A PROFECIA
PENULTIMO CAPITULOOO
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Capítulo 14 — A profecia final
— Você chegou. — Jimin disse afoito, surpreso, como se não esperasse pelo bruxo tão cedo, mesmo que aquele fosse o seu horário normal de voltar do trabalho.
Jungkook o analisou com cuidado. Jimin parecia corado e desgrenhado, um pouco desesperado. E a voz de Jin soou na sua mente, como um lembrete do que estava por vir.
— Você ta bem? — Perguntou retoricamente, tentando dar a chance para que Jimin lhe contasse o que estava acontecendo, mas o familiar negou.
— Claro. Estou otimo. — Respondeu trêmulo, se sentando no sofa. — Yoongi me liberou mais cedo, eu pensei em fazer o jantar, mas... não sabia o que você queria. — Jungkook sorriu de lado, consciente de que Jimin deveria estar tendo dificuldades para se concentrar, mas se policiou, porque não era engraçado de forma geral.
— Como Yoongi está? — Perguntou tentando jogar conversa fora, enquanto tirava os sapatos e mantinha sua atenção voltada para o familiar.
— Bem. — Afirmou rápido, e como se pensasse no assunto, voltou atrás. — Quer dizer, ele teve alguns problemas hoje quando tentou usar um feitiço de arrumação, mas ele tava bem quando saí de lá.
— Acho que teremos que ir até a floresta mais tarde. A magia está um pouco desregulada. Taehyung disse que talvez seja o nosso momento "profecia" e tals.
— O que você acha? — Jimin devolveu a pergunta, animado com a ideia de que finalmente cumpririam com seu dever.
— Não sei, mas acho que não custa ir ver. Provavelmente não deve ser nada demais. Algo deve estar atrapalhando o rio fluir.
— Então deveríamos ir ver. — Jimin afirmou em um salto, se levantando, agitado demais para seu próprio bem.
— Vou tomar um banho e já vamos. — Disse indo em direção ao banheiro.
— Banho? — Jimin questionou com a voz baixa, como se contemplasse a ideia.
— Sei que não faz sentido. — Disse rindo. — Eu estou sujo de terra e provavelmente vou me sujar lá também, mas passei o dia todo fervendo cravos, preciso de um banho quente para relaxar os músculos antes de qualquer coisa. — Disse, sentindo o familiar lhe seguindo até o quarto.
— Relaxar... — Murmurou fraco, sentando na cama, tão duro quanto uma estátua.
— Tem certeza que tá bem? — Perguntou mais uma vez, dando outra chance para o familiar, que voltou a concordar, se negando a admitir que tinha algo acontecendo. — Certo, já volto.
E sem dar mais tempo, foi para o banheiro. Tirou a roupa, acendeu uma vela, ligou o chuveiro para esquentar e se apressou para entrar. Sentia que Jimin estava em um momento sensível e que não era uma boa ideia deixá-lo sozinho por muito tempo.
Quando terminou de enxágua o cabelo, ouviu o barulho da porta abrindo. Se assustou com a percepção de que o familiar estava ali.
— Jih? — Questionou, vendo a silhueta do familiar por entre a fumaça e pouca luz do banheiro. — Aconteceu alguma coisa? — Perguntou preocupado, sentindo o coração disparado, e tudo piorou ao ver o familiar entrar no chuveiro.
O espaço era pequeno, e só naquele segundo, Jeon percebeu que Jimin estava sem roupa.
— O que ta fazendo?
— Vim tomar banho com você. — Respondeu com a voz trêmula, insegura. — Se eu fosse um gato, você me daria banho.
— Se você fosse um gato, se lamberia. — Provocou achando graça do argumento do familiar, mas Jimin parecia ponderar a ideia.
— Gosto da ideia. — O sorriso carregado de segundas intenções fez Jungkook tremer, consciente de que Jimin estava falando sério naquele momento. — Quer me lamber? — Perguntou se aproximando um pouco mais, o abraçando sem medo. — Ou quer que eu te lamba?
— Deus... — Jeon resmungou, retribuindo o abraço o mantendo por perto. — O efeito passou. — Jeon afirmou.
