36 - estresse

nota da autora: quero ver quem vai achar a referência nesse capítulo 👀

Meta de votos: 115😉

se comentarem muito eu atualizo mais cedo

boa leitura!!

🏎️🏎️🏎️

2025, Nice.
Charlotte on

No meu primeiro dia na Chanel, acordei mais cedo do que o habitual, uma mistura de nervosismo e excitação dominando meu corpo. Não era apenas um novo começo para a minha carreira, mas uma grande mudança na minha vida. Eu estava finalmente aqui, em Nice, e era o meu momento.

Eu vesti o que eu achava ser o look perfeito: um conjunto elegante, simples, mas sofisticado. Cheguei ao escritório e fui imediatamente recebida por uma equipe de pessoas que pareciam ter saído de um catálogo de moda. O ambiente era impecável, muito além do que eu poderia imaginar.

— Bem-vinda, Charlotte! — Uma das assistentes sorriu enquanto me guiava para o meu espaço. Era difícil não ficar impressionada com a atmosfera de luxo que permeava cada canto.

Ali, conheci as primeiras pessoas que se tornariam parte do meu dia a dia. Chloé, uma francesa loira de olhos azuis que parecia ser a pessoa mais acolhedora do mundo. Ela me deu um sorriso gentil e logo começou a me mostrar a área.

— Se precisar de qualquer coisa, é só me chamar, tá? — ela disse, com um tom acolhedor que fez com que eu me sentisse um pouco mais confortável.

Helen, uma mulher mais alta com uma presença marcante, se aproximou logo depois. Ela tinha um jeito mais reservado, mas seus olhos transmitiam uma energia positiva.

— Você vai adorar trabalhar aqui. A equipe é incrível. — Sua voz suave e seu sorriso relaxaram a tensão que eu nem sabia que estava sentindo.

Camila era uma das meninas mais animadas, com um sorriso contagiante que iluminava o ambiente. Ela estava constantemente falando sobre suas experiências com a moda, e logo percebi que ela tinha um talento natural para esse mundo.

Margot, por outro lado, era mais calma e introspectiva. Seus olhos pareciam sempre atentos, absorvendo cada detalhe ao seu redor.

Enquanto isso, os homens também começaram a aparecer. Henri, um rapaz com um estilo impecável e um charme discreto, me cumprimentou com um aceno de cabeça.

Peter era mais extrovertido, com uma personalidade expansiva que contrastava com a calma de Henri. Ele logo começou a conversar comigo sobre as coleções da marca, me dando uma visão sobre o trabalho que seria exigido de todos nós.

Felippo, um modelo italiano que estava em sua própria jornada na Chanel, foi o próximo. Ele tinha um sorriso fácil e uma voz baixa que me fazia prestar atenção em cada palavra. Ele parecia muito focado, e as conversas que tive com ele eram sempre sobre a importância de manter a concentração nesse mundo.

E então, Theo. Eu o reconheci imediatamente assim que ele entrou na sala. Theo, o menino que eu conhecia desde pequena em Mônaco, agora estava na mesma equipe da Chanel. Ele havia se mudado para a França quando estávamos no sétimo ano, e eu nunca soubera o motivo. Vê-lo ali, depois de tanto tempo, foi uma surpresa.

— Charlotte? — Ele disse, a surpresa evidente em seus olhos.

— Theo? — Respondi, ainda incrédula com a coincidência. Ele sorriu e veio até mim, abraçando-me com uma familiaridade que me fez sentir um pouco mais à vontade naquele ambiente novo.

— Não acredito que estamos trabalhando juntos! O tempo passou rápido, não? — Ele disse, com uma risada suave.

Conversamos brevemente, e eu pude perceber que ele estava confortável naquele mundo de moda, como se fosse natural para ele. Ao longo do dia, ele se mostrou uma boa companhia, sempre com um sorriso amigável e disposto a me ajudar quando necessário.

