Pensei que nunca mais fosse atualizar essa fanfic pelos meses que enrolei para escrever. Bom, espero que gostem e me desculpe se algum erro passou, não está betada.

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Han Jisung é o filho mais novo de Hades. Ele tem três meio-irmãos, é órfão, no entanto, é muito amado e mimado, dentro do possível, por sua família.

Atualmente, está em Hallstatt, uma cidade celta que fica localizada no oeste do país, e concluiu sua missão com a deusa Macha. Houve um grande acidente. Dois trens colidiram por erro humano, o que causou uma enorme tragédia. A deusa solicitou a ajuda de Hades devido ao grande número de mortes. Jisung foi designado a ajudar, já que seu pai e irmãos estavam ocupados com outros assuntos.

Depois que tudo foi resolvido, ele organizou sua mochila para almoçar e retornar a Zion. A deusa adentrou o quarto onde ele estava, aproximou-se de si, sentou-se na cama e disse:

— Agradeço pela ajuda, Jisung. Seu trabalho foi impecável! Já mandei o relatório para seu pai. Sinto-me admirada pelo modo como um rapaz tão jovem soube lidar com tanta habilidade e determinação para resolver uma situação tão complexa. Nem todos aceitam a morte inicialmente, então a situação se torna mais complicada ainda. Seus irmãos já me ajudaram muitas vezes, você é tão dedicado quanto. Hades deve ter muito orgulho dos filhos que tem! – Han deu um mínimo sorriso orgulhoso e concordou.

Ele fechou a mochila e ela levantou-se na sequência. Han amarrou o cabelo em um coque com alguns fios quase soltos, olhou para a deusa e respondeu.

— É uma honra, senhora! Obrigado. – Fez uma breve reverência e falou novamente: — Quando precisar de nossa ajuda novamente, não hesite em nos comunicar.

Ela sorriu, concordando e fez um breve carinho na bochecha do mais novo, que sentiu as mesmas corarem. Macha é de uma beleza indescritível, não tem como negar. Ela comentou novamente com a voz calma.

— Venha, querido, vamos almoçar. Logo estará em casa! – Ele sorriu e concordou, pegou papel e caneta para fazer seu próprio relatório e saiu acompanhando a deusa.

Pouco depois, chegaram a um grande salão luxuoso com teto de vidro, iluminação fria e várias mesas ao redor da grande mesa principal, onde apenas os deuses ficam. Han fez seu prato e sentou-se em uma mesa um pouco afastada. Comia tranquilamente quando escutou um grupo de adolescentes numa mesa próxima à sua falando que o famoso Lee Minho realizará uma grande festa para comemorar o seu aniversário de dezenove anos. Apesar de existirem rumores em outras cidades, é provável que haja pessoas de diversos lugares. Revirou os olhos apenas com o pensamento da multidão que provavelmente estará lá. Voltou sua atenção ao relatório e terminou de comer minutos depois.

Já estiveram no mesmo lugar ao mesmo tempo, mas nunca se falaram e Jisung desconfia muito que o Lee tenha olhado para si, não que seja feio, apesar de ser algo relativo, mas dificulta-se quando os filhos de Afrodite estão no mesmo ambiente. Han não é muito sociável, mas tem cinco amigos que são o puro suco do caos, existe também o fato dele odiar multidões. Já Minho, todos sabem que ama um aglomerado.

Han fala um pouco mais com frequência com Baekhyun e Sooyoung, porque seu meio-irmão, Park Jimin, filho de Perséfone com Hades, é uma borboletinha social quando quer e é muito amigo de ambos. Jimin puxou bastante a personalidade materna e vive conversando com várias pessoas, além de ajudar os filhos de Dionísio com suas plantações. Conhece também Taehyun e Jeongin porque ambos já ficaram com dois amigos seus, mas nunca tocou uma palavra com o Minho. Sempre ouviu falar da beleza do mesmo, inclusive confirmar ser verdade junto de seus méritos e sua personalidade, no entanto, não tem nenhum pingo de vontade de conhecê-lo melhor.

Jisung fica boa parte do seu tempo no submundo, mas seus amigos sempre alegam que o rapaz deveria passar mais tempo com eles, então, por pura e espontânea pressão, cede aos seus pedidos e fica semanas no casarão três. Nesses períodos, ele vai ao submundo diariamente apenas para fazer suas obrigações e visitar a família. Raramente é arrastado a festas e eventos entre os deuses. Este detalhe, seus amigos ainda não conseguiram mudar no filho do senhor da morte.

