Entorpecida

Entorpecida
Embriagada
Embebedada
Taças e copos
Copos e taças
De sensações
De emoções
Coisinhas indescritíveis
Que aprendi
Com páginas aromáticas
Com papel impresso
Com prosa e poesia
Com palavra doce-amarga
A descrever
Escrevendo

Entorpecida
Era como me sentia
Na sobriedade
Dos balanços
Falando com a grama
E com o vento
Enquanto cai
O entardecer
Pelo céu
Em que eu imaginava
Voar

Embriagada
Era como me sentia
Na calmaria
De cantar aos gritos
Longe de tudo
Do barulho
Porque a água
Que nos meus pés
Dançava
Gosta de adormecer
Com músicas altas

Embebedada
Era como me sentia
Na estranheza
De no silêncio
Luminoso, lustroso
Pendente do teto
Ouvir e falar
Tanto, tanto
Em minha cabeça
Em sofá azul
De céu diurno
Abraçada a rosas
Amarelas, sem espinhos
Incorrigivelmente macias

Entorpecida
Era como me sentia
E como quero, quero
Sentir, agora
Quando entre nós
A sua frente
Havia uma névoa
De silêncio
Tão estranha
Formada por
Amor e admiração
Gasosos
Nada desconfortável
Olhar e olhar
Em seus olhos
Castanhos
E, e, e...
Cintilantes

Pena
Grandiosa
Enorme
Pena

Fevereiro de 2023.


Olá, leitores e leitoras!
Que bom que chegou até aqui. Por favor, se tiver gostado, não deixe de votar na estrela, e se tiver algo a dizer, também não deixe de comentar.
Não sejam leitores "fantasmas", por favor. Dessa forma me comunico com vocês.
Tchau, até logo.

- Flaira Flor.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top