Chapter Forty Three

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Estão ansiosos né? Eu também. Então vamos à leitura. Hihihihi
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Anteriormente: A espada desapareceu da linha de visão de Jimin quando ela a segurou acima de sua cabeça e Jimin fechou os olhos e tentou levar o segundo restante de sua vida para aceitar a morte.

Um tiro ecoou pela arena, incrivelmente alto no silêncio.

Jimin abriu os olhos.

A espada caiu no chão ao lado dele em vez de cair em seu pescoço. E um segundo depois a Rainha a seguiu, tropeçando, caindo de joelhos e depois desabando completamente, bem ao lado dele. Jimin podia ver a mancha de sangue crescendo em seu peito onde a bala a atingiu e a viu lutando por mais alguns segundos, toda a arena ainda capturada por um silêncio ensurdecedor, antes dela morrer sem cerimônia, bem na frente dele.

Todos e tudo, incluindo Jimin, pareciam estar congelados no tempo. Ninguém parecia entender o que havia acontecido.

Jimin encarou a Rainha, seu ódio se foi com a morte dela. O rosto dela estava virado para ele, e talvez ele estivesse imaginando, mas ele pensou que os olhos dela não pareciam mais os olhos de uma pessoa louca. Talvez fosse assim que os olhos dos mortos pareciam, mas talvez a influência da coroa tivesse acabado com sua vida. Ele se perguntou como era Park Neri antes de enlouquecer, se ela teria sido uma boa pessoa. Se talvez, apesar de ser a razão de tudo isso, ela foi tão vítima da Coroa da Adecy quanto todos os outros, sobrecarregada com seu peso quando mal era adulta.

Não que isso importasse mais.

A mão em seu cabelo desapareceu, dando a Jimin a chance de levantar a cabeça e procurar a pessoa que o havia feito. Seu cérebro congelou mais uma vez quando viu Baekhyun parado ao lado de seus pais, uma arma ainda apontada, seu rosto chocado como se ele também não pudesse acreditar no que tinha feito.

Foi nesse momento que os gritos começaram, e com o primeiro grito todos os outros de repente acordaram e o pânico tomou conta dos nobres, todos eles lutando para sair da arena onde sua Rainha acabara de ser assassinada. O caos tomou conta, apagando toda ordem e lógica enquanto todos tentavam sair o mais rápido possível. Mas apenas alguns segundos depois as pessoas começaram a correr de volta para dentro, o medo distorcendo seus rostos por um motivo diferente.

- Os rebeldes estão aqui! - Alguém gritou perto de Jimin, suas palavras ecoando claramente em toda a arena sobre o pânico, e para imenso alívio de Jimin, ele avistou Jungkook, correndo com uma tropa de rebeldes atrás dele. Por todas as quatro portas os rebeldes estavam entrando, alguns deles já feridos depois de lutar contra soldados em outras partes de Golden Hills.

Jimin sussurrou o nome de Jungkook e, embora fosse impossível para Jungkook ouvi-lo, ele olhou para cima e o encontrou no topo. Esquecendo-se temporariamente de que suas mãos ainda estavam amarradas nas costas, Jimin tentou acenar para ele em uma onda espontânea de felicidade que parecia um pouco deslocada, mas Jungkook entendeu a mensagem, sorrindo para ele apenas para que seu sorriso se transformasse em uma carranca. quando notou o corpo ao lado de Jimin.

Lee Wonwoo sumiu, Jimin notou agora, e Baekhyun também. Jimin esperava que os militares estivessem muito ocupados lutando contra os rebeldes, ocupados demais para vir atrás dele (JM), então tentou se levantar sem a ajuda de suas mãos.

- Jimin-ah! - Yuna estava soluçando quando se ajoelhou ao lado dele, puxando-o para um abraço. Minho também estava alí, ajoelhando-se atrás dele para libertar seus pulsos da corda.

- Meu filho. - Jimin podia ouvi-lo sussurrar, a voz rouca de tanto chorar.

