Chapter Five
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Taehyung foi preso por se envolver com um Plebeu. Jungkook foi capturado. Jimin teve uma ideia. Que ideia foi essa? Se prepare para o primeiro encontro entre Jikook
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Em vez de voltar para casa como originalmente planejado, Jimin foi até a casa de Taehyung. Ele morava não muito longe do castelo, no distrito oeste da Cidade Dourada. Jimin sempre gostou de ir lá; menos pessoas, menos regras, especialmente quando Baekhyun não estava em casa, e a casa ficava perto da pequena floresta na borda oeste da cidade. O caminho era tão familiar que Jimin provavelmente poderia encontrá-lo com os olhos fechados.
Enquanto ele corria pelas ruas, o plano em sua cabeça começou a se formar, e com ele todas as maneiras pelas quais poderia dar errado. Tantas coisas com as quais ele não podia contar teria que funcionar perfeitamente e, o mais importante, tantas pessoas que teria que jogar junto. Se ele não tivesse o apoio de Baekhyun, ele poderia jogar tudo no vaso sanitário.
Ele chegou à residência Kim, respirando com dificuldade, e começou a tocar a campainha furiosamente. Alguns segundos depois uma empregada chegou e o deixou entrar com um olhar irritado, mas Jimin não se importou.
— Onde está Baekhyun? — Ele ofegou, sem se preocupar em tirar a jaqueta.
— Em seu escritório, mas ele disse que não quer ser incomodado agora...
Mas Jimin já estava a caminho. Ele só bateu na porta uma vez antes de entrar imediatamente. Baekhyun levantou a cabeça de onde estava enterrada em suas mãos e franziu a testa quando viu Jimin. Ele estava sentado em sua mesa, ainda com as roupas que Jimin o viu na última vez, e seus olhos estavam ainda mais vermelhos agora. Ele provavelmente chorou, mas Jimin não podia perder tempo com isso agora.
— Eles pegaram Jeon Jungkook! — Ele declarou enquanto tentava controlar sua respiração.
A carranca de Baekhyun se aprofundou.
— Eu não dou a mínima. — Sua voz era rouca.
— Ele está sendo mantido em uma sala de interrogatório, por enquanto. — Jimin continuou divagando, ignorando suas palavras. — Não nas masmorras. Ele pode ser a única pessoa neste castelo que não tem mais nada a perder.
— Do que diabos você está falando? — Baekhyun se levantou, apoiando-se em sua mesa com os punhos apoiados na madeira.
— Quero dizer, todo mundo aqui não poderia, por exemplo, cometer um crime como libertar alguém da prisão, sem arriscar a vida. Sua vida já está muito em risco. Ele pode ser a única pessoa nas Colinas Douradas para quem seria a melhor escolha cometer um crime.
O coração de Jimin estava batendo insanamente rápido, com medo da reação de Baekhyun quando esse percebesse o que ele estava sugerindo. Talvez Baekhyun não estivesse tão desesperado para salvar Taehyung quanto ele havia pensado, ou o risco era muito alto para Baekhyun, ou seu ódio pelos rebeldes era muito forte. Eles se encararam em silêncio por uns bons trinta segundos antes que ele dissesse:
— Eu entendo. Mas ele precisaria de muita ajuda para, por exemplo, tirar alguém da prisão e fugir com ele.
— Sim, ele não poderia fazer isso sozinho. Mas, se houvesse mais alguém para ajudá-lo, talvez funcionasse. — Jimin continuou, aliviado com sua reação. — Se fossem duas pessoas, então a outra pessoa só precisaria de ajuda para libertar o rebelde da sala em que ele está sendo mantido. Então eles poderiam fazer isso juntos.
Eles ficaram em silêncio novamente até que Baekhyun soltou um suspiro profundo.
— Não posso pedir isso a você. Você arruinará sua própria vida na tentativa de salvar Taehyungs.
— Eu ficarei bem. Se Tae ficar na prisão, minha vida também estará arruinada. — Jimin se aproximou, o desespero se infiltrando em sua voz. — Sei que é muito arriscado, mas passei a noite inteira revisando casos mais antigos, ou, bem, a falta deles, porque esse tipo de crime geralmente não tem julgamento. Ele não irá... ele não irá sair de lá de forma legal.
— Eu sei. — Baekhyun disse, caindo de volta em sua cadeira, completamente sem sua habitual atitude confiante e composta. Ele parecia um homem quebrado. — Eu sei, é por isso que tentei fazê-lo ficar longe... tentei fazê-lo ver...
— Espera. — Jimin ergueu a mão, pressionando os olhos enquanto seu cérebro cansado tentava entender as palavras que haviam acabado de sair da boca de Baekhyun. — Você sabia?!
— Claro que eu sabia. — Baekhyun bufou. — Eu sou o pai dele. Claro que eu notaria se meu filho passasse horas fora de casa e ninguém soubesse onde ele está, nem mesmo seu melhor amigo. Era tão óbvio também, os banhos de uma hora para se livrar do cheiro, suas notas caindo, evitando perguntas... ah, merda. Eu deveria ter falado com ele. Eu deveria tê-lo forçado a terminar, mas eu... eu não consegui fazer isso.