— Passou. — Jimin concordou, tremulo. Consciente que Jeon sabia o que estava acontecendo. E gemeu frustrado quando Jungkook esquivou de seu beijo.
— Você está transbordando anos de desejo reprimido. Não deveríamos fazer isso assim.
— Se fosse apenas isso, poderia ser qualquer um. — Jimin murmurou rente seus lábios. — Mas tem que ser você. Eu quero você.
Jeon suspirou, se permitindo ser beijado, o beijando de volta. Entregando aquilo que Jimin queria. Sentiu o familiar se esfregando contra seu corpo. E o impulsionou para mais perto, o apertando como podia.
Escorregou as mãos pelas costas de Jimin, até chegar em sua bunda e ouviu o menino ofegar ao sentir a força do bruxo.
— Por favor. Por favor. — Jimin implorou e Jeon se viu caindo de joelhos na sua frente.
O pau duro do familiar era exatamente como sempre havia imaginado. O gosto, a sensação, o sentimento, tudo como sempre quis.
Jimin choramingava, perdido na sensação, e Jeon se permitia lhe dar prazer como sempre havia sonhado, chupando, babando e esfregando, todas as áreas certas, enquanto Jimin puxava seus cabelos na tentativa de se conter.
Mas Jimin havia passado uma vida inteira se contendo, e naquele momento, tudo o que Jungkook queria era que ele se soltasse.
Chupou toda a extensão com vontade, massageando suas bolas e quando levou até o fundo de sua garganta, se engasgou ao sentir Jimin gozar, bambo e trêmulo. Fragilizado pelo momento, tentando se agarrar ainda mais no bruxo.
— Isso...
— Como se sente? — Jungkook questionou ofegante ao ver Jimin perdido. — Melhor?
Jimin o puxou para um beijo, se sentindo aliviado e apaixonado. Nem sequer sabia que era possível sentir algo tão incrível, mas naquele momento, sentia que Jungkook era o único no universo.
— Não me solta. Não me solta. — Implorou como um mantra ao sentir que Jeon se afastaria, se agarrando contra seu corpo, tremendo em seus braços. E iria beija-lo novamente, mas antes que pudesse, uma vibração estranha aconteceu. — O que foi isso? — Jimin questionou ofegante, sem ter certeza se algo realmente havia acontecido ou se tudo não passava da sua mente, mas Jeon se afastou negando.
— Eu também senti. Acho que realmente temos que ir. — Avisou antes de lhe dar um último beijo, fazendo Jimin reclamar por ter de soltá-lo. — Se sente mais no controle agora? — perguntou pegando a toalha para o menino, que concordou. — Se sente bem para ir?
— Acho que sim. — Confirmou instável, se enrolando na toalha enquanto procurava por uma roupa.
— Seremos rápidos. — Jungkook tentou garantir, mas ao ver o olhar do seu menino tentou confortá-lo. — Não tem que se preocupar, se você tem certeza sobre isso, faremos sempre que quiser.
Jimin se vestiu em silêncio, o mais rápido que conseguiu e antes de sair do quarto, encarou Jeon uma última vez.
— Nada do que eu faça vai conseguir te provar o que eu sinto e o que eu quero. Você tem que acreditar em mim, e talvez essa seja a parte mais difícil para você. — Respirou fundo, não deixando Jeon o interromper. — Você está tão focado em me manter seguro do seu amor, que não parece perceber que eu te amo. E quero ter tudo isso com você.
E sem esperar por uma resposta, saiu do quarto, em direção ao lado de fora. Jungkook encarou o lugar onde Jimin estava segundos antes e suspirou, Jimin estava certo.
Na tentativa de protegê-lo, estava privando-o. Era hora de viver sem medo, de deixar seu amor transbordar para o familiar, porque Jimin merecia ser amado, na mesma intensidade em que merecia amar.
Antes de seguir o familiar para fora, pegou um preservativo em sua cômoda, apenas para garantir, caso tivessem alguma complicação no caminho.
Jimin estava instável, sensível e volátil. Não reprimiria ele, o ajudaria a se estabilizar, a sentir tudo o que deveria sentir.
