Chapter Forty Five

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Bem, como vimos no capítulo anterior, eles venceram a guerra, derrotaram a rainha e destruíram a coroa. Depois tiveram que arrumar as bagunça, claro. Agora vamos ver como as coisas ficaram alguns meses depois.
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Dezoito meses depois
(1 ano e 6 meses)
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Era um dia lindo, não o primeiro do ano, mas para Jimin parecia que era o mais lindo até agora. O sol já estava alto no céu, estava quente, mas não muito, os pássaros cantavam e o vento soprava suavemente, apenas o suficiente para manter o cabelo de Jimin longe de seu rosto.

Ele estava sentado em uma das fileiras mais altas da arena, ao lado de um monte de jacintos de várias cores diferentes. Eles começaram a florescer há alguns dias e eram os favoritos de Jimin. Além dos girassóis, é claro.

Além das belas flores com seu cheiro agradável, a vista dali de cima estava começando a ficar absolutamente linda.

O inverno acabou; era meados de abril e mais e mais flores desabrochavam e cresciam, transformando a arena na arena mais colorida de todos os tempos.

Depois que a rebelião acabou, os rebeldes transformaram este lugar de vitória em um memorial. Tantos perderam suas vidas nesta arena, tanto se perdeu para que a rebelião pudesse ser vencida, e eles decidiram que a melhor maneira de homenagear as pessoas que morreram lutando pela liberdade, para lembrar o dia e lembrar a violência desnecessária, era transformá-la em um enorme jardim cheio de todos os tipos de flores. A maioria dos assentos foi substituída por enormes floreiras, e o chão da arena era agora um parque com campos de todos os tipos de flores espalhadas no meio.

Jimin se certificou pessoalmente de que os girassóis também crescessem lá, mas ainda era muito cedo para eles.

Ele vinha alí quase todos os dias quando estava em Golden Hills. Ver como a beleza e as cores haviam substituído o terror e a crueldade daquele lugar sempre o deixava tranquilo.

Hoje ele estava especialmente de bom humor.

— Aí está você, Jimin-ah. — Namjoon caminhou até ele, elegantemente abrindo caminho entre os vasos de flores. Ele passava a maior parte de seu tempo livre cuidando das flores ali, então não era surpresa que ele se movesse tão facilmente ao redor delas.

— Oi. — Jimin o cumprimentou enquanto Namjoon se sentava com um suspiro profundo.

As coisas não foram fáceis para o ex-bibliotecário. Ele assumiu um dos papéis mais importantes na hora de formar um novo governo, colocou seu sangue, suor e lágrimas para fazer novas leis, formar um novo congresso e espalhar a notícia pelo país. Um ano após a morte da Rainha, as primeiras eleições aconteceram e Namjoon foi prontamente eleito o novo major de Renity, com uma maioria esmagadora.

— Você está bem? — Jimin perguntou, um pouco preocupado com seu amigo que dedicou sua vida a esta cidade e ao povo deste país sem hesitar, ainda mais do que qualquer outra pessoa desde a rebelião.

— Eu estou bem. — Namjoon respondeu, parecendo cansado, mas havia um sorriso honesto em seus lábios. — É um trabalho árduo, mas é muito gratificante. E acho que sou realmente bom nisso.

— Oh, você definitivamente é. — Jimin concordou. — Você vai concorrer a major novamente quando acontecerem as próximas eleições?

— Isso ainda é daqui a três anos. — Namjoon apontou com um bocejo. — Vou me preocupar com isso quando acontecer. De qualquer forma, estou aqui para te buscar. Jungkook já está de volta.

Jimin virou a cabeça tão rápido que quase quebrou o pescoço.

— Por que você não disse isso antes?!

Namjoon deu de ombros com um sorriso.

— É bom aqui em cima.

Jimin hesitou.

— Você quer conversar mais um pouco comigo? — Jimin queria ir ver Jungkook, pois esteve esperando por ele o dia todo, mas ele não queria simplesmente deixar Namjoon se esse quisesse falar com ele.

