Chapter Thirty Three

╴╴╴╴╴╴╴╴╴╴ 
Após a noite caliente no rio, onde quase foram pego por Hao, Jimin e Jungkook voltaram para casa, Jungkook carregando o príncipe adormecido. Agora vamos ver o dia seguinte e a viagem até a biblioteca em Pansophos. E depois até a reunião anual com os líderes em Mayport. Muitas coisas vão acontecer. Se preparem.
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶

Eles tiveram que se levantar muito cedo para o gosto de Jimin.

Todos eles carregavam dois alforjes com eles, não mais para não atrasá-los. Já levavam muita comida e, claro, garrafas de água, para minimizar o número de vezes que tinham que visitar uma vila ou cidade no caminho.

Bem na hora, quando o sol estava nascendo, eles se despediram de todos que vieram para se despedir deles; Hoseok, Hao, Sunyoon, Namjoon, algumas outras pessoas.

— Cuidado, Jimin. — Namjoon disse sério depois que eles se abraçaram. — Deus, eu gostaria de poder acompanhá-lo à Biblioteca. Talvez você possa me trazer um livro ou dois?

— Vou tentar o meu melhor. — Jimin prometeu, um pouco triste por ter que dizer adeus a Namjoon tão rápido depois de reencontrá-lo recentemente.

— Não se machuque! — Hoseok disse a ele com firmeza. — Eu sei que Saina está lá, mas não conte apenas com ela para tudo.

— Bem, não é como se eu fosse me machucar de propósito. — Jimin disse, mas Hoseok não queria ouvir nada disso.

— Lembre-se do que eu te ensinei. — Nanami disse. Eles não se abraçaram, mas Jimin ainda estava feliz por ela ter vindo vê-lo. — Há muito a ensinar para você, mas você ainda pode usar o que já sabe, se necessário.

— Obrigado, Nanami. — Jimin disse e se curvou para ela. — Sou muito grato por tudo que aprendi com você.

— Sim, sim. Apenas volte logo para que eu possa te ensinar mais.

— Sim, volte logo, Douradinho! — Hao abraçou Jimin com força e até o levantou do chão por alguns segundos. — Quem vamos provocar se você for embora?

O rosto de Jimin ficou vermelho ao ver o grande sorriso de Hao e ele se lembrou da noite anterior. Que foi Hao a interrompê-los novamente!

— Eu não suporto você. — Jimin murmurou quando Hao o colocou de volta no chão, mas o outro homem apenas riu.

— Não diga isso logo antes de sair, isso é falta de educação.

Finalmente eles saíram, e Jimin agora percebeu o quão feliz ele estava por Taehyung e Seokjin terem vindo com ele. Ele estava realmente saindo para começar uma jornada e definitivamente não seria o mesmo se ele tivesse que deixar Tae para trás.

Começaram a viagem de bom humor, apesar de todos estarem cansados. Jimin estava um pouco desconfortável, sua bunda definitivamente lembrava de sua viagem com Jungkook ao rio ontem à noite, mas ele ainda estava de bom humor.

240 quilômetros. Se tudo corresse como planejado, eles precisariam de cerca de cinco dias para chegar a Pansophos. Eles ficariam lá no máximo oito dias, talvez menos, dependendo de como eram recebidos. Jungkook, Yoongi, Jimin e Saina seguiria para Mayport enquanto Doori, Taehyung e Seokjin voltavam para casa. Isso foi o que eles planejaram. A princípio, Doori, Taehyung e Seokjin queriam acompanhá-los a Mayport, mas Jungkook disse a eles que apenas quatro pessoas de cada cidade podiam participar do evento que duraria vários dias, para que não ficasse muito lotado.

Yoongi explicou a Jimin, Taehyung e Seokjin o que exatamente aconteceria em Mayport enquanto Jungkook, Doori e Saina cavalgavam na frente.

— A rebelião não tem uma pessoa governando todos os outros. Os líderes e as mãos direitas das cidades maiores tomam decisões em conjunto por votação. Exatamente quarenta cidades estão representadas, então provavelmente haverá cerca de 150 pessoas no total. Para evitar chamar a atenção para nós, não podemos ficar todos no mesmo lugar durante os três dias, então geralmente estamos espalhados por toda a cidade para dormir. Mas nos reunimos na sede lá, onde quer que eles estejam. Não se preocupe, apenas os líderes devem estar presentes em todas as reuniões. O resto pode entrar, mas também há sempre algum entretenimento planejado para o resto, para que possam se unir. É sempre divertido. Muitas pessoas interessantes para conhecer e conversar.

— Parece bom. — Jimin disse honestamente e Taehyung e Seokjin concordaram.

— Gostaria que pudéssemos ir. — Tae suspirou.

