Chapter Thirty Eight
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Jungkook e Jimin dormiram depois de gozarem nos lençóis.... hihihihi. Mas agora as coisas ficaram seria, principalmente com a reunião. Também, Jimin irá conhecer novas pessoas.
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A manhã foi um pouco desconfortável.
Todos, principalmente Jungkook e Krystal, estavam no limite no segundo em que acordaram e durante todo o café da manhã. Ambos pareciam estar a bordo neste caso, concordando que os próximos dias seriam exaustivos e não estavam realmente ansiosos por isso. Krystal, principalmente, estava sob muito estresse como anfitriã, verificando repetidamente se tudo estava preparado adequadamente.
Todos, exceto os convidados, estavam de pé e trabalhando desde o início da manhã, preparando os quartos para o que quer que fosse, cozinhando quantidades insanas de comida, trazendo garrafas e mais garrafas de álcool. Havia uma sala inteira no porão usada apenas para armazenar a cerveja e outra para outras bebidas.
Saina passava a maior parte do tempo com Amita, ajudando-a a preparar algumas coisas e aproveitando os poucos dias que tinham juntos, enquanto Jungkook e Krystal tinham que cumprimentar as pessoas que chegavam, então era só Yoongi e Jimin andando pela mansão e dando uma olhada no que foi preparado.
Eles caminharam por várias salas destinadas à dança e conversaram brevemente com alguns músicos que forneceriam música ao vivo antes de continuar. Algumas salas sem design específico, exceto um bar e um monte de mesas e cadeiras, eram destinadas às pessoas que só queriam se embebedar ou conversar, algumas outras salas, aquelas que tinham varandas ou acesso ao pátio eram para fumar. Não apenas charutos, Yoongi disse a Jimin com um sorriso.
— Tenho certeza de que algumas pessoas também têm alface do diabo*.
(Gíria para Maconha)
— Isso não é ilegal? — Jimin perguntou e Yoongi riu.
— Então é uma rebelião, Jimin-ah. Você não precisa tentar se não quiser, não há pressão. Se você não se sente confortável com isso, então não faça. Mas não é tão ruim assim, se usado moderadamente. Hoseok disse que é o que os contrabandistas de Renity mais contrabandeiam.
Algumas outras salas foram projetadas para jogos, muitos deles envolvendo dinheiro. O único que Jimin conhecia era o pôquer e Yoongi o avisou para não gastar todo o dinheiro com isso.
— Você vai perder, então não jogue.
Jimin ficou um pouco ofendido com a falta de confiança de Yoongi em suas habilidades de jogo, mas ele também sabia que o homem provavelmente estava certo.
Após o pequeno passeio, voltaram ao refeitório. Eles não tinham usado até agora, mas com todas essas novas pessoas aparecendo, aquele onde eles comeram era muito pequeno.
Quando eles chegaram, parecia que a maioria das pessoas já estava lá e Jimin sentiu uma onda de ansiedade ao ver tantas pessoas ao mesmo tempo, todos rebeldes, muitos deles usando espadas ou outras armas abertamente e parecendo exatamente tão assustadores quanto foi dito que os rebeldes são. Ele notou os olhares que estava recebendo, ele provavelmente se destacava como um polegar dolorido, e Yoongi também os notou, já que ele ficou muito perto de Jimin o tempo todo, até se posicionando de uma forma que protegesse Jimin um pouco deles.
— Apenas fique comigo, vai ficar tudo bem. — Ele assegurou-lhe, pouco antes de algumas pessoas começarem a vir até ele.
Até aquele momento, Jimin havia esquecido completamente que Yoongi provavelmente conhecia a maioria das pessoas alí, já que fazia parte da rebelião há muito tempo. E com certeza um monte de gente, algumas das quais Jimin já tinha ouvido falar, o cumprimentou como um velho amigo, seja com um aperto de mão firme ou até mesmo um abraço em alguns casos. Um homem, com o lado direito completamente coberto por velhas cicatrizes de queimaduras, mostradas pela regata solta que usava, parecia particularmente próximo de Yoongi.
