Chapter Six
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Jimin ajudou o lider da rebelião, Jungkook a fugir e também libertou o prisioneiro Taehyung e Seokjin. Qual a consequência para toda essa confusão? Vamos descobrir.
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Quando Jimin voltou para casa, todos estavam, obviamente, em pânico e furiosos com o rebelde desaparecido. Eles presumiram que Taehyung e Seokjin deveriam ter feito parte da rebelião e seu líder veio para libertá-los. Felizmente para Jimin, a opção de que um nobre e muito menos uma realeza os libertasse era absurda demais para eles considerarem. Em vez disso, todos acreditavam que Jeon Jungkook os havia deixado capturá-lo de propósito apenas para libertar dois de seus homens, provavelmente com a ajuda de alguns membros da equipe plebeia.
Os quatro soldados que guardavam as masmorras tiveram que deixar o exército por falharem em seu trabalho e Jimin se sentiu muito mal com isso, e todos os plebeus foram interrogados minuciosamente, embora sem violência para o imenso alívio de Jimin, mas eles não conseguiram encontrar ninguém que fosse mesmo o minimamente suspeito. Claro que não, eram todos inocentes,
Sem sequer ter que pedir, Sora e Jonghyun garantiram a todos que perguntaram que Jimin esteve com eles a noite inteira. Jimin sabia que seus pais sabiam, pelo jeito que eles trocaram olhares depois que ele voltou para casa, com os sapatos sujos e ainda de uniforme de cabo. Era bastante óbvio que ele estava tramando alguma merda, mas eles não disseram uma palavra. E é claro que Baekhyun sabia.
Jimin lavou o uniforme na mesma noite e o devolveu no dia seguinte. Eles não falaram muito. Jimin apenas entregou a ele as roupas dobradas e Baekhyun pegou, claramente lutando para dizer algo. Apenas quando Jimin estava quase saindo da sala que ele o chamou de volta.
— Eu não vou esquecer isso, Jimin. — Ele disse com uma voz tão séria que Jimin quase se assustou. — Do fundo do meu coração, obrigado por salvar a vida do meu filho. Se precisar de alguma coisa, basta pedir.
— Obrigado. — Jimin gaguejou. — Mas ele é meu melhor amigo. Eu fiz isso por mim mais do que por você.
— Eu sei. Mas ele é meu filho, minha responsabilidade, e você assumiu quando eu falhei em ajudá-lo. Por isso eu te agradeço.
Foi o encontro mais estranho que ele já teve com Baekhyun e, depois disso, o relacionamento deles mudou. Por algum estranho capricho do universo, o pai de Jimin e o pai de Taehyung se tornaram parceiros no crime, ambos ficando em silêncio sempre que o assunto da fuga surgia, às vezes trocando olhares, muito conscientes de que eram as únicas pessoas que realmente sabiam o que havia acontecido.
Os militares não tinham a menor ideia. Eles não sabiam como Jungkook saiu da sala, como ele entrou nas masmorras, como ele saiu das masmorras, como ele saiu de Golden Hills, nada. Eles procuraram por ele em toda a ala, várias vezes, até procurando nas casas dos nobres, mas nenhum sinal de nenhum deles. Ninguém os tinha visto.
Apenas dois problemas permaneceram para Jimin. O primeiro foi resolvido com bastante facilidade.
— Por favor, não conte a ninguém sobre isso, Juhee. — Jimin pediu a ela, fingindo estar envergonhado. — Foi uma aventura, mas na verdade eu deveria cortejar Son Nayeon. Nós deveríamos nos casar. Eu realmente estaria em apuros se ela descobrisse que eu estava com outra pessoa.
Juhee suspirou dramaticamente.
— Tudo bem. Nunca te vi naquele arbusto. Mas você tem que me prometer que vai me ajudar com minhas tarefas.
— Combinado. — Jimin disse facilmente, aliviado.
O outro problema não foi tão fácil de resolver.
Os soldados plebeus deixaram Golden Hills depois de serem interrogados. Eles não sabiam o nome de Jimin, mal sabiam como ele era já que ele cobriu o cabelo e, portanto, não podiam ajudá-los na investigação. Tudo o que puderam dizer foi que um cabo esteve com Jungkook, causando um alvoroço.
(JImin é o único loiro.)
Mesmo assim, todos os cabos foram investigados. Um beco sem saída. Eles foram mandados embora, nenhuma ameaça para Jimin, mas...
... havia mais um soldado: o guarda em frente à porta da prisão onde Jungkook esteve.
