Will novamente dentro de seu carro dirigindo em uma nova busca por respostas. O rádio tocava Rocket Man, de Elton John, música de 1972.

   Will coçava o pescoço enquanto dirigia. Estava muito ansioso e curioso para saber como Bonnie deixou sua bicicleta largada na entrada da floresta. Ele não havia reparado no problema da corrente.

   O trajeto inteiro Will tentava pensar como abordaria uma criança absolutamente do nada. Não é normal um xerife da cidade buscar uma criança em casa. Pior ainda seria se seus pais atendessem a chamada.

   Quando Will chegou a rua, muitos moradores que já estavam acordados, olharam curiosamente para o xerife. Definitivamente era uma presença um tanto quanto inusitada ali.

   Ele passou pelas casas de número onze e doze. Foi direto a número treze. Ele apertou a campainha duas vezes. Somente na terceira foi atendido.

   Will satisfeito quando uma criança abriu a porta e não adultos. — Ufa. Você é o Bonnie?

   — Sim, sou eu. — Bonnie estava de pijama e ainda coçava os olhos já que ainda estavam aproveitando o primeiro dia de férias.

   — Desculpe o transtorno. Essa bicicleta e o cartão escolar são seus, não são? — Bonnie arregalou os olhos, pois lembrou-se da noite passada.

   — Sim, são meus. Obrigado — ele pegou o cartão e foi fechando a porta. — A bicicleta, Bonnie. — ele estava se esquecendo dela.

   — Jogue no quintal.

   Will segurou a porta antes que Bonnie fechasse. O garoto já estava nervoso.

   — Você sabe do que aconteceu naquela fazenda ontem à noite.

   — Eu não sei de nada, não fiz nada. — discordou claramente do xerife.

   — Não estou te acusando, filho. A pessoa que foi morta era meu pai. Eu preciso que você me ajude. Venha comigo.

   Bonnie acabou por ficar tocado em saber que o falecido era pai do xerife, mas ainda assim deu uma resposta diferente.

   — Só saio daqui na presença dos meus amigos.

   Will não entendeu muito bem. — Geralmente as pessoas falam advogado nesse caso.

   — Tudo bem. Você pode chamá-los aqui. O meu carro está ali atrás. Prometo que será rápido.

   Bonnie balançou a cabeça positivamente e voltou para dentro de casa, enquanto Will esperava do lado de fora.

   Will aguardou quinze minutos. Bonnie tomou banho, se trocou e telefonou para os outros três.

   De dentro do carro, Will observou três crianças se aproximando carro. Eram Calvin, Kaden e Steve. Bonnie estava saindo pela porta da frente e os quatro pararam ao lado do carro.

   — O que é? Podem entrar, ok. Eu não mordo.

   Os quatro começaram a entrar no veículo. — Saí daí, merda. Eu vou na frente. — Kaden empurrava a traseira de Steve pois iria na frente por ser o mais velho. Era o seu argumento.

   O grupo estava bem receoso no começo, mas aos poucos foi se soltando. Principalmente Kaden, no banco do carona.

   — O que é isso aqui? Posso apertar? — e enfiou o dedo na buzina. — E isso? Deve ser legal. — apertou um dos botões nos painéis disparando a sirene do carro.

   O resto da viagem acabara por ser descontraída, desvirtuando para outros assuntos e Will estava com um pé atrás de conversar a respeito da noite passada e assustar as crianças.

   Sendo assim, o restante do caminho foi traçado por questões como: qual seu super-herói favorito? qual sua arma favorita e já matou alguém?

   As inocentes perguntas serviram para passar o tempo e toda aquela besteirada ajudou a deixar o caminho e a relação entre xerife e crianças mais leve que o normal.

   Will estacionou o carro em sua vaga na delegacia e abriu a porta. As quatro crianças saíram cautelosamente do veículo e entraram junto ao xerife no local. Estavam no começo da tarde, então não havia nenhum criminoso ou algo comprometedor.

   Os quatro policiais presentes olharam com curiosidade para a cena e Blanche virou os olhos. Não era normal de se ver um xerife entrando na delegacia com quatro crianças suspeitas.

   Perto da frente da sala de Will, Hobs e Paul observavam. — O xerife enlouqueceu. — Ele está prendendo crianças agora. — completou Paul.

   Will passou pelos dois amigos e destrancou a porta, entrando em sua sala. Atrás da parede, na parte de dentro, abriu uma espécie de banco marrom que estava encostado na parede. Ele armou para as crianças se sentarem enquanto Paul e Hobs trancavam a porta e também ficavam na parte de dentro da sala.

   — Meu pai não pode imaginar que estou numa delegacia. — disse Steve.