— Ei, ei, ei, Suga! Muito tempo sem te ver! — Ele gritou antes mesmo de alcançá-los, acenando para Yoongi com um grande sorriso no rosto. Jimin tentou o seu melhor para não ficar intimidado ou assustado, mas com suas cicatrizes combinadas com a arma em seu cinto, o cabelo preto terrivelmente emaranhado em sua cabeça e o sorriso, revelando dentes tortos e amarelos, Jimin não estava indo bem. Yoongi, no entanto, soltou uma risada assim que avistou o homem.
— Diabo Queimado! Eu queria saber se você estaria aqui desta vez.
O homem sorriu, riu seriamente, antes de pular em Yoongi como uma criança e abraçá-lo.
Este era o Diabo Queimado?! Jimin já tinha ouvido falar dele antes; ele era conhecido por ser um incendiário implacável absoluto que aparentemente não sentia a dor das chamas. Obviamente as histórias foram exageradas, feitas o mais assustadoras possível sem se importar com a verdade para fazer os nobres odiarem os rebeldes, mas isso Jimin não esperava. Apesar de sua aparência assustadora, o Diabo Queimado era...
— Como você tem passado? Tudo bem? Tenho ouvido muito sobre você ultimamente, sabe, desde Moln, pensei, sabe, pensei... isso é incomum. Isso é estranho. Tenho que perguntar ao bom e velho Suga o que há com toda esse boato, sabe. Ouvi falar de um Pequeno Príncipe com cabelos dourados, ah! — Ele avistou Jimin, meio escondido atrás de Yoongi, e apontou para ele com um dedo queimado. — Aiiii!
Para o choque de Jimin, o homem rapidamente o puxou para um abraço, sem se importar nem um pouco que ele não estivesse retribuindo. Mesmo que quisesse, Jimin foi pego de surpresa e tudo o que podia fazer era ficar alí. O homem o soltou rapidamente, apenas segurando os ombros de Jimin e olhando para ele, ainda com aquele sorriso no rosto.
— Que fofo! — O homem falou.
Jimin, sem saber como reagir, olhou para Yoongi, que caiu na gargalhada.
— Acho que você o assustou, Diabo. — Yoongi falou e o homem soltou os ombros de Jimin imediatamente.
— Sinto muito, meu querido!
— Eu... não, não. — Jimin disse, já corando. — Eu simplesmente não esperava... quero dizer... eu sou Jimin. — Ele finalmente se apresentou e por algum motivo a porra do Diabo Queimado guinchou.
— Precioso! Que querido. — Ele disse para Yoongi. — Espero que você seja legal com ele, seu velho malvado.
— O mais legal. — Yoongi respondeu, ainda sorrindo de orelha a orelha.
Alguém gritou "Diabo!" do outro lado da sala, a voz alegre um forte contraste com a palavra falada.
— Ah, estou em alta demanda! Te vejo mais tarde, Suga. E você também, querido! — E com essas palavras o homem se virou e saiu. Jimin só agora notou que ele estava descalço.
— Então, aquele era o Diabo Queimado. — Yoongi riu. — Não se preocupe, ele é completamente inofensivo. Ele está chapado, o tempo todo. Não pense que já o vi sóbrio.
— O que aconteceu com ele? — Jimin perguntou, ainda olhando para suas costas.
— A casa dele pegou fogo quando ele era criança. Ele foi o único que sobreviveu, milagrosamente. Cresceu nas ruas como muitos de nós antes de nos juntarmos à rebelião em Moln. Nesse ponto, a fração Moln consistia em... talvez dez pessoas? Foi ele quem comandou tudo assim que entrou, organizava tudo, recrutava pessoas e tudo mais. Ele pode não parecer, mas o homem é um gênio do caralho. E ele é muito bom em ler as pessoas, é como um sexto sentido dele. Ele sabe se alguém está falando merda assim que o conhece.
— Ele parece um pouco excêntrico. — Jimin apontou hesitantemente e Yoongi soltou outra risada.
— Um pouco? Ele se autodenomina 'O diabo queimado'. Nem sabemos o nome verdadeiro dele. Ele é a porra de uma rainha do drama, se é que já conheci uma, mas isso é parte do motivo dele ser tão bom. Eu gosto muito dele, ele é sempre divertido.
— Por que ele te chamou de Suga?
— Ah, esse costumava ser o nome que eu usava no Black Valley. Na verdade, nos encontramos uma vez antes de eu ingressar no exército, quando ele esteve em Renity para uma reunião, e ele me chama de Suga desde então.