Ele relutantemente disse aos investigadores que o rebelde mais procurado em todo o país havia sido libertado por ninguém menos que o filho de Lee Wonwoo, mas isso obviamente foi rapidamente provado falso. O soldado foi punido, mas não tão severamente quanto o soldado plebeu, é claro, o que significava que ele ainda estava em Golden Hills. Ou seja, Jimin poderia encontrá-lo novamente. Ou seja, o soldado poderia reconhecê-lo.
Isso levou Jimin a ficar extremamente paranóico. Ele mal saía do quarto. Ele até faltou algumas de suas aulas. Quando saía, ou pelo menos quando ia a lugares onde os militares estavam presentes, ele usava roupas que cobriam o rosto o máximo possível. Enquanto o tempo estava ruim, estava bom, mas Jimin estava realmente preocupado com o verão iminente.
Só para adicionar outra camada de estresse, ele agora estava mais ocupado do que nunca. A temporada de namoro havia começado, o que significava que agora era esperado que ele e Nayeon se encontrassem pelo menos uma vez por semana para encontros, escrevesse cartas, dessem presentes um ao outro, especialmente aqueles feitos por eles mesmos, como refeições ou poemas escritos por eles mesmos, toda essa porcaria. Era para ser o momento em que eles se conheceriam e, esperançosamente, se tornariam amigos antes de se casarem.
Jimin obedeceu, não fazendo mais do que absolutamente necessário, e frequentemente pedia ajuda a Sora, Jonghyun ou até mesmo a Namjoon, que não passava de um gênio quando se tratava de poesia.
Mas na maioria das vezes quando ele estava com Namjoon, cortejar era a última coisa em sua mente.
Alguns dias depois da Grande Fuga, os militares mudaram de estratégia e agora tentavam abafar o fato de que Jeon Jungkook escapou por entre seus dedos. Não só pela humilhação, mas também por medo da Rainha. De repente, ninguém mais podia falar sobre o assunto e a imprensa era paga para ficar em silêncio. A única coisa que mudou foi a segurança aprimorada nas Muralhas Douradas; sem um mandado oficial, agora não era permitido sair ou entrar em Golden Hills. Então, quando as coisas lentamente começaram a se acalmar novamente, Jimin visitou Namjoon novamente.
— Namjoon. — Ele cutucou o ombro do bibliotecário para chamar sua atenção.
Namjoon se virou para Jimin, então rapidamente olhou em volta para verificar se havia mais alguém ali antes de murmurar:
— Siga-me.
Ele levou Jimin a uma porta nos fundos da biblioteca, abrindo para um corredor estreito com uma porta no final, um pequeno apartamento atrás dela. Realmente não era nada de especial, o que era reforçado pelo forte contraste entre ele e o resto da glamorosa biblioteca. Mas era aconchegante e combinava com Namjoon de certa forma. Havia muitas plantas, muitos livros, tudo em cores quentes e suaves como laranja e marrom, era limpo e os móveis, embora definitivamente não fossem novos, ainda estavam em bom estado. Jimin gostou.
— Sente-se, Jimin, vou fazer um chá. Tenha cuidado com as plantas. Não toque nela, de preferência. — Namjoon acenou com a cabeça em direção ao sofá e Jimin se sentou, um pouco surpreso com o quão diferente Namjoon se comportava. Ele sempre foi um pouco reservado, deixando Jimin perto o suficiente para se tornarem amigos, mas não o suficiente para fazê-los esquecer que apenas um deles era nobre. Pelo contrário, o uso de títulos honoríficos e o tom com que falava com ele sempre foram apropriados para a diferença de seus status, Namjoon sempre foi amigável, mas não muito amigável. Era uma barreira que Jimin assumiu ser impossível para o homem quebrar, não importava o quê.
Jimin ficou agradavelmente confuso com a mudança repentina de Namjoon, dizendo-lhe o que fazer, chamando-o pelo nome, sem honoríficos. Ele lembrou-se que Namjoon também abandonou os títulos honoríficos ao ajudá-lo em seu ataque de pânico. Jimin esperava que a mudança fosse permanente.
— Então. — Namjoon sentou ao lado dele e colocou duas xícaras e um bule na mesa. — Você tem muito a me dizer.
— Sim. — Jimin engoliu em seco. Ele não esperava que Namjoon fosse tão direto. Então, contou-lhe tudo sem hesitar. Ele confiava em Namjoon e realmente precisava de sua ajuda. — Então, para concluir, quero descobrir se ele está certo. — Jimin finalmente terminou sua história.
