Capítulo 22

Já já posto o capítulo novo. Vou só por esse aqui e correr para responder aos comentários. 👀 ❤

Achando graça da timidez de Alyssa, o homem a observa dormir por alguns segundos antes de ir para o banheiro limpar suas mãos e tomar um banho.

Não queria que fosse um grande trauma para a mulher. Com isso resolveu deixá-la em paz pelo resto da noite, indo para seu quarto, onde apagou e por muito pouco não perdeu o horário de serviço.

Chegou atrasado, algo já incomum e para seu espanto era aguardado pela corregedoria, que queria o fazer algumas perguntas.

— ... Mais uma vez. Eu não tenho ideia do que Amber faz nas horas de trabalho. E muito menos das contas no nome da irmã dela... Isso não é pra a receita investigar? Casamos recentemente, não sou dono dela! Pelo amor de Deus...

O olhando sério, o rato da corregedoria continua a anotar algo em um caderno, parecendo pensar bastante antes de dizer:

— Não sabe também da conta com milhões num paraíso fiscal em seu nome, eu imagino...

— Como? — Jeremy resmungou confuso antes de seu chefe apenas respirar fundo.

— Escuta, garoto, vá para casa, converse com sua esposa e veja o que está acontecendo.

— Eu não sou um laranja, tá ok? Sou um homem correto! Nunca fui um verme para aceitar nem um dólar de qualquer um que fosse ilegalmente!  Sequer tive uma multa na minha vida! Podem pesquisar... — Salvatore gritando se põe de pé.

O que eles achavam? Que estava recebendo proprina da própria esposa?

Só se deu conta que passou dos limites ao ver seu chefe ficar mais sério e olhá-lo com cara de poucos amigos, que sempre antecedia uma situação que ele não queria, mas era forçado a pôr em prática. Situação como a que ele não pensou nunca em passar por ela.

— Entrega o seu distintivo e arma, garoto. Agora — seu chefe ordena em tom firme sendo logo atendido.

Seria pior se ele saísse arrastado. Ou preso.

Confuso ele saiu sem se despedir de ninguém e foi direto para a cobertura, onde poderia conversar com Alyssa e ver se ela tinha conhecimento de alguma coisa.

Chegando lá, Salvatore apenas a encontra tomando café, com seu olhar voltado para o chão, parecendo xingar algum personagem do livro que lia.

— ... Meu Deus, Rachel! Como você é burra! O Richard te ama! — gritando para o nada fecha o livro e volta a comer irritada, sem ver Jeremy chegando por detrás.

Para não a assustar, se põe a massagear os ombros dela que relaxa de imediato sorrindo doce.

— Livro novo? — pergunta em tom calmo apesar de seus nervos estarem em péssimo estado.

Alyssa no mínimo não sabia da existência das contas e tampouco que a receita estaria atrás dela para saber o que estava acontecendo para tanto dinheiro ir parar em seu nome. Suas prioridades simplesmente eram outras.

Seus livros, os problemas fictícios de seus personagens amados e nada que envolvesse um esquema de trapaça de sua irmã Amber. Que muito provavelmente a pôs nele como vingança por estar com o marido que deveria ser dela.

O que levava Jeremy a ficar confuso sobre o porquê de Alyssa tomar o lugar da irmã no casamento. Amber não era do tipo de se sentir ameaçada, tampouco fugir, o que deixava Jeremy Salvatore pensativo sobre o que diabos havia entre as duas irmãs. E se de fato Amber era a mais perigosa das duas, ainda que Alyssa fosse um tanto inocente e frágil a primeira vista. Tal como sua irmã se fez passar.

— Romance contemporâneo... — a mulher conta sem disfarçar sua careta.

— É ruim?

— Não! É ótimo! Só que estou morrendo de raiva e um pouco chocada... Quero dizer... Quem pede a um amigo por aulas de sexo? — ela explicando tranquila o faz sorrir.