— Isso também não teria funcionado. — Jimin disse depois de se recuperar dessa revelação. — Você sabe como ele é. Ele teria encontrado uma maneira de encontrar o garoto de qualquer maneira.
Baekhyun soltou um barulho que soou como uma mistura de bufo e soluço.
— Provavelmente.
— Eu quero libertá-lo. Mas eu preciso da ajuda de Jeon Jungkook e também da sua ajuda para isso, por favor. Eu preciso saber onde eles estão mantendo Jeon Jungkook e preciso de uma maneira de me livrar dos guardas...
Baekhyun suspirou novamente.
— Falarei com algumas pessoas em duas horas. Juízes e generais, qualquer pessoa com alguma influência, e se depois disso ainda não tiver como tirá-lo da prisão eu ajudo. Eu posso descobrir onde eles o estão mantendo... provavelmente não é muito longe das masmorras. Eles provavelmente vão espancá-lo um pouco antes de começar o interrogatório real, para quebrá-lo. No intervalo, você pode chegar até ele. Quanto aos guardas, duvido que seja um problema. Nossa maior fraqueza sempre foi nossa arrogância, Jimin. Acreditamos que somos melhores do que todos os outros e isso nos torna imprudentes. Eles provavelmente terão apenas um guarda. Ninguém jamais pensaria que alguém tentaria libertar aquele cara, então para que eles precisariam de mais guardas?
— Tudo bem, mas ainda é um guarda e não posso lutar com ele. Se fizermos muito barulho, os outros podem ficar alarmados se estiverem por perto. — Jimin cruzou os braços enquanto tentava pensar em uma solução.
— Finja que você é um soldado e seu substituto. — Baekhyun sugeriu. — Eu posso ter... espere um momento.
Ele se levantou e saiu da sala apenas para voltar alguns minutos depois com algumas roupas.
— Este é meu antigo uniforme de, o que, quinze anos atrás? Algo parecido. Eu era cabo naquela época, então você terá mais autoridade do que um soldado normal. Tecnicamente, você é um pouco jovem para esse posto, mas não é inédito. Provavelmente será grande demais para você, mas não tanto que chame a atenção para você.
— Perfeito. — Jimin começou a ficar excitado. Parecia que esse plano poderia realmente funcionar. — Obrigado.
— Espere até eu voltar. — Disse Baekhyun. — Vou tentar mais uma vez. Se eu falhar, direi onde encontrar Jeon Jungkook. Observe a porta até que todos tenham saído antes de fazer sua tentativa.
— Tudo bem. — Jimin concordou. — Vou esperar no saguão, então nos veremos quando você sair. Diga-me lá.
— Tudo bem. — Baekhyun esfregou as mãos no rosto. — Não acredito que chegou a esse ponto.
— Eu sinto muito. Sei que libertar um rebelde não é o ideal.
Baekyhun olhou para cima.
— Huh? Oh. Claro, eu acho. — Ele disse, indiferente, e Jimin ergueu as sobrancelhas. O ódio de Baekhyun pelos plebeus parecia ter evaporado. Se ele pensasse sobre isso, realmente era estranho que Baekhyun não tivesse intervindo no relacionamento de Taehyung. — Por favor, saia agora, Jimin. Nos encontraremos em algumas horas. Descanse até lá.
— Tudo bem. — Mas Jimin não tinha certeza se conseguiria dormir.
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Jimin conseguiu dormir. Depois de esconder o uniforme debaixo da cama, ele disse a uma de suas criadas para acordá-lo em três horas e deitou-se, então desmaiou em alguns segundos.
Quando acordou de novo, não se sentia melhor, mas se esforçou para parecer apresentável e desceu correndo para o saguão.
Baekhyun chegou quase uma hora depois. Jimin percebeu imediatamente pelo olhar em seu rosto que ele não teve sucesso. Não que Jimin tenha ficado surpreso, mas seu coração ainda caiu em suas entranhas. Baekhyun estava acompanhado por outro cara que Jimin reconheceu como o oficial que deu um tapa em Jeon Jungkook. Para sua surpresa, ele não parecia tão feliz quanto esperava. Depois de tentar e falhar por anos, eles finalmente conseguiram capturar o rebelde mais importante de todos. Deveria ser um dos melhores dias de sua vida e Jimin estava prestes a arruiná-lo completamente.
Quando Baekhyun o viu, ele rapidamente se aproximou.
— Ele está na sala de interrogatório perto do jardim. Ao nível do solo, quando você sai do jardim na entrada oeste, vira à esquerda e depois à esquerda novamente. Você sabe onde é?
— Sim.
Eles estavam falando baixinho e Baekhyun deu um tapinha nas costas de Jimin como se o estivesse consultando.
— Eles terminaram com ele por enquanto. Não tenho certeza de quanto tempo mais eles vão torturá-los mas você deve se apressar. Além disso, espero que você tenha algo planejado para convencê-lo a trabalhar com você.
Jimin piscou.
— Eu só ia perguntar a ele.
— Receio que você precise de algo um pouco mais convincente. — Baekhyun comentou secamente.
— Como o quê?
— Talvez se você puder oferecer a ele algo para convencê-lo de que não vai machucá-lo?
— Como o quê? — Jimin repetiu, mas quando seus olhos caíram sobre o policial que estava um pouco de lado para dar a eles um pouco de privacidade, ele teve uma ideia. O homem estava olhando para o colar que havia tirado do rebelde, brincando com ele sem pensar, como se não tivesse certeza do que fazer com ele.