O primeiro dia foi uma mistura de emoções: empolgação, nervosismo, e uma sensação de estar finalmente onde sempre sonhei. Mas, com pessoas como aquelas, tudo parecia mais fácil.

E logo chegaram várias pessoas para explicar o que faríamos nesse início de ano. Já começamos o trabalho no primeiro dia.

Nosso grupo foi dividido em equipes para coordenar os detalhes das imagens, com Chloé e Helen, que eram mais extrovertidas, logo se aproximando e se oferecendo para ajudar. Margot, no entanto, parecia agir de maneira diferente. Ela havia se distanciado um pouco do grupo e se concentrava mais nas tarefas, mas não demorou muito para que ela começasse a lançar indiretas sutis que, por mais discretas que fossem, se tornaram claras para mim.

Na sala de produção, onde o ambiente estava fervilhando de criatividade e pressa, todos estavam preocupados em organizar as roupas, acessórios e até o cenário das fotos. Eu estava ajudando a organizar a parte de modelagem e, de repente, Margot apareceu por trás de mim com um sorriso aparentemente amigável, mas havia algo afiado por trás dele.

— Então, Charlotte, como está se saindo com as roupas? Eu sei que você é nova aqui, mas, bem, eu tenho alguns anos de experiência. Talvez eu possa te ajudar a entender como as coisas funcionam de verdade — disse ela, com um tom que não passava despercebido. Ela se aproximou mais, e o jeito como olhava a pilha de roupas na minha mesa parecia mais uma avaliação do que uma sugestão.

Eu respirei fundo, tentando manter a calma. Não queria cair no jogo dela, mas a provocação estava ali, clara.

— Agradeço pela ajuda, Margot, mas acho que estou conseguindo lidar com isso por conta própria — respondi, tentando soar tranquila, mas sem esconder um toque de firmeza. Ela não parecia gostar muito disso.

— Claro, claro. Só pensei que, talvez, você fosse querer aprender algo que realmente fizesse diferença para a marca — ela disse, com um sorriso que mais parecia um desafio disfarçado. Ela então passou a mão pela borda de uma jaqueta e a deixou cair de forma deliberada, como se fosse um erro meu.

A tensão ficou palpável, mas antes que eu pudesse reagir, ela já se afastava, se misturando com o resto da equipe. Eu senti uma pontada de frustração, mas não queria que ela visse que sua provocação estava me afetando. À medida que o trabalho avançava, ela começou a se posicionar de forma estratégica, tentando ser a mais visível nas fotos e dando sugestões com um ar de autoridade, como se fosse a verdadeira líder da equipe.

Quando começamos a fazer os primeiros testes de fotos, ela se aproximou do fotógrafo e, em uma tentativa clara de se destacar, começou a dar instruções, desconsiderando as sugestões do resto da equipe. Em um momento, ela olhou diretamente para mim, com um sorriso enigmático nos lábios, e disse:

— Acho que você poderia tentar um ângulo diferente para capturar essa peça. Eu realmente não sei se você entendeu como mostrar o verdadeiro estilo da coleção ainda.

Eu não pude deixar de perceber a malícia nas palavras dela. Parecia uma tentativa de me diminuir, de mostrar que, para ela, eu ainda não era boa o suficiente para estar ali. A rivalidade começou a se moldar diante dos meus olhos, com Margot claramente tentando me colocar em uma posição inferior. Mas eu não podia deixar que ela me derrubasse tão fácil.

— Talvez eu tenha uma visão diferente da sua, Margot — respondi, com um sorriso que não era amigável, mas não agressivo. Ela me encarou por um momento, seus olhos estreitando, como se estivesse pesando a situação, e logo se afastou, resmungando algo inaudível para si mesma.

Enquanto o resto da equipe seguia com as fotos, não pude deixar de notar o comportamento de Margot. Cada vez que eu estava prestando atenção em algo, ela surgia de algum lugar, tentando ofuscar minhas ideias ou colocar suas próprias opiniões como as mais importantes. Era claro que ela estava tentando estabelecer uma rivalidade desde o início. Cada sorriso que ela dava, cada gesto aparentemente inocente, parecia projetado para me desafiar, para me fazer sentir como se não tivesse espaço ali.