Yoongi cantarolou.

— Talvez Jungkook vá te levar lá da próxima vez. Mas há muitas pessoas que querem ir, obviamente, então não tenha muitas esperanças.

— Como é Mayport? — Jimin perguntou curioso. — Você já esteve lá antes?

Yoongi assentiu.

— Sim, para conhecer a líder de Mayport fora de uma reunião oficial. Ela é... uma pessoa especial. O nome dela é Krystal.

— Huh?! — Os três responderam em uníssono.

— Krystal?! — Seokjin perguntou maravilhado. — Que nome legal.

— Bem, esse não é o nome verdadeiro dela. Ela não sabe o nome de nascimento, cresceu órfã nas ruas, não é incomum pessoas assim não saberem o nome. Ela é extremamente forte. Tipo, no mesmo nível que Jungkook e eu. E tão forte quanto teimosa. Uma vez que decidi algo, ela irá 100% com isso, não importa o quê. Mas ela é inteligente o suficiente para que isso seja uma coisa boa e não ruim. E ela é uma das rebeldes mais famosas também. Eu gosto dela. Jungkook e ela sempre brigam, mas nunca seriamente.

— Quem mais você conheceu? — Jimin queria saber. — Líderes, quero dizer.

— Deixe-me pensar. — Yoongi esfregou o nariz. — A líder da Nonsong, ela também é interessante. Ela é uma prostituta. Uma ativa, quero dizer. Apenas um punhado de pessoas conhece seu rosto, então ela ganha dinheiro e ganha muitas informações e contatos por meio de seu trabalho e eles não têm ideia. Ela atende pelo nome de Maria, mas esse também não é seu nome verdadeiro. Ela está envolvida com a mão direita. A princípio, alguns dos outros líderes não gostaram disso, eles pensaram que Maria poderia estar favorecendo seu amante, mas eles são provavelmente os mais bem-sucedidos de todos nós.

— Quantas cidades você já destruiu? — Jimin perguntou, não esperando os olhares confusos que recebeu em resposta.

— Nenhuma. — Yoongi respondeu. — Provavelmente ficamos perto de algumas, mas ainda não destruímos nada.

— Mas... a Rainha disse... — Jimin começou e parou imediatamente. Ela havia mentido. Todos eles haviam mentido, é claro. Ela tinha que fazer a situação parecer ainda mais perigosa do que já era para vender melhor os casamentos arranjados.

— A Rainha disse que destruímos algumas cidades? — Yoongi perguntou, a voz uma mistura de diversão e aborrecimento.

— Sim. — Jimin assentiu desanimado. — Eu deveria saber que era mentira. É assustador não saber como fui influenciado pela rainha e pela coroa. Ah, falando da coroa, onde você a está escondendo?

— No meu quarto. — Yoongi respondeu. — Existe um cofre secreto lá. Posso te mostrar quando voltarmos. Afinal, você nos trouxe a coroa.

Eles chegaram ao local onde Yoongi e Jimin haviam tomado banho algumas semanas atrás e logo depois saíram da floresta. De agora em diante, eles teriam que ser um pouco mais cuidadosos. Os campos e pastagens intermináveis ​​estavam repletos de fazendas e pequenas aldeias, principalmente tão perto do rio. A chance de encontrar alguém era muito maior, então eles conversavam baixinho e ficavam de olho.

O sol queimava impiedosamente sobre eles, a sombra da floresta se foi e logo todos sentiram falta das árvores. Estavam suando, obrigados a usar mangas compridas e chapéus para evitar queimaduras solares, e de vez em quando alguém tinha que fazer um pequeno desvio até o rio para encher as garrafas de água.

Eles viram algumas pessoas no primeiro dia de viagem, embora apenas de longe, trabalhando nos campos ou pastoreando animais. Certa vez, um cachorro os perseguiu por um tempo, mas eles o ignoraram e logo o animal os deixaram em paz.

Descansaram algumas vezes, sempre que encontravam sombra, e quando o sol começou a se pôr e seus cavalos começaram a perder muito a energia resolveram procurar um lugar para passar a noite. De acordo com seus planos, nas primeiras três noites eles dormiriam na estrada, pois não poderiam ficar em nenhuma aldeia em sua rota, mas a partir de então eles poderiam ficar em pousadas.

Yoongi e Saina prepararam o fogo, Seokjin e Taehyung cuidaram dos cavalos e Doori cuidou de suas comidas.

— Vamos encher nossas garrafas de  novo. — Jungkook disse a Jimin e eles pegaram as garrafas vazias ou meio vazias e caminharam até o rio.