— Nah, tudo bem. Vá para o seu namorado. — Namjoon soltou um suspiro dramático. — Quem sou eu para atrapalhar o amor jovem?!

— Você é apenas dois anos mais velho que eu. — Jimin apontou revirando os olhos, mas se levantou para voltar ao castelo.

Ele não tinha dado dois passos quando a sensação familiar de um peso enorme sobre ele, sufocando-o e ameaçando afogá-lo na desesperança, o fez tropeçar. Se Namjoon não tivesse agarrado seu braço, ele provavelmente teria caído da escada.

— Ainda isso? — Namjoon perguntou, a preocupação tornando seu rosto duro.

Jimin assentiu lentamente, o sentimento já recuando novamente, deixando apenas um traço de vazio para trás.

— Mas não com tanta frequência.

— Se cuida. — Namjoon ordenou, ainda segurando Jimin até ter certeza de que estava bem.

— Eu vou. Eu vou. Obrigado. — Jimin não sorriu; ele havia aprendido que não podia sorrir genuinamente logo após ter esses momentos, então parou de tentar.

No momento em que chegou ao castelo, Jimin já se sentia completamente normal novamente, então foi fácil empurrar isso para o lado quando viu que Jungkook o esperava na porta, ainda em suas roupas de viagem e com um sorriso enorme no rosto. Quando avistou Jimin, foi correndo em sua direção.

Jimin não pôde deixar de rir quando Jungkook o alcançou, puxando-o do chão e girando em círculos fazendo as pernas dele voarem pelo ar como uma criança antes de colocá-lo no chão e beijá-lo com igual intensidade.

— Como está meu Pequeno Príncipe hoje? — Ele murmurou quando eles se separaram e Jimin riu.

— Ótimo, agora que você está aqui.

— Essa é a resposta que eu esperava. — Jungkook respondeu, dando outro selinho em Jimin. — Senti a sua falta.

Jimin agarrou sua mão enquanto caminhavam para o castelo.

— Também senti sua falta. — Ele apertou a mão de Jungkook. — Como foi?

— Incrível! — Jungkook estava de ótimo humor, e isso fez com que os últimos fragmentos de infelicidade desaparecessem da mente de Jimin. — A nova líder da Ujester parece extremamente competente e ela é muito determinada, duvido que alguém consiga forçá-la a sair de seu curso. Krystal também a conhece. Acho que ela vai se sair muito bem.

— Fico feliz em ouvir isso. — Jimin disse honestamente.

Nos últimos meses, a maioria das cidades e vilas realizaram suas primeiras eleições. Jungkook, como uma das figuras mais importantes na rebelião e parte do congresso em Renity, costumava viajar para diferentes cidades para cumprimentá-los. Jimin geralmente se juntava a ele, já que ele também fazia parte do congresso; eles haviam viajado por metade do país juntos. Mas este verão ia ser diferente, se tudo acontecesse como o planejado.

Eles entraram no hall de entrada, passando pela parede com todos os nomes dos rebeldes mortos esculpidos nela e pelo enorme retrato pendurado no meio da sala, mostrando um menino de cabelos dourados deitado nos braços de um menino de cabelos pretos para trás, chorando ao puxar o corpo para perto, ao lado deles uma espada e uma coroa quebrada. 'O Rebelde E O Príncipe', o título dizia.

— Você está pronto para voltar para o Nexus? — Jungkook perguntou baixinho quando eles estavam em seus quartos unidos.

— Sim absolutamente. — Jimin respondeu imediatamente. Ele estava esperando para finalmente voltar para lá. — Sinto muita falta de todos e do lugar também.

— Eu também. — Jungkook admitiu enquanto começava a tirar suas roupas suadas para ficar mais confortável. — Não vamos lá há meses.

— Sim. Não fomos durante todo o inverno. — Jimin se sentou em sua cama. — Mas está tudo bem, eu acho. O verão é muito mais agradável do que o inverno no Nexus.