— Com licença senhor. — Ele se aproximou e sorriu, esperançosamente inocente. — É um colar muito bonito. Recentemente, comecei a cortejar minha futura esposa e queria saber se poderia comprá-lo de você para ela?
O oficial o olhou de cima a baixo.
— Claro, se você puder pagar.
— Que tal eu te dar o que pesa em ouro? — Jimin perguntou e as sobrancelhas dos caras se ergueram.
— Bem, esse é um acordo que aceitarei com prazer. Deve ser uma senhora muito especial.
— Ela tem certeza. — Jimin respondeu, então subiu e tocou a companhia para chamar um criado. Ele pagou o ouro ao homem e colocou o colar no bolso. — Obrigado, senhor. — Ele curvou-se ligeiramente. Isso realmente não era necessário, mas ele não queria dizer ao homem exatamente quem ele era ou seu status.
Baekhyun observava silenciosamente de lado, lançando olhares confusos para ele de vez em quando, mas Jimin não podia dizer a ele na presença do oficial porque estava comprando um colar para libertar um rebelde.
Depois, Baekhyun e o oficial cujo nome Jimin ainda nem sabia, saíram, Baekhyun deu um tapinha no ombro e um sorriso que provavelmente deveria ser encorajador.
Jimin engoliu em seco nervosamente. Agora as coisas estavam realmente ficando sérias.
[...]
Esta era uma ideia terrível. Esta era uma ideia terrível, terrível e terrível e poderia terminar com sua morte se ele não tomasse cuidado ou Jeon Jungkook fosse um idiota. Mas, apesar da grande probabilidade de seu plano sair pela culatra horrivelmente, Jimin continuou andando, cumprimentando os soldados por quem passava com um pequeno aceno de cabeça, esperando não parecer tão suspeito quanto se sentia em seu uniforme, com um chapéu cobrindo seus cabelos loiros.
O quarto em que Jeon Jungkook estava trancado realmente era perto das masmorras, pelo menos. Eles definitivamente o transfeririam para lá em algum momento, mas provavelmente estavam com muita pressa para falar com ele para levá-lo lá desde o início. Assim como Baekhyun havia previsto, havia apenas um guarda na frente da porta. Jimin quase riu da arrogância deles; nenhum deles jamais presumiria que alguém tentaria libertar o rebelde. Ele também não esperava que ninguém mais tentasse, mas ainda era engraçado como eles estavam seguros de si mesmos. Bem, a sorte dele.
A sala não ficava perto das áreas de estar, mais perto do jardim que era realmente perfeito. Seria um caminho mais longo para as masmorras se eles fossem por ali em vez de pelos corredores, considerando o tamanho do jardim, mas provavelmente não haveria muitas pessoas de quem eles teriam que se esconder.
Jimin espiou cuidadosamente ao virar da esquina e observou o guarda bocejar. Esperançosamente, isso seria fácil, porque ele não tinha muito tempo. Os oficiais de “interrogatório” provavelmente estariam de volta em breve. Ele caminhou em direção à porta, confiança em seus passos e aquele olhar especial em seu rosto que dizia a todos imediatamente que ele era de origem elevada, empurrando um pouco o peito e mantendo o queixo erguido.
— Soldado. — Ele cumprimentou o homem que parecia inseguro sobre como reagir a sua aparição repentina.
— Senhor? — Ele respondeu com uma pergunta clara em sua voz. Jimin notou a pequena coroa dourada gravada em seu uniforme bem acima do coração. Ele era um nobre soldado.
Seja como for, não importava. Ele ainda estava abaixo de Jimin em sua posição de fingimento.
— Meu pai me enviou para informar que você não é mais necessário como guarda. Eu vou assumir a partir daqui. Você pode ir agora.
— Seu pai? — O soldado perguntou, perplexo.
— Lee Wonwoo. — Jimin mentiu sem problemas e o alarme no rosto do homem foi quase engraçado. — Suas ordens.
— E eu posso simplesmente ir? — Um sorriso feliz se espalhou em seu rosto antes que ele bocejasse novamente. Jimin quase se sentiu mal por ele. Ele teria muitos problemas quando percebessem que Jeon havia partido. Pelo menos ele era um nobre.
— Sim. Você merece um pouco de descanso, soldado. — Jimin deu um tapinha em seu ombro e deu a ele seu sorriso mais encantador. O soldado pareceu derreter com suas palavras, curvando-se um pouco. Ele provavelmente estava sonhando em ir para casa mais cedo e Jimin disse a ele exatamente o que ele queria ouvir.
— Obrigado, senhor. Tenha uma boa noite, senhor.
— Você também, soldado. — Jimin respondeu e esperou impacientemente até que ele virasse a esquina. Seu coração batia forte em seu peito enquanto ele cuidadosamente entrava no quarto escuro e rapidamente fechava a porta atrás de si antes de se virar.
Jeon Jungkook estava acorrentado a uma cadeira no meio da sala, a cabeça baixa, o cabelo cobrindo a maior parte do rosto. Havia sangue em suas roupas. Eles definitivamente o espancaram bastante severamente. Jimin se perguntou se ele estava inconsciente enquanto se aproximava lentamente. Ele sabia que tinha que ter cuidado, mas também estava com pressa.