Ele se despediu da deusa e de seus ajudantes, então retornou ao quarto onde antes estava. Pegou a mochila, colocando sob seu ombro, tirou do pescoço uma chave pequena em formato de caveira enrolada em uma serpente prateada com um líquido preto dentro. Hades presenteou os filhos e a esposa com uma chave quase parecida, a única diferença são as cores e a simbologia para cada um. Jisung se concentrou e girou-a no ar, como se abrisse uma fechadura. Então, uma porta apareceu na sua frente e do outro lado estava uma das entradas para o submundo.

Atravessou a porta que, segundos depois, fechou-se atrás de si. Viu as muralhas externas da fortaleza brilharem em negro e empurrou um portão de bronze para adentrar o local. Conseguia ouvir o latido de Cérbero ao longe e sorriu, suspirou aliviado, finalmente estava em casa.

Para de fato chegar às grandes portas de ferro forjado com dobradiças de vidro, passa por um grande jardim. O jardim mais estranho que já existiu, contudo, para eles é super normal. Tem cogumelos multicoloridos, várias romãs, arbustos venenosos, plantas luminosas fantasmagóricas que crescem sem a luz do sol, inúmeras pilhas de rubis grandes como um punho. Lírios negros, flores violetas e vermelhas que brotam apenas no inverno, fazendo as pétalas que caem ao chão virarem pequenos diamantes. A iluminação que vai se misturando no preto e vermelho sangue deixa tudo sombrio e aconchegante de uma forma que somente os que lá habitam sentem a sensação.

Caminhou tranquilamente admirando as flores, as quais são preferidas de Jimin, sorriu com o pensamento e continuou a caminhar. Pouco depois, finalmente chegou às portas. Abriu sem querer causar alarde e adentrou o palácio. O ambiente estava aquecido e Han suspirou novamente em satisfação. Ele observou ao seu redor e só ouviu a melodia melancólica no piano ao longe. Deve ser Yoongi, um dos seus irmãos mais velhos. Como dito antes, Jisung tem três meio-irmãos. D.O Kyungsoo é o mais velho, depois vem Min Yoongi, o terceiro é Jimin, por último o próprio Han.

Han gosta de compor músicas e tocar piano com Yoongi, gosta de caminhar pelos campos Elísios com Kyungsoo ou próprio Hades. Gosta de ajudar Jimin com assuntos de necromancia, a cuidar de Cérbero e às vezes até se aventura a ajudar Perséfone com as rosas e plantações. Gosta muito de Perséfone, que sempre consegue deixar o rapaz à vontade para expressar suas vulnerabilidades sem se preocupar se iria ser criticado ou não. Ela foi a mãe que ele não teve. Certamente nem todos têm esse privilégio. Perséfone trata os quatro com muito carinho e atenção, sendo bastante recíproco.

Todos estão sempre rodeados de livros. Algumas vezes, ele e os irmãos são arrastados por Jimin para irem a montanhas ou bosques contemplarem a paz que o ambiente transmite. Kyungsoo nem sempre se deixa levar pela carinha pidona do Park, contudo, se um certo filho de Afrodite o convidasse, ele iria sempre, mas nunca faltará isso em voz alta, porém, Jisung sabe que ele iria. Apesar de não ser a atividade favorita deles, só vão para agradar ao irmão. Em alguns momentos, eles alteram o clima do ambiente apenas com a presença e, apesar de não terem culpa, sabem que outras pessoas se incomodam, então usam essa desculpa para não comparecer com frequência nesses locais, o que é perfeitamente compreendido pelo Park.

Sendo completamente diferente de Minho, que ama uma farra, orgias, bebidas, mas sempre que tem oportunidade está contemplando o próprio silêncio e companhia em meio a videiras e em outras plantações de sua família.

Já é outono e Perséfone já está no mundo exterior. O que significa que Jimin também passa mais tempo ao lado da mãe e Yoongi passa algumas semanas no casarão três, retornando ao submundo todos os dias para realizar suas funções. Apesar de ele não demonstrar, por não ser da personalidade deles, Jisung sabe que o irmão sente falta de Jimin e faz o possível para agradar o namorado. Sim, eles namoram! No começo, foi um pouco estranho para o Han, mas logo se acostumou e super apoiou ambos. Sempre estranhou esse lado dos deuses e semideuses de se relacionarem entre si, contudo, não julga, se for considerar o histórico deles.

