Chapter Three

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A rainha está chegando para tocar terror. Divirta-se 🤭
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Jimin tinha muito em que pensar e nenhuma ideia de como obter informações confiáveis.

A cada dia, a oferta de Taehyung para sair da parede juntos parecia cada vez mais atraente até que Jimin estivesse quase pronto, mas então algo mais surgiu e assumiu o controle.

A Rainha estava vindo para Golden Hills.

Apesar de ser tia dele, Jimin quase nunca a tinha visto fora de anúncios e reuniões oficiais, muito menos realmente falado com ela. Ela, seu marido e seu único filho passavam a maior parte do tempo em várias residências de campo diferentes, onde exatamente Jimin não tinha ideia e ele também não se importava. Verdade seja dita, ele estava muito feliz por sua tia quase nunca voltar para casa, porque toda vez que ela voltava, os dias se tornavam muito mais estressantes, com todos ficando em pé de guerra por causa de sua estadia.

Park Nuri, 51 anos, rainha desde que sua mãe e avó de Jimin, Park Seunghee, morreu, quando Nuri tinha apenas dezenove anos. Ela era conhecida por ser muito conservadora, muito rígida e muito inteligente. Jimin sempre a achou meio assustadora, não por causa de qualquer coisa que ela fizesse em particular, mas por causa da falta de emoção que ela mostrava, não importa o quê. Não parecia que ela estava escondendo seus sentimentos ou tentando parecer forte, parecia que ela absolutamente não se importava nem um pouco.

Até o pai de Jimin, o irmão dela, sempre manteve uma certa distância entre ele e ela e principalmente entre sua família e ela. Quando ele era mais novo, Jimin não se importava com o fato de que quase nunca via sua tia; agora que estava mais velho, suspeitava que seu pai o havia mantido afastado. O relacionamento deles eram ... frio na melhor das hipóteses desde que Nuri trouxe de volta os casamentos arranjados logo após sua nomeação como rainha, citando o declínio da realeza como o motivo.

Então, considerando tudo, quando as notícias sobre o retorno da rainha surgiram, Jimin não ficou exatamente feliz. Nuri só vinha a Golden Hills para fazer algum tipo de mudança, algum anúncio; Jimin só podia esperar que não fosse nada tão ruim.

Com certeza, apenas dois dias após sua chegada, todos os membros da realeza foram informados sobre uma reunião na noite seguinte; a rainha tinha um anúncio.

Jimin estava menos do que em êxtase.

— Vamos, é só uma noite. — Taehyung tentou consolá-lo enquanto Jimin se preparava para a noite. Para esse tipo de eventos, eles deveriam usar trajes oficiais, vestidos ou ternos e, claro, suas coroas.

Jimin desprezava usar sua coroa. Ele se sentia ridículo, sem mencionar que tinha que ter cuidado para não se mover muito rápido ou muito abruptamente para garantir que não estava acidentalmente derrubando a maldita coisa de sua cabeça.

— Fácil para você dizer. — Jimin resmungou enquanto seu camareiro* o ajudava a vestir sua jaqueta brilhante. Pelo menos ele ficaria incrível.
(*Fidalgo que serve um rei, rainha ou pessoa nobre, em seus aposentos, e cuida da manutenção destes.)

Taehyung cantarolou com simpatia.

— Sim, bem. Todo mundo está realmente com ciúmes de você. Todos querem ver a rainha.

— Eles ficariam desapontados. — Jimin respondeu e ignorou o olhar assustado que o camareiro lhe deu com essas palavras. — Deus, eu gostaria que você pudesse vir comigo. Pelo menos eu teria alguém lá para me entreter.

— Meu pai está indo, os veteranos estão convidados. Talvez ele possa ser o seu anfitrião durante a noite. — Tae brincou e Jimin riu, fazendo com que o camareiro pedisse para ele ficar parado enquanto colocava a coroa.

— Sim claro. Kim Baekhyun. Um cara tão engraçado.

Antes que Tae pudesse responder, alguém bateu na porta e a mãe de Jimin enfiou a cabeça para dentro, sorrindo brilhantemente para os dois amigos.

— Jimin, querido, está na hora. E você está tão bonito!

Jimin revirou os olhos e Tae riu com o rubor subindo em seu rosto.