Mais algumas pessoas caminharam até Yoongi, a maioria olhando curiosamente para Jimin, mas não se dirigindo diretamente a ele, exceto duas pessoas. Uma delas era a líder do Nonsong, Maria, que pegou o rosto de Jimin nas mãos e virou a cabeça de um lado para o outro, os olhos azuis absorvendo tudo o que podiam.
— Maçãs do rosto adoráveis. Nariz lindo, tão fofo. Belos lábios, meu deus. Você daria um ótimo prostituto.
— O que? — Jimin guinchou, o rosto esmagado por suas mãos, e Yoongi uivou de tanto rir por vários minutos.
Maria era legal, perguntando como ele estava e se a viagem tinha sido boa, mas ela também não tinha vergonha, nem filtro, Jimin percebeu rapidamente. Ou talvez ela simplesmente não se importasse com o quão envergonhado ele ficou quando ela perguntou se Jungkook estava cuidando adequadamente dele na cama, levando Yoongi, que acabara de se recuperar, a explodir em outro ataque de riso ao ver o rosto vermelho de Jimin.
Ele ainda preferia ela do que a outra pessoa que falou com ele.
Quando o homem apertou a mão de Yoongi, Jimin percebeu que Yoongi estava muito menos relaxado perto desse homem. E Jimin não podia culpá-lo, mesmo que o homem ainda não tivesse falado com ele neste momento.
O cara era enorme. Ele tinha que ter pelo menos dois metros de altura, seu cabelo era castanho e comprido, fazendo-o parecer ainda mais alto, e todo o seu corpo era tão grande que Jimin provavelmente poderia ficar escondido atrás de uma de suas pernas. Suas mãos eram quase tão grandes quanto a cabeça inteira de Jimin, seu bíceps e seu peito estavam explodindo da pobre desculpa de uma camiseta que ele usava e Jimin contou pelo menos cinco armas potencialmente mortais nele.
Como se isso não bastasse, seu rosto também era a definição de uma carranca, mas não parecia intencional, E sim como se aparecesse sem ele nem tentar. Jimin não queria nem saber como ele ficaria quando realmente estivesse com raiva. Ele quase se encolheu quando os olhos do homem pousaram nele depois de cumprimentar Yoongi, subindo e descendo lentamente como se Jimin fosse a coisa mais nojenta que ele já tinha visto.
— Tudo bem, Geto? — Yoongi perguntou calmamente, colocando-se entre o homem e Jimin, mas isso não o impediu de olhar para o rosto de Jimin, que achava cada vez mais difícil não recuar.
— Você é o príncipe famoso. — Ele afirmou e Jimin não tinha certeza se deveria responder ou não. — Sim? — Ele disse, a voz ficando alta. Geto, que era o nome dele, semicerrou os olhos para ele. — Foi isso que deixou Jeon Jungkook louco? — Sua voz soava tão humilhante, tão incrédula que o nervosismo de Jimin foi deixado de lado pela raiva porque, modesta parte, ele (JM) era um bom partido e também ele não era 'isso', pelo amor de Deus.
— Meu nome é Jimin. E eu não sou 'isso'. — Ele soltou antes que pudesse se conter. Geto ergueu as sobrancelhas enquanto Yoongi parecia incerto se deveria estar orgulhoso ou preocupado.
— Agressivo. Não pensei que Jungkook fosse gostar disso.
Seu tom fez o sangue de Jimin ferver, seu medo deste homem de segundos atrás completamente esquecido.
— Isso não é da porra da sua conta, é? Preocupe-se com sua própria vida amorosa, não com a minha ou com Jungkook. Se você é assim com todo mundo, não pode estar indo bem. — Ele falou, olhando para o homem.
Por um segundo Jimin pensou que Geto iria bater nele, e isso seria muito ruim, não apenas porque ele não estava pronto para levar um golpe de uma pessoa que provavelmente carregava o triplo do peso corporal dele em músculos, mas também porque Jungkook ficaria muito infeliz com isso e ele não queria estressá-lo ainda mais.
Então, lentamente, o gigante começou a sorrir. Isso fez a pele de Jimin arrepiar.