   — Tudo que eu falar pode ser usado contra mim, certo? — comentou Bonnie enquanto tentava ler alguns papéis na mesa.

   — Cara, eu vou voltar das férias contando muita história. — Kaden completou, enquanto só Calvin ficou em silêncio.

   Will sentou-se em sua cadeira, de frente para sua mesa e de olho nas crianças. Paul e Hobs observaram a porta e puxaram a cortina que separava a sala do xerife para a sala do restante dos policiais.

   — Tudo bem. Começando com você, Bonnie. O que sua bicicleta e seu cartão ou crachá escolar faziam perto da floresta?

   O silêncio perpetuou por ali e nenhuma das crianças abriu a boca.

   — Não vimos muita coisa, eu sinto muito. — Calvin pela primeira vez falou algo naquela sala. Bonnie estava nervoso, não respondeu.

   — Garoto, você só precisa dizer o que viu. Muito ou pouco, pode fazer a diferença.

   Kaden cutucou Calvin, que continuou a falar. — Havíamos saído da escola. Nós quatro, de bicicleta. Não somos tão próximos, mas naquele dia fizemos um trabalho escolar juntos e voltamos também juntos.

   — Continue, continue... — dizia Will enquanto acendia um cigarro. — Vocês me perdoem por fumar com a sala fechada.

   — Quando passamos, ouvimos um grito. Só isso. Veio da casa.

   — Diz sobre a floresta, Calvin. — pediu Bonnie em voz baixa.

   — O que tinha na floresta? O que tinha? — Will se levantou da cadeira com excitação.

   — Quando viramos, após o grito, havia uma neblina muito forte, não era possível ver nada na estrada, mas vimos do outro lado, na floresta, algo vermelho. Como uma capa ou uma pele. Quem estava vestindo ela, também nos viu. Sinto que o que quer que seja, trocou olhares conosco naquela hora.

   — E era uma pessoa? Era homem ou mulher? — Will segurou Calvin pelo braço, mas logo o soltou, percebeu que estava perdendo o controle. — Desculpem. Desculpem.

   — Preciso fumar lá fora...

   — Espera, xerife. Tem mais uma coisa. — salientou Calvin mais uma vez impedindo que Will saísse.

   — Tinha um homem. Depois que saímos, tinha um homem.

   — Notícias positivas. Sem excessos, garoto. É sua chance de nos ajudar aqui. Como esse homem era?

   — Foi de repente, eu não reparei bem, mas não aparentava ser americano.

   — Era um magro, pálido e loiro. — Bonnie se intrometeu, explicando os detalhes e os traços do homem que viram caminhando na estrada logo a frente.

   Will esfregou as mãos no rosto e pediu para que as crianças o acompanhassem por um momento.

   O xerife conduziu o grupo até a famosa sala escura e Hobs abriu a porta. Todos entraram e Paul ficou próximo a mesma.

— Acende a luminária. — pediu Will.

   Quando a luz se acendeu, Weber estava sentado na cadeira, com os olhos cansados da péssima noite.

   — Vai me incriminar por mais alguma coisa, xerife?

   — Era ele? — indagou Will enquanto não tirava os olhos de Weber.

   — Com certeza. — disse Bonnie com o apoio de Calvin.

   — Você torturou ele? Olha a cara desse sujeito. Ele está amassado — definiu Kaden debochando daquela aparência lastimável.

   Will pediu encarecidamente para que Paul levasse as crianças para casa e ficou na sala junto a Hobs e a Weber. Sozinhos.

   — Vai me inocentar agora? Posso me retirar ou quer mais alguma coisa?

   Will bateu a porta e caminhou para trás de Weber, enquanto Hobs ficou a sua frente. Estava com raiva, havia perdido seu único suspeito.

   — Você continua preso. — disse em alto e bom som. — Hobs frisou os olhos, não havia entendido exatamente o que Will queria dizer.

   — Ah, que merda. Que crime eu cometi agora? — Weber parecia não ligar da situação e tirava sarro de Will, que adotou outra postura.

   — Pensa que eu não vi essa sua tentativa frustrada de apagar essa tatuagem de merda de uma suástica no seu pescoço?

   Weber realmente tinha uma suástica naquela região, mas coberta por roupa, não era muito visível. Will foi perspicaz. Só havia dois traços do famoso símbolo.

   Weber e até o próprio Hobs foram pegos de surpresa. — Xerife... — comentou em tom baixo Hobs.

   Will apagou seu cigarro no pescoço, bem em cima da suástica de Weber e desferiu um soco em sua cabeça, fazendo com que desmaiasse.

   — Coloca ele na primeira viatura. Peça que alguém leve-o até Iowa. Ele vai responder por crimes como apologia ao nazismo.

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