— Olá? — Ele perguntou, sem saber o que dizer. — Ahm... Olá? Jeon?
Ele chegou um pouco mais perto de novo, quase perto o suficiente para tocá-lo. De repente, o rebelde olhou para cima e se inclinou na direção de Jimin, puxando suas correntes. Seus olhos estavam queimando de ódio enquanto ele claramente tentava colocar as mãos em Jimin, que se afastou alguns metros.
— Jesus Cristo. — Ele murmurou, as chances de seu plano dar certo diminuindo consistentemente. Mas isso era para Taehyung; ele tinha que tentar. — Por favor fique quieto! Alguém vai te ouvir, porra. Além disso, você está apenas desperdiçando sua energia. E eu preciso que você seja capaz de andar e lutar.
Jeon Jungkook estava respirando com dificuldade, olhando para Jimin como se esse tivesse assassinado seus pais pessoalmente, mas se recostou novamente. Jimin soltou um suspiro trêmulo.
— Ok, obrigado. — Jimin hesitou antes de começar a explicar, os dois homens se encarando por alguns segundos.
Seu nariz estava definitivamente quebrado, Jimin percebeu imediatamente. Havia sangue por todo o rosto também, o lábio cortado, a maior parte do rosto já inchando e ficando com uma cor amarelada nojenta. Ele estava vestindo um camiseta preto que grudava em seu corpo por causa de como estava molhado de tanto sangue. Eles haviam tirado os sapatos e o que era visível em seus braços também estava coberto de marcas e até alguns cortes. Algumas tatuagens se destacavam por todo o vermelho. Ao todo, ele parecia muito terrível.
No entanto, quando eles se olharam, não havia nada além de raiva e determinação neles, temperada com uma boa quantidade de ódio. Seus olhos não mostravam a dor que ele estava sentindo. Foi isso que fez Jimin ficar.
— Eu vou te libertar. — Ele anunciou. O rosto de Jeon mudou, confusão visível mesmo com o rosto todo inchado. — Vamos sair desta sala, virar à direita e depois à direita novamente para o jardim. Caminharemos pelo jardim. Assim que estivermos do outro lado, desceremos para as masmorras onde haverá pelo menos quatro guardas, dois na frente e dois atrás da porta. Vou precisar de sua ajuda para derrubá-los, não vamos matá-los, e então libertaremos um amigo meu. Depois disso, caminharemos pela masmorra até chegarmos a uma porta que levará você e ele para fora deste castelo e diretamente para a floresta. Você vai precisar de cerca de quinze minutos até chegar à cidade. O sol estará se pondo em breve, então deve estar escuro. Você vai andar pela cidade até chegar no cemitério, meu amigo vai saber o caminho. Há um buraco na parede atrás de um arbusto. E você estará livre. A única coisa que você precisa fazer é me ajudar com os guardas e não matar ninguém, principalmente eu. Ou meu amigo.
Jimin repassou seu plano um milhão de vezes em sua cabeça, uma e outra vez. Havia tanta coisa que poderia dar errado que era quase ridículo. Ele acrescentou hesitantemente:
— Há uma boa chance de encontrarmos alguém. Ou que algo mais vai dar errado. Mas, considerando seu estado atual, acho que sou sua melhor chance de sair daqui vivo e manter todos os seus segredos.
Jungkook não disse nada, apenas o olhou com um misto de desconfiança e curiosidade.
— Como eu sei que isso não é um truque? — Jungkook finalmente perguntou. Sua voz era profunda e rouca. Jimin suspeitou que ele gritou muito ou não falava há horas. Talvez ele tenha conseguido ficar em silêncio durante a tortura. Ele parecia que poderia fazer isso.
— Eu pensei que você diria isso. Então eu trouxe algo. — Ele tirou o colar do bolso e o deixou balançar na frente do rosto de Jungkook, que imediatamente ficou com raiva novamente.
— Isso é meu. — Ele rosnou e Jimin assentiu.
— Eu sei. Por que você acha que eu comprei, gênio? — Jimin se aproximou de Jungkook e colocou o colar em volta do seu pescoço ficando o mais longe possível, o que não era muito longe. Suas feridas pareciam ainda piores de perto e Jimin engoliu em seco. Ele sempre soube que os militares estavam torturando pessoas enquanto as investigavam, era um segredo terrivelmente guardado, mas era diferente de ver.
A segunda coisa que deu ao rebelde foi uma pequena faca. Ele a pegou por capricho, foi um presente de Tae anos atrás e ele não gostou de dar, mas neste caso ele estava disposto a trocá-lo se isso desse a Taehyung sua liberdade de volta.
— É afiada. — Ele demonstrou cortando levemente a própria mão. — Não entenda mal. Não estou dando isso a você para que você possa se defender ou me matar ou a outra pessoa. Esta é a sua saída.
Silêncio novamente.
— Eu entendo. — Não havia amargura nessas palavras. Jimin não esperava nenhuma. Ele contava com a prontidão de Jeon Jungkook de morrer para manter seus segredos. Ele colocou a faca no colo.
— Ok. Eu vou libertar você agora. Temos que nos apressar, não tenho ideia de quando alguém vai voltar.
