Dayse
O maestro passou perto dela com os olhos na mulher que nem percebeu sua presença.
Ingrid pensou: " Estas peruas não perdem a oportunidade. Elas grudam nos artistas, mas é por mim que Ivanovsk está apaixonado!" Pegou um táxi e foi para o hotel, onde sabia que ele estava hospedado. Como era sábado a noite e só iria para o trabalho na segunda, tinha o final de semana todinho para ela e Ivanovsk, foi até o quarto e bateu na porta, Ivanovsk abriu, Ingrid o abraçou e disse:
- Não aguentei esperar! - Ivanovsk surpreso não queria acreditar que ela se abalara de São Paulo, até ali.
- O que veio fazer aqui? Não falei pra me esperar lá no apartamento? Eu estou trabalhando. - disse segurando a porta
- Pensei que iria ficar feliz!
- Detesto ser perseguido sabia? Detesto pessoas pegajosas! Tenho pavor de pessoas obsessivas! Eu curto o momento e o momento é aqui no Uruguai! E para o seu governo, em toda turnê eu tenho inspiração nova e você já é passado. Sabe qual é a minha paixão real? A música.
A loira que vira no camarim, chegou colocando o queixo no ombro dele.
- Que passa? - A Uruguaia procurava entender o que falavam, com o roupão bem sexy, que deixava de fora as pernas.
Ingrid deu meia volta e entrou no elevador.
*
O dia amanhecia em São Paulo, um friozinho gostoso, bom pra ficar na cama. Susan ainda sonolenta foi a cozinha onde Isabel colocava o café da manhã. Quando a porta abriu, Ingrid entrou empurrando a mala.
- Uai! Deu formiga na cama? - Isabel viu pelo seu olhar, que algo não estava bem, abraçou a prima que se desmanchou em lágrimas.
O telefone tocou e era Alfred que convidava Isabel para almoçar com a família.
Susan deprimida pela gravidez e Ingrid pelo fora do maestro, resolveram ficar. Enquanto Isabel estava mais querendo curtir seu conto de fadas, foi até o elevador privativo, indo até o décimo primeiro. Ferreguett estava comendo uma maçã.
- Meu pedaço de mal caminho chegou! Alfred! Catherine! Vejam quem chegou!
A mãe de Alfred era alta, loira e magra, de gestos delicados, a convidou para ver sua coleção de sapatos, caminharam pelo closet como se tivessem numa loja. Roupas, joias, bolsas e acessórios.
- Escolha uma para você! - Disse enquanto espalhava pela cama, várias joias.
- Imagine Catherine! São suas, são lindas. Perfeitas para uma rainha, como você!
Isabel desconfiava de tudo e também observava tudo. Marcius Ferreguet o pai de Alfred, com um bermudão, arranjava os tacos de golf, experimentando e escolhemdo os que levaria.
O almoço ja terminara, quando o telefone tocou. Alfred ouviu tudo passando a mão no cabelo. Parecia não acreditar no que estava ouvindo!
- Aconteceu novamente! Outra pessoa desapareceu! A familia está desesperada, vamos ver se conseguimos algo dessa vez...
Apertou o controle e a estante se afastou, deixando ver uma parafernalha de instrumentos eletrônicos com vários computadores, ele começou a fazer uma varredura nas imagens.
- Ali! Parece um cara suspeito. - Alfred apontara para uma pessoa, encontrada numa pilastra.
- Não, este é o Paulão! Quando quer tomar sorvete, ele sempre faz isto. Fica brincando de esconde-esconde com a menininha da lanchonete. - Isabel sabia que Paulão era um doce de pessoa e foi logo o defendendo.
- Aquela ali está parecendo assustada!
- É verdade! Chega mais perto, ah! Essa é a Dayse, trabalha comigo na floricultura. Olha! Está muito apressada, ela sempre anda observando tudo, para fofocar mais... Veja alguém está arrastando-a! - Isabel gritou de pavor
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top