Capítulo 16: Can You Hold Me

🎶Parece como um rasgo no meu coração
Como se uma parte de mim estivesse faltando
E eu simplesmente não consigo sentir🎶

Can You Hold Me (feat. Britt Nicole) - NF

POV DO NARRADOR

Com a leveza de uma brisa, Vermax, o dragão imponente de escamas verdes olivas, com as membranas entre as asas de coloração laranja pálido, desceu ao fosso dos dragões em Pedra do Dragão. Seus olhos refletiam um turbilhão de emoções: a saudade por sua mãe, Syrax, e a ansiedade de retornar àquele lugar familiar que sentia no fundo de sua alma.

Com um movimento ágil, Jacaerys deslizou de Vermax, o elmo tirando-lhe a identidade, e, com ternura, acariciou o pescoço do dragão, os dedos passando pela textura quente de sua pele, como se tentando transmitir toda a gratidão e o afeto acumulados. A conexão entre eles, silenciosa e forte, estava ali, pura e indiscutível. Enquanto os guardas guiavam Vermax para uma das câmaras do fosso, o som dos passos de Jacaerys, rápidos e apressados, reverbera pelas pedras do castelo negro, como se ele fosse o único a entender o peso da distância e da saudade.

O coração do príncipe Velaryon estava inquieto, e pulsava forte enquanto ele avançava pelos corredores. Sua armadura cinza fazia eco a cada passo, mas o som não oferecia conforto. O fosso dos dragões parecia distante demais para saciar sua ânsia por família. Quando uma serva se aproximou, retirando-lhe o elmo com cuidado, Jacaerys mal percebeu, pois sua mente estava totalmente voltada para o salão onde sabia que encontraria Rhaenyra, sua mãe.

E então, ele a viu. Rhaenyra estava ali, com um olhar distante e sereno, acariciando sua barriga com delicadeza. O murmúrio de suas palavras, em alto valiriano, chegava aos ouvidos de Jacaerys, mas ele mal conseguia processá-las. Ele se aproximou, a saudade tornou-se mais aguda a cada passo.

— Mamãe! — Sussurrou, a voz rouca de emoção, como se aquelas palavras tivessem o poder de dissipar toda a angústia que o havia acompanhado nos últimos dias.

Rhaenyra ergueu os olhos, e em um instante, a complexidade das semanas passadas evaporou diante da simplicidade do reencontro. Os olhos azuis da princesa refletiam um turbilhão de sentimentos — amor, alívio, mas também uma ponta de tristeza.

— Jace! Meu menino corajoso finalmente voltou! — As palavras de Rhaenyra, carregadas de uma ternura imensa, caíram sobre ele como um bálsamo. Ela tentou se levantar, mas o filho foi mais rápido, envolvendo-a com força, sentindo o aconchego de seu abraço. Jacaerys encostou a cabeça em seu colo, os olhos fechados, enquanto as lágrimas, tão reprimidas, finalmente encontraram liberdade.

A princesa Rhaenyra, tocando os cabelos escuros e ondulados de seu filho, deixou que as lágrimas se misturassem às de Jace, compartilhando a dor e a felicidade em um silêncio profundo. O que as palavras não podiam dizer, o gesto de amor incondicional entre mãe e filho expressava perfeitamente.

— Eu fiquei doente de preocupação com o seu estado. — Rhaenyra confessou, suas mãos acariciando os cabelos de Jacaerys com um toque suave, como se tentasse apagar as marcas de seus temores.

Jace ergueu a cabeça, olhando nos olhos azuis da mãe, e disse, com um pesar sutil:

— Sinto muito, mamãe, não foi minha intenção assustá-la.

Rhaenyra sorriu, uma expressão misturada de amor e compreensão, e com os dedos tocou delicadamente o rosto de Jacaerys, analisando os traços amadurecidos do filho. Ela sentiu uma dor silenciosa, como se estivesse perdendo o tempo com ele, um tempo irrecuperável, um tempo em que as palavras enviadas por cartas nunca seriam suficientes.