- Mãe, pai, me desculpe. - Jimin falou, lágrimas enchendo seus olhos também quando finalmente se reuniu com eles.

- Não diga mais nada. - Yuna ordenou imediatamente, ainda segurando-o com força. - Não há necessidade de se desculpar, Jimin-ah.

- Estamos muito orgulhosos de você. - Minho resmungou, as mãos de Jimin finalmente livres.

Ouvir essas palavras fez Jimin esquecer em que situação eles estavam. Ele começou a chorar tanto quanto eles, segurando os dois perto.

- Obrigado, obrigado. - Jimin soluçou, incapaz de recuperar a compostura por alguns segundos, mas sabia que seus pais tinham que sair daqui. - Você precisa ir para algum lugar e se esconder. - Ele disse a eles entre soluços.

- Você também. Você não vai ficar aqui. - Yuna respondeu, levantando-se e puxando Jimin com ela.

-Eu... eu tenho que ficar aqui em cima. - Partiu o coração de Jimin ver a percepção surgir nas feições de seus pais. - Meu trabalho ainda não acabou.

- Então nós também ficaremos. - Minho parecia resoluto, mas Jimin balançou a cabeça.

- Por favor, não. Se você estiver aqui, não tenho certeza se poderei fazer o que tenho que fazer.

- Não faça isso, Jimin-ah. - Minho agarrou seu rosto com as mãos, o desespero tornando seu aperto mais forte do que o necessário. - Seja o que for que você acha que tem que fazer, não faça. Fique em segurança, conosco. Eles vão ficar bem sem você.

- Não. - Jimin puxou suavemente as mãos de seu pai para longe dele. - Tem que ser eu. E está tudo bem. Eu sei há muito tempo.

- Deus, por que você tem que ser tão teimoso! - Yuna gritou, abraçando Jimin mais uma vez.

- Jimin. - Minho recomeçou, a dor clara em seu rosto e em sua voz. - Tem tantas coisas que preciso te contar, coisas que talvez eu devesse ter te contado antes... sobre essa família...

- Eu sei. - Jimin o interrompeu com um pequeno sorriso e os olhos de Minho se arregalaram. Yuna ficou tão surpresa que parou de chorar por um segundo. - Eu encontrei meu primo. Finalmente um membro da família com quem me dou bem. - Ele brincou e seus pais soltaram uma mistura de riso e soluço.

Então Yuna agarrou sua nuca, olhando para ele com determinação feroz.

- Você é meu filho. Posso não ter dado à luz a você, mas criei você como meu filho.

- Eu sou seu filho. - Jimin repetiu, mantendo contato visual e novas lágrimas escorreram por suas bochechas.

Tiros interromperam o momento e os três se encolheram, mas não foram direcionados a eles. Ainda assim, Jimin olhou para baixo preocupado.

Novos soldados chegaram com mais armas de fogo. Seu corpo gelou quando ele percebeu que os rebeldes estavam em menor número agora, o elemento surpresa havia desaparecido e eles não tinham armas como os militares. Suas chances de vitória diminuíram significativamente e ele se encolheu novamente quando mais tiros ecoaram pela arena.

Enquanto ele conversava com seus pais, a situação na arena se desenvolveu em uma batalha completa. A maioria dos nobres tentava encontrar um lugar seguro nas filas de assentos, alguns ainda tentavam abrir caminho para uma porta para escapar. Para alívio de Jimin, os rebeldes não atacavam os nobres desarmados, apenas lutavam com os soldados presentes.

Ele não tinha ideia de qual era a situação do lado dos rebeldes. Eles planejaram abrir os Golden Gates, isso já aconteceu? Todo mundo já estava ali? Ele não tinha visto Yoongi em lugar nenhum e havia perdido Jungkook de vista, mas isso não era de se estranhar no caos violento em que a arena se transformara.

Voltando-se para seus pais, ele disse apressadamente:

- Por favor, tentem ficar em segurança agora. Prometo que podemos conversar mais tarde. Eu não planejo morrer.

