Capítulo 7

Meta batida, aqui estou eu! Muahaha Aproveitem o capítulo! Bom domingo! 😍 😍 😍

Era cinco da manhã quando Alyssa se obrigou a levantar. Andando de um lado ao outro do quarto, a mulher pensava no porquê de Jeremy fazer tantas perguntas sem motivo aparente.

— O que será que estou perdendo entre eles dois? — pensa consigo mesma se jogando na grande cama do quarto principal.

O final do ano era uma época mágica. Quando criança, ela costumava a contar de vinte de novembro até a chegada do Natal no dia vinte e quatro de dezembro, sempre anciosa com sua mãe. Outra fã do final de ano, que amava as luzes, comidas e músicas tradicionais da época.

Estavam quase na semana de ação de graças e Alyssa não sentia mais a animação de quando era criança. Na verdade, ficava mais e mais nervosa, pois não conseguiria se passar por duas gêmeas sendo somente uma.

Não na frente de seu pai doente.

Andando com cuidado, Aly saiu do quarto, foi a sala em comum dela e de seu marido, ou melhor, do marido de sua irmã gêmea, mexendo em seu telefone, a procura de novas mensagens. Esperando que numa delas viesse a resposta dos seus problemas.

Amber estava a ignorando e aquilo era muito rude. Apenas estava tentando ajudá-la, mas olha só onde chegou?

— Deus que me perdoe, mas preciso de vinho. Não dá pra ser cristã de fachada sóbria... — Alyssa falou baixo indo até a adega particular de lá.

Acostumada a vinhos simples, quais as freiras tinham acesso por meio de doações, Aly ficou um tanto perdida quanto qual seria o melhor e optou pelo que lhe pareceu mais antigo.

Encostada na mesa, ela pegou alguns dos seus desenhos, que largou no dia anterior por lá e se pôs a avaliá-los, ficando lá por algum tempo, até sentir alguém encostar em seu ombro, a fazendo largar o copo quase vazio.

— Puta merda, Am! Te assustei? — Jeremy a saúda sem jeito, fazendo a mulher se afastar dele com pressa.

Sem se dar conta, Aly acaba pisando num caco de vidro, o que a faz gemer de dor e se arquear para frente, gesto que fez o senhor Salvatore depressa pegá-la no colo e sentá-la sobre a mesa com cuidado. Um ato muito gentil e cavalheiro da parte dele.

— Não se mexa! Vou buscar o kit de cuidados. Fique aí... — deu a ordem a mulher que apenas o olha confusa e obedece.

Vendo ele correr até o banheiro da suíte, aguarda paciente que o homem volte, não sem antes fechar os botões da camisa que adotou como pijama, para não tentar o marido de sua irmã gêmea.

Casados ou não era Amber quem ele achava estar na sua frente. Não poderia apenas deixar ele adulterar sem saber que estava o fazendo.

Não que Amber de fato se importasse, pois havia deixado subentendido que a obrigação era de Alyssa manter o casamento, servindo ao seu noivo abandonado no altar. Algo surreal para ela, pois jamais deixaria outra, nem mesmo sua irmã, dormir com seu marido, se ela casasse com alguém um dia. Visto que casamento para ela sempre foi algo monogâmico.

— O que faz acordada tão cedo? — Jeremy faz a pergunta de um milhão de dólares, jogando os cacos para longe do seu caminho.

Colocando a maleta sobre a mesa, ao lado de uma das pernas de Alyssa, com cuidado se ajoelhou para que pudesse ver melhor o estrago do caco, respirando aliviado em seguida. Não deveria ser nada muito grave. Num nível de ficar longe de seu pai doente e se passar por sua irmã para manter um casamento falso, deveria ser algo como um meio termo entre as duas coisas.

— Não consegui dormir... — conta ao homem que a olha por alguns segundos.

Parecendo a analisar como alguém faria a um alienígena ou um louco.

— Crise de consciência pesada? Achei que não tivesse essas coisas a esse ponto — Jeremy Salvatore brincando com a mulher recebe um olhar surpreso dela.

Que tipo de pessoa Amber era com seu marido? Que tipo de calhorda aquele homem era e qual a razão daquele infeliz comentário? Quem Jeremy Salvatore achava ser para falar mal de Amber?

