Los Angeles, Califórnia, 29 de maio de 2018.

-Grávida?.- eu disse e o meu coração se partiu ainda mais.

-Ela foi muito agredida e acabou perdendo o bebé.- ela disse chorando e lágrimas também caíram por meu rosto e Kika me abraçou.

Eu me soltei da mesma e sem palavras fui em direção ao quarto de minha esposa.

Eu chorava muito. Senti-me um inútil por não ter feito nada e não ter percebido que ela precisava de ajuda. Tudo isso poderia ter sido evitado se eu não tivesse vacilado assim.

Entrei no quarto da mesma que olhava para um ponto fixo na parede e quando escutou a porta a abrir e quando seus olhos verdes se cruzaram com os meus ela começou a chorar.

-Meu amor.- eu disse e corri para abraçá-la que estava com marcas roxas pelo corpo e uma faixa sobre a cabeça, ela estava um bocado manchada de sangue.

Ela começou a chorar e pegou a minha mão.
-Não me deixa mais por favor.- ela pediu enquanto chorava e meu coração se partiu vendo aquilo.

-Eu não vou sair de perto de você nunca mais, e pode ter certeza que impune quem fez isto não vai ficar, te dou minha palavra meu amor.- eu disse e ela concordou limpando as lágrimas.

Ela parou de chorar mas não falava, estava com o olhar distante e sempre olhando para algum ponto fixo na parede.

-Olá boa tarde.- uma médica entrou e Marcela não a respondeu.

-Bom tarde doutora.- eu disse e Marcela segurou minhas mãos forte.

-Minha conversa está direcionada a nossa paciente.- ela disse e Marcela levantou as sombrancelhas.- bom, é triste contar-te isso meu bem, mas é meu trabalho e eu como mãe fico ainda mais triste por você.

-Doutora pode dizer o que que se passa por favor.- ela disse curiosa e a doutora tirou os óculos.

-Eu lamento em te informar querida, mas você estava grávida e devido ao ferimentos que tu sofreste o teu bebé veio a falecer. Eu sinto muito.

Quando a médica completou Marcela soltou as minhas mãos e se virou para o outro lado da cama e começou a chorar.

-Me deixem sozinha por favor.- ela disse e nós concordamos e saímos da sala.

-Ela está muito frágil agora, recomendo que procure terapeutas, psicólogos e em segundo caso psiquiatras. Não é nada fácil passar por um trauma desses.- a doutora falou e eu concordei.- geralmente pacientes assim que sofreram traumas como ela terminam com seus companheiros logo depois do que se passou. Negue e diga que vai ajudá-la se não quiser sair divorciado deste hospital.- a médica disse enquanto tocava meus ombros e eu paralisei.-Com licença Kaká.- ela disse e saiu.

Marcela não pode terminar comigo. Estamos a muito tempo juntos e eu não abandonaria ela agora, nem agora e nem nunca.

Passei na floricultura mais próxima e comprei flores, alguns chocolates e um colar lindo a ela.

Iria enche-la de presentes até ver a mulher da minha vida sorrir novamente.

Eu daria tudo para ver aqueles olhos verdes brilhando para mim como se fosse a primeira vez.
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Monte-Carlo,Mónaco, 8 de julho de 2002

Kaká

Finalmente eu e Marcela combinamos de sair. Eu telefonei a ela dias depois a copa e ela disse que estava a se preparar para a fórmula 3 e não podia sair de Monte-Carlo mas como um cavalheiro que sou combinamos um dia que ela estivesse livre e eu iria para Mónaco vê-la e nós jantaríamos juntos.

Até que o telefone de meu quarto tocou.

-Olá.- ela disse docemente fazendo eu abrir um grande sorriso.

-Olá, Tás bem?.- eu disse e sorria mais ainda que parecia que minha bochechas iriam rasgar.

-Vamos jantar no Le Louis XV. Fiz nossas reservas e estaremos numa área bem reservada.- ela disse.- se vista com sua melhor roupa campeão, não vejo a hora de ver-te.- ela disse e senti minhas bochechas queimarem como fogo depois de escutar o comentário da mulher que fez meu coração disparar a um mês atrás.

-Também não vejo a hora de ver-te. Passo em sua casa que horas?.- eu disse e escutei ela dar uma risada baixa.- oh, eu pensei te buscar. Você não sabe onde é o restaurante.

Marcela: 1. Kaká: 0

-Você tem razão.- eu falei rindo envergonhado e escutei ela rir do outro lado da linha.