A promessa não significava nada. Havia uma boa chance de quebrá-la, e ele sabia que seus pais sabiam, mas eles concordaram.

- Então conversaremos mais tarde. - Disse Minho. - E podemos repreendê-lo por fugir.

- Sim, exatamente. - Jimin concordou e o sorriso em seu rosto era honesto. Ele acompanhou seus pais até a escada que descia e os observou enquanto eles saíam e ele tinha que ficar. Este era o lugar onde ele deveria estar. Ele só tinha que esperar por Yoongi.

A luta ficou cada vez mais alta ao seu redor. A essa altura, ele era a única pessoa que restava no palco, apenas ele e o cadáver da rainha. Ele não queria ficar perto dela, então ficou perto da escada.

Nada em sua vida havia sido tão frustrante quanto ter que assistir todo mundo lutando por suas vidas enquanto ele tinha que esperar e não fazer nada. Ele avistou Krystal, que liderava um grupo entrando em Golden Hills através do rio Elpis, em uma linha do meio não muito longe, onde ela estava lutando contra três guardas ao mesmo tempo e vencendo facilmente antes de correr para o final da linha. Jimin virou a cabeça e viu Saina e Amita lutarem contra dois soldados cada, e ficou aliviado quando elas também pareciam estar vencendo com facilidade.

Eles se cumprimentaram quando terminaram, sorrindo brilhantemente, e Jimin suspirou de alívio, prestes a se virar, quando avistou um soldado subindo algumas fileiras abaixo deles, um rifle em suas mãos trêmulas.

- DESÇA! - O grito saindo dos pulmões de Jimin nem soava como sua voz, mas era tarde demais. Tiros estavam abafando seu grito e ele só podia assistir impotente enquanto Amita e Saina eram atingidas. Ele não podia ver se elas foram atingidos mortalmente, mas a maneira como as duas caíram no chão e não se moveram lhe disse o suficiente.

Havia uma coisa que Jimin estava começando a aprender, era que às vezes morrer não era um evento tão grande quanto tinha sido em sua cabeça. De um momento para outro, apenas um segundo, você pode ir da vida à morte. Simplesmente acontecia. A morte nem sempre era dramática e certamente nem sempre era pacífica, mas às vezes acontecia quase como se fosse algo trivial. Como se aqueles dois tiros não tivessem acabado de matar duas pessoas com desejos, sonhos, medos, expectativas, esperanças. Coisas que planejaram fazer, coisas que queriam experimentar, projetos inacabados e ideias que nunca se tornariam mais nada.

Jimin não percebeu que havia caído de joelhos até sentir a dor de cair, os olhos ainda fixos nos corpos imóveis de suas amigas, e se perguntou quantos mais já haviam morrido assim, morreram como se suas vidas fossem apenas um questão lateral menor.

O tempo parecia ter parado mais uma vez. Jimin notou na parte de trás de sua cabeça que ele era o alvo perfeito para outro tiro, e provavelmente foi pura sorte que ninguém tivesse tido tempo de atirar nele ainda, mas seu corpo não respondeu.

Apenas passos subindo as escadas o tiraram de seu transe e ele rapidamente se levantou. Esperançosamente, seria Yoongi trazendo a coroa para ele para que ele pudesse acabar com isso, mas para seu choque era Lee Wonwoo, correndo escada acima com sangue no rosto e nas mãos, o rosto distorcido em uma careta de raiva e fúria, e Jimin olhou em volta freneticamente para encontrar um lugar para se esconder antes de acelerar para o conjunto de assentos reservados para a família Park. Ele não podia se esconder adequadamente lá, Wonwoo iria encontrá-lo imediatamente, mas ele não podia simplesmente ficar parado e esperar até o homem chegar até ele, então pulou para trás de um assento e se encolheu.