— Pare, mãe.

— Não, não, por favor, continue, Yuna. — Tae sorriu. — Olha como ele fica lindo quando está corando.

Jimin começou a procurar algo para jogar em Taehyung e apenas fixou os olhos em uma escova de cabelo quando seu pai entrou também.

— Vamos, filho! — Ele chamou, seu sorriso não alcançando seus olhos como costumava fazer. A presença de Nuri deve ser ainda mais desconfortável para ele do que para Jimin, ele percebeu e deu a ele um sorriso caloroso de volta na esperança de fazê-lo se sentir um pouco melhor.

— Indo! — Ele caminhou até seus pais, acenando para Taehyung, que acenou de volta dramaticamente e fingiu enxugar algumas lágrimas na despedida.

Talvez, se o evento não durasse muito, ele ainda pudesse sair com Tae depois. Jimin realmente esperava que sim.

Quando chegaram à área de reunião, a maioria das outras pessoas já parecia estar presente. O evento foi realizado no grande salão, raramente usado, já que um lugar tão grande geralmente não era necessário. No alto do salão ficava o trono gigantesco, inteiramente de ouro, com almofadas verde-escuras. As cortinas, tapetes e guardanapos eram do mesmo tom, os talheres de ouro, tudo brilhava e reluzia. O luxo e a riqueza eram tão arrogantes que Jimin não achava mais de bom gosto, mas também não se importava. Mesmo como príncipe, ele não costumava comer com talheres de ouro.

— Ah, Baekhyun já está aqui. — Minho disse e acenou para o amigo que estava aproveitando esta ocasião especial para vestir seu antigo uniforme e todas as medalhas anexadas a ele. Para a surpresa de Jimin, ele não parecia muito confortável, mudando de posição ao lado de um grupo de outras pessoas, todas elas também de uniforme.

Jimin rapidamente reconheceu um dos homens; Lee Wonwoo, provavelmente o general mais famoso e também infame de todo o exército. Ele era conhecido por ser absolutamente impiedoso, não apenas com os rebeldes, mas também com seus próprios soldados, não permitindo erros. Mas por causa de seu sucesso, seus métodos foram aceitos e ele era visto como um general muito respeitável e inegavelmente capaz, contra o qual ninguém ousava se opor. Até Baekhyun havia falado sobre Lee Wonwoo com uma mistura de respeito e repulsa, e talvez até uma pitada de medo. Contudo, Jimin sabia o suficiente sobre ele para se sentir mal por seus filhos, duas meninas na adolescência e um menino na idade de Jimin. Eles estavam de pé logo atrás do pai, eretos, bem vestidos, postura rígida. Todos os três já estavam no exército em posições bastante altas, Jimin sabia e não podia deixar de se perguntar como eles eram.

— Não olhe, Jimin-ah. — Yuna o repreendeu. — Venha, vamos sentar na nossa mesa.

Jimin seguiu sua mãe e enquanto caminhavam pelo corredor ele desistiu de contar quantas mãos ele apertou, quantas vezes ele fingiu uma risada, quantas vezes ele se curvou ou respondeu as mesmas perguntas repetidamente. Deus, ele odiava esses eventos.

Mas como um príncipe ele tinha que ser educado, tinha que ser cortês, charmoso, cavalheiresco. Era exaustivo. Pela primeira vez em sua vida, Jimin se perguntou como seria se ele simplesmente... partisse. Deixasse Golden Hills e nunca mais voltasse, vivendo sua vida do jeito que queria. O pensamento o encheu de entusiasmo por um momento, antes que ele se lembrasse de que provavelmente morreria.

Meia hora depois, todos estavam sentados apenas para se levantar novamente quando a rainha finalmente entrou. Ela estava usando um vestido gigante verde-escuro, forçando-a a se mover bem devagar, combinando com as almofadas e as cortinas atrás dela. Jimin teve que resistir à vontade de rir.

Uma vez que ela se levantou, ela se virou para o corredor e deu a eles um sorriso tenso.

Apesar de não gostar muito dela, Jimin não podia negar que Park Nuri era... hipnotizante, de certa forma. Não porque ela fosse particularmente bonita, mas por causa da aura ao seu redor, imponente e galante, quase vibrante de poder. A coroa de ouro em sua cabeça refletia as luzes e fazia parecer que era a própria luz, incluindo a gigantesca joia verde-escura no meio dela, a única decoração que tinha. A coroa de Adecy.