Era apenas uma caminhada de cinco minutos, algumas centenas de metros, mas pareceu muito longa para Jimin. Sua bunda doía por estar em um cavalo o dia todo e ele não queria nada mais do que deitar. E talvez comer algo que não fosse frutas secas ou pão achatado.

Ele olhou para Jungkook, que parecia estar melhor. Quando o rebelde percebeu Jimin olhando para ele, virou a cabeça e ergueu a sobrancelha com um pequeno sorriso.

— O que você está olhando?

— Nada. — Jimin murmurou e focou no chão novamente. Ele não queria tropeçar e cair com tantas garrafas ocupando suas mãos.

— Você está bem? Você está machucado por causa da noite passada? — Jungkook perguntou e se aproximou.

— Não, estou bem. Apenas exausto.

— Bem. Diga-me se alguma coisa doer.

Chegaram ao rio e começaram a encher as garrafas. Quando terminaram, jogaram um pouco de água no rosto e até lavaram rapidamente a parte superior do corpo. Depois sentaram-se um ao lado do outro e das garrafas em silêncio, vendo as estrelas aparecerem uma após a outra.

Jimin olhou para Jungkook. Ele parecia tão pacífico; seus olhos fechados e sua cabeça jogada para trás, seu rosto completamente relaxado. Jimin hesitou em perguntar o que se passava em sua mente, não queria interromper a paz de Jungkook, mas o rebelde abriu os olhos e o pegou encarando-o novamente.

— Jimin, baby, algo claramente está te incomodando. Por favor, apenas me diga, não poderei relaxar completamente até saber o que está acontecendo com você.

Jimin observou uma folha flutuando em Elpis.

— Ok. Mas.. você não precisa falar sobre isso agora se não quiser. Ou nunca.

— Apenas pergunte, Pequeno Príncipe. — Jungkook ordenou sem rodeios e Jimin cedeu.

— As pessoas que... as pessoas que mataram seus pais, que queriam matar você. Você sabe quem são?

Jungkook suspirou, seu rosto não mais pacífico.

— Não. — Ele respondeu tenso, sentando-se mais ereto. — Quero dizer, eles estão mortos, Yoongi os matou. Mas eu tentei descobrir o porquê. Por que eles mataram meus pais, por que eles queriam me matar, quem disse a eles para fazer isso. Alguém esteve atrás de nós por décadas, nos perseguiu de um lugar para outro e meus pais nunca me disseram o porquê ou quem eram essas pessoas que nos caçavam.

— E você não sabe nada sobre eles? — Jimin perguntou com cuidado. — Nenhuma dica, nenhuma pista?

— Bem, eu descobri algumas coisas. — Jungkook olhou sombriamente para a água. — Yoongi e eu fizemos. Os homens que mataram meus pais foram pagos por alguém, alguém com muito dinheiro. Que significa...

— Nobres. — Jimin concluiu com o coração pesado e Jungkook assentiu.

— Provavelmente. Mas ainda não tenho ideia do porquê. Isso costumava me deixar louco.

— E não deixa mais? — Jimin perguntou, inclinando-se para encostar a cabeça no ombro de Jungkook.

— As vezes. — Jungkook admitiu. — É apenas uma questão em aberto sobre mim, sobre meus pais, para a qual não consigo chegar a uma conclusão. Mas eu meio que aceitei isso agora. Não consigo pensar muito nisso, tenho uma vida para viver e uma rebelião para vencer.

Jimin cantarolou, frustrado em nome de Jungkook. Uma coisa tão terrível havia acontecido com ele e ele nem sabia por que, não conseguia encontrar um desfecho adequado.

— Vamos voltar antes que esteja completamente escuro. Os outros já devem estar preocupados. — Disse Jungkook.

Ele insistiu em levar a maioria das garrafas de volta para o pequeno acampamento e Jimin ficou grato por isso. Mas apesar de estar muito cansado, demorou para cair no sono, com a mente cheia da história de Jungkook.

─━━─

A noite foi desconfortável. Yoongi ficou de guarda primeiro, depois Jungkook, depois Saina, não era a vez de Jimin esta noite e ele sabia que deveria dormir, mas sua mente não se calava.

Quando eles continuaram na manhã seguinte, Doori, Taehyung e Seokjin estavam em uma condição muito melhor do que ele, mas Jimin deixou o cansaço de lado. Ele não iria segurar os outros, eles queriam cumprir o cronograma.

Ao meio-dia chegaram a uma aldeia (vila) com cerca de quatro mil habitantes. Eles não ficaram muito tempo, apenas mandaram Seokjin e Taehyung comprarem mais comida e fizeram uma pausa nos limites da vila. Eles se sentaram em um campo, deixando os cavalos comerem um pouco de grama. Um fazendeiro os notou, mas virou para o outro lado imediatamente quando viu Jungkook.