Jimin não podia ver ou ouvir nada e não se atreveu a espiar sobre o assento, então apenas ficou abaixado e esperou pelo melhor, sabendo muito bem que a chance de Wonwoo apenas se virar e sair era basicamente inexistente.

- Park Jimin. - A voz de Wonwoo era assustadoramente calma e muito próxima. Jimin entrou em pânico e começou a rastejar para longe da voz, mas era tarde demais. - PARK JIMIN! - Agora sua voz era o oposto, tão alta que quase doía quando as palavras ressoaram pela arena. Jimin ainda não podia vê-lo, mas ele decidiu que estar de joelhos era uma posição bastante infeliz no momento, então se levantou e começou a correr pela fileira, longe de onde ele achava que Wonwoo deveria estar.

Ele sabia que havia sido visto quando Wonwoo gritou outra coisa que ele não entendeu e um segundo depois uma bala destruiu um assento dois metros à frente dele. Jimin gritou, madeira e almofada voando pelo ar, e se virou para correr de volta. Quando se virou, ele finalmente viu Wonwoo caminhando em sua direção, segurando uma arma na mão, mas não apontando para ele para sua surpresa. Infelizmente, apenas o olhar em seu rosto foi suficiente para colocar medo em Jimin, que só aumentou quando percebeu que não tinha para onde ir. Absolutamente nenhum lugar. A única coisa que ele podia fazer era correr para trás e para trás dos assentos, mas Wonwoo poderia destruí-los facilmente.

Em outras palavras, ele estava fodido.

Mas ele certamente não cairia sem lutar.

Wonwoo ainda não estava apontando a arma para ele, e com a falta de alternativas Jimin decidiu aproveitar a oportunidade e pular em cima dele. Eles se chocaram e caíram no chão, claramente Wonwoo não esperava que Jimin o atacasse.

Jimin tentou tirar a arma de sua mão, se ele pudesse pegar a arma então seria uma situação muito diferente, mas infelizmente Wonwoo era maior e mais forte que ele e também extremamente zangado. Ele puxou o braço das mãos de Jimin apenas para golpeá-lo com força total, com a intenção de socar o príncipe direto no rosto. Felizmente, Jimin virou a cabeça rápido o suficiente para evitar quebrar o nariz, e em vez disso, foi atingido na lateral do rosto.

A força do golpe o jogou para longe de Wonwoo e ele caiu de lado, o ar pressionado para fora de seus pulmões com um gemido. A dor se espalhou por sua bochecha e têmpora e ele apenas ficou lá por um segundo, a mente ficando confusa com o golpe. Faíscas apareceram em sua visão e o lado ferido de seu rosto estava começando a esquentar, ambos sinais muito ruins.

Jimin se empurrou para uma posição sentada, sabendo que não poderia se permitir demorar algum tempo ou se recuperar, mas era tarde demais.

Wonwoo já estava de pé. O sol, rastejando sobre o céu como fazia todos os dias, estava brilhando nos olhos de Jimin, então ele mal conseguia ver nada, exceto a figura escura de Wonwoo. Ele tentou se afastar, mas antes que pudesse, Wonwoo levantou a perna direita e o chutou nas costelas.

Jimin gritou de dor. Seu peito estava queimando, muito pior do que seu rosto, e ele mal conseguia respirar sem que a dor o atravessasse. Ele provavelmente quebrou uma costela.

Jimin tossiu, rolando de costas na tentativa de respirar mais, e a sombra de Wonwoo caiu sobre ele.

- Patético. - O homem cuspiu nele, e o próximo chute que ele desferiu fez Jimin voar sobre o palco, chegando perigosamente perto da borda, mas ele nem percebeu.

Jimin nunca havia sentido tanta dor. Ele não conseguia ver ou ouvir nada, exceto o sangue correndo em seus ouvidos. Nada parecia real, exceto pelo fato de que seu peito doía, doía demais para ele respirar corretamente ou para fazer qualquer coisa, exceto ficar deitado ali.