-Passo em seu hotel às 19 em ponto. Beijinhos.

E desligou.

-Minha melhor roupa?.- eu disse pra mim mesmo e abri minha mala.

Calças jeans
Blusas sociais
Cuecas e cosméticos estavam em minha mala.

Mas nada disso era minha melhor roupa.

Eram três da tarde e não é possível que não tem nenhuma loja de ternos aberta.

Eu sei que o restaurante é fino e as pessoas não vão com roupas normais então logo tratei de sair pela cidade e procurar qualquer loja.

Eu sabia que deixaria um rim para comprar um desses fatos luxuosos que são vendidos em Monte-Carlo. Mas era uma boa causa.

E se só tiver eu de terno no restaurante eu vou surtar.

-por que tu não ligas e pergunta como as pessoas costumam se vestir.- Marcos meu melhor amigo de infância falou do outro lado da linha.

-Eu não falo francês.- escutei o meu amigo bufar do outro lado da linha.

-o que tu tens de beleza tens de burrice. Pra garota né burro.- ele disse e eu sorri envergonhado.

- ahahahah pois é. Mas não posso fazer isso, ela vai achar que eu sou um caipira.

-então arrisca Ricardo. Porra parece que nunca viu uma mulher na vida.- ele fez uma pausa.- de fato nunca viu, mas isso não vem ao caso agora.- ele disse e eu revirei os olhos.

Eu me orgulho em dizer que sou bv e virgem com 20 anos. Quero esperar a mulher certa, nunca fui de farra ou festas e bebidas.

-Tá bom amigo, obrigada por me ajudar. Ligo-te depois para contar como foi.- eu disse e logo desliguei o telefone.

Fui ao centro de Monte-Carlo andando mesmo já que meu hotel era bem perto do grande centro de lojas.

Fui a todos e nenhum me agradou todos com preços altos mas não estava pensando nisto agora.

Fui a Louis Vuitton e encontro o terno mais lindo que eu já vi em toda a minha vida em um manequim.

-Bonjour. Vous cherchez un costume pour le premier rendez-vous ?.- uma mulher chegou perto de mim e eu travei pois não havia percebido nada.

-Não falas francês certo?.- ela disse e eu concordei.- sou Catarina, posso te ajudar?.- ela disse e eu concordei.

-Havia te perguntado se era pro primeiro encontro.- como adivinhaste?.- a mulher sorriu.

-Você é muito novinho para estar procurando um terno para negócios.- ela disse e nós rimos.

-eu adorei este, quando custa?.

-3,641,82 euros.- eu coloquei a mão em meu peito mas pensei nela mais um vez. Era um paletó com monogram em relevo, muito lindo mesmo.

-eu vou levar.

Depois da loucura que eu fiz voltei pra casa e tomei o meu melhor banho, me arrumei e quando olhei no relógio eram 18:50 então passei um perfume e logo desci.

Cheguei na portaria as 18:55 e as 19 em ponto Marcela chegou com seu carro que era dirigido por um homem mais velho porém muito elegante, eu logo fiquei boquiaberto quando vi ela encostando perto da calçada.

Seu carro era um Ferrari 456M GT 6-Speed mas minha surpresa durou menos ainda quando ela desceu no carro.

Charmosa, era a definição para essa mulher.

Ela vestia um vestido preto não muito colado e com uma fenda na perna que ia até os seus tornozelos e um salto preto e vermelho no fundo.

Jóias delicadas e seu cabelo estava ondulado natural.

-Você está maravilhosa.- eu disse e ela corou.

-Você também está lindo, este terno é mesmo charmoso, vi ele na revista e tinha até comentado para Bruno comprar. Fez uma ótima escolha Kaká.- ela disse e beijou minha bochecha.

Marcela:1 Kaká:1

Entramos em seu carro e fomos para o restaurante que era incrivelmente chique e cheio de gente rica.

Eu estava igual aos outros que comiam devidamente com suas esposas ou namoradas.

Ótimo mais um ponto pra mim.

Chegamos ao restaurante e logo sentamos no lugar aonde Marcela havia reservado a nós. Logo os garçons trouxeram o cardápio e começamos a olhar.

-Você bebe?. Podemos pedir esse vinho francês divino, sinceramente é meu preferido.- ela disse e eu a olhei pensativo.

Eu não bebia mas queria agrada-lá.

-Na verdade eu não bebo muito mas se quiseres pedir eu tomo um pouco contigo.- sabes que se não quiseres beber tudo bem né?. Eu peço uma taça a mim.

