Chapter Thirty Six
╴╴╴╴╴╴╴╴╴╴
Bem, após mais algumas descobertas o grupo se separaram. Taehyung e Seokjin voltaram para o Nexus e os outros seguiram para Mayport. O que vai acontecer agora? Vamos descobrir.
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶
A jornada para Mayport foi tranquila. Choveu quase todo o segundo dia, o que os atrasou significativamente, mas eles chegaram a Mayport na noite do terceiro dia sem nenhum incidente.
Mayport era completamente diferente de Pansophos, não apenas em sua aparência, mas também em sua atmosfera, o que não era exatamente surpreendente, já que Mayport era muito maior, mas Jimin ainda estava desapontado.
Onde Pansophos era colorido com muita natureza, Mayport consistia exclusivamente em casas da mesma cor de areia e era uma cidade por completo. Onde Pansophos era calmo e pacífico, Mayport era barulhento, agitado, tudo acontecendo ao mesmo tempo. As pessoas se empurravam, gritavam, as grandes ruas consistiam em nada além do caos no segundo em que entravam, o que pelo menos os ajudava a passar despercebidos. As pessoas vendiam todos os tipos de coisas nas laterais, algumas andavam e conversavam com as pessoas, tentando convencê-las a comprar alguma coisa. O cheiro era uma mistura de suor, sujeira, peixe e merda dos animais e o calor também não melhorava. Jimin ficou aliviado quando Jungkook disse que eles não iriam se aprofundar na cidade, só precisavam colocar os cavalos em um estábulo antes de se encontrarem com Krystal.
Saina cuidava dos cavalos enquanto os demais ficavam em segundo plano para não chamar a atenção. Depois Jungkook os conduziu até a periferia da cidade, para uma parte que era claramente mais sofisticada do que a que eles haviam acabado de deixar. As casas foram ficando cada vez maiores até ficarem cheias de mansões com jardins igualmente grandes e Jimin se perguntou se elas realmente poderiam estar no lugar certo. Parecia improvável que o quartel-general da rebelião em Mayport estivesse bem no meio da parte nobre da cidade.
Como se viu, era exatamente onde estava. Eles acabaram no portão de uma das maiores mansões ao redor, toda a propriedade cercada por sebes altas e uma cerca de metal igualmente alta. O jardim era tão grande que eles só conseguiam ver a ponta da casa, o resto coberto por árvores, mas o que eles viram já era muito chique, quase como um pequeno castelo.
Quatro pessoas estavam guardando o portão, todas com várias armas penduradas ameaçadoramente sobre eles, mas eles os deixaram passar com nada além de alguns olhares. Eles definitivamente sabiam quem eram e confiavam em Jungkook o suficiente para deixá-los entrar sem nem mesmo verificar se tinham alguma arma com eles.
Enquanto caminhavam em direção à casa, Jungkook explicou:
— A premissa pertence a uma velha nobre que está do nosso lado. Ela deixa a rebelião ficar com ela e os encobre. É muito conveniente, pois ninguém suspeitaria que uma mansão nobre seja o quartel-general da rebelião.
Realmente conveniente. Eles viram alguns guardas espalhados pela propriedade, um deles indo rapidamente para a casa quando os viu, provavelmente para alertá-los de que estavam chegando.
Enquanto caminhavam até a porta, Jungkook fez sinal para Jimin caminhar atrás deles.
— Não chame atenção se não for necessário. — Ele dise a Jimin. — Krystal... ela gosta de se envolver nos negócios de outras pessoas. Ela está curiosa. Prefiro que você mantenha distância no início.
— Ok! — Jimin estava um pouco confuso, mas ele confiava em Jungkook, então se posicionou atrás dos outros três para que não fosse realmente visível da porta.
Jungkook tocou a campainha.
Demorou apenas alguns segundos até que a porta fosse aberta, claramente eles eram esperados. Com decepção, Jimin percebeu que ser coberto pelos outros também significava que eles cobriam Krystal, então ele não podia vê-la.
Sua voz era alta, porém, mais profunda do que Jimin esperava e bastante agradável, na verdade, de uma forma intimidadora.
— Jeon Jungkook, Min Yoongi, que prazer ter vocês aqui. E você, Saina Anand, espero que esteja bem.
Jimin lançou um olhar surpreso para Saina que sorriu suavemente para o líder de Mayport.
— Sim, senhora. Eu tenho estado bem.