- É assim que você pensou que seria? - Wonwoo rosnou a alguns metros de distância, preparando sua arma. - Suponho que não. Eu vou te matar, Park Jimin. Eu gostaria de poder continuar assim um pouco mais, mas infelizmente não tenho tempo para fazer você sofrer tanto, que você preferiria nunca ter nascido. Bem, tenho certeza que poderei fazer isso com alguns de seus amigos. Talvez até com seu namorado, hein?

O pensamento de Jungkook tirou Jimin do transe induzido pela dor em que ele estava e ele engasgou, afastando a dor para sentar-se lentamente.

- Foda-se. - Ele conseguiu falar, mas Wonwoo apenas riu, aparentemente terminando de preparar sua arma.

- Que ótimas últimas palavras. - Wonwoo apontou a arma para ele com um sorriso no rosto, e Jimin fechou os olhos. Ele não queria ver o rosto de Wonwoo ao morrer.

O tiro ecoou na arena.

Por um momento, Jimin pensou genuinamente: "É isso. Eu estou morto." Então ele percebeu que não havia morrido. Ele abriu os olhos e um grito saiu de seus pulmões, machucando seu peito, mas ele mal registrou.

No chão, a poucos metros dele, estavam Wonwoo e Baekhyun, o último segurando o outro. A arma longe deles.

Wonwoo errou? Baekhyun deve tê-lo puxado para longe, então a bala passou acima da cabeça dele (JM).

Gratidão e alívio encheram o coração de Jimin, dando-lhe novas forças, e ele se forçou a se levantar e caminhar vacilante até eles. Mas seu alívio durou pouco quando Wonwoo empurrou Baekhyun para longe dele e Baekhyun caiu de costas, sangue em seu torso.

O corpo de Jimin ficou frio quando ele percebeu que a bala não havia passado acima de sua cabeça. Mas atingiu Baekhyun.

- NÃO! - Alguém gritou ~ ou foi ele (JM) mesmo?

E quando Wonwoo se levantou, furioso e com sangue no rosto onde Baekhyun parecia ter dado um soco, Jimin correu para frente, quase tropeçando. Ele não podia deixar Wonwoo pegar a arma de volta, não depois que Baekhyun levou um tiro por ele.

Mas ele estava muito fraco e muito longe, não havia como ele alcançar a arma antes de Wonwoo, que já estava quase lá...

Em um redemoinho de preto, algo prateado brilhando ao sol, alguém bateu em Wonwoo antes que ele pudesse alcançar a arma. Sangue espirrou na pedra, um grunhido deixou o corpo dele quando ele tropeçou para frente e Yoongi puxou a espada de seu peito. Wonwoo caiu no chão com um som abafado, fora do alcance da arma, mais e mais sangue saindo dele até que ele estivesse deitado em uma poça de seu próprio sangue.

Ofegante, a espada segura firmemente em sua mão, Yoongi pegou a arma antes de olhar em volta. Ele e Jimin se olharam, e Yoongi fez um movimento como se quisesse ir até ele, mas então seus olhos caíram sobre o corpo de Baekhyun e ele empalideceu visivelmente.

Jimin não se deu tempo para sentir alívio desta vez ou para superar o choque. Ele foi até onde Baekhyun estava deitado no chão, o peito arfando enquanto ele também perdia mais e mais sangue. Jimin se ajoelhou ao lado dele, congelado em um tipo diferente de dor. Mas para sua surpresa, Baekhyun estava sorrindo.

- Jimin. - Ele resmungou, a voz baixa e rouca. - Eu estou feliz por voce estar aqui. Por favor, você poderia dizer... Taehyung e Sora e Jonghyun... - Ele foi interrompido por um acesso de tosse, mas Jimin o entendeu.

- Eu direi a eles. - Ele prometeu, e só pela forma como sua voz soou é que Jimin percebeu que estava chorando.

- E Taehyungie. - Baekhyun começou de novo. - Diga a ele, especificamente, que estou muito orgulhoso dele. Eu nunca... eu nunca disse isso a ele. Eu realmente deveria.

