Peter Quill, Rocket, Groot, Drax, Mantis, Nebulosa e Thor haviam chegado em Vormir. Após a aterrissagem de Nebulosa, os Guardiões começaram a descer da nave, um por um, com exceção de Groot, que não estava percebendo o que acontecia ao seu redor, por estar muito centrado em seu jogo, que possivelmente estaria jogando desde a última discussão deles.

- Groot, você vem? - Rocket foi o último a descer, pois estava guardando os seus metais em uma caixa. Quando Groot volta sua atenção a ele, apenas levanta os olhos para vê-lo e, em seguida, volta rapidamente para a tela de seu jogo, soltando a sua famosa frase.

- Eu sou Groot! - Rocket suspira, mas prossegue mesmo assim.

- Olha, você quem sabe. Mas quando eu voltar e você ainda estiver jogando, eu vou jogar essa coisa pela janela e ela vai ficar vagando no espaço para sempre!

Groot se assusta um pouco, arregalando os seus olhos, porém não diz nada, como se não o tivesse escutado. Rocket, já impaciente, fecha suas mãos em punho e rosna um pouco baixo, saindo daquela nave.

- Demorou, parceiro. O que estava acontecendo lá para que pudesse demorar tanto? - Thor foi o primeiro a falar, quando Rocket, enfim, se junta a eles.

- Conflitos familiares... - ele dá de ombros e Thor faz uma expressão, mostrando que havia entendido, já que percebe que Groot não estava ali.

- Já que todo mundo está aqui, podemos prosseguir? - Quill pergunta, já um pouco impaciente ou estaria ansioso para ver a sua amada novamente. Rocket se segura para se conter e consegue.

Então, todos concordam e, enfim, eles prosseguem, começando uma caminhada até o guardião da joia da alma. Caveira Vermelha.

Quando Nebulosa julga ser o local preciso de onde o guardião estaria, ela dá um pequeno passo e estende seu braço em frente a eles, indicando para que parassem, o que foi feito. Algum tempo depois, ele aparece das sombras, já pronunciando.

- Nebulosa, filha de Thanos. O que a traz aqui?

- Cadê a Gamora? - Quill se intromete no meio, dando um longo passo em direção ao Caveira Vermelha, já que se encontrava impaciente com o seu discurso por julgá-lo bobo.

- Peter Jason Quill, filho de Ego. Não é assim que as coisas funcionam. - Peter franze as suas sobrancelhas em sinal de dúvidas.

- Como assim não é assim que as coisas funcionam? - Quill prossegue.

- Quill, se acalma. - Mantis diz, numa tentativa falha de acalmar o seu amigo, pois Caveira Vermelha já havia começado a falar e Peter estaria mais interessado nele ao que estaria acontecendo em seu redor.

- Uma alma por uma joia. Ou uma joia por uma alma. Como não foi devolvida a joia, ninguém foi trazido de volta a vida. - Caveira diz, olhando para os Guardiões com uma expressão séria, numa tentativa de disfarçar que ele estava mentindo.

- Impossível! Nós havíamos feito uma viagem no tempo e Steve havia devolvido a joia para cá. - Thor arregala os olhos, abismado com o que ele havia dito. Em seguida, franze o cenho, quando fala.

- Quando se devolve uma joia, apenas uma pessoa pode retornar, mesmo que tenha interferido na linha do tempo. Ou seja, a joia que foi devolvida só pôde trazer de volta a pessoa a quem ela foi dada.

- Quer dizer que Gamora não está viva? - Peter Quill diz, já avançando em direção ao Caveira Vermelha, com a sua mão levantada e fechada em punho, demonstrando que iria socá-lo, porém é detido por Drax, que segura seu braço.

Enquanto isso, Nebulosa olha o Caveira, parecendo estar o analisando, para ver se ele estaria dizendo verdade ou mentira, sendo que ela acreditava que seria mais possível ser mentira, porém não tinha certeza.

- Quill, acalme-se. Lembre-se da última vez que você agiu por impulso. E você mesmo disse que ela poderia estar viva. Ninguém tinha ou havia dado certeza de nada. - Rocket interveio, fazendo com que Quill se acalmasse um pouco. Porém, parando para pensar e analisar, para ele, havia uma pessoa a qual tinha certeza ou, ao menos, parecia que havia o dado certeza sobre Gamora.

