Phoenix, Estados Unidos, 8 de março de 1990

"Participação ameaçada"

Desclassificado por cortar a chicane, Ayrton Senna perdeu a vitória conquistada no Grande Prêmio do Japão de 1989 e viu Alain Prost chegar ao tricampeonato mundial. Furioso com o desdobramento do caso, o brasileiro atacou os dirigentes da Federação Internacional de Automobilismo Esportivo (FISA) e da Federação Internacional do Automóvel (FIA) acusando-os de manipular o campeonato. Amigo pessoal de Alain Prost, o cartola Jean-Marie Balestre exigia uma retratação por parte de Senna, que se manteve em silêncio.[11] Sob o ponto de vista do piloto, desculpar-se seria legitimar a injustiça cometida contra ele em Suzuka[•••]

Marcela Senna.

Os últimos meses foram caóticos vocês nem imaginam.

Meu pai perdeu o bicampeonato.

Fui morar com ele em Mónaco.

Conheci diversos países.

Fiz seis anos.

Entrei para a primeira série.

Na verdade isso foi só um resumo, desde a suspensão de 6 meses fomos a Mónaco relaxar na nossa casa. Fomos ao Brasil ficamos alguns meses e voltamos já que teríamos que vir para o grande prémio dos Estados Unidos.

Papai estava mais determinado que nunca. Desde o ocorrido e nossa última ida à Paris ele parecia chateado mas agora está muito animado e mais decidido que nunca que esse ano o campeonato é dele.

Até o clima na equipa está mais leve, já que Alain Prost foi para a Ferrari ele não suportava mais a rivalidade com Papai. Ele também gostou muito da ideia do francês sair da McLaren agora Berger era seu novo companheiro de equipa.

Chegamos aos Estados Unidos por volta das três da tarde. Fizemos nosso check-in no hotel que era muito lindo, não era o mesmo do ano passado. Nosso quarto era enorme e tinha dois quartos parecia mais uma casa já que tinha de tudo.

Quando deitei a minha cama adormeci instantaneamente. Estávamos em Mónaco e viemos direto para cá. São cerca de 11 horas dormi uma metade do voo mas o resto fiquei acordada pintando alguns desenhos do livro que trouxe de desenhos.

Papai lia notícias sobre sua volta a fórmula 1 ele se certificou de comprar vários jornais.

[•••]Balestre cassou a superlicença de Senna, impedindo-o de competir. Frustrado, o piloto cogitou parar de correr, mas foi demovido por McLaren e Honda. Em 17 de fevereiro de 1990 foi publicada uma lista onde Jonathan Palmer surgiu como titular da McLaren junto a Gerhard Berger. A seguir enviaram a Paris um fax atribuído a Ayrton Senna onde este reconhecia que o mundial de 1989 não fora manipulado e a inscrição do brasileiro foi aceita no mesmo dia.

[•••] Devido a um acidente entre Alain Prost e Ayrton Senna durante a quadragésima sétima volta, o francês deixou a corrida enquanto o brasileiro retornou à pista e venceu a prova, mas foi desclassificado antes de subir ao pódio por uma intervenção direta de Jean-Marie Balestre, presidente da FISA, gesto que assegurou o tricampeonato mundial a Alain Prost.

[•••] Para o esporte, é uma pena, uma vergonha. Não quero falar nada em relação à defesa, que será elaborada cuidadosamente, com base no regulamento, com base na realidade, e não em arbitrariedades",disse Ayrton Senna ao comentar a desclassificação imposta sobre ele. Convicto de que não foi responsável pelo acidente no qual foi envolvido, o piloto sustentava o argumento segundo o qual suas atitudes posteriores à batida também foram corretas. Sob esse prisma a McLaren interpôs um recurso ao Tribunal de Apelação da FIA e cujo resultado foi divulgado em 31 de outubro. Nele, além de confirmar a decisão dos comissários que desclassificaram Senna no Grande Prêmio do Japão e o tricampeonato de Alain Prost, a corte multou o brasileiro em US$ 100 mil e aplicou-lhe uma suspensão de seis meses a contar daquele julgamento, embora tal pena tenha sido imposta sob sursis.

[•••]Exibindo sua truculência habitual, Jean-Marie Balestre reagiu furioso sobre a intenção de Ron Dennis, o chefão da McLaren a quem acusou de chantagem, em levar o "Caso Senna" à justiça comum, ameaçando excluir a McLaren do campeonato mundial e cassar a licença de seus pilotos. Colérico, ele disparou vários petardos em direção a Ayrton Senna durante uma entrevista no Automóvel Clube da Françaː "Sou contra Ayrton Senna por ele ter estragado nosso sonho no Grande Prêmio do Japão. Ele estragou o Campeonato Mundial de Fórmula 1. Não tinha o direito de fazer isso".

-isso é um absurdo Sérgio até os jornais acham que foi minha culpa.-papai falou furioso olhando a todos os jornais impostos sobre seu colo com fotos e notícias grandes na primeira folha.-Jean Marie é um bosta nunca imaginei que ele faria isso.

-Ayrton já passou não se preocupe. Esse ano e nosso e ninguém tira esse título de nós.

-espero não quero passar por isso nunca mais.- escutei papai falando isso e olhando para mim.

Realmente foi um ano muito difícil víamos com muitas vitórias e quando esperávamos que papai conseguisse seu bicampeonato ele acabou em minutos.

Com Prost indo para a a Ferrari tudo ficou mais calmo, a garagem tinha um clima descontraído com Berger sendo o novato papai dava muitas dicas a ele de como se dar bem a equipe como o carro era e eu só escutava tudo ao seu lado enquanto olhava os carros da Mc Laren sendo ajeitados em suas respectivas garagens.

