23 - Qualificação
nota da autora: queria ter atualizado no aniversário do patrão, mas não deu tempo. 🙃
meta de votos: 100. Quando baterem a meta eu atualizo
🏎️🏎️🏎️
2024, Holanda.
Charlotte on.
O motor do carro roncava em um ritmo quase calmante enquanto eu observava a paisagem passar pela janela. Estávamos a caminho do autódromo, e o silêncio no carro era confortável, ainda que minha mente insistisse em se perder nos últimos dias.
Decidi passar o tempo verificando as redes sociais. Já que fazia muito tempo que não abria o instagram. Mas bastou uma publicação aparecer para meu coração disparar.
Cliquei no post de uma página de fofoca, com dedos trêmulos, e lá estava ela: Magui, mais uma vez, roubando a cena de forma calculada. A foto mostrava Lando e ela abraçados, uma foto de ontem, mas o ângulo era meticulosamente escolhido para contar uma história diferente da realidade. Apenas ela e ele apareciam, como se fossem um casal novamente, e a legenda me atingiu como um soco no estômago.
"Boa sorte hoje, meu garoto 💙"
Senti meu peito apertar. O calor subiu até meu rosto enquanto eu encarava a tela. Como ela ousava? Sabia exatamente o que estava fazendo. O pior era o que vinha depois: comentários fervorosos, mas não exatamente a favor dela.
"Charlotte é mil vezes melhor que essa aí."
"Alguém avisa que o 'meu garoto' já é da Charlotte? 😂"
"Magui, a vergonha é de graça, mas tá exagerando."
"Charlotte e Lando têm química real, ela só quer mídia."
"Certeza que ela postou isso porque o Lando nunca assumiu ela mas assumiu a Charlotte"
O apoio dos fãs deveria ter me confortado, mas tudo que eu conseguia sentir era a raiva fervendo por dentro. Magui estava brincando com a imagem de Lando, e indiretamente, com a minha também.
— Você está muito quieta. Tá tudo bem? — Lando perguntou, me tirando do transe. Sua voz despreocupada, como sempre, combinava com o sorriso que ele jogou de relance para mim.
Eu respirei fundo, tentando conter a irritação.
— Olha isso.
Estendi o celular para ele, e o silêncio foi quebrado por uma risada alta e inesperada.
— "Meu garoto"? — ele disse, debochado, enquanto segurava o volante com uma mão e o celular com a outra. — Isso é tão... ridículo. Ai que vergonha.
— Você acha graça disso? — rebati, cruzando os braços e fixando o olhar na estrada à frente.
Lando devolveu o celular para mim, ainda rindo.
— Claro que acho. Ela deve estar desesperada para postar uma coisa dessas.
Eu me virei para encará-lo, o tom magoado escapando antes que eu pudesse controlar.
— Isso não tem graça, Lando. — Respondi. Mas ele tinha razão, além de vergonhoso aquilo soava desespero.
— Tive uma ideia! — ele disse com os olhos lacrimejando, de tanto rir. — A gente posta uma foto nossa com a legenda "Seu? KKKKKKKKK" — e novamente ele voltou a gargalhar
— Lando!! — repreendi, mas deixei escapar uma pequena risada — É sério.
— Tudo bem, princesa. Vou fazer algo a respeito — ele disse tentando se compor, mas agora, era minha vez de rir. Ao olhar para o post novamente, não pude evitar de gargalhar com Lando.
Quando Lando estava estacionando o carro na área privada do autódromo, comecei a repensar sua ideia.
— Se bem que sua ideia não é das piores — comentei
— Jura? — ele disse abrindo um sorriso enquanto puxava o freio de mão.
Ele desceu do carro, abriu a porta para mim, e me ajudou a sair.
— To falando sério — respondi sorrindo
Ele riu pegando o celular — Eu amo quando você entra na brincadeira.
Lando abriu o instagram, e pegou uma foto nosso que ele havia tirado a alguns dias atrás, em uma balada. Colocou a legenda que combinamos e postou.
— Quero ver fogo no parquinho — Lando comentou, mais para si mesmo, me fazendo rir.
— Você ama uma confusão, não é? — perguntei enquanto repostava
— Quem não gosta? — ele se defendeu ainda rindo
Caminhamos por todo o paddock, paramos para tomar um suco, e depois fomos até o box da McLaren.
