— Precisa de ajuda para sair? — Hefesto questionou a garota, que logo ouviu o apito que ele carregava ser soado e uma escada surgindo — Vamos lá.

— Não vou sair daqui sem o meu amigo — Stella estava ao lado do garoto — Por favor, Lorde Hefesto, me diga como posso tirá-lo daqui e ficar no lugar dele?

— Você quer tomar o lugar dele? É um caminho sem saída, não pode ser desfeito. E eu sei porque eu o construí.

Stella sentiu o escudo de Ares pesado em sua mão, porque ele junto com Afrodite tinham sido os responsáveis pela criação de Hefesto. Um caso de amantes que chegou até eles, e fez Percy pagar o preço por conta de um maldito escudo.

— Eu não vou embora sem o Percy. Se não pode me ajudar, pode ao menos me deixar sozinha para que eu possa pensar em um plano? Ele sentou por impulso e teimosia, quem deveria estar nesta cadeira sou eu.

— Se você sair daqui com o escudo, poderá concluir a missão e ter glória. É o destino dos semideuses, como é e como deve ser.

— Não deve ser assim! — retrucou Stella, jogando o escudo no chão com raiva por ter ouvido aquele discurso tantas vezes que perdeu a conta — Morrer, matar, poder, glória e nada mais além disso! É por conta destes pensamentos que há revoltas, guerras e planos, porque nos incentivam isso! Zeus é assim, Atena, Ares e até mesmo meu pai pode ser assim, mas sabe quem não é? — perguntou a garota — Percy não é assim! Ele é melhor que tudo isso... e eu também não sou... e nunca seremos.

Hefesto virou de costas e Stella sentiu sua esperança de ajuda se esvaindo, até que ouviu o mesmo apito de antes e as engrenagens da cadeira de ouro começaram a se mexer. Stella notou que Percy estava voltando ao normal, ofegante como se não estivesse respirando e sorriu quando ele saiu tentando entender o que tinha acontecido pelas feições da loira.

— Alguns de nós não gostam de ser assim também — Hefesto disse, atraindo a atenção dos dois — Você é uma boa pessoa, Stella. Entendo porque seu pai tem tanto orgulho de você.

Antes que ela pudesse agradecer, Hefesto foi embora. Percy lançou um olhar confuso para ela e Stella não disse nada, apenas pegou o escudo.

— Vamos embora.

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Os dois voltaram correndo na direção da lanchonete e atraíram a atenção de uma mesa específica quando o sininho no topo da porta tocou. Annabeth e Grover pareciam aliviados em ver os amigos, mas a filha de Atena franziu o cenho quando Stella parecia com raiva enquanto colocava o escudo em cima da mesa.

— Aqui está seu precioso — respondeu a loira — Agora, cadê a carona?

Ares sorriu e se levantou fazendo com que o grupo o seguisse até o lado de fora, parando ao lado de um caminhão que dizia transportar animais vivos.

— Isso é sério?

— Só pode estar de brincadeira — Percy completou a fala da garota vendo que em um estalo de dedos, a parte de carga do caminhão abriu.

— Podem entrar ou não, tô nem aí — disse Ares — Mas este caminhão vai estar no Cassino Lótus em Vegas. Hermes está lá, e se fizerem tudo certo, o motorista pessoal dele pode levá-los até Los Angeles em minutos.

O deus da guerra arremessou uma mochila, do qual Jackson pegou, e disse: — Peguem.

— Pra que? — perguntou o garoto.

— Roupas, dinheiro e dracmas para convocar Hermes. Eu diria boa sorte, mas é perda de tempo.

— Não vou falar o que foi perda de tempo — resmungou Stella mas recebeu um cutucão de Annabeth para ficar quieta, do qual reclamou de dor.

— Não vamos falhar — Percy disse tentando tampar a fala da loira.

Ares sorriu, meio sádico, e disse: — Não se preocupem, seu pai tem muitos filhos. Todos os pais de vocês tem, dos quais pararam de se importar.

— Uau, pai do ano. Quantas vezes você visitou seus filhos mesmo? — Stella debochou e Grover que deu o beliscão desta vez — Ai! E eu menti?