Yoongi está melancólico, considerando a maneira como as melodias soavam no ambiente. Seguiu para o próprio quarto e não tardou a chegar. Adentrou, tirando a mochila das costas e colocando no pequeno sofá de canto. É um quarto grande, mas simples. Tem uma grande prateleira repleta de livros, a cama de casal no centro com alguns travesseiros grandes que ele adora abraçar para dormir, a parede de fundo na cor preta com detalhes prateados destaca ainda mais a decoração do quarto. Uma linda guitarra vermelha decora a parede, acompanhada de alguns pôsteres de astros do rock e filmes mundanos que o Han adora.

Retirou a roupa e seguiu para o banheiro, deixou a banheira encher, colocou alguns sais perfumados na água e adentrou, sentando confortavelmente e aproveitando para ficar completamente relaxado. Um tempo depois, retornou ao quarto, vestiu uma roupa confortável, pegou uns documentos na mochila e saiu do quarto rumo ao escritório de Hades.

Quanto mais andava, maior ficava o som melancólico do piano. Ele sabe que não é só Yoongi que sente falta do namorado, Hades também fica melancólico com a ausência de Perséfone. Por mais que eles tentem disfarçar, todos sabem.

Parou em frente à grande porta cor índigo com detalhes em vermelho cornalina e duas pequenas estátuas de corujas nas laterais. Bateu na mesma e esperou a resposta que logo veio.

— Entre!

Uma voz calma soou do outro lado e Jisung adentrou o ambiente. Quando seu pai o viu, sorriu docemente e logo seguiu para abraçar o mais novo. Han deu um mínimo sorriso com o pensamento que teve. Hades, apesar da idade, tem feições jovens, cabelo batendo no pescoço, porém estava amarrado em um coque bem arrumado. Os olhos com uma sutileza avermelhada deixam ele com ar de poder. Os músculos na camisa gola alta vermelha sangue faltavam rasgar o tecido, a calça preta deixava suas pernas e coxas bem definidas, mostrando que o Deus da morte tem bom gosto, elegância e beleza de sobra. Não é atoa que seus filhos são tão bonitos quanto.

— Olá, pai! – Comentou baixo, ainda sorrindo.

— Filho, que bom que voltou. – Hades comentou fechando a porta. Jisung caminhou lentamente até uma grande cadeira que fica de frente para seu pai do outro lado da mesa e colocou uma pasta na mesa. Hades o acompanhou, sentou e leu. Retornou a sorrir e disse novamente. – Ótimo, sabia que iria resolver sem grandes problemas, então me conte como foi a viagem!

Jisung começou a falar sobre todos os detalhes com uma certa empolgação e aproveitou para conversar com seu pai sobre outros assuntos da cidade que estava. Algum tempo depois, retornou para o quarto, deitou-se na cama e adormeceu até o jantar. Seu sono é sagrado, não desperdiçaria essa oportunidade.

Horas mais tarde.

O jantar em família havia começado, apenas os quatro comiam. Hades bebia um saboroso vinho cabernet sauvignon e comia sua deliciosa carne vermelha entretido na conversa de Kyungsoo e Jisung.

Yoongi os observava enquanto bebia e dava mínimos sorrisos. Estava tudo calmo até sentirem a presença de Jimin. Instintivamente o Min já se ajeitou na cadeira e passou a mão pelo cabelo dando uma leve arrumada. Jisung riu baixinho olhando na direção dele, Kyungsoo deu uma leve zoada com o irmão, fazendo Yoongi revirar os olhos e fingir que nada aconteceu.

Jimin não demorou a aparecer todo sorridente. Ele seguiu na direção do pai e depositou um selar na testa do mesmo. Park é muito atencioso com todos, principalmente com os pais. Quando seus olhos encontraram os acastanhados de Yoongi, seu sorriso aumentou e o bobo apaixonado que é Min Yoongi não conteve o sorriso gengival que pouquíssimas pessoas conseguem tirar dele.

— Não aguento essa cena! Tão vergonhosa para um filho de Hades! – Kyungsoo falou no segundo que colocou um pedaço generoso de carne na boca.

Hades apenas riu baixo e o casal revirou os olhos. Bagunçou o cabelo de Jisung que resmungou e fez Park sorrir, seguiu em direção ao namorado e o beijou, então seguiu para beijar a bochecha de Kyungsoo.