— Não achei que as pessoas te conhecessem fora de Renity. — Jimin falou com leve surpresa e Jungkook deu de ombros.

— Acho que minha reputação me precede. — Ele sorriu arrogantemente. — Com um rosto tão bonito quanto o meu, as pessoas sempre se lembram.

Jimin revirou os olhos.

— Sim, Jungkook, tenho certeza que eles te conhecem por causa de sua beleza. Deve ser isso.

— Você está dizendo que eu não sou bonito? — Jungkook perguntou, fingindo estar escandalizado, e agarrou o pulso de Jimin para puxá-lo para seu colo.

Jimin revirou os olhos novamente, tentando não sorrir.

— Obviamente não é isso que estou dizendo.

— Ok, então me diga que eu sou bonito.

— O que, você quer ser elogiado? — Jimin colocou os braços em volta do pescoço de Jungkook com uma sobrancelha levantada de forma provocativa. — Você precisa de alguém para lhe dizer que você é bonito?

— Não de alguém. — Jungkook resmungou, as mãos subindo e descendo os lados de Jimin. — Apenas você.

Jimin riu, uma onda de carinho tomando conta dele.

— Você é muito lindo. O mais bonito de todos. — Ele disse a Jungkook, segurando seu rosto com as mãos. — Tenho muita sorte, não é? Estar com um homem tão atraente.

Jungkook bufou um pouco.

— Não exagere. — Mas havia um leve rubor em suas bochechas e Jimin estava perto o suficiente para perceber.

— Sem exagero. — Ele murmurou, inclinando-se para bater no nariz de Jungkook com o seu. — Nunca me senti tão atraída por alguém como me sinto atraída por você.

— Ah, não me diga isso quando não posso te foder, Pequeno Príncipe. — Jungkook sussurrou com voz rouca, os olhos subindo e descendo dos olhos para os lábios de Jimin.

— Vocês são nojentos. — Yoongi comentou secamente. — Afastem-se um do outro. Não quero mais ver isso.

— Desculpe, Yoongi. — Jimin quis se afastar, um pouco envergonhado, mas Jungkook não deixou.

— Se você não quer ver, apenas desvie o olhar. — Ele disse sem um pingo de vergonha e então agarrou o queixo de Jimin para beijá-lo, apenas para irritar Yoongi.

Quando eles continuaram sua jornada, Jimin estava com um humor muito melhor.

Os dois dias seguintes se passaram sem que nada de interessante acontecesse. Eles chegaram a todos os seus destinos a tempo, exatamente como haviam planejado. Quase todos que viam nem tentavam se aproximar ou conversar com eles. Eles só falavam com as pessoas quando tinham que comprar algo delas. Às vezes eles encontravam outros viajantes, mas ninguém queria ter muito a ver com eles. A reputação de Jungkook realmente o favorecia. Jimin não tinha certeza se eles ficavam longe por medo ou porque não queriam ser arrastados para o negócio de rebeliões.

No quarto dia, eles chegaram a uma cidade chamada Thukhon. Era maior, quase 50.000 pessoas moravam lá, e eles planejavam ficar em uma pousada desta vez.

Jungkook, Yoongi e Jimin colocaram seus capuzes. Já estava bem escuro, apesar de ainda faltar uma hora para o pôr do sol, nuvens de tempestade cobrindo o céu e vento soprando pelas ruas. Todos estavam contentes por não terem que dormir do lado de fora desta vez.

Seokjin e Taehyung levaram os cavalos para um estábulo enquanto o resto deles foram procurar uma pousada. Eles encontraram um rapidamente chamado 'The Smiling Merman', bem ao lado de Elpis. Como estava começando a chover, eles decidiram entrar.

A pousada estava mais lotada do que eles esperavam, quase todas as mesas estavam ocupadas. Eles encontraram um em um canto e todos eles, exceto Saina, sentaram-se. Ela apenas largou suas coisas e caminhou até o bar. Dois minutos depois ela voltou.

— Pedi uma cerveja para todos nós. — Ela anunciou. — E eu perguntei se ele tem quartos livres. Ele tem seis sobrando. Eu disse a ele que só precisaríamos de três, espero que esteja tudo bem.

— Isso é bom. Podemos discutir quem dorme em qual quarto mais tarde. — Jungkook disse, curvado sobre a mesa para que seu rosto não ficasse tão visível. — Você pediu algo para comer também?

— Não, eu não tinha certeza do que vocês queriam. — Saina se sentou e antes que Jungkook pudesse responder, Taehyung e Seokjin apareceram.

— Que pousada bacana! — Taehyung olhou em volta com prazer. — Me lembra a sua, Jin-ah.

— Sim, eu também acho. — Seokjin respondeu, um pouco melancólico.