Jimin assentiu, incapaz de falar. O rosto de Baekhyun estava embaçado por causa das lágrimas, mas ele ainda parecia sorrir. E quando Yoongi ajoelhou do outro lado de Baekhyun, seu sorriso não desapareceu, mas definitivamente ficou um pouco triste.

- Yoongi... você sabe... você descobriu o que faz um bom homem? - Ele perguntou, e por um segundo Jimin pensou que Yoongi não responderia. Ele estava olhando para Baekhyun com olhos arregalados e rosto pálido. Então, ele negou com a sua cabeça. - Nem eu. - Baekhyun suspirou. - Mas eu pensei... não tenho vivido muito graciosamente, tenho? A única coisa que eu poderia fazer era morrer com um pouco de graça e esperar que você me perdoasse, Yoongi, pois eu sinto muito.

Os nós dos dedos de Yoongi estavam brancos de quão forte ele estava segurando sua espada e a arma.

- Eu... - Ele limpou a garganta. - Eu perdôo você. Há muito que eu gostaria de poder dizer a você, Baekhyun. Mas se esta é a última vez que nos falamos, quero dizer... Não sei o que torna um homem bom. E não acho que você sempre foi um bom homem. Mas eu acredito que você é um agora. Então, depois de tudo, por favor, morra em paz. Você fez bem.

Baekhyun acenou com a cabeça uma vez, fraco demais para fazer qualquer outra coisa, e o sorriso lentamente sumiu de seu rosto. Seus olhos estavam se fechando e com um último e profundo suspiro, Kim Baekhyun morreu.

As brigas, os gritos, a violência, tudo continuou. Realmente, não havia nenhuma indicação de que alguém importante tivesse acabado de morrer, de que algo significativo tivesse acontecido.

Yoongi e Jimin olharam para o cadáver de Baekhyun, ambos incapazes de dizer qualquer coisa. Jimin ergueu os olhos do rosto congelado de Baekhyun para encontrar uma lágrima rolando pela bochecha de Yoongi, que não fez nenhum movimento para limpá-la. Em vez disso, ele olhou para cima e encontrou os olhos de Jimin.

- É ele. - Yoongi disse, tão quieto que Jimin quase não conseguiu ouvi-lo.

- O que?

- É ele. O sacrifício. O último ato de graça. Nunca foi você quem estava destinado a morrer hoje, foi ele. - Yoongi disse um pouco mais alto, mas fora isso ele ficou completamente calmo. - Você não tem que morrer hoje. Então não se atreva. - Ele pegou a bolsa, que estava por cima do ombro enquanto lutava com Wonwoo, abriu e tirou a Coroa de Adecy. - Use agora. - Ele o segurou na direção de Jimin. - Diga a eles para pararem de lutar antes que mais pessoas morram.

Jimin hesitou, olhando para a coroa de ouro na mão de Yoongi.

Sempre foi o plano para ele usar a coroa para fazê-los parar antes de destruí-la. Eles não sabiam o que aconteceria depois que a destruíssem; eles não sabiam se seus efeitos ainda estariam em vigor ou se desapareceriam. E por mais que doesse Jimin usar os mesmos métodos da Rainha, ele entendeu que eles não podiam arriscar que os efeitos permanecessem. Eles tinham que se livrar deles antes de quebrá-la.

Ele tinha que mudar as mentes de tantas pessoas quanto possível.

Mas agora que realmente era hora, agora que ele deveria colocar essa coisa na cabeça, parecia muito mais difícil do que o esperado. Só de olhar para ela sentiu repulsa. Ele podia sentir sua aura, como tinha sentido ao roubá-la, e colocar algo com uma aura tão escura e tão... errada em sua cabeça parecia uma péssima ideia.

Outra fileira de tiros tirou Jimin de seus pensamentos e ele respirou fundo algumas vezes. Seus amigos estavam perdendo suas vidas neste exato momento enquanto ele estava sentado ali, sem fazer nada. Ele não tinha escolha nisso; ele tinha que usar a coroa.