Lando estava conversando com os engenheiros, me sentei em um cantinho que não fosse atrapalhar, e fui conferir o que estavam falando sobre nossos storys.
Quando atualizei as notificações no celular, percebi que a confusão já tinha se espalhado. Entre os comentários sobre nossa postagem, um detalhe chamou minha atenção: Magui havia apagado o story que postou mais cedo. Mas, claro, ela não iria simplesmente ficar quieta.
No X, encontrei um post recente dela:
"O que importa é o que acontece longe das câmeras. 😉"
Nessa altura, depois de Lando reafirmar — dessa vez publicamente —, o que sente por mim, nem me importei. Mas devo admitir, ver ela se esforçando assim é hilário.
Lando se aproximou de onde eu estava, provavelmente ele ia se despedir, já que ia ter o briefing antes da qualificação.
— Lando... — chamei, levantando o celular para mostrar a postagem. Ele desviou o olhar da paisagem e se inclinou para espiar.
— Ah, não. Lá vem. — Ele leu a frase e soltou uma gargalhada. — "Longe das câmeras". Mal sabe ela que nós passamos 24h juntos.
— Não acredito que ela apagou o story e veio com isso. É ridículo. — Comentei rindo
Ele estendeu a mão para tocar meu rosto de leve, num gesto fofo. — Magui tá só tentando chamar atenção, e sinceramente? Ela tá dando mais palco pra gente do que outra coisa.
Revirei os olhos, mas não consegui segurar o sorriso que se formou no canto da boca.
— Você realmente gosta disso, né?
Ele riu.
— Claro que gosto. Confusão é entretenimento gratuito. — Ele me ajudou a levantar, segurando minha mão com firmeza.
— Talvez você tenha razão. — Sorri de leve enquanto ele entrelaçava nossos dedos, e deixava selinhos em meus lábios.
— Sempre tenho razão, princesa. — Ele piscou para mim e tirou o celular do bolso, abrindo o X.
— O que vai fazer? — perguntei, desconfiada.
— Relaxa, nada demais. — Ele digitou por alguns segundos e depois me mostrou a tela.
"Será que ninguém ensinou a ler os comentários? De vez em quando é bom, nos impede de passar vergonha."
Não consegui evitar o sorriso. Ele sabia como transformar qualquer situação em algo leve e divertido.
— Tá bom, vou deixar passar dessa vez. Mas isso já tá indo longe demais. Não vamos mais responder as indiretas, tá?
Ele riu, e assentiu com a cabeça guardando o celular.
— Agora, acho melhor você ir, tem uma pole para conquistar, não é? — pisquei para ele que sorriu.
Ele me deu um selinho demorado antes desaparecer para o briefing com a equipe, então, eu me sentei novamente no mesmo cantinho de antes, tentando acompanhar as movimentações pelo paddock enquanto o caos digital continuava. Era estranho perceber como uma situação que poderia me irritar profundamente agora parecia tão irrelevante. Talvez fosse porque, dessa vez, eu sabia que tinha o apoio dele de maneira inquestionável.
Passei os minutos seguintes distraída com as notificações no celular. Entre mensagens de amigos e reações dos fãs à postagem do Lando, tudo parecia inclinado a nosso favor. Muitos estavam do nosso lado, defendendo nosso relacionamento de forma até mais apaixonada do que eu esperava.
"Charlotte e Lando são o casal do momento, superem!", dizia um comentário.
"Aí tá o motivo do recalque: eles são perfeitos juntos", dizia outro.
Não consegui segurar o sorriso ao perceber que até os fãs estavam tirando sarro da situação. Algumas pessoas até fizeram memes da Magui, transformando suas ações em piada.
— Aproveitando a fama? — ouvi uma voz familiar. Quando levantei o olhar, Carlos Sainz estava parado à minha frente com um sorriso travesso.
— Nem vem, Carlos. Eu tô só assistindo de camarote. — Respondi, rindo.
Ele se abaixou para ficar no meu nível e olhou para o meu celular, claramente curioso.
— Eu vi a postagem do Lando. Coitada da Magui, não sabia que ele tinha tanto talento para alfinetar.
— Talentoso em tudo, parece. — Brinquei, guardando o celular no bolso.
Carlos soltou uma risada e fez um gesto para eu acompanhá-lo.