Jimin se ajoelhou ao lado da fechadura e puxou uma gazua.
O outro homem bufou.
— Onde um pequeno nobre como você aprendeu a fazer isso?
— Meu amigo me ensinou. — Jimin respondeu, focado em seu trabalho.
— Aquele que estamos libertando?
— É esse mesmo. — Ele balançou a cabeça em frustração quando pensou em Taehyung. Tudo isso poderia ter sido evitado se Tae tivesse contado a ele.
Finalmente, a fechadura se abriu. Jungkook imediatamente começou a se mover, se livrando das correntes em seu corpo e se alongando. Jimin se levantou e no segundo em que ficou de pé, Jungkook se lançou sobre ele.
Jimin esperava isso, mas ainda assim o incomodou. Não só porque estavam perdendo tempo, mas também porque mesmo estando ferido Jungkook ainda era um homem extremamente perigoso. Mas Jimin conseguiu enfiar o cotovelo em seu lado já machucado. Eles lutaram por um tempo, a faca que ele havia dado a Jungkook esquecida no chão, até que Jimin conseguiu ficar em cima dele, ofegante e irritado, o rebelde de barriga para baixo.
— Já teve o suficiente? — Ele perguntou, segurando o braço direito de Jungkook em um ângulo que impossibilitava que ele se movesse muito sem deslocar o próprio ombro. — Pára com isso! — Jimin bufou quando fez uma última tentativa. — Seu idiota. Você não pode sair daqui sem mim.
— Então você está me dizendo que assim que chegarmos àquela maldita porta nas masmorras eu posso te matar? — Jungkook pressionou com raiva. Jimin assumiu que o rebelde esperava que ele fosse fácil de dominar.
— Podes tentar. — Jimin o soltou e até estendeu a mão para ajudá-lo a se levantar, o que Jungkook ignorou. Eles se encararam novamente, nenhum deles recuando ou quebrando o contato visual. Era um absurdo, eles estavam tendo uma competição de encarar no pior momento possível. — Vamos, vamos? — Jimin sugeriu em sua voz mais doce possível e deu um sorriso obviamente falso. Ele não perderia Taehyung porque esse idiota rebelde se recusou a piscar.
— Huum. Você primeiro.
Jimin revirou os olhos, mas não protestou, não se importando o suficiente para fazer uma confusão. Com cuidado, movendo-se lentamente e olhando de um lado para o outro várias vezes ao enfiar a cabeça para fora da porta. Ninguém lá.
— Tudo bem. — Ele saiu e fez sinal para Jungkook segui-lo.
Chegar ao jardim foi fácil. Mesmo no jardim eles caminharam por alguns minutos sem encontrar nenhum problema. Estava ficando mais escuro a cada minuto, a luz do sol poente afogando tudo em ouro.
Jimin esteve no jardim na noite anterior, mas para encontros, em vez de para libertar um rebelde que seu povo tentou capturar por anos. Ele quase riu do absurdo da situação, mas se conteve e olhou para Jungkook. Suas mãos estavam em punhos apertados, sua mandíbula tão apertada que devia doer considerando seus ferimentos, seus olhos piscando entre Jimin e seus arredores para ver se havia mais alguém lá. Ficou claro que Jungkook não confiava nem um pouco nele. Não que Jimin pudesse ficar bravo com o rebelde por isso.
Vozes. Risos.
Eles pararam abruptamente, ficando parados e tentando descobrir de onde exatamente as vozes vinham.
Jungkook apontou para um arbusto para se esconder, mas Jimin balançou a cabeça. Ele conhecia aquele arbusto, era um lugar popular para os casais se esconderem, então ele fez sinal para Jungkook segui-lo em uma direção diferente, afastando-se das vozes. Eles estavam correndo agora, ambos no limite. Infelizmente, não demorou muito até que eles ouvissem outras pessoas vindo em sua direção, e desta vez Jimin concordou quando Jungkook quis se esconder. Eles se esconderam atrás de um arbusto gigante com lindas flores brancas a caminho da floração que Jimin teria realmente apreciado se fosse uma situação diferente. Ele podia sentir a respiração de Jungkook em seu pescoço, o calor de seu corpo, e se perguntou se o rebelde estava com febre. Mas ele foi rapidamente distraído de seus pensamentos quando as vozes continuaram chegando cada vez mais perto até que estivessem bem na frente deles.
— Desculpe, este está ocupado! — Ele disse o mais normalmente possível.
— Jimin, é você?
Juhee. Jimin fechou os olhos por um segundo, lamentando todas as decisões que já havia feito que o colocaram nessa posição.
— Sim, sou eu. — Ele confirmou.
— Quem está com você aí dentro? — Juhee perguntou, sempre curiosa sobre sua vida amorosa.
— Ninguém, Juhee.
— Eu posso ver duas sombras, Jimin. Quem é esse? Você não me disse que tinha um novo namorado.
— Eu não... podemos falar sobre isso outra hora? Você pode não ter notado, mas na verdade estou meio ocupado agora.
— Ah com certeza. Desculpe. — Ela riu e outra pessoa se juntou a ela. Pelo que parecia, provavelmente era Chanyeol.
