28 - Chuva
nota da autora: Falei que iria atualizar só amanhã, mas como vou viajar vou ficar sem internet por muito tempo. Então essses próximos dias vai ser difícil de atualizar :(
(mas eu juro que volto 😉
Esse capítulo foi uma sugestão de uma leitora, então está aí.
Esse capítulo é mais calmo e de boa, porem os próximos já foram planejados e eles tem tudo para serem perfeitos e agitados. 🤪
Espero que gostem, e boa leitura 💗
PERGUNTA IMPORTANTE NO FINAL.
🏎️🏎️🏎️
2024, Mônaco.
Charlotte on.
Os dias após o GP de Las Vegas foram um turbilhão de emoções para todos no paddock. A vitória de Lewis, que quase selou o título mundial, foi algo que todos esperavam, mas ver Oscar subindo no pódio em segundo lugar e Charles conquistando o terceiro lugar trouxe uma alegria especial para a nossa família. Pierre também brilhou, com um desempenho impecável que o colocou em quarto lugar. Já Max... bom, ele não parecia o Max. A Red Bull enfrentou um fim de semana complicado, e isso custou caro a ele. Terminar em quinto parecia inimaginável para alguém que dominou tanto nas últimas temporadas.
Felizmente, Lando já estava bem, mas era inevitável pensar que o acidente tinha encerrado qualquer chance que ele tinha de disputar o título.
No início, achei que Lando ficaria devastado. Conhecendo-o, esperava que ele se fechasse, ficasse com raiva de si mesmo, ou até que tentasse esconder o quanto aquilo o abalou. Mas, para minha surpresa, ele aceitou tudo de uma forma que quase me assustou. Quando conversamos sobre o campeonato na manhã seguinte, ele foi direto:
— Sabe, Lotts, eu nunca tive uma chance real contra o Lewis e o Max esse ano. Eles são monstros, e o que eles fizeram esse ano foi surreal. Eu teria que contar com dois DNFs do Lewis e que o Max terminasse abaixo do sétimo nas próximas três corridas. A gente sabe que isso não ia acontecer.
Ele falava com uma serenidade que parecia não condizer com o peso da situação. Foi quando percebi que ele já havia feito as pazes com aquilo. Lando decidiu focar no que ele podia controlar: o campeonato de construtores. E, sinceramente, eu o admirei ainda mais por isso.
— Quero dar o máximo nas últimas corridas. A gente ainda pode conquistar algo grande como equipe — ele disse, com aquele brilho determinado nos olhos que eu tanto amo.
Era esse o Lando que me encantava: alguém que não se deixava abalar pelas derrotas, mas usava cada obstáculo como motivação para crescer.
Enquanto ele falava, eu me perguntei de onde vinha toda aquela força. Talvez fosse a paixão dele por correr, ou talvez fosse algo mais simples, mais humano: a capacidade de aceitar que nem sempre é possível vencer, mas que isso não diminui o valor do esforço.
Naquele momento, senti algo que não sabia explicar. Não era apenas orgulho; era uma certeza silenciosa de que Lando ia alcançar tudo o que ele sonhava, mesmo que não fosse hoje, nem amanhã. Ele era feito disso: paciência e persistência, misturadas com aquele toque de loucura que só ele tem.
E enquanto ele fazia planos para as próximas corridas, eu já começava os meus. Afinal, com ou sem título, ele ainda tinha um aniversário chegando em poucos dias para celebrar, e eu queria garantir que fosse inesquecível.
Alguns dos pilotos se juntaram a mim para organizar uma festa surpresa para Lando. O local já estava reservado, a decoração planejada, o bolo encomendado... Tudo parecia estar no lugar, exceto por um detalhe que me deixava apreensiva: o aniversário dele cairia em um domingo, e, como de costume, passamos todos os domingos juntos. Isso significava que eu precisaria não apenas mantê-lo distraído até a hora da festa, mas também fingir que tinha esquecido completamente seu aniversário.
