𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟖 • Maçã da inveja
EPISÓDIO 3 — PARTE 1
[MAÇA DA INVEJA]
DEPOIS DO QUE ACONTECERA, Riven estava aliviado por ver que sua namorada estava melhor a cada dia. Como por exemplo, naquela manhã, Veronica aparecera no treinamento dos especialistas antes do almoço.
Ela ainda se sentia estranha e os sussurros por ter matado o queimado continuavam. Tirando isso, ela estava bem melhor e sob total controle de sua magia.
Em cima do ringue, treinando com Sky, Riven dava pequenas olhadas em sua namorada, garantindo que ela estava bem. Quando Silva se aproximou do ringue elevado, usando um bastão para ajudá-lo a se apoiar no chão ao andar, ele mandou que Sky se concentrasse nos pés.
E não foi por qualquer motivo. Riven o derrubou quando abaixou e desequilibrou o loiro ao atingido no pé com o seu próprio.
— Muito bom, Riven. Muito bom — elogiou Silva antes de se afastar.
Riven estendeu o braço para ajudar Sky a se levantar.
— Ele não parece pior? — perguntou Sky, se referindo a Silva.
— É só o Riven ser elogiado e de repente o Silva está com dano cerebral, é? — exclamou Riven, exasperado.
— Já tem um semana que ele foi infectado pelo queimado — disse Sky, eles descendo do ringue. — Sei lá, eu posso estar exagerando. O que você acha, Vero?
Sky e Riven sentaram cada um de um lado de Veronica que digitava uma mensagem em seu celular. Riven estendeu o braço para fora do banco e puxou a garrafa de água. Ao mesmo tempo que bebia, passou um dos braços suados pelo ombro de Vero que o xingou, fazendo-o rir.
— Eu acho o quê? — perguntou ela, confusa.
— O Silva, como acha que está?
— Bem, na medida do possível.
— Dra. Veronica chegando a um diagnóstico sem esforço nenhum — zombou Riven, fazendo-a revirar os olhos.
— O professor Harvey está dando zambak para ele — explicou ela.
— Mas é só para controlar os sintomas — resmungou Sky. — Ele não vai melhorar até matarem o queimado que atacou ele.
— E tem gente lá fora cuidando disso — continuou ela. — Quer que eu dê uma de ninja de novo e vá atrás do queimado?
— Nem ferrando — exclamou Riven, negando a namorada.
— Stella me falou a mesma coisa que você — suspirou Sky.
Riven, mesmo vendo o amigo preocupado, não podia se sentir feliz por ver que a sua relação com Vero parecia ter voltado ao normal.
— A Stella deve ser demais, né? — perguntou ele a Sky, debochado. — Ou ela é sensacional com a língua?
Veronica revirou os olhos, achando mesmo que estava demorando para Riven falar algo como aquilo.
— Do que você está falando? — perguntou Sky.
— Só estou tentando entender por que caralhos você voltou com ela. Ela é uma gata, é de enlouquecer, sem ofensas, amor, você é mais. Mas a ênfase aí está no enlouquecer.
Vero não teve como conter seu sorriso com as palavras de Riven, principalmente quando percebeu o sorriso debochado que nele crescia.
— É por causa da bundinha — exclamou Riven, afirmando. — Ela dá a bundinha para você, né?
— Ah, cara. Cala a boca! — mandou Sky, irritado. — Por que não se preocupa só com a sua namorada?
— Porque a minha namorada é foda — disse ele, beijando Vero. — Ela matou um queimado sozinha.
Vero sorriu, levantando ao pegar sua bolsa, alegando estar atrasada para a aula e que os veria no almoço. Mas antes de se afastar, Vero disse:
— Mas é sério, Sky, se quiser ir atrás do queimado, eu estou dentro.
E com isso se afastou.
— Ela está falando sério? — perguntou Sky a Riven.
— Eu não duvidaria dela.
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DEPOIS DA TEDIOSA AULA sobre controle da Downling, onde tudo parecia dar errado para suas amigas, ela descia as escadas em direção ao refeitório, o estômago roncando de fome por não ter tomado café.
— Veronica, não é? — perguntou um homem vestido formalmente se aproximando dela.