Ficou um silêncio mortal, todos em reverência, até que a rainha finalmente deu um pequeno aceno de cabeça e eles foram autorizados a se endireitar, mas somente quando a rainha se sentou é que os outros se sentaram também.

— Sejam todos bem-vindos. — A voz de Nuri era calma, profunda, ela falava devagar quase como se tivesse dificuldade em se mover mais rápido. — Vocês podem se sentar.

Cadeiras rangeram quando toda a multidão se moveu para se sentar, ainda sem falar.

— Vamos comer e nos divertir. — A rainha ordenou, também se sentando, e com um aceno de mão um bando de servos correu para trazer jarras de vinho, pratos gigantes de carne e vegetais, tigelas de arroz e sopa, literalmente todas as comidas que Jimin poderia imaginar. Bem, pelo menos havia algo de bom nisso tudo que ele pensava quando colocava montes de comida em seu prato.

A rainha não comeu com eles. Ela simplesmente observou, o rosto não demonstrando nenhum tipo de emoção como de costume, e isso deixou Jimin desconfortável apesar da comida extremamente deliciosa. Ele estava ansioso e nervoso com o anúncio que inevitavelmente viria assim que a festa terminasse, já ansiando pelo segundo em que estaria longe da rainha novamente. A presença dela era avassaladora para ele, tornava difícil respirar e impossível relaxar.

Quando a festa acabou e todos esperavam silenciosamente que Nuri voltasse a falar, ela levantou-se do chão, abrindo os braços.

— Meus queridos amigos. Eu gostaria de poder visitá-lo sem um assunto tão sério como este, mas em tempos como estes isso simplesmente não é possível. Como todos sabem, ainda estamos enfrentando rebeldes desprezíveis e terríveis em muitos lugares do Império Adecy. Alguns de vocês já sabem disso, outros não, então deixe-me ser o portador de más notícias: algumas cidades foram derrubadas e agora estão sob o controle da rebelião.

Isso causou um alvoroço entre os convidados e Jimin também ficou chocado. Ele não sabia que a situação era tão perigosa, tão ameaçadora.

— Tranquilo! O medo não vai nos ajudar agora. — Nuri rosnou, pela primeira vez saindo de sua fachada não afetada. Uma vez que ficou em silêncio novamente, ela continuou. — Felizmente, a maioria de nossos nobres irmãos e irmãs foram salvos. Infelizmente, nem todos. Enquanto lamentamos aqueles que perdemos, quero que você transforme sua dor em raiva. Peço a todos que assumam a responsabilidade, participem da luta, do seu jeito. Para aqueles de vocês que não fazem parte das forças armadas, quero que entendam que a preservação da classe nobre e, mais importante, da classe real é uma de nossas principais prioridades. Nós, todos nós que nos reunimos esta noite, somos o ouro da humanidade, o pináculo da existência. Temos que garantir que a ordem natural dada por Deus permaneça intacta. E, portanto, você me perdoará por implementar as seguintes mudanças.

Ela parou por um segundo, deixando seu olhar deslizar sobre todos eles. Jimin evitou os olhos dela, em vez disso, olhou em volta para encontrar todos os outros olhando para ela atentamente como se estivessem hipnotizados, até mesmo seus pais. Ele rapidamente treinou seus olhos nela novamente.

— Todo mundo com mais de vinte anos encontrará um parceiro do sexo oposto para se casar e ter filhos o mais rápido possível.

Desta vez, não houve alvoroço. As pessoas que Jimin podia ver pareciam concordar, concordando com as palavras ou sorrindo.

Quanto a Jimin, ele ficou aliviado. Seus pais haviam prometido a ele há muito, muito tempo que nunca o forçariam a se casar, que ele escolheria com quem queria passar a vida, além de seus próprios pais, que tiveram um casamento arranjado e tiveram que desistir. suas respectivas namoradas um pelo outro.

Então, por mais que ele não gostasse da ideia de casamentos arranjados, pelo menos ele não seria atingido.