Carlos deu essa ideia e os meninos, claro, adoraram, falaram que iria tornar tudo ainda mais emocionante. Concordaram em agir como se o dia fosse apenas mais um, sem qualquer comemoração especial. Enquanto isso, eu teria que passar o dia inteiro ao lado de Lando, olhando para ele, ouvindo seus comentários e fingindo que a data não significava nada para mim.
A tarefa parecia simples no papel, mas, considerando o quanto ele me conhecia, eu sabia que seria um desafio gigantesco não deixar escapar nada. Afinal, como esconder algo tão grandioso quando tudo o que eu queria era abraçá-lo e celebrar com ele desde o momento em que acordasse?
— Está pensando em quê? — Lando perguntou, afastando meus pensamentos.
— Nada — falei simples, tentando soar casual.
— Sei... — ele disse, acomodando-se mais perto de mim no sofá. Lá fora, a chuva aumentava, os trovões ecoavam e os raios cortavam o céu, iluminando brevemente a sala. Concordamos que aquele clima era perfeito para assistir a um filme, mas a tempestade parecia determinada a roubar minha atenção.
Liguei a TV, mas a cada trovão eu me encolhia um pouco mais. Tentei disfarçar, mas Lando percebeu, é claro.
— Você está com medo? — ele perguntou, e quando não respondi, ele soltou uma risadinha.
— Não é engraçado — resmunguei, cruzando os braços.
— Um pouco é. — Ele inclinou a cabeça, olhando para mim com aquele sorriso travesso. — É só chuva, amor. Você não vai derreter.
Amor? Ele me chamou de amor ou eu estou delirando?
Agora não sei se meu coração estava acelerado por causa do medo ou por causa do Lando.
— Não estou com medo da chuva! — protestei, mais alto do que pretendia, mas um trovão ribombou tão forte que fez as luzes piscarem, e eu, sem querer, me encolhi ainda mais.
Lando riu de novo, o que só me deixou mais irritada.
— Que bom que não tem medo, então. Imagino como seria se tivesse — ele provocou, mordendo o lábio para conter o riso.
— Você é insuportável — murmurei, mas não pude esconder o pequeno tremor quando outro trovão ecoou.
O sorriso dele diminuiu, substituído por algo mais suave. Ele me puxou para mais perto, envolvendo meus ombros com o braço e me aninhando contra o peito dele.
— Ei, desculpa, princesa. Eu só estava brincando — ele disse, sua voz baixa e aconchegante. — Não precisa ficar com medo, estou aqui.
— Não estou com medo — insisti, embora minha voz tenha saído mais baixa do que eu gostaria.
— Sei que não. — Ele sorriu contra o meu cabelo, a mão dele deslizando para segurar a minha. — Mas se ficar assustada, é só apertar minha mão. Prometo que nenhum trovão vai te pegar.
Eu bufei, tentando fingir que aquilo não me afetava, mas sua presença, o calor do braço dele ao meu redor e o toque gentil da mão dele na minha fizeram com que o medo diminuísse, mesmo que só um pouco.
— Você ainda acha graça, não é? — perguntei, olhando de canto para ele.
— Talvez um pouquinho — ele admitiu, rindo baixo. — Mas eu também acho fofo.
Lando deu um beijo suave no topo da minha cabeça, e voltamos a olhar para a TV, distraídos na busca por um filme.
— Pode ser "Como eu era antes de você?" — perguntei
— Outro romance? — ele perguntou, sem surpresa
— Prometo que o próximo você escolhe.
— Estou brincando, pode colocar sim.
Por alguns minutos, ficamos em silêncio, enquanto a TV iluminava a sala e a chuva preenchia o ambiente com seu som constante. Mas minha mente estava longe do filme. Aquela palavra que ele disse mais cedo continuava ecoando na minha cabeça.
Eu me ajeitei no sofá, sentindo o braço dele ainda ao meu redor, enquanto seus dedos mexiam distraidamente no meu cabelo. Não aguentei. Precisava perguntar.