— Vem, vamos dar uma volta. Tá muito quieta por aqui, e você não pode só ficar sentada esperando.
— E a qualificação? — perguntei, levantando.
— Ainda demora um pouco. Dá tempo de você dar uma olhada nos outros boxes. Quem sabe você encontra alguém para conversar que não seja o palhaço do Norris.
Rolei os olhos, mas acompanhei Carlos, que começou a me guiar pelos corredores movimentados do paddock. O ambiente estava vivo, cheio de energia, com fãs, equipes e jornalistas correndo de um lado para o outro.
O paddock fervilhava como sempre. Entre os sons dos motores e o movimento constante de mecânicos e engenheiros, era quase impossível não sentir a energia pulsante do lugar. Carlos caminhava ao meu lado, com aquele jeito confiante e a postura impecável que eu já conhecia bem.
— Não sabia que você era meu guia turístico hoje — comentei, olhando para ele com um sorriso de canto.
— Guia? Não, isso aqui é treino físico — respondeu, sem perder a pose. — Você precisa andar mais rápido, Charlotte.
— Andar rápido? Você está praticamente correndo. Se isso é treino físico, prefiro o sofá.
Ele riu, mas desacelerou o passo, balançando a cabeça. — Sempre tão dedicada à forma.
Continuei andando ao lado dele, aproveitando o clima descontraído. No caminho, encontramos um grupo de pilotos reunidos perto do box da RedBull. Daniel Ricciardo gesticulava animadamente enquanto Max Verstappen, Pierre Gasly e George Russell riam. Assim que me viram, as brincadeiras começaram.
— Olha quem resolveu aparecer! — Daniel exclamou, apontando para mim.
— A estrela do paddock finalmente tirou um tempinho para os fãs — Max disse, fingindo estar emocionado.
— Que generosidade da sua parte, Charlotte — George acrescentou, cruzando os braços e me olhando com falsa admiração.
— Nossa, como vocês são engraçados. Já consideraram largar a F1 para fazer stand-up? — rebati, entrando na onda.
— Não, mas talvez você devesse considerar escrever os roteiros — Daniel respondeu, piscando para mim.
— Ei, e eu aqui? — Carlos interveio, apontando para si mesmo. — Vocês estão roubando a minha companhia.
— Você? — Pierre perguntou, arqueando uma sobrancelha. — Achei que ela estivesse te arrastando para cá, não o contrário.
Carlos riu, jogando as mãos para o alto em um gesto de derrota. — É sempre assim. Tento ser legal, e ainda levo a culpa.
— "Legal" não é a palavra que eu usaria — brinquei, cruzando os braços.
— Sabe o que mais não é legal? — Max interrompeu. — Ela prometeu que me traria um bolo da última vez que veio ao paddock e até agora nada.
— Promessas vazias — George comentou, balançando a cabeça.
— Max, eu nunca prometi isso — retruquei, rindo.
— Não prometeu? Então é o que? Amnésia? — Ele sorriu, claramente se divertindo em me provocar.
— Ok, gente, é oficial. Estou sendo vítima de um complô — declarei, gesticulando dramaticamente — Quem diria, George e Max se juntando contra mim.
— Bem-vinda ao clube — Daniel disse. — Aqui todo mundo tem algo contra você.
Antes que a conversa se prolongasse, Carlos bateu levemente no meu ombro. — Vamos lá, antes que eu perca meu último resquício de sanidade.
— Vejo vocês mais tarde! — falei, acenando enquanto me afastava com Carlos.
Seguimos até o box da Ferrari, onde Charles estava conversando com alguns engenheiros. Assim que me viu, ele abriu um sorriso largo e veio até mim.
— Já estava achando que você tinha esquecido de mim — disse, me puxando para um abraço.
— Esquecer você? Não seria possível. Mas pode culpar o Carlos pelo atraso — respondi, apontando para ele.
— Ah, claro, porque é sempre culpa do Carlos — ele rebateu, cruzando os braços com um sorriso divertido.
— Nesse caso, é mesmo — Charles disse, piscando para mim.
Carlos revirou os olhos, mas continuou com o bom humor. — Só porque eu sou o único adulto na sala.
Deixei os dois trocarem provocações enquanto observava o movimento do box. Era sempre fascinante ver como tudo ali funcionava com tanta precisão.