— Os rebeldes são menos que humanos. — A rainha continuou, a raiva se infiltrando em sua voz. — Eles estão do lado do diabo, eles não merecem nada além de sofrimento, e nós vamos trazer isso para eles. Não vamos parar até que os apaguemos deste mundo.

...bem, isso foi um pouco exagerado.

Jimin franziu as sobrancelhas e olhou ao redor novamente. Ele ficou surpreso e chocado por não ver uma única pessoa discordando ou parecendo tão desconfortável quanto ele. Ele se virou para seus pais, mas ambos ainda estavam olhando para a rainha, nenhum sinal de indignação visível em suas feições.

A rainha terminou com algumas palavras de despedida antes de partir, mas a noite estava longe de terminar.

A música começou a tocar, algumas das mesas foram postas de lado e as pessoas começaram a dançar.

— Bem, isso foi... intenso. — Jimin disse a seus pais com um sorriso tímido. — A coisa das cidades serem derrubadas... você sabia disso?

— Não. — Minho disse, coçando a barba. — Mas se a rainha diz isso, deve ser verdade.

— Bem, pessoalmente, acho que ela exagerou um pouco com toda essa coisa de 'rebeldes são menos que humanos'. — Jimin encheu sua taça de vinho e não notou o olhar de seus pais até que ele ergueu os olhos novamente.

— O que? Essa não é a sua opinião também?

— A rainha disse isso. — Yuna não estava feliz com ele, a julgar pelo tom de voz. Jimin ficou confuso.

— Sim, eu ouvi. Mas, quero dizer... posso discordar dela, não? — Ele perguntou, a voz ficando mais baixa no final.

— Você não deveria. — Minho disse com firmeza e agora Jimin estava ainda mais confuso.

— Ei, o quê?

— Acho que você deveria voltar para o seu quarto, Jimin. Amanhã de manhã podemos conversar sobre seu casamento. — Sua mãe era tão firme quanto seu pai, mas Jimin tinha certeza de que tinha ouvido mal.

— Desculpa? Meu o que? — Ele disse um pouco alto demais e olhou incrédulo de seu pai para sua mãe e vice-versa.

— Você não ouviu? As pessoas com mais de vinte anos que não são militares têm que se casar, querido. — Yuna o lembrou.

— Não, não, eu ouvi. Mas vocês sempre me prometeram que eu não precisaria. Que seria diferente para mim do que foi para você, que eu poderia estar com alguém que eu realmente amava.

Yuna soltou um suspiro exasperado. Era tão diferente de sua mãe que Jimin quase sentiu vontade de chorar por um segundo.

— Por favor, não seja infantil sobre isso, Jimin. A gente se fala amanhã, ok?

— Não torne isso mais difícil para nenhum de nós, por favor. — Acrescentou Minho.

Jimin sentiu como se alguém tivesse derramado um balde de água gelada sobre ele. Ele não conseguia entender o que estava acontecendo.

— Tudo bem. Conversaremos amanhã. — Ele concordou, mais apenas pata sair dessa situação, sair do corredor e ficar longe de todos, principalmente de seus pais. Ele se virou e saiu, tudo parecendo estranhamente irreal de repente. Isso não poderia estar acontecendo.

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Estava acontecendo. Não importa o quanto ele brigasse, discutisse, até chorasse um pouco, os pais de Jimin estavam decididos a casá-lo o mais rápido possível e não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso.

Taehyung o consolou o máximo que pôde, o que ajudou, até que Baekhyun decidiu dar um ultimato a Tae: ir para o exército ou casar também, e então os dois ficaram infelizes.

Mas, enquanto Jimin tentava aceitar seu destino e ver o melhor nele, Taehyung parecia considerar seriamente entrar para o exército em vez de se casar.

— Eu não posso me casar, Jimin-ah! — Ele gemeu, o rosto enterrado em um travesseiro.

Toda vez que eles falavam sobre isso, o que acontecia muito recentemente, Tae sempre chorava, completamente arrasado, ainda mais do que Jimin.

— Taehyung-ah, por favor, não vá para o exército. — Jimin se aninhou nele, o braço jogado nas costas, o rosto aninhado em seu pescoço. — Eu não posso viver aqui sem você. Vou ficar doente de preocupação. E se algo acontecer com você? Por favor, não vá. Eu prometo que não vai ser tão ruim.

