25 - Mensagem
nota da autora:
da série: vocês pedem e eu faço, tá aí mais um capítulo narrado pelo nosso Lando.
E eu prometi que iria postar dois capítulos hoje, então, acho que eu tô merecendo muitos comentários e votos, não?
Boa leitura 💗
(não me matem depois de lerem esse pfv
2024, Mônaco.
Lando on.
Tinha acabado de buscar Charlotte em sua casa, e agora estávamos indo ao shopping para escolher o presente de aniversário do Carlos. Com a data se aproximando, decidimos resolver isso juntos, já que ela ainda não tinha pensado em nada definitivo. O sol brilhava forte em Mônaco, e as ruas movimentadas indicavam que não seríamos os únicos por lá. Mesmo assim, queria que isso fosse rápido.
No carro, a conversa fluía leve, e ela me contava sobre como Carlos tinha se tornado uma presença marcante em sua vida. Eu, por outro lado, fazia brincadeiras sobre o quanto ele deveria ser grato por ter uma amiga tão dedicada.
— O que vai comprar para ele? — perguntei, já saindo do carro.
— Ainda não faço ideia — ela respondeu com uma risada. — Mas confio na sua criatividade para me ajudar. E você?
— O relógio dele quebrou — comentei. — Bem feito, era horrível. Vou comprar outro.
Charlotte riu.
— Ele estava comentando comigo sobre uma bolsa de golfe que ele queria. Você pode dar isso — sugeri.
— Que sorte eu tenho de ter você como amigo, senão não saberia o que fazer — ela disse, e eu não pude evitar um sorriso bobo.
— Finalmente você se mostrou útil em algo — brincou.
— Não sou só um rostinho bonito — provoquei.
— Isso é discutível — ela respondeu, me fazendo rir.
Primeiro, compramos o presente que ela daria para o Carlos, e depois o meu. Os pilotos já tinham combinado de dar uma fantasia de pimenta como presente coletivo, e eu fiquei encarregado de comprar — algo que, sem dúvida, seria o grande destaque da noite.
— Onde estamos indo agora? — ela perguntou, curiosa, enquanto eu manobrava o carro para sair do estacionamento.
— Só mais uma parada rápida — respondi, tentando soar casual.
Ela franziu o cenho e me olhou de lado.
— Mais uma? Esqueceu alguma coisa?
— Não exatamente. É só... um detalhe final — murmurei, mantendo os olhos na estrada.
— Que detalhe? — insistiu, inclinando-se para me encarar.
— Você vai ver — falei, desviando o olhar para esconder o sorriso.
Charlotte cruzou os braços, desconfiada, mas não insistiu mais.
Voltei para o carro com a sacola e entrei rapidamente. Charlotte olhou para a sacola com uma expressão interrogativa.
Dirigi até a loja onde havia encomendado a fantasia de pimenta tamanho adulto. Charlotte preferiu me esperar no carro, já que eu só iria retirar, e não demoraria mais de cinco minutos.
— O que é isso? — perguntou, levantando uma sobrancelha ao ver o que eu carregava.
— A fantasia de pimenta — respondi com um sorriso travesso.
Ela olhou para mim, sem entender, antes de cair na gargalhada.
— Você está brincando, né? — ela disse, tentando controlar o riso.
— Nada disso. Os pilotos combinaram de dar uma fantasia de pimenta como presente coletivo para o Carlos. E quem melhor para comprar do que eu? — falei, tentando manter a seriedade, mas a diversão estava estampada no meu rosto.
Charlotte não conseguiu segurar a risada, e logo a atmosfera descontraída tomou conta do carro. E assim fomos para minha casa.
— Está com fome? Quer comer alguma coisa? — perguntei, observando Charlotte, que parecia pensativa.
Ela me olhou com aquele sorriso leve, tão característica dela, e respondeu:
— Quero sorvete.
Sorrindo de volta, fui até o freezer, peguei os potes de sorvete de baunilha e de flocos e coloquei uma generosa porção numa taça. Adicionei chantilly por cima. Quando terminei, levei até ela, que estava aconchegada no sofá, com os olhos curiosos em seu celular.
— Pronto — falei, entregando a taça, esperando a reação dela.
