22 - Insegurança

nota da autora: oloco gente, vocês bateram a meta rápido KKKKKKKKKKKKK

então como prometido, tá aí o capítulo 22.

Dessa vez a meta vai ser maior: 100 votos e eu atualizo

Me desculpem, ficou meio ruinzinho, na minha cabeça ia ficar melhor.

spoiler: + referência 👀

2024, Holanda
Charlotte on.

Contar ao Charles sobre a proposta da Chanel foi um desafio maior do que eu esperava. Não porque ele não fosse me apoiar — eu sabia que ele sempre estaria ao meu lado —, mas porque significava que minha vida mudaria para sempre.

Quando finalmente criei coragem para falar, foi durante um jantar tranquilo na casa dele, em Mônaco. Ele ouviu tudo com atenção, sem me interromper, e, quando terminei, seu sorriso foi a única coisa que me fez sentir que estava tomando a decisão certa.

— Você nasceu para isso, Charlotte. Estou muito orgulhoso.

As palavras ficaram gravadas na minha memória, assim como a leveza que senti ao saber que ele estava ao meu lado. No dia seguinte, respondi à Chanel, confirmando minha aceitação. Meu contrato começaria oficialmente no dia 1º de janeiro de 2025.

Agora, porém, minha mente estava no presente. O paddock da Holanda estava movimentado como sempre, mas a energia das pessoas parecia ainda mais intensa com o campeonato chegando ao fim. Passei por alguns jornalistas, fotógrafos e fãs que gritavam nomes de pilotos ao longe. Eu estava ali por um motivo específico: encontrar Lando.

Os corredores estreitos pareciam intermináveis, mas eu já conhecia o caminho para a garagem da McLaren. Meus olhos escaneavam o ambiente, buscando a figura familiar de seu macacão laranja, quando algo chamou minha atenção.

Uma garota loira e talvez um pouco mais baixa que eu, estava ao lado dele. Ela gesticulava enquanto falava, os olhos brilhando de forma exagerada, e tocava no braço de Lando como se precisasse confirmar sua presença. Ele ria, claramente entretido.

Não me preocupei inicialmente — ele estava sempre cercado de fãs, e essa parecia só mais uma.

Mas à medida que me aproximei, meu coração deu um salto desconfortável. Não era apenas a proximidade deles. Era a forma como Lando parecia à vontade, como se aquela interação não fosse nada demais. Eles estavam em uma conversa que parecia... pessoal. E mesmo com a distância, eu podia notar que a expressão dele não era a mesma que ele tinha comigo. Algo estava errado.

— Lando! — chamei, tentando soar natural.

Ele se virou para mim rapidamente, aliviado ao me ver, mas ainda assim com uma expressão um pouco forçada, como se estivesse tentando disfarçar o que acabara de acontecer.

— Charlotte! — Ele sorriu, mas o sorriso não era o mesmo. Era mais contido, quase como se ele tivesse quebrado o ritmo de algo.

Lando posicionou a mão em minha cintura, me puxando para perto de seu corpo.

A garota, que havia notado minha chegada, se virou lentamente e, com um sorriso educado, se apresentou:

— Oi, Charlotte! Eu sou a Magui, amiga do Lando. Já nos conhecemos há um tempo, não é? — Magui disse isso com uma voz doce, e havia algo de deliberado em como ela enfatizava o "amiga". A palavra, no entanto, estava carregada de algo que me fazia questionar sua verdadeira intenção.

Lando se ajeitou, incomodado de maneira sutil. — Bom, Charlotte, já vai começar o treino livre, vamos lá?

Antes que eu pudesse responder, Magui deu um passo em direção a Lando, como se quisesse se despedir. E, antes que eu pudesse prever, ela se aproximou dele de maneira mais íntima e o abraçou. Não foi um abraço qualquer. Foi suave, mas com um toque que fez meu estômago se revirar. A mão dela deslizou pelas costas dele por mais tempo do que seria esperado, e Lando, visivelmente surpreso, ficou parado por um segundo, não sabendo exatamente como reagir.

— Até logo, Lando. Vamos nos ver mais tarde, certo? — disse ela, com um sorriso sutil, quase como um lembrete. Ele nao respondeu, e ainda parecia sem saber muito bem como reagir.

Eu senti algo apertar no meu peito enquanto observava a cena. Não era nada demais, mas o jeito com que ela se despediu dele — com esse gesto mais prolongado, o toque na parte de suas costas — parecia estar dizendo muito mais do que palavras poderiam.

Lando finalmente olhou para mim, agora claramente desconfortável.