— Mas você vai me contar tudo sobre isso amanhã, certo? — Ela perguntou. — Eu não vou deixar você sair dessa sem me contar. Quem quer que você seja, cara misterioso, eu vou te encontrar!
Finalmente eles partiram. Jimin gemeu e esfregou as mãos nos olhos. Deus, ele estava tão cansado. Ele só queria que tudo voltasse a ser como era antes de Taehyung ser preso. Ele aceitaria um casamento arranjado em vez dessa merda. Ele queria sua alma gêmea de volta. Em vez disso, ele tinha que ajudá-lo a ficar longe dele.
— Precisamos ir. A menos que seus amigos gostem de voyeurismo, eles devem ter ido embora agora. — Jungkook o puxou de volta à realidade e Jimin assentiu.
No resto do caminho pelo jardim eles não encontraram ninguém, felizmente.
Antes de descerem para as masmorras, Jimin segurou o rebelde.
— Haverá dois guardas deste lado da porta. Um para cada um de nós. Eu pego o da esquerda, você o da direita. Se alguém abrir a porta do outro lado, quem estiver mais perto vai pegá-lo. Apenas tente ficar o mais quieto possível e não os mate.
— Você é mandão, não é? — Jungkook disse com um bufo. — Achei que os soldados deveriam ser obedientes em vez de dar ordens.
— Eu não sou um soldado. — Jimin disse e começou a descer as escadas.
Eles tinham que ser rápidos. Jimin seria capaz de chegar bem perto deles sem que eles suspeitassem de nada, mas Jeon absolutamente não.
— Boa noite. — Ele disse enquanto caminhava em direção aos dois guardas. Eles trocaram olhares, mas não fizeram nenhuma tentativa de detê-lo, o uniforme os segurando. Jimin olhou por cima do ombro para onde Jeon estava, ainda em um canto para que não pudesse ser visto, e esperava por Deus que ele ouvisse o que Jimin havia dito a ele.
Ele chutou um dos soldados nos joelhos que caiu e imediatamente o colocou em um estrangulamento. Alguns segundos assim e ele cairia tranquilamente.
— Ei! — O outro soldado exclamou e tentou arrancar Jimin de seu colega, mas antes que ele pudesse tocá-lo, ele foi puxado para trás.
Jimin não conseguia ver o que estava acontecendo atrás dele, muito ocupado em manter o soldado sob seu controle, que na verdade era muito mais forte do que ele. Por fim, ele ficou cada vez mais fraco até desmaiar. Com um suspiro de alívio, Jimin o deixou cair no chão o mais cuidadosamente possível e se virou para ver o rebelde sentado em cima do soldado com a faca pressionada em sua garganta.
— Eu disse para não matar! — Jimin sibilou.
— Você acha que eu me importo? Não tenho nenhum problema em matar nobres. — Jungkook respondeu, fixado no homem embaixo dele.
— Estes são soldados comuns! — Jimin se aproximou e empurrou seu ombro. O soldado olhou para ele com claro medo em seus olhos.
— Desculpe. — Jimin disse se desculpando antes de se voltar para o rebelde. — Basta nocauteá-lo. Não o mate, seu desgraçado.
Jungkook olhou para ele.
— Como você sabe que ele é um plebeu?
— Somente soldados nobres têm uma coroa em seus uniformes sobre seus corações. Ele não tem uma. — Jimin estava ciente de que estava dando informações potencialmente valiosas para o homem que liderava a rebelião em Renity, mas ele realmente não se importava.
— Vamos! Eles podem já saber que você se foi.
Jungkook hesitou por um segundo antes de simplesmente bater a cabeça do soldado no chão. Ele se levantou do corpo flexível.
— Excelente. Agora, haverá mais dois soldados atrás da porta. Vou entrar primeiro de novo, já que estou de uniforme eles não vão notar que tem alguma coisa errada. Mas desta vez você pode entrar logo atrás de mim. Eles provavelmente estão apenas alguns metros atrás da porta. E, mais uma vez: não os mate. Eles não são nobres. Entendido?
Jungkook olhou para ele, apertando a mandíbula.
— Você está realmente acostumado com todo mundo fazendo exatamente o que você quer, não é? Deus, você é irritante.
— Eu sou irritante?! Apenas ouça o que estou lhe dizendo! Você está arriscando todo o plano se não o fizer. — Jimin balançou a cabeça. Por que eles estavam discutindo sobre isso.
— Tudo bem, pequeno nobre. Você lidera o caminho. — Ele disse sarcasticamente e Jimin apenas bufou antes de fazer exatamente isso.
Eles não tiveram nenhum problema com os dois guardas atrás da porta e Jimin pegou o chaveiro de um deles. As celas foram separadas em diferentes seções com uma chave por seção. E havia uma chave grande e enferrujada que Jimin presumiu ser a da porta reserva.
— Temos que encontrar meu amigo agora. — Ele disse, de repente realmente ansioso novamente. Ele não tinha ideia de onde eles mantinham Taehyung. — Ele é alto, cabelo preto, muito bonito. — Jimin descreveu rapidamente. — O nome dele é Taehyung.
— Eu não me importo. — Jungkook bufou.
— Bem, você deveria, porque eu não estou levando você para a saída sem ele.
Eles começaram a correr apressadamente pelos corredores escuros, a única luz vindo de alguns lampiões a gás. Muitas delas apagadas, então Jimin teve uma ideia.