— Vamos pro rio? — Jimin questionou quando Jungkook entrou dentro da caminhonete.
— Acredito que o problema esteja na fonte da magia. A vibração era estranha e parecia puxar as nossas linhas. — Jimin concordou, ligando o carro, também tinha sentido, um tremor lhe puxando para algo.
— Está com medo? — Jimin perguntou, tentando se focar em outra coisa que não a carga de energia que parecia prestes a explodir-lo. — Quer dizer, esperamos a vida toda por isso, e esse pode ser o momento. Não está com medo do que pode ser?
— Não. — O bruxo foi firme. — Minha intuição tá me dizendo que seja o que for, é algo bom. Não sinto nenhum sinal de perigo, as energias estão entupidas, mas não corrompidas. — Jeon encarou o familiar, surpreso, Jimin era sempre tão sensitivo com as energias do mundo, ele não conseguia sentir a calmaria? — Não consegue sentir isso?
— Estou sentindo muitas coisas ao mesmo tempo. Não sei o que é o que. É como se eu fosse explodir a qualquer segundo. — Contou com a voz trêmula.
— Tem certeza que consegue ir? Posso ir sozinho. — Jimin o encarou com repreensão.
— Não fará nada sozinho. — O repreendeu. — Iremos juntos. E faremos o que quer que for juntos. — falou firme. — Nunca mais fará nada sozinho.
— Gosto dessa ideia. — Jungkook respondeu com um tom leve, tentando acalmá-lo.
— Otimo. — Respondeu, mal-humorado. — Vamos resolver isso logo.
— Porque ficou estressado de repente?
— Porque existia uma infinidade de momentos melhores para fazermos a profecia, mas ela escolheu justo agora, quando tudo o que eu queria era fazer amor com você, para dar as caras. — Disse irritado. — Pela primeira vez na vida estou irritado de verdade com essa profecia, porque ela esta me atrapalhando. — Jungkook riu, encantado por Jimin.
— Faremos amor quando terminarmos. — Disse com carinho, surpreendendo Jimin.
— De verdade? Não vai tentar me impedir ou dizer alguma coisa fofa, mas absurda? — Jeon negou, rindo novamente. — Ótimo, mas um motivo para eu ficar estressado. — Murmurou estacionando o carro na entrada da floresta, até onde o caminho permitia.
Mas assim que desceu do carro, toda sua raiva foi substituída por alívio. A magia era forte e o atraía, se sentia poderoso e hipnotizado, mais forte do que nunca.
— Jimin? — Jeon questionou surpreso, ao ver o familiar andar na sua frente, mostrando o caminho.
O familiar parecia brilhar, reluzindo magia de uma forma que Jungkook nunca havia visto. O bruxo o seguiu até o meio da floresta, na nascente do rio, uma cachoeira pequena, coberta de flores, tentou segurá-lo, ou falar com ele, mas Jimin não respondia.
A cachoeira nascia do nada, e despencava no pequeno lago que corria por baixo da terra. A floresta se alimentava da magia do rio. A água parecia conter o universo, brilhava como luz. As flores reluziam, e o lugar irradiava tanta magia que parecia intenso demais para resistir.
— Jimin? O que ta acontecendo? Fale comigo. — Perguntou novamente, assustado demais ao ver que o familiar pretendia pular no rio.
— Eu não sei. — Afirmou hipnotizado pela agua. — Mas a resposta tá no fundo do lago.
— O que? Jimin, espera, vamos... — Antes que pudesse segurá-lo, Jimin já pulava. — Droga Jih. — murmurou ao ver o familiar na água. Seu corpo todo brilhava, reluzindo luz e Jungkook não precisou pensar duas vezes para pular na água.
Era como voar, a água não permitia que fosse até o fundo, o mantinha preso na superfície, voando em meio ao nada. O que o assustava, porque não conseguiria alcançar seu Jimin, por mais que tentasse.
— Ji? — Gritou ao emergir, procurando pelo familiar que ainda não havia retornado. — Jimin? — Gritou novamente, desesperado, e para seu alívio, Jimin surgiu.