— Vocês querem alguma coisa para comer? — Eles foram interrompidos por uma jovem, provavelmente da idade de Jimin ou um pouco mais velha, olhando para eles como se estivesse entediada. Ela estava vestindo uma saia muito curta e uma camisa que mal cobria metade da parte superior do corpo. Seu cabelo era longo, mas trançado em duas tranças, e era azul brilhante. Era seguro dizer que Jimin nunca tinha visto ninguém como ela.

Yoongi e Jungkook pareciam completamente imperturbáveis, o último pedindo um pouco de comida para todos eles como se nada de anormal estivesse acontecendo, Doori e Seokjin pareciam um pouco envergonhados por sua falta de roupa e Saina olhou para ela com um leve sorriso e olhos brilhantes. Taehyung, assim como o próprio Jimin, estava olhando para ela com os olhos arregalados e um fascínio mal disfarçado.

Seus olhos rapidamente examinaram seus rostos e então ela os ignorou completamente, exceto pela pessoa que estava falando. Ficou claro que ela não estava trabalhando como bartender por paixão pelo trabalho.

— Ela tem cabelo azul! — Taehyung sussurrou admirado assim que ela se foi.

— Vocês nunca viram ninguém com cabelo tingido em Golden Hills? — Yoongi perguntou. — Não é adequado para nobres?

— Eu acho que não. — Jimin concordou. — Provavelmente seria visto como indecente.

— Eu quero pintar meu cabelo! — Taehyung declarou, voltando-se para Seokjin. — Você sabe como?

Seokjin balançou a cabeça, mas Yoongi respondeu:

— Eu sei como.

Todos eles se voltaram para ele com a revelação inesperada. Ele encolheu os ombros.

— Eu fazia isso para minha mãe às vezes. Ela costumava pintar o cabelo de preto para não se destacar tanto.

— Ei, Jungkook. — Saina virou-se para ele, seu rosto um pouco perverso. — Você ainda não sente nada? Você olha para ela e não sente nada?

— Ela parece bem. — Jungkook respondeu indiferente e Saina revirou os olhos.

— Sim, obviamente. Mas você não quer, voce sabe...? Nem um pouco?

— Não. — Jungkook respondeu, parecendo entediado, e Jimin ficou feliz em ouvir isso.

Saina se virou para Yoongi.

— Você também não parece impressionado.

— Cresci rodeado de prostitutas durante os primeiros doze anos da minha vida. — Ele respondeu secamente. — Pele nua não me impressiona.

— Como quiser. — Saina recostou-se na cadeira. — Melhores chances para mim. A menos que... — Ela olhou para Doori.

— Oh não. — Ele respondeu rapidamente. — Não interessado.

— Por que? Você também prefere homens?

O alívio de Doori foi óbvio quando eles foram interrompidos pelo barman trazendo suas cervejas.

Jimin olhou curiosamente para a caneca de cerveja à sua frente.

— Não me diga que você nunca bebeu cerveja. — Jungkook sorriu e Taehyung e Jimin trocaram um olhar.

— Só bebíamos vinho ou alguma bebida destilada. — Jimin admitiu e cheirou sua cerveja. Não cheirava muito bem.

— Bem, não crie expectativas muito altas, a maioria das pessoas não gosta disso no começo. — Yoongi levantou sua caneca para Jimin. — Saúde.

O resto deles seguiu o exemplo e Jimin ergueu sua caneca e bicou um pouco de cerveja.

Ele não gostou.

Seu rosto deve ter aparecido porque Jungkook, que o observou beber, riu dele.

— Leva algum tempo para se acostumar com isso, mas eu prometo que fica melhor.

Taehyung também não parecia gostar muito, mas estava tão entusiasmado em tentar algo novo que não se importou.

A garota de cabelo azul trouxe a comida um pouco depois; alguns legumes cozidos com um pouco de carne. Já que eles não tinham uma refeição adequada como aquela há dias, o sabor foi incrível para Jimin.

Eles decidiram que Doori e Saina iriam dividir o quarto, Yoongi e Jungkook o outro, e Taehyung, Seokjin e Jimin o terceiro. Jimin ficou um pouco desapontado por não dividir o quarto com Jungkook, mas não reclamou.

Eles estavam todos muito cansados ​​depois de terminar suas refeições, prontos para subir para seus quartos e finalmente dormir em uma cama novamente. Saina pegou as chaves com a barman de cabelos azuis e eles subiram, cada um em seu quarto.