— Não vamos falhar — Percy também não estava com a maior das paciências — E estou cansado de te ouvir falando isso. Você acha que sabe quem eu sou, mas não sabe. E se não tiver cuidado... vai descobrir.

— Ok! — Grover interviu antes que o deus matasse seus dois amigos, o que parecia acontecer a qualquer momento pela feição de Ares — Obrigado pelo abuso emocional, sanduíches e pela carona, vamos aceitá-la.

O quarteto entrou no caminhão e quando Grover pediu por algumas toalhas, já que o local não estava muito limpo, Ares fechou a porta. O lugar fedia, e o barulho de animais dentro também não colaborava muito com o ambiente que parecia um zoológico ambulante. Grover e Percy andavam na frente, tentando arranjar um canto que pudessem ao menos sentar.

— Você está andando muito com ele — Annabeth disse baixinho para a amiga — Não sei se acho isso bom ou ruim, pode te colocar em problemas.

— Obrigado por se preocupar, Annie. Mas aquele cara realmente me irritou.

Annabeth sorriu de lado e Stella também, até que a morena ouviu os dois mais a frente reclamando das condições do caminhão.

— O importante é nos levar onde precisamos — disse Annabeth — Mas ele esconde algo.

— Como o que? — perguntou Stella, mas Annabeth não respondeu — Ok, não importa agora. Vamos descansar um pouco, quem sabe dormir e... por que tem um arco-íris dentro da bolsa?

— Alguém está ligando.

Annabeth logo pegou o cristal e aceitou a ligação de mensagem de íris. A imagem de Emma apareceu, e logo a mais velha abriu um sorriso ao ver as duas meninas.

— Ai! Graças a Afrodite vocês estão bem! — disse a loira do outro lado — Onde estão? Conseguiram algo?

— Te garanto que se dependesse da sua mãe, eu estaria morta agora — Stella respondeu e viu a mais velha franzir o cenho confusa — Não importa, estamos indo para Las Vegas agora.

— E isso tem algo haver com a missão? Estão do outro lado do país.

— Sim, tem haver com a missão — respondeu Stella — Por que está me ligando? Aconteceu alguma coisa?

— O acampamento está ficando meio dividido, sabe? Se preparando para uma possível guerra e estava ficando preocupada, você não me mandou notícias e... a Taylor ligou, ela sabe.

— O que? Como assim ela ligou? Emma, você contou para ela?

— Eu não! Luke que contou, argh... jurei não falar o nome dele de novo desde que terminamos de vez, aquele filho da p... — a garota parou ao ver que Annabeth ouvia — Mas sim, ele falou que você saiu em uma missão para salvar o mundo, honestamente não sei porque ele fez isso mas Stella, fique atenta a tudo o que falar para ele, ok? Você também, Annie. Luke está... diferente.

— Como assim? — Annabeth perguntou.

— Ele... — a loira parou como se alguém tivesse chegado, pegando-a no flagra e se virou para as duas — Preciso ir, se cuidem!

— Emma, espera! — mas a ligação tinha se encerrado. As duas trocaram olhares e Stella perguntou: — Você entendeu alguma coisa?

— E-eu acho que sim — mas a voz de Annabeth não demonstrava tanta certeza, a Archer imaginou que era porque envolvia Luke, ambos tinham um passado do qual os unia como uma família.

— Vamos descansar um pouco, depois pensamos nisso, ok? — a filha de Apolo abraçou a amiga de lado e ambas se sentaram no chão do caminhão. Stella deixou-se envolver pelo cansaço e dormiu instantes depois.

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Notas da autora: Hey pessoal, como estão?

Primeiro.... OBRIGADO PELOS 1K DE VISUALIZAÇÕES! Sério, fiquei feliz quando vi e espero que vocês gostem cada vez mais de Fearless! Inclusive, fiz um edit novo pro tiktok (__nandas pra quem quiser me seguir) e vivo fazendo conteúdo para eles lá (inclusive spoilers).

Cassino Lotus vindo ai família, e vamos ter Poker Face sim! (gente desculpa amo essa cena) então aguardem.

Me digam o que estão achando, quero saber de tudo!

Até o próximo!