— A porra de um príncipe, falando assim comigo. Eu matei nobres por menos, bochechas de bebê. Por enquanto você pode estar sob proteção, mas assim que Jungkook tiver o suficiente de você, quem irá protegê-lo então, hein? — Ele sorriu abertamente agora, mostrando os dentes. Era positivamente aterrorizante. — Você pode ser o brinquedinho dele agora, mas mais cedo ou mais tarde ele vai...
— É o bastante. — Jimin nunca tinha ouvido a voz de Yoongi assim, baixa e gelada. De repente, Jimin foi lembrado de que Yoongi também havia matado pessoas. — Saia. — Yoongi disse, e apesar de ser muito menor que Geto, o homem mais alto parecia entender que ele não deveria mexer com Yoongi.
Com um bufo e um último olhar para Jimin, ele se virou e foi embora, deixando Jimin se perguntando o que diabos aconteceu.
— Você está bem? — Yoongi perguntou preocupado e se virou para Jimin. — Não ouça uma palavra que esse homem diz, Jimin-ah. Ele odeia Jungkook com todo o seu ser e sabe exatamente o que fazer para irritar Jungkook.
— Por que? — Jimin queria saber. — Por que ele o odeia?
Yoongi suspirou.
— Quando deixei de ser o líder em Renity, havia dois competidores que queriam assumir esse papel, Geto e Jungkook. O conselho vota no novo líder, e todos eles votaram em Jungkook. Geto foi humilhado e furioso deixou Renity. Ele foi para Ujester, ele é o braço direito lá. Mas ele nunca perdoou Jungkook pela humilhação.
— Essa é uma razão tão estúpida para odiar alguém! — Jimin exclamou, a raiva explodindo novamente. — Que idiota do caralho! Alguém foi melhor que ele e ao invés de aceitar e aprender com ele, decidiu ser mesquinho e infantil sobre isso, uau.
Yoongi assentiu, mas ainda estava preocupado.
— Por favor, fique longe desse homem, Jimin-ah. Ele vai tentar chegar até Jungkook de qualquer maneira que puder e, infelizmente, você é o caminho mais fácil, então, por favor, evite-o o melhor que puder.
— Não estava planejando conversar com ele. — Jimin respondeu, ainda um pouco abalado com o encontro. — Não quero ficar perto dele.
Eles viram Jungkook novamente quando todos estavam sentados para almoçar.
Trinta mesas redondas com cinco cadeiras cada estavam espalhadas no refeitório, uma delas perto da cabeça da sala onde Krystal, Amita e três outras pessoas da fração Mayport já estavam sentadas.
Jimin se perguntou se havia algum tipo de ordem de como as pessoas se sentariam, se ficariam com as pessoas de sua cidade, mas não, cada um apenas se sentava onde quisesse. Jimin e Yoongi acabaram na mesma mesa que Diabo Queimado e Saina que não se davam muito bem. Diabo, como todos o chamavam, falava tanto e tão alto que Jimin podia ver Saina esfregar as têmporas depois de alguns minutos, como se ela já estivesse com dor de cabeça.
Jungkook se aproximou, sorrindo aliviado quando notou a cadeira que Jimin estava deixando livre para ele caso ele quisesse se sentar com eles.
— Obrigado, Jimin-ah. — Ele falou e se sentou, cumprimentando Diabo com um aceno de cabeça que acenou para ele do outro lado da mesa.
— Já estou cansado. — Jungkook suspirou. — Tanta maldita gente.
Jimin abriu a boca para responder mas naquele momento um sino alto tocou pelo corredor, quase dando a ele um ataque cardíaco. Logo tudo se acalmou e o sino parou de tocar. Krystal se levantou da cadeira com um sorriso caloroso no rosto.
— Saudações, companheiros rebeldes!
Essas palavras por si só causaram um rugido de aplausos na platéia, e levou um minuto até que Krystal pudesse dizer qualquer outra coisa.
— Bem-vindo a Mayport. Como todos sabem, logo após o almoço as lideranças iniciarão a primeira reunião com foco nas atualizações de cada cidade. Os resultados da reunião serão expostos amanhã no hall de entrada para que todos possam ler. Se alguém quiser ouvir, você pode fazê-lo, mas devo lembrar a todos que apenas os líderes podem falar. Se você sente que tem algo valioso a dizer, você precisa contar ao seu líder primeiro para que ele possa dizer para o resto de nós. Para todos os que não participam das reuniões, é claro que temos muitas coisas preparadas!