— Isso é verdade. — Jungkook levantou uma sobrancelha. — E você está pronto para se casar?

Jimin sorriu.

— Sim absolutamente. — Ele repetiu confiante. — Você está?

Eles haviam decidido esperar para se casar até que o país estivesse um pouco mais estável, mas agora eles finalmente estavam indo em frente. Não seria uma grande cerimônia, apenas uma pequena com seus entes queridos, mas Jimin estava realmente ansioso por isso.

— Obviamente. Estou pronto desde que te conheci. — Jungkook sorriu e agora foi a vez de Jimin levantar uma sobrancelha.

— Ah! Eu me lembro disso de maneira bem diferente. Você não me disse explicitamente que não estava interessado em mim?

— Bem, adivinhe: eu menti. — Jungkook disse, fazendo Jimin rir.

— Imaginei.

— Hum. — Jungkook de repente parecia distraído quando se juntou a ele na cama e Jimin se concentrou em outra coisa também quando percebeu que Jungkook não havia colocado nenhuma outra roupa.

— Você realmente sentiu minha falta, hein? — Ele sorriu e Jungkook riu, não discordando quando suas mãos já estavam sob a camisa larga que Jimin estava vestindo.

— Acho que sim. — Ele parou, erguendo uma sobrancelha. — Você sentiu?

— Muita. — Jimin o assegurou, segurando o rosto de Jungkook em suas mãos e beijando-o.

— Bom menino. — Jungkook sorriu, os olhos ainda nos lábios de Jimin depois de se afastar. — Tenho que compensar os últimos dias.

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Dois dias depois, um dia antes de planejarem viajar para o Nexus, Jungkook fez Jimin visitar o hospital de Hoseok.

O médico assumiu o hospital em Golden City, transformando-o em um que cuidava das pessoas independentemente da classe. Ele até organizou toda uma nova seção para saúde mental, atendendo a todas as pessoas traumatizadas, especialmente ex-rebeldes, que precisavam de ajuda com questões muito mais profundas do que costelas ou pulsos quebrados.

— Não vejo como isso é necessário. — Jimin resmungou enquanto se sentava ao lado de Jungkook na sala de espera, esperando que Hoseok tivesse tempo para eles em breve. Eles foram espontaneamente, depois que Jimin admitiu para Jungkook que ainda tinha momentos iguais aos de quando havia usado a coroa.

— Certamente não vai doer. — Jungkook repetiu pacientemente, provavelmente pela sétima vez. — Por favor, você ainda tem esses flashbacks mesmo depois de quase dois anos. Vamos apenas ouvir a opinião dele novamente.

— Tudo bem. — Jimin resmungou. Ele estava nervoso com a visita ao médico, não queria investigar, caso fosse algo grande e não houvesse nada que ele pudesse fazer a respeito. Honestamente, ele só queria fingir que estava tudo bem, mas sabia que esse não era o melhor método para lidar com seus problemas.

Hoseok chegou, vestindo roupas chiques de médico e parecendo incrível. Da mesma forma que Namjoon, Hoseok também encontrou um trabalho que o fez florescer, apesar de ser tão cansativo. Tecnicamente, ele já havia sido médico antes, mas organizar o hospital e depois mudar seu foco para a psicologia foi ótimo para ele.

— Olá, vocês dois. — Ele os cumprimentou com um grande sorriso que ainda tinha esse efeito instantaneamente calmante nas pessoas. Você apenas tinha que sorrir de volta para ele.

Jimin e Jungkook o cumprimentaram antes de segui-lo até seu escritório.

— Então o que está acontecendo? Precisa de aconselhamento de casais ou algo assim? — Ele riu de sua própria piada. — Não, sério. O que está errado? Por que você precisa da minha ajuda?

Jungkook gesticulou para Jimin falar.

Ele limpou a garganta.

— Ainda é a mesma coisa. — Ele disse e o sorriso de Hoseok caiu.

