29 - 13/11 (pt.1)

nota da autora: Vou lançar dois eps para vocês hoje. Tô tentando escrever o resto, mas os dias estão bem corridos. Então, talvez demore um pouquinho!!

Votem muito para ajudarr. Meta de voto do capítulo 29 e 30: 100 votos. Se baterem eu atualizo mais rapido 🙃

Boa leitura!!💗

2024, Mônaco.
Lando on.

Eu sou o tipo de pessoa que conta os dias para o meu aniversário desde o ano novo. E, finalmente, o tão esperado 13 de novembro chegou. Demorou, mas chegou.

Este ano, eu estava mais animado que o normal. O motivo? Hoje era domingo, e domingos significavam passar o dia ao lado de Charlotte. Ou seja, eu teria a chance de comemorar meu aniversário com a minha pessoa favorita no mundo.

Acordei com mensagens de parabéns dos meus pais e da minha irmã, seguidas pelos meus amigos do Quadrant e quase todo mundo da McLaren. A única exceção foi o Oscar, mas presumi que ele ainda estivesse dormindo ou ocupado, então não me importei.

Sem perder tempo, fui direto tomar banho para buscar Charlotte em casa. Escolhi uma camiseta branca, moletom e calça preta, passei o Dior Sauvage e saí.

Assim que ela abriu a porta, dei um selinho e sorri:
— Bom dia, meu amor.

— Bom dia! — respondeu ela, com um sorriso. — Que animação toda é essa?

Esperei algum sinal de que ela se lembrava do dia especial, mas... nada. Ela tinha se esquecido?

— Nada demais, só estou animado para passarmos o dia juntos. — menti, tentando esconder minha decepção.

— Como se já não fizéssemos isso quase todo dia, né? — ela brincou, soltando uma risada leve.

Charlotte sempre foi boa com datas. Não era possível que ela tivesse esquecido.

Abri a porta do carro para ela entrar no carro, depois fui para o lado do motorista.

— O sol está forte hoje, né? — ela comentou, quase gaguejando. — Estou com calor.

Olhei o termômetro do carro. Estava 15 graus.

— Charlotte, está 15 graus.

— Sou calorenta. — justificou ela, dando de ombros.

Preferi não discutir, mas claro que não ia deixar passar.

— O que você está com vontade de fazer hoje? — perguntei, curioso.

— Ah, nao pensei em nada. Como hoje nao tem nada em especial pensei em so ficarmos em casa mesmo, quem sabe podemos sair de noite.

Nada especial?

— Ah, ta bom — murmurei como resposta

Charlotte parecia agitada ao meu lado, ficava checando a bolsa a todo momento. Sem contar que mal olhava para mim.

— Você tá bem? — perguntei

— Eu.. an... Sim! Por que não estaria? — ela gaguejou

— Se você diz... — falei

O resto do caminho até minha casa foi silenciosos. Eu estava mais quieto do que o normal, perdido em pensamentos. Assim que chegamos no quarto, ela tentou me animar:

— Quer jogar algum jogo comigo?

Não queria dizer nao. Mas eu estava pensando demais. Carlos, meu melhor amigo, nao me mandou nada. Nem Charles, nem nenhum dos outros pilotos. Sem contar que minha própria namorada esqueceu também. Então, achei melhor dormir, para conseguir parar os pensamentos.

— Desculpa, princesa, tô cansado. Acho que vou dormir.

Ela me olhou com um misto de tristeza e compreensão, mas não insistiu. Se deitou ao meu lado e abriu os braços, convidando-me para um abraço. Me encaixei, sentindo o calor e o conforto que só ela sabia oferecer.

Charlotte começou a fazer cafuné em mim, como se quisesse apagar qualquer pensamento ruim da minha cabeça. Não demorou muito para eu fechar os olhos e adormecer.

Charlotte On.

Lando tinha dormido por menos de uma hora. Enquanto ele descansava, decidi pedir comida para nós dois, escolhendo o prato favorito dele. Queria que ele se sentisse especial, pelo menos um pouco, nesse dia. Fui até o restaurante buscar o pedido, tentando ganhar tempo e evitar atrasos.

Quando voltei para casa, ele já estava acordado, mas parecia distante, mexendo no celular e sem muita disposição para conversar.

Ver Lando tão desanimado partia meu coração. Tudo o que eu queria era abraçá-lo, dizer que me importava, que nunca esqueceria o que hoje representava. Mas me contive. Era parte do plano.

