Capítulo 1 - Regra N° 2
Escola nova uma ova, o inferno só mudou de endereço e eu tenho que o acompanhar. Sinceramente estudar em si já é um saco menos quando é coisa é interessante, ninguém quer saber da pedra lascada da Mesopotâmia!
Por que simplesmente não ensinam sobre Tesla, as invenções do Leonardo Da Vinci ou não sei, o fato de que os Estados Unidos ganharam a corrida espacial injustamente mas ainda sim é melhor porque o comunismo no papel é lindo e na prática é uma merda?
Quando dou por conta de mim, já estou na frente da escola suspirando. Digamos que eu estudo numa típica escola dos Estados Unidos da América e no colegial existem regras.
1: Se encaixe em um grupo social, sejam os góticos, otakus, populares e etc... A coisa importante é que se não for do grupo dos populares, das líderes de torcida ou dos bullys, é melhor estar em grupo porque se for zuado pelo menos é junto de alguém e eles repartem os insultos corretamente.
2: Se você não for dos grupos privilegiados acima não tente se enturmar com eles, ou se apaixone por eles. Acredite, o inferno te dá uma promoção por isso: uma humilhação em público completamente grátis.
3: Se for como eu que não me encaixo em nenhum dos grupos sociais criados por adolescentes cheios de hormônios desesperados por compreensão, então você só vai de casaco e banca o invisível. Se ninguém ver você vai ser assim o resto do ano, se transforme no coadjuvante de um seriado adolescente, simples.
Até que enquanto andava pelo corredor em busca do meu armário fui prensado na parede por uma garota, ela é praticamente a versão feminina do típico Jason prodígio do futebol.
— Olha por onde anda, bobinho bonitinho. - diz ela me olhando de cima a baixo e em seguida sorri sacana saindo dali me deixando estático.
— O que acabou de acontecer...? - murmuro pra mim mesmo ainda em choque até que um menino, mais alto que eu como de costume chega sorrindo.
— O que acabou de acontecer novato, é que Yuki Grayson gostou de você.
— Quem é você e quem é ela? - pergunto arrumando meu casaco e a olhando de longe com seus amigos.
— Meu nome é Natan, sou do segundo ano e ela também. Yuki é capitã do time de futebol e bem popular, é como se ela fosse a versão feminina e mais legal do típico jogador de futebol americano.
— Meu nome é Akira e puxa, ela deve ter jeito pra coisa. - digo jogando minha coisas no armário e apenas pegando o livro de história junto com o caderno e os lápis.
— Prazer mas cara, ela tá a fim de tu. - sorri sacana e acaba por rir.
— Sem chance, ela só me viu por dois segundos. - revira os olhos até que ela me percebe e pisca fazendo com que eu revire os olhos de novo - E mesmo que gostar, eu não gosto e não ligo. Só quero me formar e sair o mais rápido daqui.
— Idem, gostei de você. Quer sentar comigo no lanche?
— Queria mas vai ser o treino do time de futebol e eu vou poder estudar melhor. - sorrio docemente e vou pra minha sala, vejo o professor entrar minutos depois.
— Bom dia turma, hoje vamos começar com matemática, abram na página 5 do livro didático.
Ô beleza, primeiro dia de aula e a primeira que dão é matemática, estou em casa enfim.
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Depois de muita aula chata, finalmente chegou o tão prezado intervalo de trinta minutos, peguei minhas coisas e fui até a arquibancada começando a ler e escrever algumas coisas no meu caderno.
Não tinha ninguém lá como de costume em um intervalo e estava na área de sombra porque não sou Ícaro pra tomar tanto sol ao ponto de derreter a cera branca que eu sou.
— Engraçado, preciso repassar até o ensino médio como foi descoberto o Brasil mas ninguém aqui fala que os povos viviam de boa sem meter a mão na sexualidade que não lhe diz respeito até a igreja católica chegar e cagar regra pra tudo quando é lado.
Digo falando comigo mesmo e anoto mais coisas no caderno, um típico nerd.
De repente o sinal toca, passou realmente muito rápido e vejo alguém na minha frente; a garota de antes.
— Oi gracinha, veio me ver jogar? - sorri galanteadora.
— Vim estudar, Yuki. - respondo simples guardando meu material.
— Ah sim, sabe você é bonito baixinho.
— Eu não sou baixo. - estou indignado com isso agora.
— Ah sério? Bom, a altura média pra quem tem nossa idade é de 1,60 a um 1,70 e você tem o que? 1,40? - ela ri logo após disso.
— O que? Claro que não... Eu tenho 1,57. - murmuro meio baixinho por isso. Ela riu mais e penteou os cabelos com os dedos, logo após me deu um papelzinho.
— Me liga, pequeno.
Ela pisca sorrindo e sai dali indo ao chuveiro, quando abro o papel é o número dela e fico levemente vermelho.
゚+*:;;:* *:;;:*+゚
— Oi mãe, oi pai. - falo entrando em casa e subindo as escadas logo depois e não deixando-os responder, entro fechando a porta e jogando a mochila em um canto qualquer.
Deito na minha cama olhando pra o teto enquanto estou cercado pelos meus bichinhos de pelúcia. Suspiro mais uma vez.
— Que se foda a regra número 2.
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