— Lando, quem era ela? — perguntei, tentando esconder o desconforto na minha voz, mas a frustração transparecendo mais do que eu queria.

Ele suspirou, passou a mão pela nuca, claramente sem saber muito bem como explicar. — A gente teve um caso, há alguns anos. Não somos amigos, nem nada disso. Essa maluca só... aparece de vez em quando, tenta reatar alguma coisa, mas não passa disso.

Aquela explicação, embora sincera, não me acalmou. Eu ainda sentia a pressão no peito, como se houvesse algo mais. — E o que ela quis dizer com "vamos nos ver mais tarde"? — perguntei, tentando não deixar transparecer o incômodo, mas não consegui esconder a dúvida no meu olhar.

Lando deu um sorriso, mas eu percebi que ele estava um pouco desconfortável. — Não faço a menor ideia — respondeu, desviando o olhar. — Só espero que ela não decida aparecer no hotel. Se isso acontecer, a conversa vai ser outra.

Eu fiquei em silêncio por um momento, processando as palavras dele. Ele estava tentando me tranquilizar, mas o sorriso forçado não me convencia totalmente. O modo como Magui se aproximou dele, o toque mais íntimo, o abraço... Tudo isso me fazia me sentir estranha, como se ela tivesse algum poder que eu não tinha.

Eu respirei fundo, tentando controlar a inquietação que crescia dentro de mim. — Então, você acha que ela realmente não vai aparecer mais? — perguntei, meu tom mais suave, mas a dúvida ainda presente.

Lando deu de ombros, claramente tentando não dar muita importância ao assunto. — Eu espero que não. Mas se aparecer, a gente resolve.

Mas a sensação que eu tinha era de que, talvez, tivesse tudo a ver comigo. Magui parecia ter um espaço que eu não sabia como preencher. E não era só isso... Era o jeito como Lando parecia se deixar envolver com ela, a facilidade com que ele a afastava, mas com uma certa calma que me fazia pensar se ele não sentia algo por ela, ainda que fosse uma ligação do passado.

— Você está me dizendo que ela só aparece do nada, a cada tanto tempo, e você não a quer por perto... — comecei, o tom de voz mais baixo, com um leve desânimo. — E ainda assim... ela consegue esse tipo de proximidade com você?

Lando hesitou por um momento, seu olhar ficando mais sério. Ele parecia estar pesando as palavras antes de falar. — Charlotte, você sabe que eu não vou te dar motivos para duvidar de mim.

Eu o encarei por mais um instante, tentando encontrar alguma mentira em suas palavras. Mas, no fundo, sabia que ele estava tentando ser honesto. Talvez ele tivesse se envolvido com ela no passado, mas eu não poderia fazer nada sobre isso agora.

Porém, o desconforto que eu senti ao vê-los juntos não desapareceu.

Ele colocou a mão na minha cintura novamente, como se quisesse me proteger, e sorriu com mais suavidade. — Eu sou seu, Charlotte. — Ele fez uma pausa, como se estivesse pesando suas palavras, e depois completou: — Foi difícil demais conquistar você. Não vou deixar ninguém, nem mesmo a loira oxigenada, estragar o que a gente tem.

Eu não pude evitar rir, o alívio vindo com a brincadeira dele, mas também com o fato de ele me fazer sentir que nada estava em risco.

Ele riu junto comigo e me deu um beijo na testa — Vamos? O treino livre começa daqui a pouco

Assenti com a cabeça e fomos em direção ao box da McLaren.

O treino livre foi tranquilo, sem nenhuma surpresa. Lando parecia confortável no carro, o que sempre era um bom sinal. Enquanto os engenheiros discutiam os dados coletados, ele se aproximou de mim, ainda com o macacão parcialmente aberto e o sorriso leve no rosto.

— Foi tudo bem? — perguntei, já sabendo a resposta, mas querendo ouvir dele.

— Sem problemas. O carro está ótimo hoje.

Assenti, satisfeita com sua resposta. O restante do tempo no paddock passou rápido. Assim que ele foi liberado pela equipe, seguimos juntos para o hotel.

Quando chegamos ao andar dos quartos, Lando me chamou antes que eu seguisse para o meu.

— Por que você não fica no meu quarto hoje? — Lando perguntou, o tom casual, mas com um sorriso no rosto.

— No seu quarto? — Perguntei, um pouco surpresa pela proposta.

— É. Finais de semana de corrida são corridos, e é raro termos tempo só para nós dois. Eu queria aproveitar ao máximo esses momentos — explicou, dando um sorriso suave, o que fez meu canto da boca se levantar.