— Eles te tratam bem? Eu não tenho que espancá-los? — Krystal perguntou provocando e Jungkook bufou.
— Claro que a tratamos bem.
— Ah, você não mudou desde a última vez. — Jimin ainda não conseguia vê-la, mas tinha certeza de que ela apenas revirou os olhos. — Você ainda não gosta de mim, hein? Vamos, estou brincando.
Jungkook bufou novamente. Jimin lembrou de Yoongi dizendo que esses dois sempre iriam bater de frente; ele estava absolutamente certo.
— Prazer em ver você de novo, Krystal. — Yoongi disse neste momento, parecendo divertido.
— Você também, Yoongi. Diga ao seu líder para relaxar um pouco, certo?
— Vou falar. — Yoongi concordou no segundo em que Jungkook disse:
— Estou relaxado o suficiente.
— Oh sim? Mas você não confia em mim, não é? — Krystal riu. — Vamos, Jeon. Não o esconda de mim.
— Não sei do que você está falando. — Jungkook respondeu com os dentes cerrados.
— Com certeza. Cadê seu Príncipe, hein? Eu ouvi tantas coisas sobre ele, sobre vocês dois. Dizem que ele é o nobre mais bonito de todo o império, é verdade? Não fique assim, Jungkook. Deixe-me vê-lo! Não é como se eu o tivesse machucado. E você não pode escondê-lo de mim para sempre!
Jungkook ficou em silêncio por alguns segundos, claramente insatisfeito com a forma como isso estava indo, antes de se virar e fazer um gesto para que Jimin se aproximasse.
Jimin ficou nervoso, de repente. Ele não pensou que Krystal pediria para vê-lo, mas Jungkook agarrou seu pulso e sorriu tranquilizadoramente para ele, acalmando-o, antes de puxá-lo para perto dele.
Krystal era tão alta quanto Jungkook, seu cabelo era encaracolado e preto e mantido na altura dos ombros e seus olhos eram escuros e inteligentes. Ela estava vestindo calças largas pretas e um top, seus braços fortes e cheios de cicatrizes que só aumentavam o quão poderosa e bonita ela era. Jimin não estava planejando contar a ele, mas à primeira vista ela o lembrou de Jungkook.
Quando Jimin deu um passo à frente, o sorriso que já estava em seu rosto se alargou. Ela o olhou de cima a baixo sem dizer uma palavra, o olhar persistente na mão de Jungkook ainda segurando seu pulso.
— Olá, Park Jimin. — Ela finalmente disse depois de terminar sua avaliação. — Meu nome é Krystal. O que quer que este cavalheiro aqui, — Ela apontou para Jungkook. — te contou sobre mim, não dê ouvidos a ele. Eu sou uma pessoa legal.
— Olá. — Jimin respondeu, olhando brevemente para Jungkook. — Prazer em conhecê-la. E ele não me disse nada de ruim sobre você.
— Ele não fez? Que surpresa! — Krystal sorriu brilhantemente. — E que surpresa ver que o rebelde frio como pedra tem um coração afinal, eu estava quase ficando preocupado por você estar sempre sozinho. Oh, eu amo a ironia disso. Você de todas as pessoas, Jungkook, se apaixonou por um Príncipe. Bem, não posso culpá-lo. Ele é muito bonito. Foi amor à primeira vista? Já ouvi tantas histórias, mas quero saber como vocês dois realmente se conheceram.
— Pare com isso. — Jungkook disse, sua voz mais exausta do que com raiva. — Não dê muita importância a isso.
— Huuh?! — Krystal parecia genuinamente atordoado com suas palavras. — Já é um grande negócio! Você não sabe nada sobre o que está acontecendo no mundo, sério. — Ela tirou um pedaço de papel do bolso e o desdobrou. — Olhe o que acabou de chegar a Mayport esta manhã. Provavelmente vai se espalhar por todo o país em algumas semanas.
Ela entregou a Jungkook. Jimin se aproximou para ver melhor e quase engasgou quando viu o que estava no papel. Era um desenho, quase totalmente em branco e atrás, como se alguém tivesse acabado de esboçar algo espontaneamente. E mostrava os dois, Jimin e Jungkook, no alto do penhasco dançando juntos, o sol nascendo ao fundo. Suas testas estavam se tocando, eles estavam muito mais próximos do que a dança exigia, o braço de Jungkook em volta da cintura de Jimin pressionando-o contra seu corpo, tornando a atmosfera muito mais íntima. A única coisa colorida era o cabelo de Jimin, brilhando em ouro.