Não ia apenas concordar com ele mexendo com sua irmã. Nem se estivesse vendo, tampouco se passando por ela.

— Deixe isso aí. Darei um jeito — Aly o impede de mexer no seu pé, o movendo devagar.

Para ouvir piadas sobre o quão insensível era, Amber não aturaria seu marido. Com toda certeza que não.

— Hey. Por que está tão sensível? — Jeremy questionou a segurando pelo tornozelo.

Havia tomado o lugar de sua irmã e cada dia que passava sentia-se mais e mais burra pela decisão que tomou, movida a sua compaixão por seu pai enfermo. Entretanto não poderia fazer tal coisa, de forma que ela depressa se virou para o outro lado da mesa, sem muita paciência.

— Estou mortalmente arrependida de estar casada com você. Por isso... — fala com o marido que apenas ri.

— Qual é, Am! Somos sócios nessa loucura, lembra? Não banque a moralista a essa altura do campeonato! Você sabe muito bem o que estamos fazendo aqui.

Saindo de perto do homem, tomando cuidado para não pisar onde havia se ferido, Alyssa apenas o lança um olhar de nojo e diz com calma:

— Eu sei? Você é um idiota sempre que pode e quando penso que será gentil, me trata como uma vilã cruel! Honestamente, dispenso você e seu estilo de vida. Quero meu divórcio, Jeremy. Isso aqui obviamente foi um erro...

Com seus olhos marejados ela apenas foi para seu quarto e ignorou todas as batidas do homem, indo tomar um bom banho para distrair sua cabeça. Arrumando sua mala com calma a seguir. Esperando que ao terminar ele tivesse tomado vergonha na cara e fosse embora antes dela.

Não sabia que tipo de loucura era aquele casamento, mas uma celebração de amor, união de duas famílias a fim de tornarem-se uma nova, não era nada daquilo.

Iria apenas pegar suas coisas e ir pra casa de seu pai. Explicaria a situação e ficaria lá até que Amber tornasse oficial a separação. Alyssa não tinha cabeça para lidar com aqueles joguinhos de morde e assopra entre sua irmã e o noivo. Não havia sido criada para lidar com um casamento tão podre.

Queria um marido doce, gentil, compreensivo e educado, como nos seus romances que lia. Aquele homem não servia nem para Aly manter alguma amizade. O que Amber pensava quando decidiu casar-se com ele? Tudo aquilo era só pra atender aos caprichos de seu pai e herdar a empresa?

Era mais desesperado do que parecia a primeira vista. O quão baixo sua irmã chegou para ter poder.

— Será que pode me deixar em paz? — Alyssa grita com quem batia na porta, antes dela se abrir revelando alguém que ela não gostava nem um pouco.

Mariah, usando um terno justo, que exibia seus seios de silicone, sorria com seus dentes mais brancos que neve e mexia em seus cabelos loiros, mastigando um chiclete que ela imaginou ser de menta.

— Chefinha, seu maridão me chamou... — ela começa a falar antes de notar o olhar de Alyssa ir para a mancha branca em seu paletó.

Ela estava transando com alguém antes de ir visitá-la? Que mulher nojenta.

— Mande ele sair daqui antes que eu saia e faça uma cena — Aly apenas avisou a secretária da irmã que ri.

— Vocês ao menos já consumaram o casamento? Qual é! Ele é sem jeito, mas lindo, ama você! Dá uma chance, sexo de conciliação é ótimo! Por favor...

— Escuta aqui, Mariah. Quem paga você sou eu, não o contrário, manda ele sair da minha frente agora a menos que queira ser demitida, fui clara? — rosnando mau humorada recebe um olhar furioso da loira.

A Barbie apenas respirou fundo, deu de ombros, saiu do quarto e só voltou a bater depois, avisando que ele estava se arrumando para o trabalho no quarto anexo.

Chega. Havia gasto tempo demais com aquele homem.

Notas finais:

Cinco votos e cinco comentários e estarei atual atualizando mais um capítulo extra! 😍 Caso não bata a meta, ainda teremos capítulo fixo de sábado, entretanto se você é aquela pessoa ansiosa, pode pedir a amigos, conhecidos ou até mesmo desconhecidos para darem uma olhada aqui e deixarem sua estrelinha que já ajudam. ❤️

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