— Tudo bem — respondi, aceitando. Entrei no quarto, curiosa para ver como ele se organizava.

Imaginei que o quarto estaria uma bagunça típica de um piloto em meio a um fim de semana de corrida, mas para minha surpresa, estava surpreendentemente arrumado.

Me deitei na cama, sentindo a maciez do colchão, enquanto ele começava a se preparar para tomar banho. Ele se movia com naturalidade, já sem pressa.

Enquanto o som do chuveiro preenchia o quarto, fiquei deitada na cama, tentando ignorar os pensamentos que insistiam em aparecer. Lando já havia explicado o motivo de Magui estar lá, mas isso não tinha apagado a sensação incômoda que ficou dentro de mim.

Quando ele saiu do banheiro, minha atenção foi automaticamente atraída. Ele vestia uma bermuda escura e estava sem camisa, o cabelo úmido caindo levemente na testa. O cheiro fresco de sabonete e shampoo enchia o quarto, e ele parecia tranquilo, quase despreocupado.

— Está confortável aí? — ele perguntou com um sorriso leve, pegando uma garrafa de água na mesa e se aproximando da cama.

— Sim, tudo certo — menti, oferecendo um sorriso que esperava ser convincente.

Ele me olhou por um instante, inclinando a cabeça de lado.

— Tem certeza?

— Claro — insisti, sentando-me na cama e puxando os joelhos para perto do peito.

Ele não parecia convencido.

— Charlotte... eu te conheço. O que está acontecendo?

— Nada, de verdade. Só estou um pouco cansada.

Ele suspirou e sentou-se na beira da cama, virando-se para mim.

— Você pode continuar fingindo, mas eu sei que não está tudo bem. Vai me contar ou eu vou ter que adivinhar?

Revirei os olhos, mas sua persistência me fez ceder.

— É bobo — murmurei, mexendo nas pontas do cabelo.

— Se está te incomodando, então não é bobo.

Respirei fundo, ainda relutante. Me sentei, cruzei as pernas e segurei um travesseiro junto de meu corpo.

— Eu... não sei. Acho que fiquei me sentindo meio estranha depois do que aconteceu hoje. Com Magui.

Ele franziu o cenho.

— Estranha como?

— Não sei, como se... Ah, sei lá. Ela é tão... bonita... As vezes eu me sinto menos que ela, sabe?

Lando ficou em silêncio por um instante, claramente surpreso com minha resposta.

— Menos? — ele repetiu, o tom quase incrédulo.

— Não precisa fazer essa cara. Eu sei que não faz sentido — murmurei, desviando o olhar. — Mas ela parece tão... confiante, tão à vontade com tudo. Eu só...

Minha voz falhou, e eu apertei os olhos, sentindo a onda de vulnerabilidade que tentava esconder.

— Charlotte — ele disse baixinho, inclinando-se para me olhar nos olhos. — Para com isso.

— Para com o quê?

— Com essa ideia de que você é "menos". Isso não é verdade, e você sabe disso.

Balancei a cabeça, evitando seu olhar.

— Eu sei que é bobagem, mas — respirei fundo antes de terminar — Eu não sou metade do que ela é.

Ele suspirou e passou a mão pelo cabelo úmido, claramente frustrado, mas não comigo.

— Escuta — ele começou, a voz firme. — Ela é bonita, ela é confiante... mas tem um problema.

Olhei para ele, confusa.

— Qual? — perguntei e ele continuou:

— Ela Não É Você.

— Que?

Ela. Não. É. Você.

Fiquei em silêncio por um tempo, sem reação.

Ele se aproximou um pouco mais, seus olhos fixos em mim, e o tom da voz dele ficou ainda mais suave, quase como se estivesse desabafando.

— Ela é bonita, sim. Mas o rosto dela não se ilumina da mesma forma que o seu quando você fala sobre o que te faz feliz — ele disse, passando a mão pelo cabelo. — Ela pode até ser engraçada, mas não do jeito que você é. Não tem o tipo de humor que me faz perder o fôlego de tanto rir.

Eu sentia meu coração batendo mais forte enquanto ele me olhava, seus olhos tão fixos nos meus que parecia que ele estava tentando transmitir algo que palavras não poderiam.

— E quando eu olho para você, Charlotte — ele murmurou, a voz carregada de sinceridade —, eu não sinto vontade de fazer qualquer outra coisa a não ser estar perto de você, sentir sua presença. É difícil explicar, mas é como se o simples fato de te ver fosse o suficiente.