Era absolutamente deslumbrante e Jimin sentiu um rubor subindo em suas bochechas. Alguém em Pansophos que os viu dançando deve tê-lo desenhado.
— As pessoas têm copiado e distribuído nos últimos dias. — Krystal falou. — Vocês são como uma espécie de mito ou história de amor mágica. 'O Rebelde E O Príncipe', eles dizem. Muitas pessoas consideram isso um sinal de que as coisas estão mudando.
Jungkook ainda estava olhando para o pedaço de papel antes de dobrá-lo cuidadosamente e colocá-lo em um de seus próprios bolsos.
— Ah, vamos lá. — Krystal ficou de mau humor. — É lindo, queria ficar com ele.
— Bem, não vai. — Jungkook disse secamente. — Podemos entrar agora?
— Claro, claro, desculpe por ser uma anfitriã tão ruim. Entre. — Ela se afastou e os deixou entrar, sorrindo para Jimin quando esse passou por ela. Jungkook agarrou seu pulso novamente para puxá-lo para mais perto. Krystal revirou os olhos. — Por favor, isso é ridículo. Você está agindo como se eu fosse uma ameaça para ele.
— Porque você olha para ele estranhamente. Fique longe.
Krystal suspirou dramaticamente antes de se inclinar para frente demonstrativamente até que seu rosto estivesse bem perto de Jimin, fazendo-o pular um pouco.
— Então você gosta de garotos maus, hein? Você também gosta de garotas más? — Seu sorriso era diabólico, mas Jimin não estava com medo. Ele entendeu bem que ela estava apenas tentando irritar Jungkook. E definitivamente estava funcionando.
— Eu juro pela porra de Deus se você não deixá-lo em paz...
_ Podemos apenas ir para a sala em paz, por favor? — Yoongi interrompeu Jungkook, o canto de sua boca se contorcendo como se ele achasse tudo isso engraçado.
— Concordo. — Krystal endireitou-se novamente e sem mais incidentes os levou para a sala de estar. Era extremamente grande e obviamente pertencia a um nobre, quase parecia que ele (JM) estava de volta ao castelo em Golden Hills, com decorações lindas e caras, móveis grandes, cores vivas.
Krystal sentou-se em um dos sofás grandes, todos vermelhos com bordados dourados e um monte de almofadas sobre eles, e apontou para outro.
— Sente-se, sente-se. Vamos ficar confortáveis.
Jimin acabou sentando entre Jungkook e Yoongi em frente a Krystal, uma pequena mesa entre eles. Era bonita, branca com decorações prateadas formando diferentes padrões, e Krystal não hesitou em colocar os pés nela.
— O que você planejou para a reunião, Krystal? — Jungkook perguntou, sem rodeios. — Você é a anfitriã este ano. Você tem planos, certo?
— Claro que eu tenho! — Ela o encarou ofendida. — Não me menospreze, Jeon. Eu sei o que estou fazendo.
Ela juntou as mãos atrás da cabeça para ficar ainda mais confortável.
— Como você sabe, a reunião oficial começa daqui a dois dias. Estamos seguro aqui, o lugar é grande o suficiente. Organizamos salas para comer, jogar, beber, fumar, conversar, outras brincadeiras que não envolvam dinheiro de forma alguma, temos até uma preparada para org...
— Isso é ótimo e tudo, mas na verdade eu quis dizer a reunião em si. É por isso que estamos nos encontrando, lembra? Para discutir como vamos proceder.
— Então você tem algo a dizer, hein? O que é isso? — Krystal perguntou, olhando para ele. — Queres falar sobre o que?
Jungkook hesitou e Krystal revirou os olhos novamente.
— Você é um idiota? Eu vou descobrir eventualmente de qualquer maneira quando você contar a todos nós. É melhor me contar agora.
— Bem. Quero que mudemos nossa estratégia e paremos de fazer as coisas em segredo. — Jungkook disse a ela. Krystal ergueu as sobrancelhas, ficando em silêncio enquanto pensava. Essas poucas palavras pareciam ter sido suficientes para ela entender o que Jungkook queria dizer.
Eles continuaram se encarando, Jungkook desafiadoramente, Krystal pensativa.
