07 - Inglaterra

2024, Inglaterra
Charlotte on.

A viagem até a Inglaterra foi tranquila, como de costume. Charles estava ao meu lado, mais uma vez, garantindo que nada fosse fora do lugar. A cada momento, eu agradecia por ter ele comigo, especialmente em uma situação em que tanta coisa estava acontecendo ao mesmo tempo. Ele estava sempre tentando me animar, ou melhor, me fazer rir com alguma piada boba.

Quando finalmente aterrissamos no aeroporto, já era claro que, por mais que estivéssemos em um novo lugar, a rotina da corrida nunca pararia.

— Bom, finalmente estamos — disse Charles, ajustando sua mochila nas costas. — Vamos fazer o check-in no hotel e tentar relaxar antes de tudo começar.

Assenti com a cabeça, sentindo uma leve apreensão no peito. Eu sabia que o caos estava apenas começando. Mas antes que eu pudesse refletir mais, meu celular vibrou.

A mensagem de Lando apareceu na tela, como um lembrete irritante, mas também uma distração necessária.

"Já pousou??"

Suspirei, rolando os olhos, mas não consegui conter um sorriso.

— Quem é? — perguntou Charles, dando uma olhada na tela do meu celular.

— Lando — respondi com um sorriso irônico. — Ele está perguntando se já cheguei.

Antes que eu pudesse responder, meu celular vibrou novamente. Era a resposta de Lando.

"Se quiser carona até o hotel, é só avisar. Não sou tão mau assim ;)"

Olhei para Charles, que já estava com uma expressão de quem sabia o que estava por vir.

— Ele está oferecendo carona até o hotel — disse, sem esconder um sorriso travesso.

Charles fez uma careta e balançou a cabeça.

— Se for ele quem for dirigindo, prefiro pegar um táxi— ele respondeu, rindo. Me tirando uma risada também — Mas se você aceitar tudo bem, me avise. Vou me divertir vendo isso.

Respondi a mensagem de Lando.

" Vou aceitar a carona, Norris. Só não me faça me arrepender depois"

A resposta veio quase que instantaneamente.

"Fica tranquila, Charlotte. Vou te tratar como uma princesa. Te vejo na saída em 2 minutos. "

Charles deu um sorriso malicioso ao ver minha resposta e me olhou com um ar de quem sabia o que estava por vir.


Saímos do terminal e seguimos até o ponto de encontro, onde, como esperado, lá estava Lando, com uma calça branca, blusa azul marinho e um boné para trás, da mesma cor da blusa. Tenho que admitir, ele realmente sabia se vestir. Ele estava encostado no carro, com o sorriso travesso de sempre e uma postura relaxada. Ele parecia estar se divertindo só de me ver ali.

— Até que enfim, Leclerc — ele provocou, assim que me aproximei. — Achei que tinha desistido e me deixado esperando para sempre.

— Não se iluda, Norris — respondi, parando em frente a ele. — Estou começando a achar que eu deveria ter ouvido Charles e pedido um táxi.

— Ei! Eu sou a opção mais segura — ele rebateu, com um sorriso malicioso, antes de inclinar um pouco a cabeça. — E também a mais irresistível.

Revirei os olhos, mas, por algum motivo, senti um sorriso surgir. Decidi ignorar e fui até ele, dando-lhe um beijo rápido na bochecha. Antes que eu me afastasse, senti sua mão pousar casualmente na minha cintura, e seu toque me fez hesitar por uma fração de segundo.

— Não vai começar a achar que isso significa algo, Norris — murmurei, olhando para ele com um sorriso desafiador.

— Ah, não se preocupa — ele respondeu, aproximando-se ligeiramente. — Só estou aproveitando o momento raro em que você não está me insultando.

Charles pigarreou ao meu lado, quebrando a troca de olhares.

— Se vocês dois puderem terminar esse momento, seria ótimo. Alguns de nós têm que recuperar o sono antes do TL de amanhã.

Lando riu, soltando minha cintura, mas não sem antes lançar um último olhar divertido para mim. E em seguida cumprimentou Charles com um aperto de mão

— Parece que seu irmão está com pressa, Charlotte. Vamos lá, antes que ele decida que eu sou uma péssima influência.

— Ele já decidiu isso há tempos — respondi, entrando no carro, enquanto Charles resmungava algo inaudível.

Assim que Lando entrou no banco do motorista, ele virou a cabeça na minha direção.

— Ainda dá tempo de me agradecer pelo serviço de luxo, sabia? Não sou tão difícil de agradar

Suspirei, fingindo irritação, mas acabei sorrindo.

— Obrigada, Lando. Agora dirige e me prova que valeu a pena não chamar um táxi

Ele piscou para mim, com aquele sorriso convencido.

— Provar que valeu a pena? Fácil. Só fica aí e aproveita o melhor motorista que você já teve.

O carro deu partida, e enquanto ele dirigia pelas ruas, um silêncio confortável se instalou, apenas ocasionalmente quebrado pelas piadinhas de Lando e os comentários sarcásticos de Charles.

Aqui está uma nova versão, com mais equilíbrio entre as frases fofas e as provocações, além de um Charles demonstrando um leve ciúmes, mas sem perder a simpatia com Lando:

— Bem-vindos ao hotel — Lando disse, abrindo a porta para mim com um sorriso. — Serviço de excelência, como prometido.

Eu desci, ajeitando a bolsa no ombro e lançando-lhe um olhar que misturava diversão e cansaço.