O silêncio se estendeu por um momento, e eu não conseguia tirar os olhos dele, sentindo as palavras dele se enraizarem em meu peito.

— Então, nem pense em se comparar com ela. Você tem a autenticidade, o sorriso que ilumina tudo ao redor, a capacidade de me fazer rir quando o mundo lá fora é sério demais. Ela pode ser bonita, mas, você é mais. Todas as qualidades dela que você conseguir imaginar, saiba que você tem o dobro.

Aquelas palavras me atingiram de uma forma que eu não esperava. Ele me conhecia de um jeito profundo, talvez até mais do que eu mesma. O que ele dizia fazia meu coração bater mais rápido e, ao mesmo tempo, me deixava tão vulnerável que era difícil lidar com a intensidade daquilo tudo.

— Eu te amo, sabia disso? — ele disse me dando beijinhos no canto da boca

Não pude evitar sorrir.

— Eu também te amo.

— Bem, agora que ja fizemos a parte romântica — disse ele, tentando mudar de assunto. — Que tal jogarmos algo? Acho que estou precisando de uma distração.

Eu o olhei com um sorriso leve, aliviada pela mudança de clima.

— E se a gente jogar baralho? — sugeri

— Uma boa ideia. Quer chamar alguns meninos para fechar um truco?

— Pode ser! — afirmei empolgada

Quando Lando ia chamar os meninos, o telefone do quarto tocou. A ligação interrompeu o silêncio que preenchia o espaço. Lando olhou para o aparelho com uma expressão curiosa antes de atender.

— Norris falando.

Eu continuei sentada na cama, tentando disfarçar minha curiosidade enquanto mexia no celular, mas minhas orelhas estavam mais ligadas na conversa do que eu gostaria de admitir. Ele murmurou algo em resposta, desligou rapidamente e virou-se para mim com uma expressão indecifrável.

— Magui está lá embaixo. Ela quer conversar.

— O que ela quer? — perguntei, tentando parecer desinteressada, mas minha voz entregava um leve tom de irritação.

Ele passou a mão pelos cabelos, visivelmente incomodado. — Ela disse que só quer falar um minuto, mas, sinceramente, não confio nela.

Eu arqueei uma sobrancelha, ainda confusa. — Então por que você vai?

— Porque ela está no hotel. Não quero que ela invente de subir ou de criar alguma cena aqui.

Fazia sentido. Magui parecia ser exatamente o tipo de pessoa que faria algo do gênero. Ainda assim, aquilo não explicava por que ele precisava de mim.

— E onde eu entro nessa história? — perguntei, com a voz calma.

Lando hesitou, o olhar sério. — Charlotte, eu não quero dar espaço para ela criar nenhuma narrativa. Se você estiver lá, ela não vai ter como fingir que tem alguma abertura ou que pode dizer coisas sem serem desmentidas.

Eu continuei em silêncio, absorvendo o que ele disse. Parte de mim queria recusar; afinal, essa era uma situação entre eles, e eu não deveria me envolver. Mas a sinceridade no tom dele — e a preocupação genuína — fez com que eu reconsiderasse.

— Tudo bem, eu vou — disse, finalmente. — Mas vai primeiro. Quero me trocar antes.

Ele assentiu, visivelmente aliviado. — Obrigado, Lotts. Eu prometo que isso não vai demorar.

Assim que ele saiu, troquei de roupa rapidamente e desci para o saguão. Assim que as portas do elevador se abriram, vi Lando parado de frente para Magui. Ela usava um sorriso presunçoso, como se já tivesse vencido alguma batalha que nem tinha começado.

— Falando no diabo — ela disse, o tom carregado de sarcasmo, assim que me aproximei.

Meu peito apertou com aquelas palavras, mas antes que eu pudesse responder, Lando deu um passo à frente, os olhos brilhando de raiva.

— Não se atreva a falar assim dela de novo. Charlotte é minha namorada, e você vai tratá-la com respeito.

O silêncio que se seguiu foi quase ensurdecedor. Magui parecia prestes a retrucar, mas foi pega de surpresa pela firmeza de Lando. Já eu fiquei completamente imóvel, como se estivesse presa no momento em que ele disse "namorada". A palavra ecoou dentro de mim, trazendo um misto de orgulho e conforto. Ele disse aquilo com tanta convicção, como se não houvesse espaço para dúvida — e isso mexeu comigo de um jeito que eu não esperava.

Magui, tentando disfarçar o desconforto, revirou os olhos. — Tudo bem, desculpa. Não sabia que você estava tão sensível.

Lando cruzou os braços, claramente impaciente. — O que você quer, Magui?