— Então, já decidiu se vai assistir a corrida daqui ou do hospitality? — Charles perguntou, puxando minha atenção de volta para ele.
— Ainda estou decidindo. Talvez eu só fique no caminho e atrapalhe vocês um pouco — respondi, rindo.
— Já atrapalha só de estar aqui — Carlos comentou, lançando um olhar brincalhão para mim.
— Se é assim, posso atrapalhar mais um pouco — rebati, com um sorriso desafiador.
— Só se for depois da corrida — Charles interrompeu, balançando a cabeça com um sorriso.
O ambiente descontraído e as risadas eram uma lembrança do quanto eu gostava de estar ali. Mais do que tudo, era um lugar onde eu podia ser eu mesma, cercada de pessoas que realmente me conheciam.
— Vem, quero te mostrar algumas coisas no carro — Charles disse, segurando meu braço com um sorriso animado.
Desde que éramos pequenos, Charles sempre teve um orgulho quase contagiante por cada conquista dele, grande ou pequena. Sempre que fazia uma mudança que melhorava o desempenho do carro, ele falava disso com tanto entusiasmo e brilho nos olhos que era impossível não se contagiar. Eu nunca me importei em ficar ouvindo por 10, 15 minutos, ou até mais. Na verdade, acho que era uma das coisas que eu mais amava nele: o jeito como ele se entregava de corpo e alma ao que fazia, sempre tão genuinamente orgulhoso de si mesmo.
E então, ele começou a me mostrar os ajustes na asa dianteira, detalhando cada pequeno movimento e como isso impactava a performance.
— Eu ajustei aqui para melhorar o equilíbrio nas curvas de baixa velocidade. Foi uma ideia que tive no simulador, mas não esperava que fosse dar tão certo na pista — ele explicou, gesticulando com as mãos enquanto apontava para a peça.
Eu me inclinei levemente para observar. — Parece complicado. Mas, se deu certo, acho que você tem todo o direito de se gabar.
— Eu sei! — ele respondeu, rindo. — É uma das coisas que mais gosto de fazer.
A maneira como ele falava, tão orgulhoso, me fez sorrir de leve. Eu adorava vê-lo assim, completamente imerso no que fazia. Era como se o mundo ao redor simplesmente não existisse.
— E você acha que essa mudança pode ser o diferencial para hoje? — perguntei, cruzando os braços enquanto olhava para o carro.
— Tenho certeza. Se tudo correr como planejado, essa qualificação vai ser forte para nós — ele respondeu, confiante.
Charles continuou explicando alguns detalhes enquanto eu apenas o ouvia, até que ele finalmente parou e olhou para mim, parecendo satisfeito consigo mesmo.
— O que achou? — ele perguntou, com um sorriso que parecia mais de irmão do que de piloto.
— Você daria um ótimo engenheiro se não fosse piloto. — respondi, rindo.
Charles balançou a cabeça com um leve sorriso. — Eu prefiro dirigir, sem contar que eu seria um engenheiro muito teimoso.
— Você é teimoso em tudo que faz Char, isso não seria nenhuma novidade — comentei rindo e ouvi Carlos rir de meu comentário.
Olhei ao redor por um momento antes de perguntar: — Quanto tempo falta para a qualificação?
Ele checou rapidamente o relógio. — Uns vinte minutos. Por quê?
— Quero desejar boa sorte para o Lando antes de começar — respondi.
Charles arqueou uma sobrancelha, mas não disse nada. Apenas deu um leve sorriso.
Dei um abraço em Charles antes de sair — Boa sorte! — disse perto de seu ouvido — Não que você precise.
Ao me afastar pisquei para ele e vi um sorriso se formar em seus lábios — Obrigado!
— Boa sorte na qualificação, Smooth Operator! — disse quando passei por Carlos, e logo ouvi a risada de meu irmão.
— Obrigado — ele disse enquanto meu irmão se acabava de rir.
Quando saí do box da Ferrari, comecei a caminhar em direção ao box da McLaren. O ambiente estava lotado de movimento, mas era como se eu já estivesse em meu próprio mundo, focada apenas em encontrar Lando. O som das conversas e os passos apressados de mecânicos e engenheiros pareciam distantes.
Chegando perto, vi Lando encostado na parede do box, observando as movimentações ao seu redor. Ele estava distraído até que me viu se aproximando. Seu rosto, que estava sério, imediatamente se iluminou com um sorriso.