— Eu sei, meu lindo menino. Você se tornou um rapaz tão bonito. — Disse, seus dedos acariciando cada linha do rosto dele, como se o estivesse reconhecendo, como se o tivesse perdido por um momento e agora o estivesse reencontrando.

Com ternura, Rhaenyra selou o gesto com um beijo na testa de Jacaerys. Ela agradeceu aos deuses por vê-lo vivo, por ele estar ali, diante dela, tão forte e tão presente.

— Onde está Joffrey? Luke e Rhaena? — Jace perguntou, sua voz carregando uma pontada de curiosidade.

— Eles estão em Driftmark, prestando homenagens aos que caíram e consolando as famílias dos soldados mortos. — Respondeu Rhaenyra, sua voz suave e serena, apesar da carga emocional do momento.

Ela explicou que Rhaena, em recuperação, estava agora quase recuperada, e que Joffrey havia sido encarregado de cuidar dela.

Jace ouviu tudo atentamente, seu olhar se tornando mais distante. O vazio de não ter seus irmãos ali ao seu lado.

— Entendi.

■■■

O príncipe Lucerys Velaryon subiu os últimos degraus que conduziam ao trono de madeira esculpido com tanta arte, na sala iluminada por tochas que refletiam a luz nas paredes adornadas por pinturas que contavam a história de sua casa. Seus olhos azuis percorriam o salão de Driftmark, um lugar de poder, mas também de um profundo vínculo com o mar. O trono, símbolo do pacto ancestral dos Velaryon com o Deus Bacalhau, parecia ter vida própria, com o cheiro salgado do oceano pairando no ar. Lucerys tocou o trono com reverência, sentindo uma conexão mística com os antigos que haviam ocupado aquele lugar, o oceano fluindo através de suas veias, como se o próprio mar os observasse.

— Luke! — A voz suave da princesa Rhaena Targaryen quebrou o momento, e ele se virou para ver sua noiva subindo os degraus com um sorriso radiante. Ela segurava uma taça de vinho, que estendeu para ele.

— Obrigado, meu sol. — Lucerys disse, aceitando a taça e tomando um gole. Com a outra mão, ele puxou Rhaena gentilmente para si, levando-a até o trono. Eles ficaram de frente para o símbolo de poder e tradição da casa Velaryon, sentindo juntos a gravidade daquele momento.

A aia da princesa, sempre vigilante, estava perto da porta, garantindo que o casal tivesse privacidade. O pequeno príncipe Joffrey, como sempre travesso, estava com seus avós, entretendo-os.

— Pedi ao vovô para interceder com o Rei Viserys. Acho que nosso casamento será o primeiro. Aemond e Helaena virão depois, e o de Jace e Baela será o último. Afinal, precisamos de herdeiros, e o vovô comprou a história. — Lucerys sorriu de lado, com os olhos brilhando ao olhar para Rhaena. — Você está pronta para aprender o que a nossa avó lhe ensinará? Logo, você será a futura Senhora de Driftmark.

Os olhos violetas claros de Rhaena brilharam com uma mistura de emoção e determinação. O coração dela batia mais rápido, e ela sorriu com aquele brilho peculiar que apenas ela tinha.

— Sim, eu estou pronta para tudo, meu oceano. Com você, estarei preparada para o que vier. — Ela se lançou nos braços dele, sem pensar, abraçando-o de forma tão espontânea que nem perceberam o impacto do gesto até estarem abraçados, o mundo ao redor desaparecendo.

Lucerys, surpreso, colocou a taça de vinho no braço do trono e envolveu a cintura de Rhaena, puxando-a ainda mais para si. O vestido branco da princesa flutuava como uma onda suave, e sua beleza parecia etérea, como se ela fosse uma filha do mar. Enquanto uma de suas mãos descansava na cintura de Rhaena, a outra acariciava suavemente seu rosto, encantado com a ternura dela.

— Eu estarei sempre com você, Rhae. A futura Senhora de Driftmark. — Lucerys murmurou, antes de beijá-la suavemente, um selinho que, sem querer, foi carregado de carinho e promessas.