Jimin parou de ouvir enquanto Krystal listava os eventos disponíveis e, em vez disso, deixou seu olhar vagar pela sala. Ele não reconheceu nenhum dos rostos, embora tivesse certeza de ter ouvido os nomes de muitos rebeldes atualmente presentes. Eles eram um grupo interessante, obviamente consistindo de personalidades fortes. Jimin estava fascinado. Se alguém tivesse andado por Golden Hills do jeito que eles estavam vestidos ou do jeito que usavam seus cabelos, teriam sido evitados. Talvez até jogado na prisão ou algo assim. Todos aqui eram assumidamente eles mesmos, sem considerar o que era considerado apropriado ou 'certo', e Jimin sentiu a admiração crescer em seu peito.
O sentimento diminuiu, no entanto, quando ele acidentalmente olhou nos olhos de Geto, sentado três mesas adiante, perto demais para o conforto de Jimin. O homem estava definitivamente olhando para ele, para ele e para Jungkook, mas seu rosto permaneceu estóico, não revelando nada sobre o que estava acontecendo em sua cabeça.
Jimin rapidamente desviou o olhar.
Jimin não falou muito durante o almoço, só falou quando foi abordado diretamente, o que era mais frequente do que ele esperava, visto que o Diabo estava realmente interessado nele.
— Então me diga, pequeno Jimin. — O Diabo ronronou, cruzando as mãos e apoiando o queixo nelas. — Como você conseguiu amenizar esse teimoso bloqueio de autocontrole ali? — Ele acenou para Jungkook, que reagiu com nada além de um bufo e um revirar de olhos.
— Eh, eu não tenho tanta certeza. — Jimin respondeu honestamente, lançando um olhar para Jungkook, que permaneceu focado em sua refeição.
— Vamos lá, deve haver alguma coisa! Tantas pessoas tentaram atacá-lo antes, mas... sem chance. Um verdadeiro destruidor de corações, estou te dizendo.
— É mesmo. — Jimin não tinha certeza se realmente queria ouvir sobre isso.
— Uh-uh. Deixe-me dizer, quando ele esteve aqui pela primeira vez, como a mão direita de Suga, isso foi algo. As pessoas ficaram chocadas de verdade! Jovem e bonito e com aquele olhar arrogante no rosto, tenho certeza que você conhece esse olhar...
Jimin assentiu.
Sim, ele conhecia.
— Ele era, tipo, sabe... o rebelde perfeito. Pessoas bonitas sempre conseguem que as pessoas as sigam com mais facilidade, eu sei, sou horrível pra caralho. E o menino bonito Jungkook ali poderia apenas sentar lá e todos ficariam felizes.
— Ok, pare. Você está exagerando, isso está me irritando pra caralho. — Jungkook falou, tentando soar firme, mas não conseguiu esconder o rubor que se espalhava por suas bochechas.
— Desculpe, desculpe! — Diabo sorriu e piscou para Jimin, que ainda não tinha certeza de como se sentir sobre essa conversa, mas ver Jungkook corar era sempre fofo. Conhecendo Jungkook, ele tinha certeza que Diabo não estava exagerando muito.
— Kookie. — Ele disse baixinho para Jungkook, permitindo-se acariciar seu cabelo uma vez com um pequeno sorriso e o rubor de Jungkook se aprofundou.
— Não dê ouvidos a ele, ele está sempre tornando as coisas muito extremas. — Ele murmurou, mas Jimin balançou a cabeça.
— Eu aposto que ele está certo. Eles seriam idiotas se não flertasse com você.
Antes que Jungkook pudesse dizer qualquer coisa, eles infelizmente foram interrompidos por uma voz profunda, cheia de ódio mal disfarçado.
— Jeon. Você não veio me cumprimentar antes. É assim que você trata um velho amigo?
O rosto de Jungkook escureceu em um segundo quando ele se virou e olhou para Geto.
— Absolutamente não. Se você fosse um velho amigo, eu teria indo cumprimentá-lo.
Geto sorriu.