— Olha quem apareceu — Lando disse, cruzando os braços e me observando com um olhar divertido. — Achei que você não fosse aparecer para me dar boa sorte.
Eu ri, dando um pequeno empurrão. — Com certeza, né? Achou que eu ia te deixar?
Lando sorriu, ainda mantendo aquele sorriso cativante no rosto. — Não duvido, mas sabia que você não ia me abandonar.
Ele rapidamente descruzou os braços e os abriu me chamando para um abraço. Durante o abraço dei vários selinhos em sua bochecha e em seu pescoço.
Lando apoiou seu queixo em meu ombro e ali ficamos por um tempo, apenas sentindo a presença um do outro.
Quando me afastei um pouco, apenas o suficiente para olhar em seus olhos, ele me deu um longo selinho.
Era impressionante como ele conseguia manter a calma e o foco, mesmo em meio à tensão que tomava conta do paddock.
— Você está pronto para hoje? — perguntei, mantendo o tom leve, mas com uma dose de sinceridade.
Ele deu de ombros, tentando parecer despreocupado, mas os olhos dele mostravam o contrário. — Sempre pronto. A qualificação é só mais uma oportunidade. Mas... a boa sorte nunca é demais, né?
— Nunca — respondi, sorrindo. — Então, boa sorte.
Lando me olhou por um instante, com uma expressão que não consegui decifrar de imediato. Mas, como sempre, ele rapidamente voltou à sua atitude descontraída.
— Vou precisar — ele respondeu, piscando. — E você, não vai assistir?
Eu balancei a cabeça, com uma risada baixa. — Vou ficar no hospitality da Ferrari.
Ele revirou os olhos escondendo um sorriso — Traidora.
Dei um tapinha em seu ombro e ele logo começou a rir.
— Já vou indo então — avisei antes de te dar um último selinho e sair
Assim que entrei no hospitality da Ferrari, fui recebida com um sorriso amigável por alguns membros da equipe. O ambiente estava tranquilo, mas ainda assim pulsava uma energia vibrante. Olhei ao redor e, no canto, vi Alex, a namorada de Charles, e Rebecca, a namorada de Carlos. As duas estavam conversando animadamente e deram uma risada ao me ver entrar.
— Ei, Charlotte! — Alex exclamou, levantando-se para me cumprimentar. Ela estava tão à vontade ali que parecia parte da equipe. — Finalmente chegou para nos fazer companhia?
— Ah, estava ocupada com alguns pilotos — respondi com um sorriso, me aproximando delas. — Lando queria que eu aparecesse para desejar boa sorte antes da qualificação.
Alex arqueou a sobrancelha, uma expressão curiosa no rosto.
— Lando, é? — ela perguntou, sua voz cheia de interesse. — Como estão as coisas entre vocês dois?
Eu dei um sorriso leve, já sabendo o que ela queria saber. Alex sempre foi direta, mas de um jeito amigável.
— Estamos indo com calma, mas está tudo bem — respondi, tentando passar uma sensação de tranquilidade. — A gente tem passado bastante tempo juntos. Nada de pressa.
Alex pareceu satisfeita com a resposta, mas logo Rebecca, com seu olhar atento e curiosidade característica, se intrometeu no assunto.
— E o que você achou da postagem da Magui mais cedo? — perguntou ela, com um sorriso travesso. — Ela definitivamente estava querendo passar vergonha, né?
Eu ri, lembrando da postagem. Magui não era de esconder nada, e sempre que dava algo para comentar, todos sabiam.
— Ah, ela postou uma foto meio provocante, com aquele texto... — comecei a falar, meio desconcertada, mas também achando graça da situação. — Lando viu, e ele que sugeriu postar algo de resposta, tipo, uma brincadeira.
Alex sorriu com a ideia.
— Ai, isso é tão "Lando", né? — ela disse, rindo. — Fico imaginando ele sugerindo uma coisa dessas. Isso é muito dele!
Rebecca riu também, mas logo Alex fez uma careta divertida.
— Ai, isso é muito fofinho! Eu adoro quando ele tem essas ideias, tudo de forma tão leve. E você, Charlotte? Como se sente em relação a isso?
Eu dei uma risada, pensando na leveza com que Lando encara essas situações.