O que Jimin estava dividindo com Tae e Seokjin não era muito grande, e não tinha nada além de três camas, nenhum outro móvel. Mas estava limpo e não tão quente quanto o esperado, e todos os três estavam exaustos demais para prestar atenção ao design de interiores. Eles dividiram um banheiro com o quarto em que Yoongi e Jungkook estavam dormindo, e Jungkook segurou Jimin para lhe dar um beijo curto antes de partirem. Ele adormeceu com um sorriso bobo no rosto, o beijo ainda demorando em seus lábios.

Algumas horas depois, Jimin acordou.

Ainda estava escuro lá fora e ele não tinha ideia de por que estava acordado. Claramente ainda não era hora de ir. Ele se virou na cama para voltar a dormir quando ouviu algo.

Vozes?

Jimin lutou consigo mesmo até que sua curiosidade venceu sua exaustão e ele cuidadosamente se levantou e foi na ponta dos pés até a janela.

Ainda não estava chovendo, e trovões ocorriam de vez em quando, prometendo uma tempestade em breve. De fato, havia um monte de gente embaixo de sua janela. Ele contou cinco, homens e mulheres, apenas parados e conversando baixinho entre si. Jimin tentou ouvir, mas não conseguiu entender muito. Ele não queria que nenhum deles olhasse para cima e o encontrasse olhando para eles, então se recostou em seu quarto assim que eles entraram na pousada.

Isso foi um pouco estranho, tantas pessoas se reunindo no meio da noite, mas não tanto para roubar seu merecido sono.

Ele estava prestes a voltar para a cama quando seus olhos caíram sobre a casa através de sua janela. Com o relâmpago repentino banhando tudo em luz prateada, visível até mesmo do ponto de vista dele, havia um grande cartaz de procurado com o rosto dele.

Por um momento, Jimin apenas ficou parado ali, seu cérebro cansado tentando descobrir o que fazer agora. Ele deveria fazer alguma coisa? Ele não tinha imaginado que seu cartaz de procurado chegaria tão longe, ou chegaria a qualquer lugar fora de Renity. Alguém deve tê-lo visto, deve tê-lo reconhecido na pousada, tinha tanta gente e ao contrário de Jungkook ele nem tentou esconder o rosto. Então, o que ele deve fazer?

Seu primeiro pensamento foi acordar Jungkook e contar a ele. Jungkook saberia o que fazer, sim, ele deveria apenas perguntar ao rebelde. Mas antes que pudesse mover um músculo, ouviu alguém do lado de fora da porta e, um momento depois, ela se abriu.

As cinco pessoas de antes estavam na porta, uma delas de cabelo azul. Eles estavam armados e quando a garota de cabelo azul e Jimin fizeram contato visual, os olhos dela se arregalaram de surpresa ao vê-lo acordado, mas ela se conteve imediatamente.

— Grite, e nós vamos matá-los. — Ela sussurrou e apontou para Seokjin e Taehyung, ainda dormindo profundamente. — Venha, rápido. Não resista e não vamos machucá-lo.

Jimin hesitou, sua mente correndo em uma tentativa de encontrar uma maneira de sair dessa situação e manter os outros seguros, mas ele mal conseguia encontrar forças para não entrar em pânico. Ele deu um passo à frente, depois outro, e então se aproximou deles quando a de Cabelo Azul fez um gesto impaciente.

— Escolha sábia, Alteza. — Ela disse com um sarcasmo explosivo. Jimin não respondeu. Ele não disse nada enquanto eles desciam as escadas, muito concentrado em respirar de forma constante e manter a calma.

Eles saíram da pousada, Jimin no meio deles, a garota de cabelo azul andando na frente. Ela parecia ser a líder.

O vento soprava forte, mas pelo menos clareou sua cabeça.

— Nós somos fodidamente sortudos, tendo você de todas as pessoas aparecendo em nossa pousada. Você é muito mais fácil de sequestrar do que um rebelde. — Ela disse, sorrindo feliz. — Você veio na hora certa. Nós realmente precisamos dessa recompensa para manter o Merman funcionando, nós iríamos à falência sem ela. Não é pessoal.

Por um segundo Jimin ficou confuso, então ele lembrou que o nome da pousada era 'The Smiling Merman'.

— Que alivio. — Ele não pôde deixar de responder tão sarcástico quanto ela, mordendo a língua imediatamente. Mas ela apenas riu.

— Sim, acho que para você não faz diferença. — Ela se virou enquanto caminhava, olhando-o de cima a baixo com curiosidade.

— Bonito. — Ela comentou e Jimin franziu a testa.

— Você não precisa me dizer isso.

— Então você já sabe? Quão bonito você é? Ah, aposto que você ficaria lindo de cabelo rosa! — Ela suspirou de repente e se virou para frente novamente.

Jimin decidiu apenas ficar quieto de agora em diante. Ele não sabia o que pensar da garota de Cabelo Azul.

Ela notou seu silêncio com um pequeno sorriso.