Os meninos, como Henri, Peter e Felippo, pareciam perceber a tensão, mas tentaram suavizar a situação, falando sobre os detalhes das fotos ou fazendo piadas, tentando aliviar o ambiente. Mas eu sabia que aquilo era mais do que apenas uma competição saudável. Margot queria ser a estrela, e, para isso, não hesitaria em apagar os outros.

Eu tentava me manter focada no trabalho, ignorando a rivalidade crescente, mas estava claro que aquele primeiro dia seria um teste para mim. Eu teria que ser mais forte, mais rápida e mais resiliente para não permitir que Margot dominasse o espaço que eu já estava começando a conquistar na Chanel.

O resto do dia foi uma mistura de momentos incríveis e outros um pouco mais difíceis de engolir. A equipe estava, em sua maioria, acolhedora e receptiva. Chloé, com sua energia vibrante, tentou me ajudar a me sentir à vontade. Helen foi gentil e gentilmente me explicou algumas nuances do trabalho, enquanto Henri, Peter e Felippo, que eram mais reservados, me cumprimentaram com um sorriso e tentaram me incluir nas conversas. Theo, por outro lado, parecia alheio às tensões, e, embora a princípio eu não soubesse o que esperar dele, logo percebi que ele estava genuinamente interessado em saber como eu estava.

— Está tudo bem? — ele perguntou enquanto reorganizávamos os looks. Seu olhar era amigável, e, por um momento, me senti em casa.

— Sim, só tentando não ficar muito nervosa com toda essa gente importante aqui — confessei, rindo um pouco nervosa.

— Não se preocupe. Todo mundo aqui começou de algum lugar. Você vai se sair bem — ele disse com um sorriso tranquilizador.

Porém, a sensação de que o clima estava ficando mais pesado só aumentava à medida que o dia avançava. Margot parecia se divertir criando um ambiente desconfortável para mim. Quando não estava tentando me fazer parecer inexperiente diante da equipe, estava sutilmente espalhando comentários para os outros, como se tentasse minar minha confiança.

Em um momento, enquanto todos se preparavam para a próxima rodada de fotos, Margot, que estava ao lado de Helen, fez questão de puxar a conversa. Ela olhou para mim com um sorriso doce, mas as palavras que saíram de sua boca eram como flechas envenenadas.

— Charlotte está tentando entender como funciona esse trabalho, mas, como é de se esperar, nem todo mundo tem a mesma visão — ela disse, sem sequer olhar diretamente para mim, mas o tom de voz era claro o suficiente para que todos na sala ouvissem.

Helen olhou para Margot, visivelmente desconfortável com a provocação, mas optou por desviar o olhar e não se meter. Por outro lado, Chloé parecia perceber o que estava acontecendo e, em um esforço para quebrar a tensão, sorriu para mim, tentando mudar de assunto.

— Não ligue para ela, Charlotte. Ela é assim com todos. Acho que ela gosta de ser a "líder" — Chloé disse, mas sua voz ainda parecia tensa. Era claro que, mesmo que ela tentasse manter as coisas leves, a atmosfera estava ficando desconfortável.

Enquanto isso, o olhar de Margot se mantinha afiado. Ela parecia se divertir em me observar lutar para encontrar meu espaço, sempre buscando um momento para me colocar para baixo. Em outro momento, enquanto eu estava terminando de arrumar as roupas para as fotos, ela se aproximou e, com um sorriso travesso, sussurrou:

— Você não acha que, com seu tipo de corpo, seria mais adequada para outro tipo de desfile? Algo mais comercial, talvez? Não é como se você fosse a melhor escolha para o que estamos fazendo aqui.