Com a suspensão da licença de papai pelos seis meses e todo o ocorrido ano passado quando chegamos ao paddock todos olhavam para nós, cochichavam ou riam.

Quando passamos em frente a garagem da escuderia vermelha Prost estava lá e num breve aceno cumprimentou papai e veio em nossa direção. Quando papai percebeu sua aproximação o escutei sussurrando um palavrão baixo.

-Ayrton Senna que surpresa te ver por aqui. Pronto para a temporada desse ano?.

-pronto para chutar as suas bundas e recuperar o meu campeonato Alain, tenha um bom dia.

-estás realmente bravo papai.- falei a ele olhando para o mesmo que estava com óculos de sol,blusa branca, uma calça jeans clara e tênis que ele havia ganhado de uma marca. Chegaram numa bela caixa.

-não estou bravo, Prost estava sendo sarcástico só o respondi no mesmo tom. Não deixe ninguém te fazer de boba filha você é forte.- ele falou me olhando e ajeitando meus cabelos que estavam um pouco bagunçados pelo vento que estava em phoenix.

O clima estava agradável e depois da pequena interação de Prost e Senna na Pit Walk chegamos a garagem da nossa equipa, Berger estava fazendo seu teste de banco já que ainda era quarta feira mas os pilotos tinham que chegar dias antes para entrevistas, ajustes no carro, e claramente o momento de interação que vocês já sabem o grande jantar no restaurante mais caro.

Pilotos e mesas com bebidas não funcionam então como sempre depois do meu jantar dormi no colos de papai, dessa vez estava com um short jeans com flores, uma blusa amarela e um ténis branco. Nos meus cabelos papai havia feito duas trancinhas e colocou laços nas pontas. Estava muito calor a noite.

Acordei habitualmente com papai me chamando para irmos pro quarto já que o restaurante era no hotel. Todos os pilotos ainda estavam na mesa conversando mas papai sempre ia embora antes de todos, quando perguntei a ele o porque ele me respondeu.

-sabe filha cada um tem seu limite o meu é um pouco maior que o dos outros. E se você entendeu o que eu quis dizer saberá o porque eu saio antes de todos.-não na verdade não entendi.

-você consegue fazer coisas mágicas com uma ótima noite de sono. Dormir tarde e bêbado só atrapalha seu rendimento para o próximo dia.

Depois de escutar suas palavras como já estava muito cansada e já havíamos chegado no nosso quarto apenas beijei seu rosto e dormi ao seu lado como de costume. Papai não podia dormir sozinho. Eu estava com ele sempre.

No outro dia como ainda era quinta feira fui ao circuito de manhã com papai já que o mesmo gostava de dar uma de mecânico e verificar seu carro sempre que pudesse.

Fazia muito calor de manhã e coloquei uma camisa com desenhos de bolinhas, um short e tênis de velcro. Papai havia amarrado meu cabelo num rabo de cavalo.

Marta chegaria de tarde já que a mesma estava cuidando de seu pai e atrasou um pouco mas ela chegava a tarde e estudaria com ela até sexta pois nos outros dia estarei em Mónaco.

Papai conversava com Berger e eu estava ao seu lado segurando sua mão brincando com meus dedos já que não havia levado muita coisa ao circuito. Ficamos até lá até a hora do almoço onde almoçamos no hotel mesmo que tinha um belo restaurante só para a hora do almoço.

Quando comemos Marta já estava no quarto nos esperando já que Sérgio havia ido buscá-la no aeroporto. Papai havia retornado ao circuito para entrevistas e eu fiquei estudando com Marta até a hora de sua chegada.

Marta elogiou meu rendimento já que eu estudei presencialmente por alguns meses, estava muito esperta ela disse.

Quando papai chegou o abracei forte e fiquei em seu colo enquanto ele se despedia de Marta, ela me deu um beijo na bochecha e eu retribui ainda no colo de meu pai. Ele me colocou em suas costas e começamos a brincar de aviãozinho ele fazia isso as vezes.

Nos riamos alto e eu estava muito contente momentos com papai ficavam guardados pra sempre em minha mente. Quando ele cansou deitamos na cama e ele me disse.

-o que você acha de tomarmos um banho e irmos tomar um sorvete?.- o olhei arregalando os olhos e sorrindo.- eu adoro sorvete.- falei pulando na cama e rindo alto.- então vou arrumar seu banho e você se prepare.

-aposto que tomo mais sorvete que você papai.

-é o que vamos ver minha garotinha.- ele falou enquanto fazia cócegas na minha barriga.

Corri e fui direto para o banho fazendo o que ele me pediu. Depois de estarmos arrumados e termos ido a sorveteria tomamos sorvete de vários sabores, algumas pessoas pediam foto com papai mais bem calmamente já que viram que eu estava junto.

-Papai você gosta das pessoas pedindo para tirar foto com você?.- ele me olhou arqueando as sobrancelhas.

-e o meu trabalho cella e ver todo o carinho das pessoas faz bem.

-é que as vezes é meio chato.

-as pessoas tem seus ídolos ou pilotos preferidos é normal.

-e quem é seu ídolo?.

-eu não tenho ídolos. Tenho admiração por trabalho, dedicação e competência filha é diferente.- o olhei assentindo sobre sua resposta.

Chegamos ao quarto colocamos nossos pijamas e nos preparamos para mais uma noite de sono já que amanhã o dia seria difícil.

Era dia de treino livre depois da suspensão de papai.

Amanhã éramos o assunto.

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300 leituras meu Deusssssssssssss muito obrigadaaa

Não esqueçam de me seguir para ficarem por dentro de quando tiver capítulos novos e curtirem❤️

Obrigada por lerem.