Alyssa era a típica esposa que ficava em casa, cuidava de tudo e aguardava paciente o marido com um romance em mãos. Não entendia como poderia compartilhar as mesmas características físicas e DNA como alguém como Amber, que obviamente não gostava nem de si mesma. Isso é se Alyssa não fosse uma versão mais malvada, porém muito melhor disfarçando que a sua irmã costumava a ser.

— É educativo ao menos? — Jeremy sugeriu recebendo uma careta de Aly.

Gesto que não a deixava menos adorável.

— Talvez...? Não cheguei as cenas pesadas ainda... Já disse que adoro suas mãos? — mudando de assunto ela geme baixo ao ele a tocar com mais sutileza.

Era divertido vê-la se desfazer sob as mãos dele. Mais um pouco e Alyssa com toda certeza teria plena confiança nele.

Ao beijar a cabeça da mulher, a deixa mais desperta, agitada até, o que o levou a olhá-la confuso sobre o que fez de errado.

— O que foi, amor? — pergunta com calma a ela que parece pensar no assunto antes de olhar para seu celular sobre a mesa e finalmente quebrar seu silêncio incômodo.

— É que eu cheguei a conclusão que eu não sinto nada com relação a sexo, Jeremy.... Ontem eu só queria que acabasse mesmo.

Parando o que fazia, Salvatore absorve incrédulo o que ela havia o contado sem muitas voltas. Certo. Onde havia errado na noite anterior?

— —— ooooooo  — — —

Samantha a disse que era melhor contar de uma vez, assim Jeremy com toda certeza iria pedir o divórcio. Até porquê, quem quer casar com uma mulher frigida na cama?

— Se quiser procurar outra, tudo bem. Eu realmente não sirvo sabe? Acho que os romances me deixaram incapacitada de gostar de...

Ela não ficaria chateada com ele, mas no final das contas esse seu defeito foi bem útil. A livrou de um casamento que sequer era seu pra começo de conversa.

— Do que você gosta, Alyssa? — Jeremy pergunta em tom sério a deixando confusa.

— De livros?

Rindo com ironia, o homem respira o mais fundo que consegue antes de reformular sua pergunta:

— O que você gosta da interação que temos? Além da massagem? Nada? Você não sente nada, nem uma vontade de me retribuir?

Se colocando de pé, Alyssa se vira para o marido, encostando-se na mesa antes de cruzar seus braços.

Poderia falar que não sentia nada, mas não era aquela uma verdade. Gostava de algumas coisas. Desde que não envolvessem nele dentro dela, o que era doloroso. E pra ela, sua falta de vontade por sexo era apenas muito mais estranha do que falar com o marido que deveria ser de sua irmã gêmea sobre aquilo.

— Quando você me faz carinho é bom... — ela contando com timidez o faz sorrir.

— E quando a beijo?

Aquele olhar esperançoso a deixou aliviada, pois significava que não era de todo frigida. Talvez tivesse algum conserto, certo?

Desde que ele não tentasse a consertar todos ficariam bem. Ela principalmente.

— É bom também! Ah. As massagens são ótimas! Você poderia viver disso. Tenho certeza... — tentou mudar de assunto em vão.

A olhando pensativo, Jeremy se aproxima de Alyssa e a silencia com o dedo indicador, que pôs sobre os lábios dela que de imediato focou nos olhos verdes a olhando a espera de algo.

— Podemos tentar mais uma vez? — Salvatore pergunta baixo pensativo.

Deveria ter sido correta e se negado, dito que não era boa para sentir prazer ou algo do gênero, mas sentindo-se tão quente quanto se sentia, não pôde evitar assinar a sentença que com toda certeza acabaria de uma vez por todas com quaisquer chances que houvessem de sair com seu coração intacto daquela bagunça que era o casamento falso que estava:

— Sim, podemos.

Por que não tentar de novo? Já havia passado todos os limites de qualquer forma. Mais uma regra quebrada e voltaria a ser quem realmente era pra ser. Tinha quase certeza que sim.

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