Namjoon ficou em silêncio por pelo menos um minuto, tomando seu chá, olhando pela janela. Jimin ficava cada vez mais nervoso a cada segundo.
— Algumas semanas atrás, você me perguntou como vim trabalhar aqui. Deixe-me dizer-lhe como.
— Oh! Tudo bem, claro. — Isso não era o que Jimin esperava, mas ele aceitaria de bom grado.
— Alguns anos atrás... já devem fazer seis anos... eu trabalhava em uma livraria nos arredores de Silver Hills. Você já esteve fora de Golden Hills, Jimin?
— Não. — Jimin respondeu, um pouco envergonhado com isso. Ele realmente não sabia nada sobre o mundo.
— A cidade é essencialmente dividida em três áreas diferentes. Você provavelmente conhece Silver Hills. É lá que moram os plebeus ricos, os médicos que até os nobres vão, os padres, os artistas bem-sucedidos, os plebeus de maior patente militar, alguns comerciantes... especialmente porque os nobres também passam muito tempo lá, a polícia se concentra principalmente nessa área. Começa logo atrás da entrada oeste de Golden Hills.
Namjoon continuou.
— Depois, há o Black Valley no sudeste. Lá vivem os mais pobres dos pobres, ladrões, assassinos, prostitutas, falsificadores, os piores dos piores. Se você entrar em Black Valley, há uma boa chance de ser roubado, estuprado e morto. As pessoas nascidas lá precisam se tornar criminosas para sobreviver. A maioria deles nunca consegue sair de lá.
— Sim, as pessoas costumavam nos contar histórias de terror sobre Black Valley.
— É um lugar cruel e escuro. Mas quero que você perceba que sua crueldade nasceu do desespero, não da maldade. A maioria das pessoas lá dentro merece sua pena e não sua raiva. — Namjoon afirmou com um tom de tristeza em sua voz antes de voltar para sua história. — De qualquer maneira. O resto da cidade é chamado de Gray Areas. Eles são para as pessoas que são pobres, mas com dinheiro o suficiente para viver. Ferreiros, padeiros, sapateiros, encadernadores, açougueiros, alfaiates... todo tipo de artesão. Alguns moleiros e pescadores além do rio Elpis. É de onde eu sou.
De repente Namjoon levantou-se e alguns segundos depois voltou com um mapa da cidade, espalhando-o sobre a mesa.
— Foi onde eu cresci com meus pais. — Ele apontou para um ponto não muito longe da área marcada como Silver Hills. — Não tenho irmãos. Minha mãe é enfermeira, trabalhava em um hospital em Silver Hills, meu pai é professor. Ele me ensinou muitas coisas além do que aprendi na escola, muito mais do que o plebeu médio aprende. Aos dezesseis anos, comecei a trabalhar em uma livraria. O nome da proprietária era Choi Danbi. Ela era adorável, uma velha amiga da família. Muito direta, às vezes brutalmente honesta, se necessário, mas ela tinha um coração de ouro e era a pessoa mais inteligente que já conheci. Eu a amava, adorava trabalhar com ela, aprender com ela quando meu pai não podia me ensinar mais nada. Eu deveria assumir a livraria em algum momento. Mas um dia, cerca de seis anos atrás, quatro homens tentaram roubá-la. Eu estava indo para lá, mas quando cheguei e vi o que estava acontecendo ela já estava ferida. Mas, por coincidência, havia uma patrulha militar perto o suficiente para ouvir os gritos. Eles chegaram, três caras. Enquanto eu ajudava Danbi com seus ferimentos, a patrulha tentou prender os assaltantes, mas um dos soldados era extremamente jovem e inexperiente, então não demorou muito para que um dos assaltantes o encurralasse e estava prestes a matá-lo. Então me levantei, peguei um livro enorme e enfiei na cabeça dele para nocauteá-lo.
Descobri que o garoto que salvei não era outro senão Lee Changbin, filho de Lee Wonwoo. Para mostrar sua gratidão, Lee Wonwoo me deu permissão para trabalhar na Golden Library e morar em Golden Hills.
— E você aceitou? — Jimin perguntou confuso. Parecia que Namjoon estava muito feliz na livraria.
— Eu realmente não tive escolha. — Namjoon bufou. — Teria sido ultrajante se eu não tivesse aceitado a oferta dele.
— Eu vejo. — Jimin assentiu. — Eu realmente sinto muito.
— Obrigado, Jimin. — Namjoon disse, sorrindo suavemente. — Mas não foi seu erro para pedir desculpas. Em vez disso, gostaria de um pedido de desculpas pelo que você realmente fez.