— Do que você me chamou agora há pouco? — soltei, tentando soar casual, mas sem tirar os olhos da tela.
— Princesa? — ele respondeu imediatamente, sem nem pensar.
— Não. — Virei meu rosto para ele, com um sorriso leve. — Antes disso.
Ele franziu o cenho, pensativo, e por um segundo achei que ele não lembrava. Mas então, um sorriso divertido surgiu em seus lábios, e ele me olhou de canto.
— Amor?
Meu coração deu um salto, mas antes que eu pudesse reagir, as luzes da sala piscaram uma vez e, no instante seguinte, tudo ficou escuro.
— Ah, não — murmurei, sentindo o pânico começar a subir. Outro trovão ecoou alto, como se tivesse acontecido bem acima de nós, e eu me encolhi no sofá.
— Calma, é só um apagão. — Lando tentou me tranquilizar, mas eu não consegui responder.
Ele se levantou, e mesmo na penumbra, eu conseguia ver seu contorno.
— Onde fica a luz de emergência? — ele perguntou, já caminhando para fora da sala com a lanterna do celular acesa.
— Eu... eu não sei. — Minha voz saiu tremida. — O Charles sempre acendia quando isso acontecia.
Lando riu baixinho, mas não de forma debochada, apenas divertido pela situação.
— Tudo bem, eu vou procurar
— Não! — exclamei, o pânico evidente na minha voz. — Não me deixa sozinha!
Ele parou, virando-se na minha direção ainda rindo.
— Vem comigo.
Eu levantei às pressas, agarrando o braço dele como se minha vida dependesse disso. Cada trovão parecia mais alto do que o anterior, e a chuva batia contra as janelas como se quisesse entrar. Caminhamos pelo corredor quase no escuro, ele guiando o caminho com o celular na mão, iluminando o chão.
A cada trovão, eu sentia o medo me dominar mais um pouco. Não percebi quando as lágrimas começaram a cair, mas a sensação de uma escorrendo pelo meu rosto me fez enxugar rapidamente com a manga do moletom.
Finalmente, ele encontrou o painel e acendeu a luz de emergência. A luz fraca e preencheu o ambiente, revelando a expressão de Lando enquanto ele se virava para mim.
Ele parou, franzindo o cenho ao me olhar mais de perto.
— Charlotte, você está... chorando?
Eu desviei o olhar, sentindo meu rosto esquentar de vergonha.
— Não...
Ele ergueu uma sobrancelha, claramente não acreditando.
— Charlotte.
— Tá bom, eu estou. — Admiti, baixinho. — É que... Os trovões são muito altos
Lando soltou um suspiro suave, mas logo o som foi substituído por uma risada baixa.
— Ei! — reclamei, empurrando de leve o braço dele. — Não ri!
— Desculpa, desculpa. — Ele tentou se conter, mas o sorriso ainda estava lá. Ele deu um passo mais perto, segurando meu rosto entre as mãos. — Não estou rindo de você. É só que... ainda não me acostumei com o fato de que você tem medo de trovão.
— Medo é uma palavra muito forte — retruquei
— É sim — ele disse com um toque de ironia.
De repente, Lando se abaixou e me levantou em seu ombro.
— Lando Norris, me põem no chão agora! — falei entre risadas
— Calma princesa — ele disse, também rindo.
Lando me levou até a cozinha, onde finalmente me colocou no chão.
— Morreu? — ele perguntou
— Quase — respondi — Por que me trouxe aqui?
— Vou fazer chocolate quente para nós — ele falou simples
Eu amava chocolate quente, e ele aparentemente sabia disso.
— Você vai por fogo na casa, isso sim — retruquei
Lando deu um sorriso satisfeito enquanto começava a reunir os ingredientes no balcão.
— Você sabe muito bem que eu sou bom na cozinha, Charlotte, — disse ele, abrindo um armário para pegar o cacau em pó. — E está falando isso só para me provocar.