— Lando? — chamou, ainda com os olhos no celular e com um tom suave, quase como se tivesse algo em mente.
— Pode falar, princesa — respondi, me sentando ao seu lado.
Ela hesitou por um momento, e então pediu, com uma expressão que eu não consegui decifrar de imediato:
— Me empresta seu celular?
Fiquei um pouco surpreso, mas nada que me fizesse desconfiar de algo sério. Sem pensar muito, peguei o celular e passei para ela.
— Claro — disse, tentando manter a calma.
Charlotte passou menos de três minutos com o celular na mão. Quando me devolveu, seu semblante havia mudado, e eu percebi imediatamente. Algo não estava certo.
— O que aconteceu? — perguntei, com a voz um pouco mais baixa, sem rodeios.
Ela me olhou com uma expressão difícil de interpretar, mas não demorou a soltar a pergunta que fez o ar pesar.
— Você se encontrou com a Magui recentemente?
Era claro que eu não tinha encontrado com ela. A última coisa que eu queria era me encontrar com ela.
— Não. — respondi, tentando manter a calma.
Ela levantou uma sobrancelha e mostrou a tela do celular. Havia uma conversa aberta com um número desconhecido e, na foto, a Magui estava usando uma blusa minha. Mas não era qualquer blusa; era a edição exclusiva para pilotos dessa temporada da McLaren. Foi aí que tudo fez sentido. Ela provavelmente tinha pegado meu celular para conferir o número e garantir que era realmente a Magui.
A foto vinha acompanhada de uma mensagem:
"Quer que eu vá te entregar ou Lando passa aqui para eu devolver?☺️"
— Eu juro, Charlotte, não me encontrei com ela. — falei, tentando ser convincente.
— Ah, é? Então como ela conseguiu essa blusa exclusiva para pilotos dessa temporada? — ela disse, o tom de sua voz carregado de sarcasmo.
Foi então que eu lembrei. Quando eu e Charlotte começamos a conversar, surgiram boatos de que nós estivéssemos juntos, até que ela "terminou" comigo e foi para o Brasil. Nesse tempo, as especulações pararam, já que nós não estávamos mais sendo vistos juntos. E foi aí que Magui foi até minha casa.
Minha relação com Magui não era certa, para falar a verdade. Sempre que nos reencontrávamos tínhamos uma recaída, mas depois nos afastávamos. Passava um tempo e ela voltava, tínhamos uma recaída e isso virava um ciclo.
O problema é que no começo desse ano eu coloquei um ponto final definitivo nessa história, mas digamos que ela não aceitou muito bem. Sempre mandava mensagem e de vez em quando aparecia tentando me convencer de que "nós" poderíamos dar certo.
Mas nunca existiu "nós". Eu nunca senti nada por ela. E ela também nunca sentiu nada por mim. Nossa relação era pura conveniência.
Bloqueei seu número, achando que resolveria, mas piorou. Agora ela aprecia na minha casa com uma frequência ainda maior. Era desgastante e extremamente desconfortável. Tínhamos uma longa conversa, brigávamos, e depois ela ia embora.
Nesse dia em particular, ela apareceu se desculpando, dizendo que seria mais compreensiva, mas que ainda acreditava que deveríamos tentar. E então foi embora.
Achei estranho na hora, mas agora tudo fazia sentido. Ela deve ter pegado minha blusa em algum momento e a colocado na bolsa, sem que eu percebesse.
Agora, como explicaria isso para Charlotte? Como contar que ela esteve na minha casa, pegou minha blusa sem que eu notasse e simplesmente se foi?
— Se você quer realmente saber, a última vez que vi essa "aparição demoníaca", foi no hotel, e você estava lá também. — falei, tentando aliviar a tensão.
— Você ainda não respondeu a minha pergunta. — Charlotte disse, mais séria do que nunca.
Respirei fundo, tentando encontrar as palavras certas. Eu sabia que qualquer explicação seria difícil de engolir.
— Charlotte... — comecei, mas fui interrompido.
— Tudo bem, Norris. Acho que eu já entendi. — ela disse, se levantando e indo em direção à porta.
Ela caminhava com uma expressão que me fazia sentir o peso da decepção. Não queria que ela fosse, mas sabia que não podia fazer nada.