Seu cabelo estava cheio de flores, suas roupas havia sido substituídas por um leve tecido branco, uma túnica leve, que mesmo molhada, parecia flutuar ao seu redor. Seus olhos estavam em um roxo intenso, e ele parecia feliz.
— Achei isso lá embaixo. — Contou para seu mestre com alegria, enquanto mostrava uma placa. — É um feitiço.
— Você tá bem? — Perguntou assustado. — Você me assustou. Nunca mais suma assim.
— Jun. Não consegue sentir? — A voz melodiosa de Jimin o relaxou, e sentiu quando o familiar se aproximou o abraçando no meio da agua. — É nosso destino. Faça o feitiço, para que possamos ser felizes.
Jungkook leu a placa, arfando com o que estava escrito. Seu olhar caiu sobre o familiar, que sorria com doçura para seu mestre.
— Logo depois de você. — Garantiu, lhe dando um beijinho doce, ansioso para que o bruxo dissesse as palavras.
— Na fonte que nasce do mais puro amor, alimenta o rio da vida e flui energia, sigo o destino que nos move através dos anos. Com você, todo lugar será seguro e todo poder será intenso. — Jeon repetiu os votos escritos na pedra, sorrindo emocionado para Jimin.
— Com você, nada nunca faltará, tudo se multiplicará e do nosso amor, a magia renascerá. — Jimin completou, tão emocionado quanto, antes de findar o espaço, puxando seu mestre, seu amor, para um beijo apaixonado.
Jeon retribuiu, igualmente encantado, e nem mesmo a fonte, que jorrou água em abundância, os afastou.
Jimin circulou seu corpo com as pernas, tentando se manter o mais próximo possível. E Jungkook o apertou contra seu corpo.
A fricção parecia aumentar, Jimin lhe beijava com gula e desejo. Dando seu melhor para que o bruxo lhe tomasse. E quando suas mãozinhas passearam pelo corpo do bruxo, Jeon entendeu o que Jimin queria.
— Deveríamos sair da água. — Jeon sugeriu, e mesmo mole em seus braços, Jimin aceitou, se deixando ser carregado para o lado de fora.
O rio agora enchia, a cachoeira jorrava água com força e o feitiço parecia ter dado certo. Jungkook deitou Jimin com carinho na grama úmida, se colocando entre as pernas do familiar.
Voltando a beijá-lo, sentiu as mãos ágeis abrindo sua calça. Deixou que Jimin lhe tocasse como bem queria. E ofegou ao ser puxado para fora.
— Eu te amo. — Jimin murmurou rente sua boca. — Mais do que um familiar ama seu mestre.
— Eu também te amo, bem mais do que um mestre ama seu familiar. — Jeon repetiu, ofegante, perdido. — Mas deveríamos ir com calma. — Murmurou preocupado com a primeira vez de Jimin. — Tenho camisinha no meu bolso.
— Coloque rapido. — O pedido parecia uma ordem. E Jungkook se afastou para conseguir pegar o necessário e assistiu com devoção, Jimin se preparar. Os dedinhos ágeis se afundando em seu corpo, se tocando com vontade e desejo.
Jungkook colocou a camisinha no automático, hipnotizado com a cena. Seu pau vibrava em expectativa e sentia que explodiria no primeiro toque.
— Preciso de você agora. — Jimin exigiu, impaciente. — Não posso esperar mais.
— Eu também não. — Concordou, se afundando no corpo do seu homem.
Foi lento e delicioso, irresistível e obsceno. Os corpos se chocando ao mesmo tempo que palavras soltas eram ditas, sussurros apaixonados e juras de amor, que finalmente podiam ser ouvidas.
Jimin afundou seus dedos na terra, sentindo a energia percorrer seu corpo, e Jungkook colou sua testa na dele, quando sentiu Jimin atingindo seu prazer, se permitindo chegar no seu também.
No mesmo segundo, uma explosão foi liberada dos dois, energia pura correndo terra afora, como um encanto realizado.
Ofegantes, exaustos e realizados. Ambos riram, antes de se beijarem novamente.
A profecia enfim havia sido cumprida.
| FAMILIAR |
Gostaram? Vejo vocês no ultimo capítulo!
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