— Ainda? A última vez que ouvi sobre esses flashbacks foi há meses. Achei que eles tinham ido embora porque você não disse mais nada.

— Eles não acontecem mais com tanta frequência. — Jimin acrescentou rapidamente. — Apenas a cada poucas semanas.

— A intensidade mudou? — Hoseok quis saber, pegando algo para escrever.

— Na verdade, não. — Jimin disse lentamente. — Eu acho que eles estão mais curtos agora. Passa-se apenas um ou dois segundos e sinto que ainda tenho a coroa na cabeça. E então tudo se vai. Só demora um pouco.

Hoseok coçou a cabeça.

— Eu já disse isso antes, mas tenho certeza de que essa é apenas a maneira de sua mente lidar com o trauma de usar a coroa. Sabemos que usá-la deixa a pessoa louca, mesmo alguém com sangue Park, e você é uma mistura de sangue Park e Min. Você é um caso especial, infelizmente não temos recursos ou ninguém para compará-lo. Acredito que ter aquela maldita coisa na cabeça foi uma coisa insanamente traumática para você e seu cérebro, mas se eles estão ficando cada vez mais curtos, acho que podem desaparecer completamente no futuro, ou quase completamente.

Jimin suspirou de alívio, mas Hoseok ainda não havia terminado.

— Se eles piorarem, e eu só estou dizendo a você que isso pode ser possível, volte para mim. Trabalhar o trauma não é um processo linear, às vezes piora um pouco, depois melhora. E se for esse o caso, posso tentar ajudá-lo como ajudo os outros pacientes traumatizados que temos.

— E como seria isso? — Jungkook perguntou, prestando mais atenção do que o próprio Jimin. Apenas para tirar algumas de suas preocupações, Jimin decidiu que faria o que pudesse para melhorar.

— Na maioria das vezes é basicamente apenas conversar. Chamamos isso de terapia. Apenas uma tentativa de trabalhar com o que aconteceu. — Hoseok explicou brevemente. — Ainda está no estágio inicial, mas parece funcionar com muitas pessoas.
 

Quando eles deixaram o hospital dez minutos depois, Jungkook estava imerso em pensamentos.

— Talvez tenhamos que ficar aqui para que você fique perto de Hoseok caso algo aconteça. Ainda podemos adiar...

Jimin quase engasgou com suas palavras.

— Jungkook-ah. — Ele disse, fazendo Jungkook olhar para ele. — Agora, eu estou bem. Se piorar, prometo que te conto e depois podemos pensar em voltar para cá. Mas estou realmente ansioso para estar no Nexus novamente e não quero adiar mais o casamento, então, por favor, vamos para lá amanhã.

Jungkook apenas olhou para ele por alguns segundos.

— Tudo bem. — Ele suspirou. — Deus, eu preciso aprender a dizer não para você.

— Nah, você não precisa. — Jimin sorriu e Jungkook riu.

— Pirralho.

Eles caminharam de volta para o castelo, de mãos dadas. Jimin gostava de passear pela cidade hoje em dia, para ver o progresso que as pessoas estavam fazendo. Não fazia muito tempo que o sistema de classes havia sido oficialmente anulado e, claro, sua influência sobre as pessoas ainda estava presente. Levaria algum tempo até que plebeus e nobres vivessem lado a lado sem desconfiança, muito mais do que dois anos, mas Jimin esperava que eles chegasse lá. Principalmente em playgrounds ou outros locais públicos, ele frequentemente notava as crianças brincando juntas sem se importar enquanto seus pais ainda observavam cada uma delas com desconfiança ou rejeição. Isso mostrou a ele quanto trabalho ainda era necessário e deu-lhe esperança para as gerações futuras.

A jornada para o Nexus foi fácil; eles viajaram com um dos pequenos navios que podiam parrar no pequeno porto novinho em folha que havia sido construído onde o rio Elpis ficava mais próximo do Nexus desde que o local foi transformado em internato.