— Não fique assim, não vamos te machucar. Eu só gosto de caras como você, você sabe. Os bonitos.

— Você não vai me machucar, mas vai me entregar aos militares? — Jimin bufou, ignorando a segunda metade do que ela havia dito.

— Como eu disse, não é pessoal. Só precisamos do dinheiro e você parecia ser o mais fácil de conseguir. O que você fez para ter uma recompensa tão alta de qualquer maneira?

— Eu roubei a Coroa de Adecy. — Jimin respondeu honestamente. Ela provavelmente não acreditaria nele de qualquer maneira

A boca dela se abriu.

— Não, você não fez.

— Se você diz.

Sua resposta foi interrompida por um trovão novamente quando eles alcançaram a periferia da cidade e pisaram na grama, caminhando em direção à floresta não muito longe. Talvez eles tivessem algum tipo de esconderijo lá, Jimin pensou, tentando descobrir o que fazer. Eram cinco contra um, ele não podia lutar contra eles, mas não podia simplesmente deixá-los levá-lo sem ao menos tentar resistir.

Foi então que ele percebeu.

A garota de Cabelo Azul estava andando na frente dele, seu cabelo escuro com a falta de luz, e estava em pé.

Ele parou de andar, com o coração disparado, mas se forçou a não surtar.

— Precisamos sair daqui e ir para algum lugar dentro o mais rápido possível. — Ele disse calmamente.

— Huh? — Ela se virou, ainda caminhando em direção à floresta.

— Você não está nos dando ordens, pirralho. — Um cara atrás de Jimin bufou. — Você acha que só porque você é um príncipe você pode...

— Se não fugirmos imediatamente, um raio nos atingirá e morreremos. — Jimin interrompeu, surpreso com o quão firme sua voz soava. — Não está claro quanto tempo nos resta, mas definitivamente não é muito.

A garota parou de andar e todos olharam para ela.

— Como você sabe? — Ela finalmente perguntou, olhando-o com desconfiança. Ele apontou para a cabeça dela.

— Seu cabelo está em pé. Significa que um raio está prestes a cair.

O trovão rolou novamente e de repente o sequestrador de Jimin parecia não se importar mais se ele estava mentindo para eles ou não. Eles se viraram e começaram a correr.

— Você, corra conosco! — Ela ordenou e Jimin os seguiu, feliz por eles o ouvirem. Ele realmente não queria ser atingido por um raio.

Assim que chegaram à cidade novamente correram em direção a uma casa, todos já em pânico, prestando menos atenção em Jimin e sendo descuidados com suas armas. Era sua chance e ele não iria desperdiçá-la.

Com toda a força que pôde reunir, empurrou um dos homens à sua frente. Ele tropeçou em um ao lado dele, que tropeçou em outro, dando a Jimin a oportunidade de escapar de seu pequeno círculo e correr para salvar sua vida.

Jimin ouviu alguém gritar e xingar atrás dele, mas não se virou. Ele ainda tinha um raio para escapar, ele tinha que chegar a algum lugar lá dentro.

Apressando-se pelas ruas, procurou qualquer tipo de entrada, qualquer hospedaria ou bar ainda aberto onde pudesse se abrigar, mas não havia nada. Seu próprio cabelo também estava arrepiado, e agora ele não conseguia mais conter o pânico. As lágrimas embaçaram sua visão, ele estava ofegante e para piorar, tropeçou nos próprios pés e caiu, batendo a cabeça na pedra.

Jimin ficou no chão por alguns segundos até que o mundo parou de girar e ele não sentiu mais vontade de vomitar. Pelo menos o choque da queda acabou com seu choro. Ele estava prestes a se levantar e continuar correndo quando notou uma pequena janela diretamente no chão, provavelmente levando a um porão. E estava aberto.

Sem hesitar, Jimin rastejou até a janela e se espremeu pelo pequeno buraco, primeiro com as pernas, sem se importar com o que o esperava lá dentro. Ele caiu, novamente, mas felizmente pousou em vários sacos de batatas que suavizaram sua aterrissagem, embora ainda fosse muito desconfortável. Ele apenas ficou lá, cansado e aliviado por estar seguro.

Ele se perguntou se os outros estavam acordados e notaram que ele já havia desaparecido.

Um estrondo, muito mais alto do que qualquer um dos trovões anteriores, o tirou de seu descanso temporário e ele soltou um grito com o barulho repentino. Seus ouvidos zumbiam de quão alto tinha sido. O raio deve ter atingido alguma coisa. E se os outros não estavam acordados antes, eles definitivamente estariam agora.