— Concordo. — Ela finalmente disse. — Sim, eu posso admitir quando concordo com algo, mesmo quando é você, não fique tão surpreso, Jungkook. A questão é: já está acontecendo, já estamos muito mais barulhentos e recebendo muito mais atenção do que antes, mesmo sem tentar. Sem querer apontar o dedo, mas isso é coisa de vocês dois. Você principalmente. — Ela apontou para Jimin, que ainda não tinha certeza de como reagir a Krystal ou o que ele pensava dela. Seus maneirismos e a maneira como ela falava o lembravam de Jungkook; ele não podia deixar de pensar nela como uma versão feminina, talvez um pouco mais provocante dele.
— O que eu fiz? — Ele perguntou.
— Você existe. — Krystal bufou. — É verdade que alguns nobres trabalharam com a rebelião desde o início. Inferno, tenho certeza que uma das pessoas que começou era um nobre, não era? Mas até agora, ninguém realmente sabia sobre isso, exceto os próprios rebeldes, para proteger aqueles nobres. E então você apareceu, não apenas um nobre, mas uma realeza, um príncipe, e não apenas qualquer príncipe, mas um Príncipe da família Park, que foge de Golden Hills como se fossem os maus, que rouba a Coroa de Adecy, que se junta a rebelião e finalmente se apaixona pelo rebelde mais famoso de todos. Você não entende? Você dá esperança às pessoas. A imagem que corre pelo país enquanto falamos é a prova de que nobres e plebeus podem viver em paz juntos, como iguais. Se um Príncipe Park e um Líder Rebelde podem encontrar o amor contra todas as probabilidades, apesar das normas sociais, suas diferentes origens e mundos diferentes, apesar da lei mesmo, então talvez qualquer outra coisa seja possível. Talvez a mudança seja possível, a igualdade seja possível, todas as coisas que a maioria dos plebeus nem ousava sonhar são de repente possíveis. Devemos, não, nós temos que aproveitar isso.
Ao longo de seu discurso, Krystal foi ficando cada vez mais apaixonada, sua atitude relaxada havia desaparecido. De repente, ela realmente parecia uma líder extremamente perigosa e extremamente inteligente.
— Não quero que nosso relacionamento se torne uma ferramenta. — Jungkook disse calmamente.
— Bem, tarde demais. — Krystal respondeu secamente. — Não terminem, vocês dois.
Jungkook olhou para cima, ficando chateado com as palavras dela, mas Jimin colocou a mão em seu ombro para chamar sua atenção para ele.
— Não fique bravo. Ela está certa, as pessoas já estão falando. Isso não muda nada sobre nós, não é? Isso não muda quem somos. — Ele manteve a voz baixa para que apenas Jungkook pudesse ouvi-lo. — Se podemos trazer esperança para as pessoas apenas estando apaixonados, isso não é uma coisa boa? Não temos que fazer nada, não temos que representar um papel ou exibir nosso relacionamento, mas podemos ficar juntos sem vergonha e sem tentar esconder isso.
Jungkook olhou para ele, hesitação em seu rosto. Ele suspirou.
— Eu não quero que você se envolva tanto nisso. Eu quero você seguro e quanto mais atenção você receber, mais perigo você corre.
— Eu já estou profundamente nisso. — Jimin respondeu calmamente. — Enquanto você estiver envolvido nisso, eu também estarei. Você acha que não me preocupo com você? Você pode ser forte, Jungkook, mas não é invencível. Eu quero estar ao seu lado, quero te apoiar e te ajudar no que for. E eu quero... — Ele parou por um segundo, respirando fundo. — Quero passar o resto da minha vida com você. Vamos vencer essa maldita rebelião e então quero estar com você, em qualquer lugar, de qualquer jeito, desde que seja com você. Eu quero viver uma vida sem guerra e violência e medo e toda essa merda e por isso vou lutar até que tenhamos essa vida.
O olhar de Jungkook estava queimando, brilhante e cheio de amor, e ele sorriu.
— Meu Valente Pequeno Príncipe. Você vai ter essa vida. Nós vamos ganhar e então eu vou te dar o mundo, assim como você merece.
Krystal pigarreou desajeitadamente e Jimin se encolheu. Ele tinha esquecido completamente onde eles estavam.
— Por mais fofo que isso seja, você se importa em compartilhar o que está resmungando? Está ficando chato.
— Não me chateie. — Jungkook simplesmente respondeu, ganhando outro revirar de olhos.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
──── ──────── ────
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶
Boiola estou com Jikook. Jungkook chamando JM de "Meu Valente Pequeno Príncipe" me deixou latino de quatro. Amo demais.
Krystal é adorável. Doidinha, mais também seria. Provocadora que só.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top