Foi ideia de Jayke; um internato para plebeus e nobres, lado a lado, aprendendo as mesmas coisas, a mesma história, sem mentiras nem nada de fora. Ele e Doori estavam ensinando lá, Doori para história, como já haviam feito durante a rebelião, e Jayke para sociologia.

Recentemente, a equipe encontrou uma adição inesperada, mas muito bem-vinda. Mais uma razão pela qual Jimin realmente queria voltar para lá.

— Animado para ver Yoongi? — Jungkook perguntou quando eles se aproximaram, lançando um olhar conhecedor para Jimin, que assentiu ansiosamente. O sorriso no rosto de Jungkook dizia que ele também estava ansioso para vê-lo novamente.

Yoongi passou a maior parte do último ano viajando pelo país, cuidando das bases militares e suas armas, organizando um novo tipo de exército com novas regras e novas abordagens de conflito, usando o mínimo de violência possível. Mas depois de um tempo ele decidiu que estava cansado de fazer parte de outro grupo criado para lutar, mesmo que agora fosse de uma forma diferente de antes, e então voltou, tornando-se o novo professor de esportes de combate no internato. E se as cartas dele não fossem mentiras completas, então ele estava muito feliz com sua decisão.

— Estou empolgado com os outros também. — Jimin falou. — Faz um tempo desde que eu os vi.

Eles estavam se aproximando do portão agora, saudados pela nova bandeira da República Adecy, uma espada quebrando uma coroa dourada, e Jimin instintivamente começou a andar mais rápido.

— Sim, eu também. — Jungkook concordou, acompanhando seu ritmo.

A primeira pessoa que eles viram foi Sunyoon, que também trabalhava no Nexus, embora como cavalariço* em vez de professor. O jovem havia sobrevivido a uma bala no estômago, por pouco. Jimin ainda se lembrava muito das semanas de incerteza se ele conseguiria ou não.
(*Uma pessoa que trabalha em um estábulo)

— Bem-vindo de volta!. — Ele abriu o portão para eles com um grande sorriso no rosto. — Faz algum tempo.

— Como você está, Sunyoon? — Jimin deu-lhe um abraço rápido e Jungkook apertou sua mão.

— Ah, estou bem, estou bem. É um bom lugar para se viver. Muita gente, eu gosto. — Sunyoon respondeu, levando-os para a casa principal.

Ele estava definitivamente certo sobre a quantidade de pessoas que estavam ali. O internato ensinava crianças de dez a dezoito anos e havia quase 700 alunos no total, a maioria deles fora de casa com o tempo tão bom hoje. Jimin podia ver um monte de crianças treinando de brincadeira no mesmo campo de treinamento que Jaebum havia dado suas aulas durante a rebelião. Alguns deles estavam apenas deitados na grama, piscando em choque quando viram quem havia chegado. Todos usavam o mesmo uniforme, impossibilitando a diferenciação entre plebeus e nobres.

Assim como deveria ser.

— Oi, Oi, Oi! — Jayke os esperava na frente da casa, os cabelos compridos presos em um rabo de cavalo e um dos óculos escuros no nariz. — Que visitantes ilustres! Entre, entre.

— Prazer em ver você de novo, Jayke. — Jungkook disse e os dois cumprimentaram o professor. — Como vai a escola?

Jayke rapidamente os atualizou, mas eles foram interrompidos por Yoongi se juntando a eles.

Ele estava muito mais bronzeado do que Jimin se lembrava, seu cabelo estava mais comprido e seus olhos mais suaves.

Ele parecia bem, não apenas em termos de aparência, mas genuinamente parecia estar contente. Talvez feliz. Jimin não o via há mais de seis meses, quando as coisas ainda eram muito mais estressantes, e ver a diferença marcante em Yoongi o fez perceber mais uma vez como a felicidade parecia muito melhor para as pessoas.

— Oi. — Ele os cumprimentou e Jungkook, em uma rara explosão de alegria infantil, correu até ele e o puxou para um abraço apertado.

— Olá de novo, seu velho filho da puta. — Jungkook murmurou e Yoongi soltou uma risada profunda.