- Thor havia dito que Gamora estaria viva, por conta de Steve ter devolvido as joias. Ele havia deixado bem claro. - Quill se volta para Thor, cego de raiva, e começa a andar em sua direção, enquanto Thor recuava à medida que ele avançava, com suas mãos em sinal de protesto.

- Calma, cara. Não quero ter que começar a lutar com você. E olha o que o Caveira acabou de falar. Além do mais, eu não havia dado certeza de nada.

Quill para no meio do trajeto, com os braços parados em seu corpo, acompanhados pelas suas mãos fechadas em punho. Ele o estava olhando e havia começado a arfar muito, numa tentativa de se conter para que não avançasse em cima de seu amigo. Porém, todos percebem que ele não iria conseguir, sendo Drax o primeiro a quebrar o silêncio.

- Quill...

Peter realmente não se contém e começa a avançar em Thor. No entanto, Drax o detém, segurando seus braços.

- Me solta, Drax. - ele tenta puxar seus braços, porém não consegue, por conta da força de Drax.

Percebendo que ele não ia soltá-lo, Quill utiliza de todas as suas forças e consegue, começando a correr na direção de Thor.

- Mantis...

- Durma. - Mantis aparece na frente de Peter, com as mãos estendidas em sua cabeça.

Quando Peter ouve, aos poucos, ele vai cedendo ao chão, com seus olhos fechados, em sinal de que estaria mesmo dormindo. Enquanto isso, Nebulosa havia parado de olhar o Caveira e prestava atenção no que acontecia com os Guardiões.

- Já que o que nós queremos não está aqui, nós já iremos embora. - então, Nebulosa retorna para a nave e os outros integrantes, à medida que percebem, começam a segui-la, sendo Drax quem carrega Peter Quill em seus ombros.

Após todos já terem retornado, Caveira Vermelha se distancia, indo em direção à Gamora para lhe dar notícias.

Gamora estava na cela, onde o Caveira supostamente haveria a colocado. Enquanto os Guardiões estavam lá, ela conseguia ouvi-los, inclusive a voz de Peter Quill. Ela se mantinha atenta ao que eles falavam, principalmente na voz dele, pois apesar da sua curiosidade de saber o que estava acontecendo, sentia saudades de seu amado, portanto, à medida que ele falava, seus olhos se enchiam de lágrimas, chorando silenciosamente, pois, naquele momento, ela não ligava, já que ninguém podia vê-la.

Após algum tempo, ela havia parado de ouvi-los, o que indicava que eles já teriam ido. Portanto, no lugar de suas vozes, ela ouve um barulho de algo se mexendo e quando vê o que era, avista o Caveira entrando naquele local, silenciosamente.

- Viu quem estava aqui hoje? - ele começa a falar, à medida que vai se aproximando dela.

Ela queria falar, porém a mordaça que estava em sua boca impedia de realizar tal ato. Além disso, suas mãos estavam amarradas, impossibilitando-a de tirar.

- Não vai falar nada? Ah, verdade, você não consegue falar. E vai ficar assim por um bom tempo, até você fazer o que eu gostaria que fizesse.

Gamora franze as sobrancelhas em sinal de dúvidas, pois ele não havia a falado. Para saber, ela começa a murmurar, o que funciona, já que quando ele percebe, logo retira sua mordaça, para que, assim, ela começasse a falar.

- O que você quer que eu faça?

- Uma coisa bem simples, Gamora. Quero que elimine os outros Guardiões e que se torne a minha guerreira fiel.

- Nunca! - quando ela ouve, arregala os olhos e logo fala em um tom alto.

Caveira franze sua testa, porém não demonstra nenhuma surpresa, pois já esperava por isso. Após, ele coloca a mordaça na boca dela novamente e segue em direção contrária, já se dirigindo para a saída.

- Então, como eu havia dito, vai ficar assim por um bom tempo. E boa sorte em sobreviver sem água e sem comida. - Caveira pronuncia sem olhá-la e, então, sai daquele lugar, acompanhado por um barulho estridente.

Gamora arregala seus olhos, pois apesar de ser treinada, não conseguiria ficar sem comida e sem água por muito tempo. Ela, então, se senta encostada na parede de pedra que a cercava, enquanto um pensamento rondava a sua cabeça.

- Peter, onde você estaria agora?