O comentário me pegou de surpresa, mas tentei manter a compostura. Por dentro, tudo o que eu queria era gritar, mas sabia que isso só a faria ganhar mais terreno. Respirei fundo e, com a calma que pude reunir, respondi:

— A diferença é que eu não preciso tentar diminuir os outros para me sentir melhor comigo mesma — lancei de volta, sem fazer questão de esconder a ironia. Ela ficou sem palavras por um momento, claramente surpresa pela minha resposta, mas logo se recompondo.

— Não foi isso que eu quis dizer — ela disse rapidamente, como se estivesse tentando se defender. Mas sua expressão entregava a verdadeira intenção.

Eu não sabia até onde ela iria para me fazer sentir inferior, mas não estava disposta a permitir que ela tomasse o controle do meu primeiro dia. Os outros, Henri, Peter, Felippo e até Theo, não pareciam nem um pouco impressionados com a atitude de Margot, mas isso não parecia impedi-la de continuar tentando me provocar de todas as formas possíveis.

Na hora do almoço, enquanto todos estavam se acomodando para comer, Margot não perdeu a oportunidade de fazer um comentário que parecia casual, mas que tinha a intenção clara de me atingir.

— Então, Charlotte, já se acostumou com esse estilo de vida? Ou ainda acha que vai ser um conto de fadas? — ela disse, rindo baixinho enquanto olhava para os outros, como se estivesse testando para ver se conseguia arrancar risos deles.

Eu podia sentir os olhares de Chloé e Helen em mim, uma tentativa silenciosa de apoio, mas a provocação de Margot estava ficando cada vez mais difícil de ignorar. Antes que eu pudesse responder, Theo se aproximou, com um olhar que era quase um sinal de alerta.

— Margot, chega de encrenca. Vamos focar no trabalho, né? — ele disse com um sorriso, tentando aliviar a tensão. Mas, por dentro, eu sabia que o jogo dela estava longe de acabar.

Quando voltamos para a sessão de fotos, Margot não perdeu a chance de ser crítica. Sempre que eu estava em uma pose que ela não gostava ou se achava que poderia fazer melhor, ela fazia questão de apontar o erro. Mesmo que as coisas estivessem indo bem, ela criava um clima de desconforto, fazendo com que eu duvidasse de cada movimento.

E assim, que eu cheguei em casa, só queria tomar um banho e me deitar. Na frente dos outros eu finjo que os comentários que fazem sobre mim não me afeta. Era um coisa que meu pai sempre me falava quando eu era pequena. "Não mostre sua fraqueza aos outros". Então eu guardava tudo, para chegar em casa no final do dia e colocar para fora. Eu chorava, até que aquilo passava e eu voltava a me sentir bem.

O problema, é que dessa vez eu só não voltei a me sentir bem. Só queria ligar para Lando e ouvir a voz dele.

Lando on.

Depois de algumas semanas sem ação, a McLaren finalmente voltou à ativa. O dia de testes estava marcado e, sinceramente, eu não estava nem um pouco animado para o que estava por vir. A pressão estava enorme — tínhamos que melhorar o desempenho do carro, testar novas atualizações e ainda por cima garantir que tudo estivesse pronto para as próximas corridas.

Eu e Oscar já estávamos nos preparando para enfrentar um dia inteiro de voltas atrás de voltas. Estava cedo, e o sol começava a nascer, mas o peso sobre meus ombros já parecia estar ali há horas. Cada curva que eu fazia, sentia a tensão no volante. Não ajudava muito o fato de estarmos tentando ajustar o carro para uma configuração que já parecia não dar certo desde o começo.

As primeiras voltas foram um desastre. Não só o carro estava complicado de controlar, como minha mente não parava de voltar ao que acontecia fora da pista. Charlotte... a ideia de não vê-la por dias me deixou mais cansado ainda. Claro, a rotina da F1 exige total concentração, mas a saudade dela me consumia.

— Lando, o que está acontecendo com os tempos?! — Meu engenheiro perguntou no rádio, interrompendo meus pensamentos.

— Estou tentando, mas o carro não responde como deveria. Algo não está certo.