— Cuidado com a boca, criança! É assim que você cumprimenta seu antigo mentor?! Jimin-ah, venha aqui. Você não faria isso comigo.

Jimin não hesitou em pular nos braços de Yoongi assim que Jungkook o soltou, fazendo o homem tropeçar.

Yoongi soltou um bufo de surpresa e Jimin riu.

— Talvez você realmente esteja envelhecendo, Yoongi!

— Oh, porra, eu estou! — Ele protestou enquanto Jungkook ria. — Não me apunhale pelas costas desse jeito, Jimin-ah! Vocês dois são impossíveis. Se meus alunos vissem como você me trata, eles nunca mais me respeitariam.

— Eu duvido muito disso. — Jungkook disse com um sorriso divertido. — Pelo que ouvi, eles basicamente te adoram.

— Como deveriam! — Yoongi resmungou. — Eles continuam me fazendo todas essas perguntas. 'É verdade que você é parente do Park Jimin? Jeon Jungkook é tão bonito quanto dizem? Você realmente matou Lee Wonwoo?' — Yoongi soltou um suspiro dramático. — E como sou uma pessoa muito legal, respondo, claro. Então é melhor que eles me adorem pra caralho. — De repente, ele se virou para Jimin. — Falando em pessoas fazendo perguntas, Taehyung tem perguntado quando exatamente você viria aqui pelo menos dez vezes por dia e isso está me deixando louco. Vá vê-lo antes que ele perca o controle.

Jimin assentiu.

— Mas eu quero saber mais sobre tudo o que aconteceu desde a última vez que vimos você, Yoongi. Prepare-se para mais perguntas!

Yoongi gemeu, mas Jimin já estava indo para o outro lado do Nexus, escalando o portão e caminhando em direção à velha fazenda.

A família de Seokjin voltou para sua fazenda em frente a Golden Hills. E Seokjin ficou com Taehyung e seus irmãos em sua antiga casa (a que Baekhyun morou). Sora e Jonghyun ainda moravam lá, e Taehyung voltava para a Golden Hills a cada poucas semanas, mas na maioria das vezes ele morava com Seokjin na velha fazenda ao lado do Nexus.

Foi ideia de Seokjin ir para a fazenda e Taehyung concordou facilmente. A única razão pela qual ele tinha que ficar em Golden Hills era Jimin, ele disse a ele quando anunciaram que iriam se mudar. Mas todo o resto apenas o lembrava de Baekhyun, o que tornava mais difícil para ele aceitar sua morte. Claro, superar a morte de seu pai foi difícil quando havia uma estátua no meio da cidade em que você morava para homenageá-lo.

Jimin não podia culpá-lo por querer ir embora, principalmente porque sabia que Taehyung tinha sido mais feliz no Nexus, não em Golden Hills.

Pelo que Jimin sabia, alguns professores ficavam em sua fazenda de vez em quando, incluindo Yoongi, e os ajudavam a cuidar dela em troca de comida.

Ao chegar lá, encontrou Taehyung correndo, seguido por dois cachorros e três gatos. Ele nem notou Jimin a princípio, que assistiu seu joguinho de pega-pega com muita diversão. Quando ele finalmente o viu, Taehyung soltou um ganido e quase tropeçou em um dos cachorros.

— Jimin-ah! Oh Deus, Yeontan, não corra na minha frente... pare de me empurrar, Mickey! Merda, espere Jimin-ah, estarei aí em um segundo.

Jimin caiu na gargalhada e Taehyung se juntou a ele um segundo depois, finalmente capaz de caminhar até ele e puxá-lo para um abraço.

— Eu vim no momento perfeito. — Jimin bufou quando eles se soltaram. — É bom ver você se ajustar à vida na fazenda tão graciosamente, Taehyung-ah.

— Sim, não vou mentir, provavelmente morreria aqui se não fosse por Seokjinnie. — Taehyung admitiu facilmente.