Ela hesitou, os olhos se voltando para mim rapidamente antes de fixarem-se nele. — Precisamos conversar sobre... nós.

Meu estômago revirou, mas a maneira como Lando continuava firme ao meu lado me dava mais segurança do que eu imaginava.

— Não existe "nós", Magui — Lando respondeu, com uma calma cortante.

Ela sorriu, claramente tentando esconder o incômodo, mas não conseguiu disfarçar a rigidez nos ombros.

— Ah, Lando, para com isso. A gente sempre teve uma conexão. Você sabe disso — ela disse, ignorando completamente minha presença.

Lando bufou, cruzando os braços. — Conexão? Magui, o que quer que tenha existido no passado já ficou para trás. Eu não sei o que você quer ao vir aqui, mas minha vida está em outro lugar agora.

Ela riu, mas era um riso frio, quase desdenhoso. — Em outro lugar ou com outra pessoa? — perguntou, me lançando um olhar de soslaio.

Eu senti minha mandíbula travar, mas antes que pudesse reagir, Lando foi mais rápido.

— Com Charlotte. E não tem nada que você possa dizer que vá mudar isso.

O tom dele era firme, inabalável, e aquilo pareceu desconcertá-la. Por um momento, Magui ficou em silêncio, como se procurasse as palavras certas para continuar.

— Eu só queria conversar — ela insistiu, tentando recuperar a postura. — Mas, pelo visto, você está decidido a ser grosseiro.

— Grosseiro? — ele riu, sem humor. — Grosseiro seria deixar você continuar pensando que pode aparecer do nada e passar por cima da minha namorada.

Magui abriu a boca para responder, mas Lando levantou a mão, interrompendo-a.

— Chega, Magui. O que quer que você tenha para dizer, não importa. Não vou permitir que você desrespeite Charlotte. Se não consegue entender isso, talvez seja melhor ir embora.

Eu fiquei em silêncio, absorvendo cada palavra dele. Não era só a forma como Lando estava me defendendo, mas a segurança com que fazia isso. Como se o simples fato de eu estar ao lado dele fosse inegociável.

— Você está realmente diferente, Lando — Magui disse, a voz carregada de amargura. — Espero que saiba o que está fazendo.

— Sei exatamente o que estou fazendo — ele respondeu, sem hesitar.

Ela lançou um último olhar na minha direção antes de se virar e sair. O som dos saltos dela ecoou pelo saguão vazio, e quando a porta automática se fechou atrás dela, Lando suspirou profundamente, como se finalmente pudesse relaxar.

— Desculpa, não queria que você ouvisse esse tipo de coisa. Imaginei que ela seria no mínimo mais educada na sua presença.

Eu sorri de lado, ignorando a seriedade dele, e decidi brincar um pouco com a situação.

— Então, eu sou sua namorada? — perguntei, com um tom provocativo e um sorriso maroto, quase desafiador.

Lando me olhou por um instante, os olhos brilhando de diversão. Ele deu um passo à frente, apoiou as mãos em minha cintura, agora completamente entrando na brincadeira.

Ele abriu um sorriso e fez uma pausa antes de responder, olhando para mim com uma expressão pensativa, antes de continuar em tom brincalhão. — Eu diria que sim, você é minha namorada. Eu só não sabia que precisava avisar, mas já que você perguntou...

Eu coloquei os braços ao redor de seu pescoço e levantei uma sobrancelha, rindo com o tom dele. — Então, Lando, sou a sua namorada agora? Só para ter certeza.

Ele se aproximou um pouco mais, com um sorriso divertido nos lábios. — Claramente, Charlotte, você é mais do que isso. Mas vamos deixar claro: você é minha namorada...

Meu coração deu um salto com aquelas palavras, mas mantive o sorriso travesso. — Bom saber, então — brinquei, passando a mão pelo seu cabelo, sem conseguir esconder o sorriso bobo.

Ele me deu um olhar carinhoso, ainda em tom de brincadeira. — Claro que sim. Agora que tudo está claro, podemos continuar aproveitando a noite... ou você quer me fazer repetir isso mais algumas vezes para garantir que você entendeu?

Eu ri, mais leve do que antes. — Acho que já entendi, mas pode repetir de novo, só para ter certeza.

— Repito isso quantas vezes você quiser — ele disse sorrindo

[...]

Oii amigas, como vocês estão??

Perdão pelo capítulo ruinzinho, novamente.

Mas, no geral, o que estão achando??

Alguma sugestão?

Não se esqueçam de clicar na estrelinha e comentar

Bjocas💗
ate o prox.

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