— Serviço de excelência seria se você tivesse dirigido sem tentar bater recordes de velocidade.

— Ei, aceleração controlada faz parte da experiência premium — ele rebateu, piscando para mim.

Charles saiu do outro lado do carro, fechando a porta enquanto nos observava com atenção. Ele balançou a cabeça levemente, deixando escapar um suspiro.

— Se isso é "premium", acho que vou preferir um táxi na próxima vez — ele comentou, cruzando os braços, mas com um leve sorriso nos lábios.

Lando riu, aproximando-se de mim com as mãos nos bolsos.

— Charles, você só reclama porque não teve a sorte de estar no lugar da sua irmã. Ela adorou, mas não vai admitir.

— Sorte? — Charles arqueou a sobrancelha, lançando-me um olhar cheio de implicância. — Não sei se chamar estar no banco do passageiro de sorte é o termo certo.

— Definitivamente não é sorte — retruquei, cruzando os braços.

Charles estreitou os olhos, mas logo deu um passo à frente, oferecendo um aperto de mão a Lando.

— Valeu pela carona, Norris. Não foi tão ruim quanto eu esperava — Essa frase fez nos três cairmos na risada

— Sempre um prazer, Charles. Quando precisar de outro piloto de confiança, sabe onde me encontrar — Lando respondeu, sorrindo enquanto aceitava o aperto de mão.

Depois de se despedir, Charles começou a caminhar em direção à entrada do hotel, mas lançou um último olhar para mim.

— Não demora, Charlotte. Ainda temos que fazer o Check in.

— Ah, e Norris, não se esqueça que ela é minha irmã, viu? — Charles disse ao amigo lançando um olhar mortal — Mas valeu mesmo, pela carona.

Relaxa Charles, não precisa agradecer — Lando disse ignorando a primeira parte da frase — Nos vemos amanhã?

Com certeza — Charles respondeu e em seguida entrou no hotel

Assim que Charles se afastou, Lando voltou sua atenção completamente para mim, seu olhar suavizando enquanto ele falava.

— Foi bom te ver, Lotts. Acho que eu deveria oferecer caronas mais vezes.

Lotts era o apelido que Lando usava para se referir a mim nas corridas de Kart quando éramos pequenos. Me trouxe uma nostalgia esse apelido, mas eu me lembro de odia-lo na época.

— Só se melhorar suas habilidades de direção — provoquei, mas um sorriso escapou enquanto ajustava a alça da bolsa no ombro.

Ele riu, inclinando a cabeça para o lado.

— Prometo que da próxima vez será mais tranquilo. E talvez com uma playlist especial para você.

— Vou cobrar — respondi

— E agora, está pronta para admitir que meu talento vai além das pistas?

Eu soltei uma risada curta, balançando a cabeça.

— Você realmente não se cansa, né?

— Só quando ganho — ele respondeu, me lançando um olhar que parecia querer me desafiar mais uma vez.

— Só quando ganha? Então vai se cansar bastante ainda — respondi e em seguida me aproximei para me despedir. Coloquei minhas mãos em seus ombros e desci devagar para seu peitoral. Senti suas mãos repousarem em minha cintura e em seguida lhe dei um selinho demorado. Ele apertou levemente minha cintura e quando nos afastamos ele sorriu, e eu repeti o gesto.

Quando me virei para ir embora suas mãos me puxaram para perto dele novamente.

— Só um selinho? — ele perguntou

— Se comporta, e quem sabe você ganhe mais que isso na próxima vez? — respondi. Do mesmo jeito que ele sabia mexer comigo, eu também sabia mexer com ele.

— Você não facilita para mim, não é?

— Nunca — respondi e pisquei para ele — Até amanhã, Norris.

— Até amanhã, Lotts.

Fui para o balcão da recepção onde Charles estava. Nós esperando para fazer o check-in. Eu estava sorrindo discretamente, ainda lembrando do que aconteceu com Lando.

Charles, com aquele olhar atento, não demorou muito para me lançar uma pergunta:

— Então, o que foi isso com o Lando?

Eu dei de ombros, tentando disfarçar o sorriso no rosto.

— Ah, nada demais. Só um selinho.

Ele ergueu uma sobrancelha, um tanto surpreso.

— Selinho? E você acha que isso é nada demais?

Eu ri, sentindo o tom curioso do meu irmão.

— É só um beijo, Charles. Nada de mais. Mas vou te dizer... ele tem uma lábia.

Charles balançou a cabeça, rindo, mas ainda com aquele olhar desconfiado.

— Eu sei como o Lando é... ele não vai parar por aí.

Eu sorri de lado, com um ar confiante.

— Eu sei me defender. Não é porque ele tem essa fama que vou cair nas dele.

Ele fez uma pausa, ainda me observando com cautela, e então falou:

— Só estou dizendo... Cuidado. Lando... Bem, você sabe da fama dele

Eu dei uma risadinha, brincando com a resposta.

— Pode deixar. Ele vai ter que tentar muito mais do que um selinho para me convencer.

Charles sorriu, mas o olhar preocupado não desapareceu completamente.

— Só não me venha dizendo que já está toda apaixonada, hein.

Sim, eu estou.

Eu ri, balançando a cabeça.

— Nada disso, Charles. Só estou me divertindo. Relaxa.


oii amgs, como vcs estão??
Espero q estejam gostandoo
Não se esqueçam de comentar o que estão achando.
Cliquem na estrelinha para me ajudarem, pfvv
Bjocas 💗
ate o prox

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