— Claro que estou, — respondi, cruzando os braços e me encostando no balcão. — Você fica tão cheio de si que é irresistível tirar você do pedestal.
Ele riu baixo, colocando o leite para aquecer na panela.
— Interessante, porque da última vez que eu fiz chocolate quente, você disse que era o melhor que já tinha provado. E até pediu para eu ensinar a receita.
— Eu estava sendo educada, — menti, fazendo cara de desdém.
— Ah, é? — Ele ergueu as sobrancelhas, um sorriso brincalhão surgindo em seus lábios. — E quando você comeu o meu macarrão no outro dia e disse que "poderia viver só disso"? Educação também?
Meu rosto esquentou, mas me recusei a dar o braço a torcer.
— Talvez eu só estivesse de bom humor, — murmurei, desviando o olhar.
Lando soltou uma risada, balançando a cabeça enquanto mexia o leite na panela.
— Tá bom, princesa. Continua tentando. Eu sei que você gosta de tudo o que eu faço, mas não se preocupe, meu ego já está bem inflado.
Rolei os olhos, mas não consegui evitar um sorriso. Ele tinha razão, claro. Lando era irritantemente bom em praticamente tudo, inclusive na cozinha, e ele adorava me lembrar disso sempre que tinha chance.
— Só não vai se empolgar demais e esquecer de mexer, chef, — provoquei o abraçando por trás.
— Relaxe, Charlotte. Não só vou fazer o melhor chocolate quente que você já tomou, como também vou fazer você admitir isso.
Ele se virou para mim.
— Não vai acontecer, — retruquei, desafiando-o com um olhar.
Ele piscou para mim, confiante.
— Veremos.
[...]
— E então? — ele disse logo após eu provar o chocolate quente — O que achou?
— É... da pro gasto — falei
Lando estreitou os olhos para mim, inclinando a cabeça com um sorriso incrédulo.
— "Dá pro gasto"? — Ele repetiu, zombando. — Não foi isso que sua expressão disse agora mesmo.
— Não sei do que você está falando, — retruquei, segurando a xícara com as duas mãos para evitar encará-lo.
Ele se aproximou, apoiando as mãos no balcão, me prendendo no lugar com o corpo perto demais.
— Charlotte, — ele falou devagar, o tom de voz carregado com aquela familiar provocação. — Vamos tentar de novo. O que você achou do meu chocolate quente?
Engoli em seco, sentindo o calor subir ao meu rosto.
— É... decente, — respondi, apertando os lábios para não rir.
Lando soltou uma risada curta, balançando a cabeça como se não acreditasse na minha teimosia.
— Tá bom, você quer brincar? Então a gente brinca.
Antes que eu pudesse perguntar o que ele queria dizer com isso, ele pegou minha xícara e tomou um gole do meu chocolate quente, sem tirar os olhos de mim.
— Ei! — protestei, tentando recuperar a xícara, mas ele segurou firme, se afastando um passo.
— Se não é bom o suficiente, eu fico com o resto, — disse ele, com um sorriso vitorioso.
— Lando! — Exclamei, tentando alcançá-lo, mas ele apenas deu mais um gole, fingindo pensar.
— Hmm, realmente, tá "da pro gasto", — provocou, rindo ao ver minha expressão indignada.
— Você é insuportável, sabia? — resmunguei, cruzando os braços.
— E você é péssima em esconder quando gosta de algo, — ele devolveu, finalmente me devolvendo a xícara.
Suspirei e levei a bebida aos lábios, tomando mais um gole. Ele me observava como se esperasse algo, e, finalmente, eu cedi.
— Tá bom, — murmurei, sem encará-lo. — É o melhor chocolate quente que eu já tomei.
— O quê? Não ouvi direito, — ele disse, inclinando a cabeça com um sorriso satisfeito.
— Eu disse que é o melhor chocolate quente que eu já tomei, — repeti, revirando os olhos, mas sem conseguir segurar o sorriso.