— O que eu fiz? — Jimin perguntou, engolindo nervosamente.
— Nada. Obviamente você não sabia da minha situação, quero dizer em geral. Até onde eu sei, você nunca foi cruel ou mesquinho com um plebeu, mas você jogou junto todos esses anos, deixando tudo acontecer, sem se preocupar em perguntar por que ou se é bom, do jeito que está funcionando. Jeon Jungkook está certo, Jimin, pelo menos até certo ponto. Nenhuma objeção, neste caso, significa apoio silencioso. O sistema como o conhecemos com toda a sua opressão depende da aceitação das pessoas, da falta de resistência. Você esteve separado disso toda a sua vida.
Eles se olharam por um segundo enquanto Jimin tentava encontrar as palavras certas para expressar sua sinceridade.
— Sinto muito. — Ele finalmente começou. — Me desculpe por todas as vezes que deveria ter te defendido e não fiz, por todo preconceito que tive e provavelmente ainda tenho, embora eu queira fazer melhor. Sinto muito por fazer minha parte para manter um sistema como este vivo.
Namjoon sorriu novamente, quase sorrindo.
— Obrigado. — Ele se inclinou para frente para dar um tapinha em seu ombro. — Agora, em coisas diferentes. Você provavelmente está se perguntando por que contei toda essa história de como cheguei aqui.
— Bem, quero dizer, eu gostaria de saber essa história independentemente da situação. Mas sim, mais ou menos.
— Choi Danbi tem uma boa livraria. Mas o que é muito mais importante é o que está por baixo. — Namjoon se levantou novamente para pegar um livro realmente grande e colocou sobre a mesa.
— Um livro? — Jimin franziu a testa.
— Não. Bem, sim. Uma biblioteca muito pequena. Mas os livros lá... você não poderia encontrá-los em nenhum outro lugar em Renity.
— Nem mesmo na Biblioteca Dourada?
— Nem na Biblioteca Dourada. Esses livros são velhos, alguns deles com muitos séculos, alguns deles escritos à mão em vez de impressos ou em línguas que quase ninguém fala mais. Eram livros que iam desde antes do Império Adecy até algumas centenas de anos atrás. Eles contavam histórias pelas quais você poderia ser morto se as lesse em voz alta. Ela arriscou a vida ao mantê-los. — Namjoon bateu no livro. — Este foi o único que pude trazer comigo. Há mais alguns lá embaixo, eu li a maioria deles. Eles têm algumas respostas.
— Isso é ótimo, mas quais são as perguntas? — Jimin perguntou, abrindo cuidadosamente o livro.
Namjoon riu.
— Você nunca se perguntou como chegamos aqui?
Jimin parou seus movimentos.
— Eu... quero dizer, um pouco.
— Bem, acho que os livros na biblioteca escondida de Choi Danbi podem nos contar mais sobre este país e como ele surgiu. Este livro é um bom começo embora. Eu peguei porque era o meu favorito. Conta histórias sobre as culturas e povos anteriores ao Império Adecy, embora não diga como eles terminaram. Você deveria ler.
— Eu irei agradece-lo. — Jimin fechou o livro novamente. — Sobre a biblioteca escondida. Você está dizendo o que eu acho que você está dizendo?
— Se você acha que estou dizendo que devemos ir até a livraria antiga para que você possa dar uma olhada nos livros, então sim. — Namjoon disse secamente.
Jimin pensou por um momento.
— Eu não acho que teremos que fugir. Posso conseguir um mandado. Afinal, sou um príncipe.
— Muito bem. Mas não acho que você deva dizer às pessoas para onde estamos indo, só para garantir.
— Concordo. Então, quando devemos ir? Amanhã? — Jimin de repente estava realmente ansioso para descobrir mais o mais rápido possível.
Namjoon ergueu as sobrancelhas.
— Tudo bem por mim. Quando e onde devemos nos encontrar?
— Você conhece o restaurante chamado “Tinted Hill”?
— Ah com certeza. Como eu não poderia?
— Tudo bem, na frente de “Tinted Hill” às duas da tarde. — Jimin sugeriu.
— “Tinted Hill”, duas da tarde. — Namjoon concordou.
Jimin saiu logo depois, tonto de excitação e nervosismo. Agora ele só tinha que conseguir aquele mandado.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Jimin está mergulhando de cabeça na história dos plebeus o que ele vai descobrir? E o que ele fara depois? Vamos descobrir em breve.
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