— Querido, Kyungsoo, diz isso por não ter aceitado o amor ainda. Se bem que você é bem gadinho de um certo alguém ali, só não aceita os próprios sentimentos. – Jimin piscou para o rapaz e sentou na cadeira vaga entre ele e Yoongi. D.O sentiu um pouco das bochechas coragem, mas foi quase imperceptível. Ele apenas deu de ombros e antes que pudesse responder algo Jimin falou novamente. — Estão sabendo da novidade?

Todos olharam na direção do rapaz de fios rosados e Jisung “rezou” para não ser sobre a festa do Lee, todavia o próprio Kyungsoo acabou com a felicidade do coitado.

— A majestosa festa do filho de Dionísio? – Falou com desdém e Jimin confirmou sorrindo ignorando a forma que foi dita. — Todos falam disso, chega a ser impossível não saber.

— Você é tão chato!

Jimin comentou e começou a pôr comida no prato enquanto Hades o servia de vinho. Agradeceu ao homem e começou a saborear o que estava no prato. Jisung iria fazer a pergunta mais idiota de óbvia, porém, não conseguiu controlar sua curiosidade.

— Não me diga que vais? 

Yoongi revirou os olhos porque é de fato uma pergunta extremamente óbvia. Jimin nem se deu o trabalho de responder, apenas olhou para o Han com um pouco de tédio e confirmou com a cabeça. Hades, que até então estava em silêncio, resolveu se pronunciar.

— Jimin já era bem óbvio que iria, Yoongi de certa forma será arrastado pelo mesmo. – Park gargalhou e bateu palminhas empolgado. Yoongi apenas olhou para ele e deu um mínimo sorriso feliz, nem conseguia negar que era a mais pura verdade. — Kyungsoo provavelmente vai também, por pura influência de Kim Jongin, talvez…

Hades bebeu um pouco de vinho olhando na direção do rapaz e D.O queria sumir! Ele olhou indignado na direção deles e falou raivoso.

— Por que todos falam que sou influenciado pelo Kim? Nem gosto dele assim!

— Negação! – Falou Jimin adorando a cena. — É sempre assim que começa. Quando se der conta, estará com os quatro pneus arriados por ele.

Jisung gargalhou e todos olharam na direção dele. O moreno deu de ombros e disse.

— Por qual motivos estão me olhando? Isso foi engraçado!

Resolveram ignorar a situação e Hades falou novamente.

— Deixem seu irmão mais velho, uma hora ou outra ele aceitará os próprios sentimentos. Todos podem amar! – Kyungsoo passou a mão no rosto e resmungou. Até seu pai estava zoando com a situação. Bebeu uma dose generosa de vinho e pouco depois encheu a taça novamente. Só vai bebendo mesmo! Hades sorriu com a cena e voltou sua visão para Jisung. — Mudando um pouco o assunto de romance e retomando a festa, bem que você deveria ir Jisung!

Han arregalou os olhos e pouco depois caiu na gargalhada novamente. Todos olharam para o rapaz, super previsível esse lado dele, sua mãe também era uma pessoa que ria bastante quando ficava nervosa.

— O senhor só pode estar brincando! – Comentou, limpando uma lágrimas solitária que descia em sua bochecha. Ao perceber que Hades não sorria, ele concluiu. — Não creio que estás a falar a verdade…

— Claro que estou, filho. Você é novo, precisa se divertir um pouco. Pondere sobre o assunto, tenho certeza que não vai se arrepender de ter um pouco de diversão, todos sabem que Dionísio sabe fazer uma baita festa.

Jisung nada disse e Yoongi mudou de assunto. Algum tempo depois terminaram o jantar e Han foi colocar comida para Cérbero. Os olhos rubros da fera brilhavam como sarças incandescentes, e uma baba espessa e fétida escorria de suas três bocas, rapidamente reconheceu o rapaz e abanou o rabo ocasionando alguns resmungos de fantasmas que passavam por ali. O cão sentou-se e começou a comer rapidamente.

Jisung sorriu e quando o cão terminou de comer, ele permaneceu um tempo fazendo carinho nele e um tempo depois seguiu para um satisfatório passeio nos Campos Elíseos. Permaneceu pensando no que seu pai disse, realmente precisava se divertir e sabe que seus amigos também vão perturbá-lo para ir, se duvidar vai acabar cedendo pelo cansaço.

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A deusa Macha foi adorada na Irlanda mesmo antes da chegada dos celtas. Ela é uma deusa Tríplice associada com Morrigan, a deusa da guerra e da morte. É ligada também a Dana no aspecto de fertilidade feminina.