Quando ele a agarrou das mãos de Yoongi, quase o deixou cair. O metal de repente ficou gelado, quase frio demais para tocar, embora Yoongi tivesse segurado normalmente. Yoongi não sentiu isso? A coroa sabia o que ele (JM) estava prestes a fazer e tentava lutar contra isso?

Deixando suas perguntas de lado, Jimin se aproximou da borda, onde sua voz seria ouvida melhor, e segurou a coroa sobre sua cabeça. Com um último suspiro trêmulo, baixou-a lentamente sobre a cabeça.

Dias depois, quando Jimin tentasse descrever para os outros como se sentiu ao usar a Coroa da Adecy, ele diria que era como se a intensidade do bem da vida, do mundo inteiro, tivesse sido rejeitada. As cores estavam opacas, o sol estava menos brilhante, o volume da luta baixou até que ele mal pudesse ouvi-los. Mas o mais importante, o próprio Jimin se sentiu entorpecido de uma forma que não conseguiria explicar pelo resto de sua vida.

Sua mente, seu espírito, até mesmo seu corpo, tudo parecia pesado, muito pesado. Ele mal conseguia se mover, tudo estava acontecendo em câmera lenta, como se de repente ele carregasse a dor e o desespero de todas as pessoas ao seu redor e tornasse quase impossível para ele fazer qualquer coisa. Felicidade, o que era felicidade? Jimin não conseguia se lembrar como era. A dormência que o dominava o estava consumindo, puxando para baixo, afogando-o. E ele estava bem com isso.

Até que seus olhos de repente caíram sobre uma pessoa algumas fileiras abaixo dele, lutando contra várias pessoas enquanto aparentemente tentava chegar até ele (JM).

A espada de Jungkook estava coberta de sangue, suas mãos, roupas e rosto estavam cobertos de sangue, seu cabelo estava despenteado e sua luta era selvagem.

Não era uma coisa feliz de se ver, era brutal e doloroso. Mas ver Jungkook lembrou-lhe que a felicidade era possível, mesmo que não parecesse no momento.

Jimin respirou fundo.

- PARE COM ISSO! PARE DE LUTAR! OS NOBRES ESTÃO ERRADOS! - Jimin gritou o mais alto que pôde. Não soou muito alto para ele, mas ele viu todos os outros se encolhendo e tapando os ouvidos, então deve ter sido alto para eles.

E com certeza, a luta morreu imediatamente, como uma luz apagada.

Os plebeus não podiam mais lutar fisicamente, os nobres não acreditavam mais que deveriam lutar. O que mais ele deveria dizer? Havia mais alguma coisa?

Todo mundo estava olhando para ele, toda a arena silenciosa. Jimin abriu a boca novamente, sem saber o que queria dizer, mas antes que pudesse falar, de repente caiu de joelhos, completamente inesperado para si mesmo. Ele mal sentia, quase não sentia nada, então nem havia notado como seu corpo estava ficando fraco, fraco demais para carregar o peso da coroa na cabeça e tudo o que ela trazia. Seu pescoço caiu para frente contra sua vontade, não sendo mais capaz de manter a cabeça erguida, mas felizmente fez com que a coroa escorregasse e caísse na pedra à sua frente.

Não caiu muito longe, apenas a cerca de um metro de distância de Jimin, bem ao lado da espada com a qual Nuri planejava executá-lo.

E como a coroa se foi, Jimin de repente sabia exatamente o que ele tinha que fazer, ou pelo menos seu corpo sabia. Antes que pudesse perceber ou entender o que estava acontecendo, o que ele estava vendo, sentindo e fazendo, Jimin se inclinou para frente e agarrou a espada.

Usando toda a força que lhe restava, contra a dor em literalmente todo o seu corpo, Jimin levantou a espada e a derrubou na coroa com a maior força que pôde.