Rhaena envolveu os braços ao redor do pescoço dele, desejando que o beijo fosse mais longo, mais profundo. Mas, então, a tosse suave da aia interrompeu o momento, e os dois se afastaram ligeiramente, rindo timidamente. Eles estavam tão próximos, tão imersos em sua felicidade, que não perceberam o quanto haviam se deixado levar pelo momento.

Logo, seus avós e o pequeno Joffrey chegaram, encontrando os dois com os rostos corados e sorrisos bobos, como se o mundo inteiro fosse feito apenas para eles. Joffrey, com um sorriso travesso, observou os dois, enquanto os avós riam de forma afetuosa, vendo o amor genuíno entre os jovens. Era o começo de algo grande, e naquele instante, tudo o que importava era o amor puro e doce que compartilhavam.

■■■

Em Porto Real, os irmãos de Aegon II Targaryen – Aemond, Daeron e Helaena – esperavam ao redor de sua cama, ansiosos e preocupados. O silêncio era denso, pesado com a dor que o príncipe carregava.

Helaena, com olhar distante, murmurou:

— Eu avisei... o amor que ele buscou... destruiria tudo. Mas o Oriente o curará. Mas ninguém acredita.

Aemond, com um gesto suave, tocou seu ombro. Helaena sorriu tristemente, sabendo que a dor era algo impossível de aliviar. Daeron, confuso, balançou a cabeça.

— Você não acredita em mim, Dae? — Perguntou ela, a voz trêmula.

Daeron hesitou, sem entender completamente, e respondeu:

— Eu não entendo, Hela.

Antes que a conversa continuasse, Aegon despertou. Helaena apressou-se a trazer-lhe água, enquanto Aemond tocava seu ombro.

— Estamos felizes que você esteja bem, irmão.

Mas Aegon não estava bem. Seu coração estava dilacerado pelas lembranças da perda de Claire e das crianças. Seu corpo estava fraco, mas a dor interna era insuportável.

— Nunca mais faça isso, Aeg. Pensei que você tinha morrido. — Daeron disse, com os olhos cheios de angústia.

Aegon olhou para o vazio, sem forças para falar. Helaena, com os olhos marejados, perguntou:

— O que você quer? Posso pedir algo?

Ele respondeu, quase em um sussurro:

— Quero morrer, irmã.

As palavras cortaram a alma de Helaena, e ela fechou os olhos, impotente. Aemond, com raiva, segurou sua mão e disse com firmeza:

— Não, você não quer isso.

Mas Aegon se sentia vazio, como se sua dor fosse incompreensível para os outros.

— Eu estou quebrado há muito tempo, Aemond.

Helaena, desesperada, se levantou:

— Não, Aegon, você não pode nos deixar. A mamãe não suportaria.

Aemond, sombrio, declarou:

— Eu não vou deixar você morrer, Aegon. Não vou permitir.

Aegon, com amargura, olhou para ele:

— Você tem tudo, Aemond. Eu não tenho nada.

— Mas você ainda tem a nós, irmão. — Aemond respondeu, tentando aliviar a dor do irmão.

Aegon olhou para ele com incredulidade:

— Nunca pensei que fosse um sentimentalista.

Aemond deu uma risada fraca, com a voz embargada:

— Parece que fui contaminado por você.

Aegon baixou a cabeça, as lágrimas finalmente caindo. Seus irmãos se aproximaram e, sem palavras, o abraçaram com força, oferecendo-lhe o que podiam: apoio e conforto. Eles não iriam deixá-lo sozinho. A dor dele agora era deles também.

■■■

Baela abriu os olhos lentamente, sua mente clareando, e com um esforço, seu corpo começou a responder. Algo estranho aconteceu; ela se sentia bem, disposta, como se estivesse retornando de um pesadelo. Ela se perguntava como ainda estava viva. A memória de Crown, a cobra humana, veio à tona—suas mãos apertando seu pescoço, privando-a de ar. Mas, nos breves momentos que se seguiram, Baela sentiu algo imenso e aterrador: um poder que a consumiu. Sua magia estava exaurida, seu corpo exausto. Ela não era imortal. Não fazia sentido estar ali.