As horas passaram, mas o estresse só aumentava. Cada mudança no setup do carro parecia piorar ainda mais as coisas. A frustração começou a tomar conta, e até mesmo a troca de pneus parecia uma eternidade. No meio da pista, senti o calor da pressão aumentando a cada curva, e o rádio da equipe começava a irritar mais do que ajudar.

— Lando, os tempos não estão melhores. O que estamos fazendo de errado?

A voz da equipe era calma, mas eu podia sentir o desconforto por trás de cada palavra. Tudo o que eu queria era acertar, mas parecia que cada tentativa só me afastava mais de um bom desempenho.

A falta de conexão com o carro me deixava irritado, e eu não conseguia esconder. Cada vez que passava pela linha de chegada e ouvia os tempos, meu estômago dava um nó. A sensação de frustração era cada vez mais insuportável.

E tinha mais um detalhe. Não eram só meus tempos que estavam ruins. O de Oscar também. Não sei se isso deveria me deixar mais calmo ou mais nervoso. Por um lado, não era totalmente minha culpa, por outro, o carro estava péssimo. Tínhamos que melhorar essa configuração rápido, antes do início da temporada. Isso se quisermos ter alguma chance do título mundial

— Preciso de uma pausa — resmunguei, desanimado, quando a equipe me pediu para fazer mais uma volta.

Eu queria sair da pista, esquecer por um momento a pressão. Mas não podia. O trabalho não acabava até que eu conseguisse melhorar aquele maldito carro.

O dia parecia não ter fim. Cada hora, mais um teste, mais um erro. Eu sentia que a pressão estava me engolindo, e por mais que eu tentasse focar, a cada curva, a cada retorno ao box, a frustração só aumentava.

Até que, finalmente, o dia chegou ao fim. Mas não foi um alívio, não foi uma sensação de dever cumprido. Eu sabia que não tinha dado o meu melhor, e isso me deixava ainda mais inquieto.

O que me aguardava depois disso, além dos testes, eu não sabia. Mas uma coisa era certa — o amanhã seria igualmente difícil.

Cheguei em casa, tomei um banho, mas nada do estresse passar.

Eu só queria estar com a Charlotte agora. Então, foi aí que resolvi ligar para ela.

"Boa noite, amor" — falei assim que ela atendeu

"Boa noite, gatinho. Como foi o dia na McLaren?" — ela respondeu

"Não muito bom, para falar a verdade. E o seu na Chanel?" — perguntei, esperando que pelo menos um de nós dois tivesse tido um bom dia.

"Não muito bom, também. Foi bem estressante" — comentou — "Só queria um abraço agora"

"Você acha que um abraço te faria se sentir melhor?" — perguntei

"Um abraço seu, sim" — ela disse

"Chego em alguns minutos" — falei pegando a chave do carro.

"Lando, está doido? Agora são oito da noite" — ela disse

"Mas você está precisando de um abraço!"

"Vai dirigir 20km só para me abraçar?"

"Eu correria 20km só para te abraçar" — respondi. Sabia que ela estava sorrindo do outro lado da linha, e só isso já fazia meu dia melhorar — "Até daqui a pouco"

"Até!"

Encerrei a ligação e fui o mais rápido possível para o apartamento dela.

Tomei no mínimo umas cinco multas por excesso de velocidade. Mas quer saber? Essa era a última coisa que eu estava ligando.

Cheguei em seu prédio, parei o carro rapidamente e fui até a entrada. Enquanto subia as escadas, não conseguia deixar de pensar que tudo o que eu queria naquele momento era ver o sorriso dela, sentir o abraço que ela me havia pedido. Quando a porta se abriu, lá estava ela, em um moletom confortável e com o cabelo bagunçado, mas o olhar doce e acolhedor que sempre me fazia sentir em casa.

— Eu sabia que ia vir — ela disse, com aquele sorriso que, de alguma forma, sempre me tranquilizava.

— Claro que viria. Você precisava de mim — falei, sem esconder o quanto isso significava para mim.