— Espera, não quer realmente ouvir o que eu tenho para dizer? — perguntei, a voz falhando.
Ela se virou para mim, com um olhar firme e implacável.
— Até agora, você só se esquivou da pergunta e ainda não me deu uma resposta verdadeira. — ela disse, com uma calma cortante.
Eu sabia que não havia muito o que dizer. Ela não acreditaria em mim de qualquer maneira.
— Olha, acho melhor eu ir para casa. Te ligo mais tarde para conversarmos, tudo bem? — ela disse, a voz mais tranquila, mas carregada de um tom de mágoa que me cortou.
Eu só assenti, sem saber o que mais dizer. Não podia forçá-la a ficar, e agora, sentia que ela precisava de um tempo.
— Quer que eu te leve? — perguntei, tentando ser gentil, mas temendo que fosse em vão.
Charlotte balançou a cabeça, recusando.
— Não precisa, Lando. Vou chamar um táxi. — respondeu, sem me encarar.
Eu sabia que insistir só pioraria as coisas, então apenas a observei pegar a bolsa e o celular antes de sair pela porta. O silêncio que ela deixou para trás parecia ensurdecedor, preenchido pela mistura de arrependimento e frustração que dominava minha mente.
Me joguei no sofá, passando as mãos pelos cabelos. Como tudo tinha desandado tão rápido? Ela tinha todo o direito de estar chateada, mas o pior era saber que eu não tinha conseguido esclarecer nada.
Como eu ia conseguir provar a ela que eu estava falando a verdade?
Peguei o celular e comecei a digitar uma mensagem para Charlotte, mas apaguei antes mesmo de terminar. Qualquer coisa que eu dissesse agora só soaria como desculpa. Ela precisava de espaço, e eu precisava resolver essa confusão antes que ela voltasse a me assombrar.
Entrei no instagram, e para minha surpresa, havia várias menções em diversas paginas de fofoca. Cliquei em uma para ver sobre o que se tratava. Inacreditável.
Magui além de enviar a foto para Charlotte, postou no instagram. Era só o que me faltava.
Liguei para minha assessora. Estava sem cabeça para mais uma polêmica causada por alguém que claramente não sabia a hora de parar.
[...]
Algumas horas se passaram desde minha briga com Charlotte e o post da Magui, claramente feito para chamar atenção, no Instagram.
Postei um pronunciamento explicando toda a situação, enquanto minha assessora entrou em contato com a equipe de Magui exigindo que o post fosse excluído. Felizmente, eles acataram o pedido, e a publicação foi retirada do ar pouco depois.
No início, parecia que todos estavam contra mim, com comentários duvidando da minha versão e questionando a história. Mas, com muito esforço da minha equipe de relações públicas e uma comunicação clara, conseguimos reverter a situação.
Um problema já havia sido resolvido, mas ainda restava o mais difícil: me resolver com Charlotte.
Passei o dia inteiro em frente ao computador, revendo as gravações de segurança da minha casa. Precisava encontrar o exato momento em que Magui esteve lá para provar que ela realmente apareceu sem ser convidada e que eu não tinha nada a ver com as ações dela.
Depois de algumas horas exaustivas procurando, finalmente achei o que precisava. Magui aparecia entrando e saindo da minha casa sem que eu sequer a tivesse convidado. Era a prova que eu precisava para esclarecer tudo com Charlotte.
Agora só restava saber se ela estaria disposta a me ouvir. Peguei as chaves e dirigi até sua casa. O trajeto parecia mais longo do que o normal, mesmo com as ruas vazias àquela hora da noite. Cada quilômetro parecia arrastar meus pensamentos ainda mais para o fundo de uma tempestade de incertezas.
Quando cheguei, respirei fundo antes de tocar a campainha. Minhas mãos estavam um pouco trêmulas, e meu coração parecia querer sair pela boca. Depois de alguns segundos, a porta se abriu, e lá estava ela.
— Podemos conversar? — perguntei, tentando manter a voz firme. — Prometo que não vou tomar muito do seu tempo.
Para minha surpresa, ela não parecia irritada. Sua expressão era calma, e seu olhar, leve, quase como se a tempestade entre nós tivesse começado a se dissipar.