Tá na hora de provar coisas novas Kaká.

-Pode pedir o vinho. Se você gosta tenho certeza que é bom.- eu disse e vi ela sorrir envergonhada.

Quando o vinho chegou o garçom serviu-nos e no primeiro gole não pude disfarçar a minha cara de quem não gostou. Mas logo que o vinho foi descendo por minha garganta ele começou a ficar doce.

-Isso e mesmo bom.- eu falei tomando um pouco mais.

-que bom que gostou, eu adoro vinhos mas não sou uma alcoólatra.- ela riu.- como uma monegasca que sou tomamos vinho apenas em datas especiais.

-você não é brasileira?. Por que corre com a bandeira do Brasil?.- eu perguntei e a morena sorriu novamente.

Eu tô ficando cada vez mais rendido a esse mulher.

-Eu nasci em Mónaco e meu pai no Brasil como sabes, mas nunca conheci a minha mãe.- ela falou.

-Tá mas me conte mais sobre você.- a mesma perguntou e nosso jantar foi resumido a isso.

Parecíamos dois adolescentes conversando e tomando vinho. Foi tudo muito leve e descontraído cada vez que ela ria meu coração acelerava.

Quando fomos embora eu peguei na mão dela e a mesma se assustou mas não retirou a minha mão do local.

Entramos no carro e nossa viagem durou menos de 10 minutos já que Monte-Carlo é minúsculo. E sem perceber havíamos chegado na porta do hotel.

- Nous sommes arrivés mademoiselle.- o motorista disse e Marcela logo respondeu.- Je le laisserai à l'entrée de l'hôtel, attendez une seconde Joaquim et merci beaucoup.

ver ela falando em francês só fez com que meu coração acelerasse mais.

-Quantas línguas você fala?.- eu perguntei enquanto caminhávamos até a entrada do hotel.

-Além do português, inglês, espanhol,francês e italiano.- ela falou levantando a cabeça típica de uma pessoa inteligente.

-Eu adorei nossa noite, espero sair com você mais vezes.- eu falei e vi ela sorrir e sem perceber eu estava a encarar a boca da mulher a minha frente que logo percebeu e repetiu o gesto.

-Você já beijou um brasileiro?.- eu perguntei e ela cerrou as sobrancelhas surpresa com a pergunta.

-Não.- ela disse rindo.- eu posso ser o primeiro?.

-O primeiro e o último por favor.

Ela falou e eu logo quebrei distância entre nós e selei os nossos lábios em um beijo lento e calmo, eu segurava forte sua cintura e ela minha nuca.

Nossos corações acelerados.
Suas mãos em minha nuca.
O jeito que encostava nossos corpos no meio do beijo.

Eu estava completamente rendido.

Fofocas teen

É garotas, parece que não deu para nós. Hoje dia oito (8) de julho nosso queridíssimo Kaká foi visto num restaurante com ninguém mais ninguém menos que Marcela Senna.

Será o novo Affajr do nosso brasileiro?.
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-Meu amor?.- falei enquanto entrava no quarto de Marcela aos poucos com todas as regalias que eu havia comprado.

Ela olhou para mim e logo abriu um sorriso fraco.

-Não precisava amor.- ela disse envergonhada.

-comprei tudo o que você gosta pra ver o seu sorriso lindo de novo.- eu disse e ela sorriu fraco mas mais lágrimas caíram sobre seu rosto.

-você quer se separar?.- ela disse me olhando com a cabeça baixa.

Bingo doutora, você acertou em cheio.

-Nunca, eu vou cuidar de você até o fim de nossas vidas.- eu abracei ela de lado encostou a cabeça na minha.

-Mas outro homem tocou em mim.- ela disse e eu a olhei como se fosse a primeira vez que havia visto ela.

-Eu juro que se eu pudesse mataria esse sujeito por tocar em você, eu não ligo pra isso. Só quero o seu bem agora meu amor, e é o que mais importa.- eu disse e ela finalmente sorriu e seus olhos verdes pousaram nos meus.

-Eu te amo.
-Eu também te amo meu amor, pra sempre.
-Pra sempre.
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Especial a vitória do nosso Landinho ontem a primeira de muitas🧡

Curtam, comentem e me sigam para ficarem por dentro de anúncios que posto no mural. se puderem dar uma olhada num anúncio que deixei lá sobre o futuro de minhas escritas eu agradeceria.

Amo vocês até a próxima💕