Taehyung suspirou.

— Eu não irei. Eu só queria que houvesse outra maneira de ficar. Eu não quero isso, Jimin-ah. — Sua voz quebrou no final, assim como o coração de Jimin.

— Eu sei, eu também. Mas vamos passar por isso, não vamos? Sempre fizemos. — Jimin acariciou sua cabeça para acalmá-lo e Tae virou a cabeça para olhar para ele com um sorriso maroto.

— Desde que estejamos juntos, certo? Vamos superar qualquer coisa.

— Exatamente. — Jimin concordou, aliviado por ver sua alma gêmea sorrir novamente.

Apenas duas semanas depois, com a rainha longe, seus pais já haviam escolhido a garota que Jimin deveria se casar e eles deveriam se encontrar pela primeira vez e começar a cortejar um ao outro.

Quando Jimin se vestiu para a ocasião, ele não estava mais tão otimista quanto estava com Tae. Ele temeu esse momento desde o segundo em que percebeu que seu destino era basicamente inevitável, vendo sua noiva e sabendo que não importa como ela fosse, eles passariam suas vidas juntos.

Até agora, sua frustração e raiva foram substituídas por nada além de vazio. Ele só esperava que ela não fosse terrível.

A garota estava esperando por ele no saguão do castelo onde Jimin iria buscá-la e eles iriam dar um passeio. Era um cenário comum de primeiro encontro.

O nome dela era Son Nayeon, um membro da realeza de uma família que residia em Golden Hills. Eles eram conhecidos por serem altamente educados; muitas pessoas em posições mais altas, não importando o campo, faziam parte da linhagem do Filho e eram ricas mesmo para os padrões reais. Uma grande captura, disse o pai de Jimin.

Ela era um ano mais velha que Jimin e também estudava na Golden University. Eles provavelmente já haviam passado um pelo outro antes.

Ele desceu as escadas, forçando um sorriso nos lábios e respirando fundo antes de entrar no saguão.

Nayeon estava esperando por ele, sentada em um dos sofás, e se levantou no segundo em que ele entrou. Ela era bonita, vestida com uma blusa elegante e blazer que eram bonitos, mas não muito formais, cabelos castanhos claros que caíam sobre os ombros , e um sorriso igualmente forçado em seus lábios.

Jimin desejou estar em qualquer lugar menos aqui.

— Boa noite, Jimin-nim. — Ela o cumprimentou e fez uma reverência, um gesto que ele retribuiu rapidamente.

— Boa noite, Nayeon. Espero que você esteja bem.

— Sim, obrigado por perguntar. Você também, espero?

— De fato, obrigado. É, ah, um prazer conhecê-la.

Deus, isso era tão estranho. Jimin não tinha ideia do que dizer a ela e ela parecia enfrentar um problema semelhante.

— Vamos dar uma volta? — Ele sugeriu, embora esse fosse o plano o tempo todo.

— Com prazer. — Nayeon concordou e eles saíram do saguão em direção ao jardim, caminhando lado a lado em silêncio quase completo. De vez em quando um deles apontava algo que viam, talvez um pássaro ou algumas flores da primavera, mas fora isso eles apenas caminhavam.

— Então. — Jimin finalmente quebrou o silêncio já que eles haviam caminhado por quase quinze minutos. — Emm... O que você está estudando?

— Literatura. — Nayeon respondeu timidamente. Isso era algo, Jimin pensou.

— Isso deve ser muito interessante. O que você está lendo no momento?

— Ah, agora estou lendo poesia desse incrível artista do norte, mas não para minhas aulas, só para mim. — Havia um brilho em seus olhos que dizia a Jimin que ela estava genuinamente apaixonada por isso.

Ele conseguiu manter a conversa sobre seus estudos por uns bons dez minutos, perguntando mais sobre o que ela estava fazendo e contando sobre o que ele estava fazendo. E então, só para ter o que falar, o que Taehyung estava fazendo.

Então, eles ficaram em silêncio novamente.

Quando chegaram ao final do jardim, Jimin estava surpreendentemente exausto. Ele não tinha feito muito, mas achou toda essa reunião extremamente cansativa. Espero que melhore com o tempo.