Cuidadosamente, Jimin sentou-se nos sacos de batata e deu uma olhada ao seu redor. Como esperado, ele estava em um porão, cheio de sacos de batatas e cebolas. Ele se levantou, tirando um pouco da sujeira de suas roupas e refletiu. Ele poderia passar pela porta e confrontar os donos do porão, ou tentar sair pelo mesmo caminho que entrou.

Ele se virou para a janela para verificar se poderia sair quando seus olhos caíram em algo que definitivamente não era um saco de batatas.

Era uma espingarda.

Curioso, Jimin se aproximou. Ele tinha visto militares e às vezes policiais portando uma daquelas armas, e às vezes até nobres quando iam caçar. Mas esses novos tipos de armas ainda eram muito caros, para não mencionar difíceis de operar, então apenas alguns plebeus podiam comprá-los. Os rebeldes não tinham rifles, o que era uma de suas principais desvantagens contra os militares que os usavam cada vez mais. Jimin nunca ficou particularmente entusiasmado com essas novas armas e, francamente, não tinha ideia de como usá-las.

Mas as pessoas aqui não sabiam disso.

Ele cuidadosamente a pegou para dar uma boa olhada nele.

Ele sabia, ao ver outras pessoas usá-lo, que o gatilho tinha que ser puxado e se o rifle estivesse carregado, ele dispararia. E ele meio que sabia como eles seguravam antes de atirar. Ele tentou imitá-lo, tomando cuidado para não tocar no gatilho, apontando para a parede, esperando não parecer tão instável quanto se sentia.

Ele a levaria com ele, decidiu, e então se concentrou na janela novamente.

Jimin conseguiu subir nos sacos de batata e espiar pela janela. Ele não conseguia ver muito e não conseguia ouvir nada além da chuva que finalmente começou a cair. Ele hesitou, então pegou o rifle e o colocou na rua antes de rastejar para fora da janela. Demorou um minuto e foi extremamente desconfortável, ele bateu com a cabeça no batente da janela várias vezes, mas finalmente conseguiu colocar a parte superior do corpo para fora e saiu.

Ele ficou encharcado em poucos segundos, a chuva caindo sobre ele impiedosamente. Ofegante, Jimin se levantou e pegou o rifle, verificando os arredores. Ninguém estava lá, ou pelo menos ele não podia ver ninguém. O problema era; ele não tinha ideia de onde estava.

Ele considerou suas opções. O melhor seria tentar retornar ao 'Smiling Merman' para chegar até os outros e escapar. Mas ele tinha que ter cuidado para não encontrar seus sequestradores. Na pior das hipóteses, eles estariam esperando por ele no Merman.

Mas o que mais ele deveria fazer? Não era como se ele pudesse sair sozinho. Então Jimin começou a andar, tentou reconhecer as casas ou ruas para encontrar o caminho de volta, sempre em alerta máximo, segurando o rifle nas mãos trêmulas.

Estava frio e desconfortável por causa da chuva, e de vez em quando Jimin pulava quando o trovão rolava novamente. Ele caminhou pelo que pareceu uma eternidade, sentindo cada vez mais como se estivesse se afastando da pousada em vez de se aproximar dela, até que se deparou com o estábulo onde Seokjin e Taehyung haviam deixado seus cavalos. Seu coração saltou; ele estava perto.

A chuva torrencial se transformou em nada além de uma garoa, pelo menos, o que tornava mais fácil andar e ver. Jimin afastou o cabelo do rosto, andando mais devagar agora para evitar cair em uma armadilha. Apenas quando ele ouviu uma voz que parecia muito com Jungkook que ele acelerou.

Quanto mais perto ele chegava, mais vozes ele ouvia, falando umas sobre as outras em clara aflição. Ele reconheceu Tae, Yoongi e a garota de cabelo azul, e ouviu pelo menos uma outra voz que não conhecia. Jogando toda cautela ao vento, ele começou a correr em direção ao barulho que era claramente algum tipo de conflito. Ele virou uma esquina e parou no meio do caminho quando viu a vista à sua frente.

Talvez a cinquenta metros de distância, Jungkook, Yoongi, Seokjin e Saina estavam parados em frente às cinco pessoas que sequestraram ele, todos obviamente furiosos. Mas o que realmente chocou Jimin foi ver Taehyung e Doori parados com eles, cada um deles com uma faca na garganta.
 
   
  
 
  
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
──── ──────── ────
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶

Que situação tensa hem. Jimin sequestrado. Depois fugiu. E então viu seus amigos como refém. Mas sejamos sinceros. A culpa foi da divisão dos quartos. Não precisava os casais ficar juntos. Mas deviam destribuir melhor, colocar 3 novatos juntos, sem ninguém com experiência com eles. O que voces acharam?

Sobre o porquê JM tava acordado, ele não bebeu a cerveja. Lembra?

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top