Ele riu alto, claramente vitorioso, e se aproximou novamente, desta vez me puxando para um abraço caloroso.
— Sabia que você não ia resistir, princesa, — disse ele, beijando o topo da minha cabeça.
— Você é irritante, — respondi, mas não consegui evitar relaxar nos braços dele, sentindo o calor do momento, tanto do chocolate quente quanto dele.
E, por mais que fosse difícil admitir, eu sabia que gostava disso.
Lando estava lavando sua caneca quanto eu terminei de tomar o chocolate quente. Ele com um olhar suave, se aproximou sem tirar os olhos de mim, retirou o objeto da mesa e foi para a pia.
— Acha que consegue me ganhar com essa cara de inocente? — perguntei, desviando os olhos para meu celular.
— Claro que não — ele respondeu, o que me fez sair do celular e olhar para ele. Ele estava admitindo? — Consigo com menos que isso.
Óbvio que não estava.
— Eu até entraria no seu jogo, mas meu irmão pode chegar a qualquer momento — falei.
— Péssimo dia para ele não ir para a casa da Alex, não acha? — perguntou e eu assenti com a cabeça — Aliás, por que ele não vai mesmo?
— A família dela está lá — afirmei — Chegaram hoje de viagem.
— Ah! — Lando exclamou.
Por um momento, ficamos em silêncio, envoltos no barulho da chuva que começava a diminuir lá fora. De repente, a luz voltou, iluminando o ambiente com um estalo.
— Finalmente, — exclamei, já me apressando para colocar meu celular para carregar.
Lando me observou com um olhar divertido, encostado no balcão.
— Odeio quando tenho que dividir sua atenção com esse celular, — comentou, como se estivesse apenas pensando alto, mas o tom levemente manhoso entregava o sentimento por trás.
Revirei os olhos, largando o celular em cima da pia antes de me virar para ele com um sorriso de canto. Caminhei até Lando, o puxando para um abraço apertado, sentindo o calor do corpo dele contra o meu.
— Você é tão dramático, — murmurei, rindo baixinho.
Ele aproveitou o momento para deixar pequenos beijos na minha bochecha e, em seguida, no pescoço, me arrepiando com o toque suave.
— Eu te amo, sabia? — sussurrou ele, a voz baixa e carregada de ternura.
Afastei-me ligeiramente para encará-lo, estreitando os olhos em uma expressão desconfiada.
— Aham, o que você quer? — perguntei, levantando uma sobrancelha.
Era óbvio que ele queria alguma coisa. Pelo menos, era o que parecia.
Lando riu, balançando a cabeça como se estivesse ofendido, mas o sorriso travesso nos lábios o entregava.
— Como assim? — retrucou, com um tom teatral. — Não posso simplesmente dizer que amo minha namorada?
Eu sabia que deveria responder algo sarcástico, mas o jeito simples e genuíno com que ele dizia essas coisas fazia meu coração derreter toda vez.
— Amo quando me chama assim. Não preciso nem comentar, né? — murmurei, desviando o olhar para esconder o sorriso que ameaçava escapar.
— Não precisa, — ele respondeu, segurando meu queixo com delicadeza, obrigando-me a encará-lo. — Dá para ver.
Antes que eu pudesse retrucar, ele me beijou. E, por mais que eu quisesse continuar desconfiada, era impossível negar o quanto aquilo me afetava. Ele sabia exatamente como me desarmar.
Quando o beijo terminou, Lando abriu um sorriso brincalhão, mas não se afastou.
— Já que estamos nesse clima... — começou ele, com aquele tom que já denunciava uma ideia suspeita.
— Sabia que queria algo, — rebati, cruzando os braços. — Fala logo, Norris.
Ele deu um passo para trás, girando os ombros como se quisesse aliviar alguma tensão.
— Minhas costas, — respondeu, exagerando na careta. — Acho que o treino foi pesado demais hoje. Preciso de uma massagem.
Soltei um suspiro pesado, fingindo impaciência.