Sentada ao lado dele, não resisti e passei os dedos suavemente pelos seus cachos enquanto ele permanecia deitado, imóvel. Minha mente girava em busca de algo mais que pudesse fazer para compensar a tristeza que ele estava sentindo. A festa surpresa estava planejada em cada detalhe, mas, naquele momento, comecei a questionar se esconder o quanto ele era importante para mim era realmente uma boa ideia.

— Está com fome? — perguntei, quebrando o silêncio.

Ele demorou um instante para responder, mas acabou dizendo:

— Um pouquinho.

— Pedi comida. Quer também?

— Quero — respondeu, levantando-se com preguiça.

Me sentei na beirada da cama, e Lando parou na minha frente, de pé, entre minhas pernas. Ele ergueu meu rosto, tocando meu queixo suavemente com os dedos. Por alguns segundos, seus olhos fixaram-se nos meus, antes de ele abrir um pequeno sorriso e me dar um selinho. Sem dizer nada, virou-se e saiu do quarto.

De início, achei que a ideia de Carlos de fingir que tínhamos esquecido o aniversário de Lando daria um toque a mais à surpresa. Mas agora, vendo-o tão para baixo, não tinha tanta certeza.

Quando desci as escadas, Lando já estava na cozinha, abrindo as embalagens da comida.

— Esse é meu restaurante favorito, sabia? — comentou com um tom leve, mas ainda contido.

— Aham! — exclamei, tentando soar animada.

Cheguei perto dele e o abracei por trás enquanto ele terminava de organizar as coisas na bancada.

— Ai, meu Deus, eu amo isso! — ele disse, dessa vez com um pouco mais de empolgação.

Não consegui evitar sorrir.

Lando pegou um prato, serviu um pouco de comida para mim e depois para ele.

— Quer beber alguma coisa? — perguntou, enchendo um copo de água para si.

— Não, obrigada — respondi, indo me sentar à mesa.

Em poucos segundos, ele se juntou a mim, mas continuava quieto, pensativo.

— Você tá muito calado hoje — comentei. — Aconteceu alguma coisa?

— Ah, não — ele respondeu, dando de ombros. — Só... esperava receber mensagens de alguns amigos, mas nada ainda.

— Sério? Sobre o quê?

Nada importante.

Essas palavras quebraram meu coração. Ele estava tentando esconder o quanto aquilo o incomodava, mas eu podia ver nos seus olhos. Não queria vê-lo assim nem por mais um segundo.

Aquela sensação de impotência me corroía. Eu queria tanto contar a verdade, dizer que tudo aquilo fazia parte de algo maior, que ele estava prestes a ter uma noite incrível ao lado das pessoas que realmente se importavam com ele. Mas era impossível sem estragar a surpresa.

Respirei fundo, buscando força para continuar com o plano, mesmo que parte de mim gritasse para desistir.

— Tenho certeza de que eles estão ocupados — comentei casualmente, tentando aliviar o clima.

Lando deu um sorriso curto, claramente forçado, e apenas assentiu.

O almoço foi mais silencioso do que eu gostaria. Mesmo quando tentava puxar conversa, ele respondia de forma monossilábica, como se estivesse preso em sua própria bolha de desânimo.

Depois que terminamos, ele recolheu os pratos e começou a lavar a louça, enquanto eu o observava da mesa.

— Posso ajudar? — ofereci, levantando-me.

— Não precisa. Tá tranquilo — respondeu sem sequer olhar para mim, concentrado na espuma que cobria suas mãos.

Aquela indiferença estava me matando. Era como se um peso invisível estivesse sobre ele, esmagando sua energia, e eu não conseguia fazer nada.

Subi as escadas, deixando-o sozinho por um momento, e peguei meu celular. Mandei uma mensagem rápida para Carlos.

"Ele tá muito pra baixo. Tem certeza que é uma boa ideia continuar com isso?"

A resposta veio em poucos segundos.

"Confia em mim. Ele vai pirar de felicidade quando tudo acontecer. Não desiste agora."

Suspirei. Carlos tinha razão, mas não era fácil segurar a ansiedade. Tudo precisava ser perfeito, e o tempo parecia arrastar-se até a hora da festa.

Desci de volta à sala e encontrei Lando no sofá, com as pernas esticadas e os braços cruzados. Ele ainda mexia no celular, mas, dessa vez, com um semblante mais sério.

— O que você quer fazer hoje? — perguntei, sentando-me ao lado dele.