— Você definitivamente morreria. — Seokjin saiu de casa com um grande sorriso no rosto. — Mas está tudo bem. Você está ajudando apenas por ser você.

Aparentemente, Seokjin disse a Jimin não muito tempo atrás com um sorriso carinhoso no rosto, que Taehyung não era um fazendeiro muito bom, muitas vezes sonhando acordado e perdendo o foco, brincando com os animais em vez de alimentá-los ou limpar os estábulos e passar mais tempo escrevendo suas próprias peças de teatro que ele às vezes levava para encenar com alguns alunos do Nexus. E era por isso que eles precisavam desesperadamente de ajuda para manter a fazenda sob controle. Seokjin até ofereceu a Jimin, de brincadeira, um trabalho de limpeza dos estábulos uma vez:  "Você era tão bom nisso antigamente!"

— Ah, Jin-ah! — Taehyung deu-lhe um beijo rápido. — É quase como se fôssemos nós a se casar. — Ele se virou para Jimin. — Falando nisso: quem vem? O que está acontecendo? Você tem sido tão enigmático sobre isso.

— Não estamos fazendo nada grande. — Jimin o assegurou e Tae pareceu um pouco desapontado. — Apenas as pessoas mais importantes estarão lá. Meus pais, vocês dois, Yoongi, Hoseok, Namjoon, Juhee, Nanami, Doori e Jayke, Krystal de alguma forma descobriu sobre isso e forçou sua entrada, Sora e Jonghyun disseram que também queriam vir... e o Diabo.

— Desculpe, o que?
Taehyung disse ao mesmo tempo em que Jin deixou escapar:
— Que porra é essa?

Jimin riu de seus rostos que estavam exatamente tão confusos quanto ele esperava.

— Diabo Queimado, para ser exato. Ele... ele vai nos casar.

— Aquele cara que está sempre chapado? — Seokjin perguntou com uma careta.

— Jimin-ah. — Tae disse lentamente, o rosto quase preocupado. — Por que o Diabo estará casando vocês?

— Porque ele é o único que conhecemos que tem licença para oficializar um casamento. — Jimin explicou. — Yoongi sabia disso e então perguntamos a ele. Ele ficou muito feliz com isso.

— O Diabo pode oficiar um casamento. — Seokjin assentiu como se isso fizesse total sentido. — Interessante.

— Ok, e a data ainda está certa? — Tae impacientemente queria saber. — Mas onde?

— No Nexus, é claro. — Jimin respondeu, inclinando-se para acariciar um dos cachorros. — Na velha igreja. Não somos religiosos, mas achamos que seria um lugar legal.

— Não foi lá que você e Yoongi se conheceram? — Tae lembrou e Jimin assentiu.

— Sim, é onde eu fiquei quando cheguei aqui. E sim, a data ainda permanece. Está definida.

— Mal posso esperar! Se eu for seu padrinho, presumo que Yoongi será o de Jungkook?

— Você sabe que o público vai pirar quando descobrir que vocês se casaram em segredo, certo? — Seokjin ergueu as sobrancelhas e Jimin soltou uma risada encabulada.

— Sim, essa é uma das razões pelas quais estamos fazendo isso em segredo em primeiro lugar. Seria um grande negócio se anunciássemos com antecedência, só iria nos estressar e eu não quero isso.

— Eles não se cansam de vocês dois, não é? — Tae o cutucou com o cotovelo. — O casal favorito de todos! Se eles soubessem com que veemência você negou qualquer atração por seu futuro marido sempre que eu tocava no assunto no começo...

— Não falaremos sobre esses dias. — Jimin limpou a garganta, mal segurando o sorriso. — Eles se foram há muito tempo. De qualquer maneira, vocês têm alguma coisa para comer?

 

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Ai ai... Espero que Jimin melhore logo do efeito da coroa. E também estou anciosa pelo casamento. E vocês?

Mais uma vez, agradeço pelo apoio com seu voto e comentário. ❤️

Agora vamos ao capítulo final. Não estou preparada.

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