— Não é algo que me incomode, sabe? Ele tem essa maneira de não se levar tão a sério, o que é ótimo. Ele sempre tem um jeito de deixar as coisas mais descontraídas.
Alex pareceu achar a situação ainda mais fofa.
— É, deve ser ótimo ter alguém assim, que te faz rir. Fico feliz por vocês dois. — comentou, com um olhar compreensivo.
Eu sorri, sentindo-me grata pelo apoio das duas.
— Sim, é bom assim. Sem pressão, só curtindo o momento.
A conversa seguiu com mais risos e descontração, e logo a qualificação estava prestes a começar. Eu estava ali, no ambiente familiar, com as pessoas que realmente me faziam sentir confortável.
A qualificação terminou e Charles conquistou a pole position, e a diferença de apenas 0.04 segundos para Lando mostrou o quão apertada foi a disputa. Aquele resultado claramente foi fruto da mudança que ele fez no carro, algo que ele estava bastante confiante e orgulhoso. Quando ele saiu do carro, o sorriso dele era de pura satisfação — ele sabia que o trabalho tinha dado certo.
Lando, por outro lado, ficou com o segundo lugar, e embora a diferença fosse mínima, ele não conseguia esconder a frustração de não ter ficado com a pole. Mesmo assim, a McLaren estava otimista, e ele já parecia focado para a corrida, sabendo que estaria disputando a frente, ao lado de Charles.
Max, por sua vez, saiu com o terceiro lugar, mas ele não parecia estar nada feliz com o carro. George ficou em quarto, seguido de Lewis, Carlos, Pierre e Daniel.
Oscar teve um problema no motor, então esse final de semana a pressão iria cair toda em cima de Lando. Ele precisaria ter um ótimo resultado na corrida para a equipe não sair tão prejudicada no campeonato de construtores.
Essa pressão em cima de Lando, por mais que ele tentasse esconder, o deixava bem ansioso, mais do que o normal.
Antes da entrevista, fui correndo me encontrar com ele.
— Lando! — chamei assim que o vi. Ele ainda estava todo suado, havia acabado de tirar o capacete e estava vestido o macacão de corrida, mas isso era o de menos. Me joguei em seus braços em um forte abraço — Você foi incrível!
— Foi quase, não é? — ele perguntou
— Quase? Foi perfeito! 0,04 é só detalhe — disse e voltei para o abraço — Estou tão orgulhosa de você.
Lando beijou meu ombro, e ficamos assim por alguns segundos. Me afastei um pouco para encara-lo — Tenho certeza que amanhã você vai se sair bem.
Ele sorriu — O carro está bom, agora só depende de mim — ele me deu três selinhos antes de se afastar.
— Vou falar com meu irmão, quero vê-lo antes da entrevista. — Lando assentiu com a cabeça e eu fui procurar Charles pelo paddock, mas, não foi tão difícil de acha-lo.
— Parabéns, maninho. — o abracei — Parece que deu certo a mudança, hein?
Ele sorriu, claramente orgulhoso — Parece, não é?
Dei um beijo em sua bochecha — Estou orgulhosa de você! Mas, acho melhor você ir para a entrevista agora
— Eu também acho! — ele disse nos tirando risadas — Obrigado por tudo. Te vejo mais tarde?
Assenti com a cabeça, enquanto ele saía.
Alguns dos pilotos estavam conversando em uma rodinha, e eu me juntei. Os parabenizei pela qualificação e fiquei lá até o Lando sair para irmos embora.
🏎️🏎️🏎️
Contagem: 3944
Oii amigas, como vocês estão?
Gostaram do ep de hoje??
O hamilton fez 40 e tem carinha de 28. Que inveja 😭
Meu tiktok (para quem não me segue lá😉): 00secretssf
eu juro que posto coisas legais KKKKKKKKKKKKKK (e algumas bregas, mas isso a gente releva).
Não se esqueçam de clicar na estrelinha e comentarem muito!! Enquanto mais votos e mais comentários mais rápido eu volto ein?
O que estão achando daquela suposta conta privada de Lando? Certeza que foi hackeada KKKKKKKKKKKKK (no off eu acho que é um fake que a magui criou
Viram as brigas no twitter? tô rachando
(obs: eu sou claramente uma negação em editar story fake... mas se acostumem com isso que vocês ainda vão ver muito assim KKKKKKKKKKKKKKK perdão)
Bjocas💗
Até o prox.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top