— Jimin-nim? — Nayeon perguntou hesitante quando eles se viraram para voltar.

— Você pode me chamar de Jimin. Nós vamos nos casar, então. — Jimin disse e se xingou pela óbvia amargura em sua voz. Nayeon se encolheu um pouco.

— Jimin. — Ela se corrigiu e suspirou levemente. — Eu sei que você não quer isso. Sinto muito, sinto mesmo, mas prometo que tentarei ser um bao esposa.

— Não é sua culpa. — Jimin chutou uma pequena pedra no chão. Ela saltou em um arbusto e desapareceu. — Não estou com raiva de você nem nada, por favor, acredite em mim. E eu aprecio suas palavras. Eu só... Prometeram-me toda a minha vida que seria eu quem escolheria com quem me casaria. Acho que só preciso de mais tempo para aceitar isso.

Ou talvez ele mergulhasse com Taehyung, afinal. Juntos, eles poderiam conseguir.

— Tudo bem, eu entendo. Eu realmente não queria me casar também. — Nayeon deu um tapinha em suas costas por um segundo.

— Você não queria? O que mudou sua mente?

Ela o olhou surpresa.

— A rainha, é claro. Vou te dizer a verdade, até agora eu realmente não tinha planejado me casar, muito menos ter filhos. Mas a rainha disse isso, então agora estou fazendo isso.

Jimin parou, confuso e irritado.

— Você mudou todo o seu plano de vida por causa de algumas palavras ditas por alguma... senhora?

— Alguma senhora? A rainha disse isso. — Nayeon repetiu, ofendida com suas palavras. — E eu a ouço porque ela está certa. Precisamos de mais membros da realeza, somos o ouro da humanidade, o auge da existência. Preciso fazer minha parte para garantir que a ordem natural permaneça intacta.

A boca de Jimin caiu aberta. Essas palavras eram tão parecidas com as da própria rainha que parecia que ela as havia aprendido de cor. Ela não tinha uma porra de livre arbítrio?

— Você também concorda que os rebeldes são menos do que humanos e têm que morrer uma morte dolorosa? — Ele queria saber, tentando esconder sua raiva da garota.

— É claro. A rainha disse isso. — Nayeon disse imediatamente e Jimin explodiu.

— Você tem opinião própria ou gira inteiramente em torno do que a rainha diz?

Ela olhou para ele, boquiaberta, claramente chocada com suas palavras duras. Jimin fechou os olhos por um segundo e respirou fundo para se acalmar.

— Sinto muito. Eu não deveria ter sido tão duro, por favor, me perdoe.

Ela apenas acenou com a cabeça, e eles ficaram em silêncio durante todo o caminho de volta, seu adeus ainda mais estranho do que sua saudação.

Isso foi simplesmente fantástico.

O primeiro encontro de Taehyung foi ainda pior do que Jimin, então eles voltaram a ficar de mau humor um com o outro. Ele disse a Jimin que a garota nobre com quem ele deveria se casar tinha uma namorada e basicamente culpou Taehyung pelo casamento arranjado. Não importava quantas vezes ele explicasse a ela que não estava exatamente pulando de alegria também, mas ela permaneceu fria e até francamente má o tempo todo, dizendo a ele que isso só estava acontecendo porque seu comportamento era tão terrível que seu pai tinha para discipliná-lo e, em vez de fazê-lo ele mesmo, ele colocou a tarefa sobre ela.

Ela também não estava realmente errada, admitiu Tae, de cabeça baixa.

— Se eu tivesse estudado mais. Eu teria ficado fora do radar dele.

— No entanto, notas ruins não são motivo suficiente para forçá-lo a se casar. — Jimin bagunçou seu cabelo e Tae se inclinou sobre ele, passando os braços ao redor do torso de Jimin.

— Parece que ele discorda.

Em conclusão, eles eram miseráveis.

Mas, eis que piorou.
  
  
  

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Porque todos obedecem a rainha como se fosse robos? Alguma teoria em mente? Não tenha vergonha de dizer o que pensam. E sobre Taehyung, vimos que ele está muito mas desesperado do que Jimin, porque será?? Vamos descobrir em breve.

Espero que esteja gostando da história. Obrigada por estar nessa aventura comigo. Até o próximo capítulo. Se cuidem.

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