Ele deu de ombros. — Não sei... talvez nada.

— Nada? — insisti, tentando parecer casual. — Ah, vamos sair, fazer alguma coisa diferente.

Ele me olhou de canto de olho, desconfiado.

— Tipo o quê?

Eu ri nervosamente, sem saber como continuar sem deixar escapar alguma pista.

— Sei lá... talvez um passeio, um cinema, qualquer coisa.

Lando suspirou e largou o celular na mesa de centro.

— Sinceramente, eu só quero ficar em casa hoje.

Aquelas palavras me deram um nó na garganta. O que eu poderia dizer? Qualquer tentativa de animá-lo parecia inútil. Então, decidi mudar de estratégia.

As horas seguintes se arrastaram. Lando ficou no sofá, mergulhado no videogame, enquanto eu tentava manter a calma. As mensagens do grupo da festa chegavam sem parar, e cada uma só aumentava minha ansiedade.

Carlos: "Tudo pronto aqui. Tá vindo?"
Carmen: "As velas ficaram incríveis! Ele vai surtar."
Max: "Só falta o aniversariante. Cadê vocês?"

Suspirei antes de responder. "Ainda não consegui convencer ele a sair. Tentando outra ideia."

Olhei para Lando, que parecia alheio ao mundo ao redor, e resolvi tentar algo mais direto.

— Ei — chamei, me aproximando do sofá e sentando ao lado dele.

— Oi — respondeu sem tirar os olhos da tela.

— Tem um restaurante novo que abriu aqui perto. Queria muito experimentar. Vamos comigo?

Ele pausou o jogo e me olhou, confuso.

— Agora?

— É, por que não? — sorri, tentando soar casual. — É tipo uma inauguração. Parece bem legal.

Lando arqueou uma sobrancelha, claramente cético.

— Não sei... não tô muito no clima.

Eu suspirei, fingindo um olhar triste.

— Ah, Lando, vai ser rapidinho. Só pra gente sair um pouco de casa. Prometo que, se você não gostar, voltamos na mesma hora.

Ele hesitou, passando a mão pelos cachos, pensativo. Por um momento, achei que fosse dizer não, mas então ele me surpreendeu.

— Tá bom. Por você, eu vou.

Sorri, tentando disfarçar o alívio que me invadiu.

— Obrigada! Você não vai se arrepender, prometo.

Ele levantou do sofá com preguiça, indo para o quarto trocar de roupa. Aproveitei para mandar uma mensagem ao grupo.

"Consegui! Estamos saindo. Chegamos em 20 minutos."

Carlos: "Bom trabalho! Aqui tá tudo no esquema."
Carmen: "Só não se atrasa! Já estamos aqui e tá tudo incrível."
Lily: "Se você não trouxer ele logo, a comida vai acabar. Sabe como o Daniel é!"

Me maquiei o mais rapido possível. Coloquei meu vestido e revisei mentalmente os detalhes da surpresa. Quando Lando voltou, vestido casualmente, parecia mais disposto, embora ainda carregasse um pouco de cansaço no rosto.

— Você está linda — ele disse analisando minha roupa, me tirando um sorriso bobo. — Vamos? — perguntou, pegando as chaves do carro.

— Vamos — respondi sorrindo.

No caminho, coloquei a playlist favorita dele. Lando começou a relaxar, cantarolando baixinho. A cada sorriso que escapava dele, meu coração ficava mais leve. Ele não tinha ideia do que estava por vir, e isso tornava tudo ainda mais emocionante.

Quando chegamos ao local da festa, estacionei e desci rapidamente, segurando a mão dele enquanto o guiava para a entrada.

— O restaurante tá fechado? — ele perguntou ao notar que as luzes estavam apagadas.

— Não exatamente. Vem comigo — respondi, com um sorriso misterioso.

Ele me lançou um olhar desconfiado, mas me seguiu. O lugar estava em total silêncio, todas as luzes apagadas. Apenas algumas velas estrategicamente posicionadas iluminavam o caminho.

continua...

🏎️🏎️🏎️

contagem: 1935

oii amigas, como vocês estão??
o capítulo 30 já vai sair!! Prometo.

O que acharam do capítulo??

E da história no geral? Tem alguma sugestão?

Não se esqueçam de votar muito!! e comentarem também.

Quem aí acompanhou o primeiro dia do nosso heptacampeão na Ferrari?❤️

Bjocas 💗
Até o prox

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