O impacto no metal e na pedra logo abaixo foi tão forte que Jimin teve certeza de que havia quebrado as duas mãos, mas não importava. Não quando a coroa estava diante dele, cuidadosamente cortada em dois pedaços, fumegando suavemente.

Ele conseguiu respirar novamente.

Jimin registrou vagamente que algo estava acontecendo ao seu redor. Ele ouviu Yoongi chamar alguma coisa, ouviu outra voz familiar gritando seu nome, mas ele não podia fazer nada, ele não conseguia nem compreender direito. Ele não tinha mais nada para dar, nenhuma força, nada. E ele estava tão cansado, mais cansado do que ja esteve em toda a sua vida, então não havia nada que pudesse fazer quando seu corpo balançou para o lado, caindo no chão.

Alguém o segurou antes que ele caísse, braços fortes envolvendo a parte superior de seu corpo e puxando-o contra um peito quente.

- Jimin. Porra.

Era muito cansativo abrir os olhos, mas Jimin tinha que fazer, ele tinha que mostrar a Jungkook que estava bem, então ele forçou seus olhos a abrirem novamente.

Ele teve problemas para se concentrar no começo, mas quando finalmente viu o rosto de Jungkook, ele sorriu.

- Oi, Kookie. - Ele sussurrou. Jungkook soluçou, e só agora Jimin notou as lágrimas em seu rosto. Seu sorriso caiu. - Porque voce esta chorando? - Ele perguntou fracamente. - Conseguimos.

- Sim, mas... Porra. Jimin-ah. - Jungkook se inclinou para frente até que sua testa pressionasse a de Jimin. Jimin queria levantar a mão para acariciá-lo, mas... sim, talvez ele tivesse quebrado mais do que apenas as mãos.

A percepção fez Jimin entender o que deixou Jungkook tão chateado.

- Não fui eu. - Ele tentou assegurá-lo, embora estivesse ficando quase impossível ficar acordado. - Foi Baekhyun. Pelo menos Yoongi disse isso... e Yoongi está sempre certo.

- O que quer dizer com não foi você? - Jungkook perguntou, se afastando para poder ver o rosto de Jimin.

- O sacrifício. - Jimin sussurrou, os olhos se fechando novamente. - Não fui eu. Viu. Eu disse que conseguiria. - O aperto de Jungkook em Jimin aumentou tanto que doeu um pouco, mas estava tudo bem. - Estou muito cansado, Kookie.

- Você pode dormir, pequeno príncipe. - Jungkook murmurou, a voz rouca de tanto chorar. - Se você prometer que vai acordar de novo.

- Prometo. - Jimin murmurou, quase inaudível, e então fechou os olhos e mergulhou na escuridão feliz.



CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Obrigado por chegar até aqui comigo, espero que tenha gostado do clímax dessa história.

E que esteja triste assim como eu pois a morte de Saina e Baekhyun me deixou muito triste. 😭 Sinceramente, eu chorei. A rainha nem sofreu muito, mas entendo que ela tinha que morrer rápido ja que suas ordem influenciava os outros. Enfim....

O que aconteceu com nosso príncipe? Vamos descobrir no próximo capítulo.

Vocês ainda tem dúvidas sobre a profecia? Então vou explicar

Profecia:
A liberdade se aproxima
um quebra-cabeça montado
duas pessoas feitas de aço e ouro
mas como o príncipe dourado quebra a coroa
um sacrifício é devido
um último ato de graça.

Explicação:
A liberdade da influência da coroa
Duas pessoas: aço= JK, ouro= JM, eles se encaixaram como quebra cabeça.
Jimin quebraria a coroa, isso está óbvio alí. Como precisaria de um sacrifício?
O sacrifício é necessário como o último ato de graça, piedade, bondade, um sacrifício voluntário.
Baekhyun se voluntariou para salvar JM. Não foi mandado ou obrigado. Foi um ato de graça (bondade) se fosse por obrigação e influência não seria um sacrifício verdadeiro. Entenderam?

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