Ela tentou recordar os detalhes. O toque invisível nas costas, aquele poder familiar, que de alguma forma havia guiado sua magia do equilíbrio, permitindo-lhe usar a força para arrancar o braço monstruoso de Crown. Depois disso, tudo ficou embaçado. Ela apagou e não sabia quem a havia retirado de lá, nem o destino do monstro.

Com a mente turva, algo ainda lhe escapava: o pesadelo, o aviso, a sensação de iminente perigo. Quanto mais tentava lembrar, mas as memórias se desfaziam. Ela estava perdida.

— Dragãozinha! — A voz de Daemon cortou o silêncio, e ele se aproximou da cama, segurando sua mão suavemente. Baela sentiu os olhos se encherem de lágrimas ao ver seu pai.

— Desculpe, Kepa, desculpe! — Ela sussurrou, sua voz fraca. Daemon a ajudou a se sentar e a abraçou com força, como se pudesse protegê-la de todo mal.

— Nunca mais faça isso, Baela Targaryen. Um pai se sacrifica pelos filhos, não ao contrário. Prometa-me que sempre escolherá sua vida. Prometa! — Daemon falou, a voz embargada. Ele não suportaria perder a filha.

Baela encolheu-se com as palavras do pai. Não podia prometer algo que sabia que não conseguiria cumprir. Ela olhou nos olhos dele com seriedade, sentindo o peso da responsabilidade em seu coração.

— Eu não posso prometer isso, kepa. Se for você ou alguém da nossa família em perigo, eu não ficarei parada. O sangue de dragão em mim não permitiria tal covardia. Lutarei, responderia com fogo e sangue. Afinal, sou sua filha. — A destreza e firmeza de Baela fizeram Daemon olhá-la com orgulho.

— Sangue do meu sangue. — Ele sussurrou, a emoção transbordando enquanto beijava a testa da filha, sentindo a força dela se refletir nele.

Daemon observou Baela com uma expressão atenta, notando como ela parecia ter enfrentado algo além do que ele poderia imaginar.

— Conte-me o que aconteceu antes de eu chegar. — Ele pediu, sua voz séria. Baela, com os olhos distantes, contou o que lembrava sobre Crown, sua força sobrenatural, a velocidade aterradora e o mestre que ela mencionara.

Daemon ouviu cada palavra com precisão, cerrando os dentes ao ouvir sobre a luta e o poder invisível que ajudará Baela a derrotar o monstro. Seu olhar se fechou com raiva ao pensar nos Vulcan e sua ameaça. Eles eram poderosos e diabólicos, e Daemon sabia que precisavam ser eliminados imediatamente.

— Este tesouro de Valíria está cada vez mais perigoso. — Ele ponderou, antes de relatar como derrotara Crown, mas também como não soubera quem a havia retirado daquele lugar.

— Aquele ‘V’... deve ser dos Vulcan. — Daemon murmurou, a raiva crescendo. O pensamento de que um descendente ainda estava vivo o consumia.

Baela o olhou atentamente, percebendo a tensão do pai.

— Algo sombrio estava rondando seu sono, filha. Eu não sei como, mas Colt conseguiu te salvar e depois Jacaerys fez algo com os colares. Lembra de alguma coisa? — Daemon perguntou, determinado a entender o que estava acontecendo.

— Jace está aqui? — Os olhos violetas de Baela brilharam, sua felicidade era evidente. Seu coração batia mais rápido.

— Dragãozinha, foco. Responda à minha pergunta. — Daemon disse, a preocupação agora estampada no rosto.

Baela hesitou, a mente ainda emaranhada.

— Eu não consigo lembrar claramente... Havia uma caverna, sem entrada ou ventilação, escura, gelada. Eu me sentia aprisionada lá. E havia algo dentro... algo querendo sair. Depois disso, tudo ficou turvo. Não consigo juntar as peças. — Ela explicou, sua voz carregada de frustração.

Daemon escutou com atenção, e então, como se algo tivesse se acendido dentro dele, murmurou:

— Uma prisão mágica... Isso é algo que não consigo compreender. Precisaremos de Rhaena para desvendar isso.