— Vamos seguir as lâmpadas em acessas. — Ele falou e ambos correram por um corredor com todas as lâmpadas acesas. A maioria dos presos os ignorou, alguns desmaiados ou dormindo, todos quase invisíveis devido à falta de iluminação em suas celas.
— Taehyung! — Jimin sussurrou e gritou várias vezes até que de repente ouviu uma resposta.
— Jimin-ah?!
— Taehyung-ah! — Ele se ajoelhou ao lado do amigo que estava sentado no chão ao lado da porta, o rosto aparecendo por entre as grades. Ele estava um pouco sujo, ainda com as roupas que Jimin o viu pela última vez, mas fora isso ele parecia bem. Até a cela dele parecia boa.
— O que você está fazendo aqui, Jimin-ah? — Suas mãos subiram para agarrar as grades.
— Estou liberando você, é claro. — Jimin respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo e começou a tentar chaves diferentes para destrancar a porta.
— Como?! Como você passou pelos guardas sozinho?
— Sim, sobre isso. — Jimin disse e ele pôde ver o momento exato em que Jungkook entrou na visão de Taehyung apenas pela maneira como seus olhos se arregalaram.
— Oh meu Deus, como... o que... Jimin, príncipe ou não, eles vão te matar.
Jimin deu a ele um sorriso trêmulo.
— Pode ser. Se eles descobrirem, quero dizer.
— Principe? — Jungkook perguntou atrás dele, em tom de zombaria. — O pequeno nobre que decidiu libertar um rebelde é um pequeno príncipe?
Jimin revirou os olhos e finalmente abriu a porta de Taehyung, que imediatamente saiu e deu um abraço esmagador em Jimin.
— Obrigado. E eu realmente sinto muito, sinto muito, Jimin-ah, eu deveria ter te contado...
— Sim, sim. — Jimin o interrompeu apressadamente. — Mas está tudo bem. Eu entendo porque você não fez. Agora vamos.
— Espera! — Taehyung o segurou. — Precisamos pegar Seokjin também.
— Tae, eu não tenho ideia de onde ele está e agora eles devem ter notado que Jungkook se foi. Eles podem aparecer basicamente a qualquer momento.
— Por favor, Jimin! Eles vão matá-lo! Não posso sair sem ele, sinto muito. — Taehyung implorou desesperadamente. — Sinto muito por ter que pedir isso a você, mas, por favor, Jimin-ah.
Jimin suspirou, mas não podia deixar alguém para trás sabendo que seria morto.
— Você realmente não poderia ter escolhido algum nobre aleatório para se apaixonar, hein? OK. Vamos encontrá-lo.
— Obrigado, obrigado, obrigado. — Taehyung o abraçou com força novamente.
— Ei! Vamos nos apressar, certo?! — O rebelde interveio. — Especialmente se tivermos que salvar outro cara também.
— Desculpe. — Taehyung disse e deu a ele uma olhada curiosa. Enquanto isso, Jimin olhou em volta novamente.
— Não há muitos outros prisioneiros aqui. Acho que esta área é para nobres.
— Sim, ele não está em lugar nenhum aqui. — Tae confirmou. — Eu acho que eles o colocaram mais longe da entrada.
Eles começaram a procurar freneticamente novamente.
— Estamos ficando sem tempo. — Jungkook falou depois de um tempo. — Ei! — Ele agarrou o braço de Jimin e o puxou para mais perto até que eles estivessem diretamente cara a cara. — Precisamos ir até aquela maldita porta!
— Eu o encontrei! — Taehyung gritou à frente e Jimin puxou o braço de seu aperto.
— Vamos, agora. — Eles se encararam por mais alguns segundos novamente, antes de Jimin correr com as chaves para libertar o menino fazendeiro pelo qual seu melhor amigo havia se arriscado tanto.
Seokjin era bonito, Jimin tinha que admitir isso. Ele era alto, com ombros largos, um rosto bonito, cabelo preto. Ele imaginou que o homem deveria parecer ainda melhor quando não estivesse coberto de sujeira e sangue. Ele estava em um estado consideravelmente pior do que Taehyung, que o ajudou a andar, seu braço em volta da cintura de Seokjin e o braço de Seokjin em volta de seu ombro.
— Ok, estamos prontos para ir. — Tae confirmou.
— Você está? — Jungkook disse com ceticismo e Jimin lançou-lhe um olhar de advertência. Eles tirariam Tae e Seokjin daquele lugar, não importava o quê.
Felizmente, não demorou muito até chegarem ao portão que os levaria para fora e a chave que suspeitava ser a da porta serviu sem problemas. Jimin estava um pouco preocupado em como Taehyung e Seokjin desceriam a colina, já que o caminho era muito estreito e mesmo estando perfeitamente saudável seria um pouco difícil de andar, e por a porta era tão raramente usada. Aparentemente, séculos atrás tinha sido a única porta para as masmorras.
— Ajude-os. — Jimin se virou para Jungkook para encontrá-lo olhando com raiva para ele novamente.
— Por que eu faria isso, pequeno príncipe? — Ele perguntou e se aproximou. Jimin de repente se lembrou de sua ameaça de matá-lo assim que chegassem a esta porta.