— Grosseiro. E eu estava tão ansioso para encontrá-lo novamente. — Ele cruzou os braços gigantescos sobre o peito gigantesco. — Você conseguiu um pequeno adicional desta vez, hein?
Jungkook ficou confuso, mas apenas por um momento. Ele se levantou da cadeira imediatamente, não tão alto quanto Geto, mas certamente igualmente intimidador.
— Se você tocar um fio de cabelo na cabeça dele, eu vou te matar.
— Relaxe, eu não vou machucá-lo, idiota. Nem mesmo se o pirralho me insultar. — Ele olhou para Jimin, que rapidamente fez uma careta para ele.
— O que quer que ele tenha dito para você, tenho certeza que você mereceu. — Jungkook não perdeu o ritmo, posicionando-se claramente entre Geto e Jimin. — Agora nos deixe em paz. Não quero nada com você, acho que já deixei isso mais do que claro. Já se passaram anos, Geto. É hora de deixar para lá, temos coisas mais importantes para focar.
Eles se encararam, nenhum dos dois recuando. Jimin mal podia ver o rosto de Geto, então ele curiosamente se inclinou para o lado para dar uma olhada melhor. Ele ficou surpreso ao encontrá-lo não zangado ou agressivo, apenas olhando para o rosto de Jungkook com uma expressão pensativa.
— Se você diz, Jeon. — Ele finalmente cedeu, ainda examinando o rosto de Jungkook antes de se virar com um último olhar para Jimin.
Ficou em silêncio quando Jungkook se sentou com um suspiro.
— Você falou com ele? — Ele perguntou a Jimin, com uma carranca no rosto.
— Ele veio cumprimentar Yoongi e conversou comigo também. Me desculpe, eu esqueci completamente de te contar sobre isso.
— O que ele disse? — Jungkook quis saber, ainda visivelmente tenso.
— Algumas coisas, mas está tudo bem, eu juro. — Jimin o assegurou, um pouco preocupado que Jungkook fosse encontrar Geto se ele contasse com mais detalhes o que o homem havia dito.
— Jimin, o que ele disse? — Jungkook repetiu, vendo através dele.
Jimin mordeu o lábio.
— Algo sobre, hum... Eu sendo seu brinquedo ou algo assim. Ele me chamou de agressivo, eu acho. Mas eu respondi! E então Yoongi interveio.
Jungkook não parecia nem um pouco calmo, mas eles foram mais uma vez interrompidos, desta vez por Krystal que encerrou oficialmente o almoço e disse a todos os líderes para se encontrarem na sala do conselho.
— Vamos conversar depois, tudo bem? — Jimin disse, sorrindo tranquilizadoramente para Jungkook. — Estou bem. Já lidei com coisas piores do que Geto. Concentre-se na reunião, não se preocupe comigo.
— Nós vamos cuidar dele, Jungkook! — Diabo anunciou, fazendo pouco para convencer Jungkook, mas quando Yoongi assentiu ele cedeu.
— Tome cuidado. — Jungkook disse a Jimin com um beijo na testa. — Eu vou te encontrar quando terminarmos.
— Vejo você mais tarde. — Jimin concordou e observou enquanto Jungkook seguia o resto dos líderes para fora do salão.
Todos os outros também se prepararam para sair, todos de bom humor depois de comer. Algumas pessoas sabiam exatamente para onde queriam ir, Jimin notou, outras ficavam em grupos ou permaneciam no refeitório antes de procurar outra coisa.
— O que você quer fazer? — Yoongi perguntou a Jimin enquanto Diabo tirava algumas coisas do bolso da calça e começava a enrolar um baseado. Saina se levantou bufando.
— Estarei por perto. — Ela disse e saiu com um último olhar infeliz para Diabo que não lhe deu atenção.
— Existe algo que você viu e que gostaria de fazer, Jimin-ah? — Yoongi perguntou. — Você pode escolher. Posso ficar com você o tempo que quiser.
— Você não precisa ficar comigo o tempo todo. — Jimin rapidamente o assegurou. — Não quero impedi-lo de se divertir e conversar com seus amigos.
— Eu posso ficar com ele! — Diabo disse, fumando seu baseado.
— De jeito nenhum, você só vai tentar deixá-lo chapado.
— E o que há de errado com isso, Suuuga?!