— Posso te ajudar? — retrucou ela, estranha. — É o assistente da Downling, certo?
— Sim — respondeu. — Está sendo o assunto do momento por ter matado aquele queimado. Mas logo vão investigar internamente.
— E daí? — perguntou Veronica, querendo se distanciar dele.
— E daí que deveria manter distância — disse Cally, se aproximando mais dela até um ponto desconfortável. — É um conselho de amigo.
— Pode se afastar? — pediu.
— Por quê? Estou de deixando desconfortável, Veronica?
Veronica se assustou, não acostumada com aquele tido de assedio que ninguém ousava fazer contra a princesa de Averno.
— Sai de perto de mim, seu pedófilo gigante! — exclamou ela, atraindo a atenção de todos.
No mesmo instante, para tirá-la de lá, Riven se aproximou, já em roupas limpas, e passou um dos braços pelos ombros dela. Riven mordeu a maça que carregava e inclinou a cabeça para Vero que mordeu o outro lado da fruta brilhante.
Muitas das garotas que os encaravam desejavam ter a relação que tinham. Veronica sabia bem disso, e gostava de ter o que mais nenhuma delas poderia conquistar.
— Eles estão dividindo uma maçã? — perguntou Musa a Bloom, assim que o casal passou por elas e desapareceram no corredor.
— Eu tenho uma pergunta — anunciou Terra, sentando-se com elas na mesa. — Desde quando é maneiro ser nerd? Olha, não me levem a mal. É ótimo, Incrível. Poder aos nerds. Mas tipo, agora é maneiro falar de história das fadas?
— O quê? — perguntou Bloom, confusa.
— Eu gosto da escola — continuou. — Gosto de boas notas e ler sozinha com um chá de camomila, mas ninguém divide uma maça comigo até porque é nojento.
Musa tentou segurar a risada junto de Bloom, mas as duas falharam.
— A gente precisa de muito mais contexto — disse ela.
— Veronica — exclamou Terra, inconformada. — Nao entendo a diferença entre ela e eu. Por que dá certo com ela?
— Eu preciso ir — avisou Musa, subtamente, se retirando mais rápido ainda.
Terra suspirou, logo encarando Bloom.
— Tudo bem. Eu sei por que é — informou. — É porque a Vero bebe, fuma, é linda... Desculpa, desculpa. Eu estou sendo egoísta.
— É bom falar sobre como está se sentindo, Terra — disse Bloom, a reconfortando. — E tudo bem sentir ciúmes, mas você sabe bem como o Riven é. Ou você gosta dele?
— Não! Claro que não! — negou Terra, rápido demais para ser verdade. — É só que a Vero tem tudo que eu sempre quis. Você vê como ela é feliz com ele e nunca está sozinha.
— Terra, a Vero fica sozinha a maior parte do tempo — disse Bloom. — Ela estuda porque tem medo de ficar perto de pessoas e perder o controle. E ela e o Riven estão juntos há anos pelo o que eu soube. Mas se sente tão mal, por que não conversa com ela
Terra riu sarcástica, achando aquilo ridículo.
— Porque ela me mataria se pensasse que eu cobiço o namorado dela! — sussurrou, tentando se conter. — E aí? Que roupa vai usar para a festa dos especialistas?
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17.02.21
𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:
Mais uma vez, obrigada a MariaMickelson e a bborba619 por ontem. No capítulo anterior eu esclareci o que infelizmente me aconteceu e essas duas maravilhosas entrarem em minha defesa.
Eu já havia recebido comentários daquele tipo antes, mas eu só queria dizer que para qualquer um de vocês, leitores ou escritores, se um dia passarem pelo o que me aconteceu, saibam que eu estou aqui para o que precisarem. Se precisarem de apoio nos comentários, eu vou ser a primeira a entrar a favor do correto, porque eu não suporto pessoas estúpidas que desmerecer os outros. Vocês podem sempre contar comigo, não tenham medo de me chamar.
E fora isso, nesse capítulo eu já dei uma grande dica do que está prestes a acontecer. Ah, e um aviso: eu já terminei de escrever até o fim de Fate, então vocês não correm o risco de ficarem sem capítulos.
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