— Seokjin é um plebeu. Você não valoriza a vida dele? — Ele perguntou.
Jungkook semicerrou os olhos para ele.
— Eu valorizo. Mas não ligo muito para a sua.
— Você não tem que cuidar de mim, apenas não me mate?! Eu ajudei você a se libertar depois de tudo. — Jimin apontou para a floresta abaixo deles para enfatizar seu ponto.
— Liberdade?! Você acha que estou voltando para a liberdade?! Não estou mais preso neste castelo graças a você, sim, mas não estou livre. Eu nunca fui. Seus malditos nobres não vão deixar isso acontecer. Uma vida vivida na opressão nunca é uma vida livre.
Ele encarou Jimin enquanto dizia isso, os olhos queimando. De repente, ele parecia muito parecido com seus pôsteres de procurado, apesar de ter sido tão espancado. Jimin engoliu em seco, tendo problemas para manter seu olhar.
Jungkook falou novamente:
— Você pode dizer a si mesmo que é uma boa pessoa, que não é como os outros porque não contribui para tornar nossas vidas miseráveis, mas enquanto não estiver lutando por nós, não é muito melhor do que os homens que me torturam. Você é apenas melhor em fingir que é, mas na verdade você se importa tão pouco com a vida dos plebeus quanto o resto de vocês.
O queixo de Jimin caiu. Ele não sabia o que dizer.
— Eu me importo. — Ele finalmente disse, mas as palavras de Jungkook foram mais profundas do que ele esperava. Ele realmente se importava? Jimin sabia muito bem que se não fosse por Taehyung ele nunca teria libertado este homem. Mas, ele pensou, isso era apenas porque o jeito dos rebeldes não era certo. Eles mataram muitas pessoas. Então, novamente, Jimin se perguntou pela primeira vez, qual era a alternativa?
Jungkook bufou.
— Claro que sim, pequeno príncipe. Se for assim, junte-se à rebelião.
Jimin piscou várias vezes muito rápido. Ele deve ter ouvido mal.
— O que?
— Junte-se à rebelião. Se você realmente se importa com nossas vidas, ajude-nos. Lute por nós.
— Posso me juntar? — Tae perguntou de repente e Jimin genuinamente se perguntou se eles estavam brincando com ele. Jungkook acenou com a cabeça para ele.
— Certo. Você não fará muito a princípio até que possamos confiar em você.
— Já existem alguns nobres trabalhando com você? — Jimin perguntou, a cabeça girando. Ele não podia acreditar no que estava ouvindo. O rebelde sorriu, de alguma forma conseguindo parecer arrogante apesar de todos os seus ferimentos, mas não disse mais nada.
— Jimin-ah, venha com a gente. — Taehyung pediu e agarrou Jimin com sua mão livre. — Por favor. É a coisa certa a fazer, você sabe que é.
Jimin fechou os olhos por um segundo. Isso tudo estava indo rápido demais. Isso não deveria acontecer.
— Ele não vai. Ele está muito confortável em seu castelo, onde consegue tudo o que quer. — Jeon disse, observando-o de perto. — Não é mesmo?
— Jimin, vamos. Você não pode ficar aqui, eles podem te pegar. — Tae disse com seus melhores olhos de cachorrinho. — Por favor, venha comigo. Eu preciso de você comigo.
— Não posso simplesmente deixar minha família assim! — Jimin soltou a mão de Tae e deu um passo para trás. — Eu sinto Muito. Não posso. Pelo menos não agora. Eu... eu preciso pensar sobre isso.
— Bem. Fique aqui e pense no que é mais importante; milhões de vidas ou você estando confortável enquanto continuamos a sofrer e morrer em suas mãos. — Jungkook começou a descer. Tae olhou para Jimin uma última vez, dando-lhe um sorriso triste, antes de segui-lo cuidadosamente, bem mais devagar com Seokjin ao seu lado, que ouvira toda a conversa sem dizer uma única palavra. Jimin se perguntou se ele estava realmente consciente.
Ele observou as três pessoas descerem pela floresta. Jungkook, em algum momento, realmente parou e ajudou Tae a carregar Seokjin e a partir de então eles foram muito mais rápidos. Logo eles desapareceram na floresta escura. Jimin só podia esperar que eles passassem para o outro lado da Muralha Dourada.
Jimin ainda ficou parado na frente da porta mesmo quando eles já tinham ido embora, olhando para baixo, perdido em seus pensamentos. Demorou um pouco até que ele finalmente se moveu. Ele decidiu trancar a porta e caminhar pelo castelo em vez de pelas masmorras. Eles definitivamente o pegariam lá.
Jimin manteve as chaves com ele também. Talvez ele precisasse delas novamente.
Ele caminhou pela bosque escuro, a mente correndo, indo e voltando entre sua preocupação com as palavras de Tae e Jeon Jungkook. Ele realmente não era melhor do que as pessoas que o torturaram? Ele deveria ter ido com eles?
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Bem, Jimin arriscou tudo pelo amigo. Qual a consequência de suas ações? E os guardas que viram ele? Muita coisa irá acontecer em breve. Estejam preparados.
Desde já agradeço o carinho e apoio de todos. Mas...
Não to recebendo notificação de curtida. Por favor anime meu dia deixando um coração. Só tocar no coraçãozinho e alegrará a tradutora.
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