Baela assentiu. Sentia que algo muito maior estava acontecendo, algo que nem Daemon conseguia entender por completo.

— Kepa... eu posso ver o Aegon? Eu... eu o atirei pela janela, e me sinto mal por ele. — Baela pediu com um olhar que implorava.

Daemon olhou para ela, lutando entre a necessidade de ser firme e a compaixão que sentia por sua filha. Finalmente, ele cedeu.

— Claro, dragãozinha. Vou mandar preparar seu banho e sopa. Volto já. — Ele disse, beijando a testa de Baela antes de sair.

Após Baela se arrumar, pai e filha se dirigiram ao quarto de Aegon. Ao chegarem, o ambiente estava carregado de tensão, e os olhares de surpresa se voltaram para Baela, que, ainda em processo de recuperação da batalha, entrou com passos firmes. Ela fez uma reverência ao rei Viserys e à rainha consorte Alicent.

— Perdoe-me, tio, por ter colocado minha vida e a do príncipe Aegon em risco. — Disse ela, com humildade.

Viserys, com uma expressão calorosa, estendeu a mão para Baela, tomando-a suavemente.

— Só temos a agradecer, sobrinha, por sua coragem ao proteger a cidade e Aegon. — Respondeu ele, sua voz suave, mas cheia de gratidão.

Alicent, com um sorriso forçado, se voltou para Baela.

— Sim, princesa Baela, você é adorável e corajosa. Príncipe Daemon, o senhor é um homem de sorte. Se não fosse... o seu noivado, eu... — Ela começou, mas foi rapidamente interrompida por Daemon, que puxou Baela para perto de si, cortando qualquer possibilidade de outra conversa.

— Minha filha já tem noivo.

Alicent sorriu, embora o brilho nos olhos mostrasse que qualquer esperança de outro arranjo havia se dissipado.

Quando Baela se aproximou de Aegon, ele esboçou um sorriso fraco. Ainda sentia a dor do luto, mas a gratidão era evidente em seu olhar.

— Se não fosse por você, eu não estaria aqui. Obrigado, prima. — Ele disse, sua voz grave, e a dor em seus olhos deixava claro o peso da situação.

Baela olhou para ele com uma expressão de empatia.

— Sinto muito, Aeg... — Ela começou, mas ele a cortou.

— Não, Bae. Eu quero vingança. Vou caçar e matar todos como ele. Não permitir que mais vidas sejam perdidas. — Aegon falou com uma determinação feroz, sua voz tensa e cheia de ódio, refletindo a força de seu desejo por justiça.

Daemon e Viserys ficaram surpresos com a agressividade do jovem príncipe, mas o olhar determinado de Aegon os deixou sem palavras.

Alicent, desesperada, implorou para que ele não seguisse por esse caminho, mas Viserys, com um olhar firme, afirmou:

— Eu não posso mudar o que está no coração dele, Alicent.

A tensão pairava no ar, densa e intransigente, enquanto a rainha consorte se retirava, com o peso da frustração e impotência esmagando-a. Antes de desaparecer por completo, ela lançou uma última advertência ao filho, uma tentativa vã de conter os desígnios de um príncipe já decidido.

O rei Viserys falava em tom baixo, com Daemon discutindo as estratégias para as missões que estavam por vir. Enquanto isso, do outro lado da sala, os príncipes mantinham uma conversa sussurrada, deixando claro que, juntos, se lançaram na missão suicida. Nenhum deles, nem o mais novo, se atreveria a abandonar o outro.

Lady Baela permaneceu em silêncio, observando a cena. Ela estava já em apuros o suficiente e não desejava agravar ainda mais a situação. Sabia, no entanto, que nas futuras expedições em busca dos artefatos mágicos de Valíria, os irmãos de Crown surgiriam, e Aegon conseguiria, enfim, a vingança que tanto desejava. Naquela mesma noite, pai e filha partiram para Dragonstone, subindo em seus dragões, com o espírito inflamado pela promessa de algo que estava prestes a ser desvendado.

Continua...

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