— Venha, vamos. — Yoongi se levantou e Jimin o seguiu apressadamente.
— Grosseiro! — Diabo os chamou e Jimin se virou por um segundo para acenar se desculpando com ele, mas Yoongi o puxou para longe.
— Ele vai ficar bem, não vai levar para o lado pessoal. De qualquer forma, para onde você quer ir?
[...]
Depois que Jimin superou seu nervosismo inicial, começou a se divertir genuinamente. No início, ele manteve-se queto, observando os outros e pairando ao redor de Yoongi enquanto esse falava com as pessoas. Jimin tomou uma taça de vinho que acalmou seus nervos e assim teve coragem de perguntar a três pessoas se ele poderia participar do jogo de cartas. Eles não jogavam por dinheiro, o que acabou sendo uma coisa muito boa porque Jimin perdia repetidamente. Mas as pessoas com quem ele jogava eram legais e simplesmente o aceitaram em seu jogo sem olhares estranhos ou perguntas.
No resto do dia manteve-se entretido com jogos e bebidas e ouvindo música, até dançando um pouco com Saina e Amita. Ele se divertiu, para sua própria surpresa.
Quando a noite se aproximava, Jimin finalmente foi para a sala de xadrez. Ele adorava xadrez, jogava com seus pais enquanto crescia e também era bastante bom nisso. Ele estava confiante quando se sentou em frente ao seu primeiro adversário, um jovem de cabelos compridos, para jogar sua primeira partida.
Foi uma vitória fácil para ele que surpreendeu tanto seu oponente quanto as pessoas ao seu redor que estavam assistindo. Para alívio de Jimin, o homem não estava zangado com a derrota, apenas apertou suas mãos com uma cara surpresa e disse:
— Bom jogo. Eu subestimei você.
— Sim, as pessoas tendem a fazer isso. — Jimin disse, apertando sua mão com um sorriso tímido.
Ele venceu seu próximo oponente também, e o próximo, e o próximo. A essa altura, uma grande multidão havia se formado ao redor de sua mesa, assistindo a seus jogos com crescente interesse e apreciação. Jimin ficou um pouco surpreso com a atenção, mas os elogios o deixava muito feliz. Ele sabia que estava corando o tempo todo, às vezes se remexendo na cadeira, mas se manteve concentrado e, o mais importante, se divertiu muito.
Jimin venceu a quinta pessoa e olhou em volta para verificar se alguém queria jogar contra ele, quando seus olhos encontraram Geto e seu coração disparou. O homem estava encostado na parede perto da porta, Jimin não tinha ideia de quanto tempo ele estava ali, e o observava com um brilho nos olhos e um pequeno sorriso que o assustou pra caralho.
Jimin olhou em volta novamente, desta vez esperando encontrar Yoongi na multidão de pessoas ao seu redor, mas Yoongi não estava em lugar nenhum.
Jimin estava prestes a se desculpar e sair da sala sem se meter em problemas quando ouviu uma voz profunda atrás dele.
— Então você é realmente bom em alguma coisa, hein. A escória nobre não é um fracasso completo, que surpresa. Que tal você jogar uma rodada contra mim?
Jimin se virou, olhando para Geto, que estava muito mais perto do que antes. As pessoas ao seu redor se afastaram para deixá-lo caminhar em direção a Jimin. Tanto para não se meter em encrenca.
— Porra. — Ele rosnou para Geto, não com vontade de bancar o bonzinho. — Me deixe em paz.
Geto soltou uma gargalhada única e alta.
— Ah! Claro que você não ousaria jogar contra mim, eu deveria saber. Que bobagem minha esperar qualquer outra coisa de você, bochechas de bebê. Bem, é bom que você se submeta quando se depara com alguém superior.
O sangue de Jimin estava fervendo. Ele sabia exatamente que Geto estava apenas provocando ele, que ele não deveria deixar isso chegar até ele, mas as pessoas ao seu redor tinham ouvido tudo e ele realmente, realmente não queria deixar Geto ganhar isso.
— Eu poderia jogar contra você. — Jimin disse antes que pudesse se conter, com as mãos em punho. — Você é apenas um pedaço de merda e eu não quero nada com você.
Geto ergueu as sobrancelhas. A sala ficou estranhamente silenciosa de repente.