— Claro — respondeu, dando um passo para o lado e me permitindo entrar.
Ela caminhou até o sofá e se sentou, gesticulando para que eu me sentasse ao seu lado. Obedeci, sentindo o peso do momento enquanto me acomodava. Era agora ou nunca.
— Aquele dia em que ela apareceu no paddock, eu deixei de te contar algumas coisas — comecei, tentando manter o olhar fixo no dela. — Sei que foi errado, mas, na minha cabeça, meu passado com a Magui estava resolvido.
Ela continuou me olhando, a expressão calma, mas atenta, como se cada palavra fosse analisada com cuidado.
— Nós nunca namoramos, nem chegamos perto disso. Ela aparecia na minha vida, a gente tinha uma recaída, e depois nos afastávamos. Então ela voltava de novo, e isso virava um ciclo. — Respirei fundo antes de continuar. — No começo deste ano, coloquei um ponto final na história, mas parece que ela não aceitou bem.
Pausando por um momento, esfreguei as mãos nas calças, tentando encontrar coragem para o resto.
— Quando você... "terminou" comigo e foi para o Brasil, ela apareceu na minha casa. Falei que não queria conversar, que era melhor ela ir embora, mas ela insistiu em entrar. Disse que estava disposta a ser mais compreensiva agora, que nós estávamos destinados a ficar juntos e que deveríamos tentar.
Charlotte arqueou uma sobrancelha, mas não interrompeu.
— Mandei ela sair, e ela foi — continuei, com sinceridade. — Mas eu deveria ter percebido que ela não tinha ido à minha casa só para isso. Eu sabia que, se te contasse, você não acreditaria, porque...
— Eu acredito em você.
Aquelas palavras me pegaram de surpresa. Pisquei, tentando processar o que ela tinha acabado de dizer.
— Você acredita? — perguntei, a voz quase falhando.
— Você nunca me deu motivos para desconfiar, então por que eu não acreditaria?
— Na minha cabeça, parecia uma desculpa. Eu fiquei horas revendo as gravações da câmera, procurando qualquer detalhe que mostrasse ela pegando minha blusa e indo embora.
Charlotte abriu um sorriso, o primeiro genuíno daquela noite. — Você poderia ter economizado todo esse tempo.
— Pois é, parece que sim.
Ela se recostou no sofá, relaxando um pouco, e me olhou com um olhar mais suave. — Vamos fazer assim: agora que eu já sei toda a história, a partir de agora, não vamos mais ter segredos entre a gente. Pode ser?
Assenti, sorrindo com um alívio crescente. — Pode ser.
E, pela primeira vez, senti que o peso da situação estava realmente começando a diminuir.
— Me desculpa — disse, a voz um pouco embargada — Eu deveria ter sido sincero desde o começo e não ter demorado tanto para te contar a minha versão.
Para minha surpresa, ela olhou para mim com um semblante sério, mas suave. — Também tenho um pedido de desculpas a fazer — admitiu, o que me pegou de surpresa. — Eu acreditei na mensagem... Mesmo você nunca tendo me dado nenhum motivo para duvidar de você.
— Então, estamos bem? — perguntei, um pouco receoso.
A expressão dela se suavizou imediatamente, e um sorriso surguiu nos seus lábios.
— Estamos sim.
Ela abriu os braços para um abraço, e me aproximei sem pensar duas vezes.
— Eu te amo — disse, com a voz baixa.
— Eu também — respondeu, com sinceridade.
Dei dois selinhos em seus lábios e sorri.
— O que a gente faz agora? — perguntei.
— Eu estava assistindo Barbie, e agora você vai assistir comigo — disse, com um olhar travesso.
Ri baixinho e a segui até a sala de TV.
🏎️🏎️🏎️
contagem: 2535
Oii amigas, como vocês estão??
Assistiram a live do drugo?? KKKKKKKKKKKKK ele jogando dress to impress me pegou muito
O que acharam desse capítulo??? Sei que vocês não gosta muito de capítulos assim, por isso já vou postar mais um.
E no geral, a história tá ficando boa? tem alguma sugestão??
Não se esqueçam de clicar na estrelinha!!
Bjocas💗
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top