Ela deu espaço para que eu entrasse e, antes mesmo de eu falar mais alguma coisa, me abraçou com força. O cheiro do seu perfume misturado com o calor do seu corpo me fez esquecer do caos do meu dia. Era tudo o que eu precisava, e ali, com ela, tudo parecia se encaixar.

Não importava o quão ruim meu dia tinha sido, ela sempre conseguia melhorar ele.

— Eu te amo — murmurei em seu ouvido — Estava com saudade

Ela se afastou um pouco, olhou nos meus olhos e sorriu.

— Eu também estava, meu amor — disse, passando as mãos pelo meu rosto.

A maneira como ela falava, com esse tom suave, me fazia sentir que o mundo podia esperar. Tudo que eu queria agora era passar o tempo com ela, sem pressa, sem preocupações.

Ela me puxou novamente para um abraço, e dessa vez, deitou a cabeça em meu peito. O calor do seu corpo, a suavidade do seu toque, me fizeram esquecer o peso do meu dia. Eu só a segurei com mais força, fechando os olhos e absorvendo o momento.

Ela se afastou um pouco, olhou nos meus olhos e, sem dizer nada, se inclinou para me beijar. Foi um beijo calmo, carinhoso, sem pressa, como se estivéssemos no nosso próprio mundo, longe de tudo o que estava acontecendo lá fora. Não havia nada urgente, nenhum problema, apenas o toque suave dos lábios dela nos meus. A sensação foi tão reconfortante que, por um instante, tudo ao meu redor desapareceu.

Quando ela se afastou, me olhou com um sorriso tranquilo, e eu percebi que, naquela fração de segundo, ela tinha "resetado" meu dia. Todo o estresse, a frustração dos testes, o nervosismo, o medo... tudo aquilo parecia tão distante agora. Nada importava mais. O que eu precisava, o que eu queria, estava ali, com ela.

— Você sempre sabe o que fazer para me acalmar — falei, tocando o rosto dela com carinho.

Ela sorriu ainda mais, me abraçando de novo, e eu senti que, enquanto estivermos assim, nada mais poderia ser tão ruim. O dia inteiro, com todas as suas dificuldades, desapareceu. Tudo o que importava agora era estar ali, com ela, naquele momento perfeito.

— Então, o que você quer fazer agora? — ela perguntou, olhando para mim com um sorriso tímido.

— Eu quero ficar aqui. Com você. O resto não importa. — Respondi, com sinceridade, querendo mais do que qualquer coisa aquele momento de calma.

Ela assentiu, como se soubesse exatamente o que eu precisava. Acompanhou-me até o sofá, e nos acomodamos juntos, sem pressa, sem mais nada para se preocupar. O som da cidade lá fora era apenas um sussurro distante, sem importância. Tudo o que eu sentia era o calor do corpo dela ao meu lado e a certeza de que, mesmo em um dia cheio de caos, eu sempre poderia encontrar paz com ela.

Conforme passávamos o tempo em silêncio, às vezes compartilhando pequenas histórias do que tinha sido o nosso dia, eu percebi o quanto ela me acalmava, sem nem precisar fazer esforço. E isso era algo que eu nunca tinha experimentado antes.

— Sabe, Lando, não sei como eu ficaria sem você — ela disse, com a voz suave.

— Você não precisa se preocupar com isso. Eu sempre estarei aqui — respondi, acariciando seu cabelo com carinho. — E, se você precisar de mais abraços ou de mais algum Lando por perto, é só chamar.

Ela sorriu, e aquela foi a resposta mais reconfortante que eu poderia receber. Nós ficamos ali, no conforto do sofá, sem pressa de nada, enquanto o mundo continuava lá fora. Só nós dois e a sensação de que, por um momento, tudo estava certo.

O estresse de mais cedo, as preocupações, o caos... tudo se desfez naquele abraço e no silêncio compartilhado. Porque no fim, eu sabia que, com ela ao meu lado, qualquer dia poderia ser enfrentado.

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contagem: 3895

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bjocas💗
até o próximo

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