— Você é um pouco corajoso demais, bochechas de bebê. Está beirando a estupidez. Mas tudo bem, pegue sua pequena desculpa e vá embora. Eu certamente não vou forçá-lo a jogar contra mim. Mas se você não jogar, vou ter que presumir que você sabe muito bem que não é bom o suficiente para ir contra mim. Se você sair agora, eu automaticamente ganhei, Pequeno Príncipe.
Jimin não se mexeu. Ele estava ciente de que sua respiração estava rápida e seus punhos tremiam levemente ao lado dele.
Apenas Jungkook era autorizado a chamá-lo assim. Parecia errado quando Geto disse isso, completamente errado. Jimin queria socá-lo.
— Eu vou jogar. — Ele pressionou, enviando a Geto o melhor olhar mortal que ele poderia reunir e sentou-se. — Venha, sente-se já, idiota. Você conseguiu o que queria, agora se apresse.
— Claro, Alteza. — O homem respondeu zombeteiramente, sentando-se em frente a Jimin e sorrindo para ele enquanto Jimin preparava o tabuleiro de xadrez.
Ele tinha que se acalmar, Jimin sabia, tinha que colocar sua raiva de lado e apenas vencer o homem.
— Pelo que estamos jogando? — Geto perguntou e Jimin franziu a testa.
— O que? Nada. Eu não tenho nenhum dinheiro comigo agora.
— Não precisa ser dinheiro, mas o vencedor precisa ganhar alguma coisa. — Geto insistiu. — Se você ganhar, vou deixar você e Jungkook em paz pelos próximos dias. Vou ficar o mais longe possível de você.
Jimin hesitou. Ele tinha a sensação de que não gostaria de onde isso estava indo.
— E se você ganhar?
— Se eu ganhar... — Geto recostou-se na cadeira, olhando para o teto como se estivesse imerso em pensamentos. — Se eu ganhar, ganho um beijo seu.
Jimin levou vários segundos para trabalhar com essas palavras.
— Que porra?! Absolutamente não.
Geto sorriu.
— Você não está muito confiante em suas próprias habilidades afinal, hein? Tem certeza que quer jogar, bochechinha?
— Estamos jogando. — Jimin sibilou. — Mas você não vai ganhar um beijo meu.
— Então você vai ter que vencer. Ou é um beijo ou não estamos jogando. — Geto deu de ombros e recostou-se na cadeira, muito presunçoso para o gosto de Jimin.
Jimin podia sentir seu coração bater violentamente em seu peito enquanto considerava o que fazer.
Em hipótese alguma ele queria beijar Geto. O pensamento por si só o fez estremecer de desgosto, sem mencionar que isso deixaria Jungkook chateado.
Por outro lado, Jimin queria que Geto deixasse ele e Jungkook em paz. Ele não sabia o quão bom Geto era, quanto tempo ele o assistiu jogar, mas ele tinha alguma confiança em suas próprias habilidades.
E ele não podia mais recuar. A multidão ao redor deles já estava animada para a partida e mais e mais pessoas se juntavam.
— Vamos, Príncipe! — Alguém gritou. — Não seja covarde.
Alguns outros se juntaram até que a maioria deles estivesse cantando o nome de Jimin.
Cerrando os dentes, Jimin assentiu.
O sorriso de Geto ficou impossivelmente mais largo, mostrando os dentes e fazendo-o parecer absolutamente aterrorizante.
— Vamos começar.
CONTINUE ☾ ◌ ○ °•
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Krystal é um Jeon também, se é que isso não ficou óbvio, com a tal semelhança. Eles não sabem, e isso não é muito relevante para a história, mas existem Jeons e Mins espalhados por todo o país, a maioria deles sem nem saber o nome como Krystal, que não sabe o verdadeiro nome dela. Eles não estão intimamente relacionados, ou seja, não são irmãos, mas são próximos o suficiente para Jimin notar uma semelhança, como primos de segundo grau ou algo assim.
E sobre a aposta, quem acha que vai ganhar? Estou com medo de Jimin perder. Eu odeio pessoas que são influenciadas. Sou muito cabeça firme e pé no chão. Odeio ser pressionada a fazer algo que não quero e me torno ignorante e grossa. Mas Jimin cedeu e vamos torcer para ele vencer. Vamos descobrir....
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