— Sério? Você acha mesmo que pode usar um "eu te amo" só para conseguir uma massagem?
— Não foi por isso! — protestou ele, fazendo-se de indignado. — Eu disse porque é verdade. Mas... se você quiser mostrar que também me ama, suas mãos mágicas seriam bem-vindas.
— Mágicas? — repeti, arqueando a sobrancelha.
— Você fez fisioterapia, Charlotte. Suas mãos são perfeitas. E você sabe disso.
Revirei os olhos, tentando não rir do drama que ele colocava em cada palavra.
— Tá bom, vamos ver o quanto você realmente precisa disso, — falei. — Vamos pro meu quarto.
Ele praticamente correu até lá, jogando-se de bruços na cama com um sorriso vitorioso.
— Você é a melhor, — murmurou, já relaxando antes mesmo de eu começar.
— Tira a blusa, — mandei, sem rodeios.
Ele me olhou de canto, rindo.
— Você não perde a oportunidade, né?
— Cala a boca e colabora, — respondi, enquanto ele ria, peguei um creme que usava ocasionalmente.
Lando tirou a blusa e se acomodou. Comecei a massagear seus ombros, aplicando a pressão certa, e um suspiro profundo escapou dele.
— Meu Deus, Charlotte, — ele murmurou, com a voz arrastada. — Suas mãos são um presente divino.
— Para de falar e relaxa, — disse, focada nos pontos de tensão.
Por alguns minutos, ele obedeceu, apenas soltando murmúrios baixos de alívio.
— Isso devia ser ilegal, — comentou ele, depois de um tempo.
— O quê?
— Você ser tão boa nisso. Nunca mais vou querer outra pessoa para fazer massagem.
Sorri, controlando a vontade de rir.
— Nem tente me contratar como sua massagista particular, Norris. Tenho coisas melhores para fazer.
— Como aturar meu charme irresistível? — ele brincou, virando a cabeça para me olhar.
Antes que eu pudesse responder, a porta se abriu abruptamente. Charles entrou, lançando-nos um olhar curioso.
— Geralmente nos batemos na porta antes de entrar, só por educação mesmo — falei revirando os olhos, enquanto Lando acenava para ele.
— Está fazendo massagem? — perguntou ele, olhando diretamente para mim. — Por que quando eu peço você nunca faz?
— Porque você pede todo dia, toda hora, — retruquei, sem paciência. — E eu faço sim, só não sempre.
— Uhum, claro, — murmurou ele, saindo do quarto, mas deixando a porta aberta.
— Fecha a porta! — gritei.
— Nem pensar! — ele gritou de volta, o que fez Lando cair na gargalhada.
— Ele acha mesmo que a gente vai transar com ele por perto? — comentei, revirando os olhos.
— Sei lá, — respondeu Lando, rindo. — Charles nunca foi famoso por usar o cérebro.
Lando então virou-se de lado e pegou minha mão, apertando-a com delicadeza.
— Sério, obrigado, — disse ele, com um tom mais calmo e sincero. — Eu precisava disso.
— Você sabe que pode pedir, né? Não precisa de tanto drama.
Ele sorriu, puxando-me para um abraço rápido.
— Drama é a minha especialidade, — murmurou ele, encostando a cabeça no meu ombro.
Deixei que ele me segurasse, sentindo o calor reconfortante do momento. Lando se deitou ao meu lado, e voltamos a assistir o filme de antes.
🏎️🏎️🏎️
contagem: 3515
oii amigas, como estão?
2024 está acabando na fanfic, e eu queria saber se vocês apoiam colocar as mudanças desse ano (Sainz na Willians, Lewis na Ferrari...) na fanfic também?
(algumas alterações eu terei que fazer, mas essas duas, vocês querem ou não?)
Gostaram do capítulo de hoje?
no geral, a história tá boa? ta a altura das expectativas de vocês? têm alguma sugestão?
não se esqueçam de votarem e comentarem muitooo.
Bjocas💗
Até o próx
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