Capítulo 11

Com a cabeça a mil, Alyssa saiu do lugar onde seu pai estava sendo mantido sedado, andando pelo hospital até que se viu na saída do lugar, entrando no seu carro..

Dirigindo para o prédio da sua irmã, enxugou as lágrimas e subiu com sua expressão mais séria, se surpreendendo em ver o lugar onde moraria com Salvatore uma bagunça no seu primeiro andar.

A grande entrada, espaçosa que dava numa cozinha americana a esquerda, só não atraía mais atenção que todas as coisas que estavam largadas pelo chão.

Os livros da grande estante na parede onde ficava a tela plana, os enfeites no canto da parede que ficavam numa estante menor e que cobria o espaço abaixo da escada que dava acesso ao segundo andar, tudo estava um caos. Parecia um local por onde facilmente se acreditaria ter passado um furacão por lá.

— Jesus! O que houve aqui? — questionando assustada, olha todo o lugar a procura de Jeremy.

Pensando que talvez ele tivesse sido machucado por alguém mal intencionado. Indo até o segundo andar da cobertura, que dava na área dos quartos caminhou pelo corredor até achá-lo, numa espécie de academia num dos cômodos de cima, correndo de bermuda e tênis esportivo, com fones de ouvido no máximo.

O rock que tocava era apenas um monte de barulho para ela, mas o incentivava, de forma que Aly apenas deixou sua mente fluir enquanto o assistia se exercitar.

Todos aqueles músculos maravilhosos que só de vê-los  tinha vontade de tocar e sentir. Seja em sob suas mãos, ou contra sua pele, talvez... Não. Ele era alguém que não deveria a fazer sentir.

— Você é uma mulher pura, casta e cristã. Não pense nisso — repreendendo a si mesma Alyssa dá tapas fracos em seu rosto para cair na real.

Resolvendo sair dali para não se incentivar a continuar com seus pensamentos traidores, Alyssa vai tomar um banho de água fria, não se dando o trabalho de fazer nada, só colocar um simples de short de flanela, camiseta e ir para cozinha. Pois mesmo a água fria não bastou para diminuir o calor que ela sentia ao lembrar-se do marido de sua irmã gêmea.

Optando por fazer um macarrão com carne moída para o jantar, procurou tudo e se colocou a cozinhar sendo pega de surpresa por um par de mãos, que a pegaram no instante em que jogou a massa na água fervendo.

— Que bom que está em casa, estava faminto — Jeremy sussurra contra o pescoço dela, a segurando com força contra o corpo suado dele.

Havia acabado de tomar um banho. Ela deveria estar com nojo, mas tudo que sentia eram os músculos fortes contra ela e um calor desgraçado que a consumia por dentro, que só se intensificou com o toque de Jeremy.

Levando Alyssa a pensar que talvez aquela fosse uma amostra grátis do inferno. Castigo pela burrice que fez em desejar algo que não a permitia, não quando o nome que assinou era o de Amber, não o dela no acordo nupcial.

— Em quinze minutos o jantar ficará pronto — avisa com toda sua calma ao sentir ele levar as mãos ao seu short, descendo a peça, até que caiu no chão.

— Não é fome de refeição, amor... — falando carinhoso a faz se virar de frente para o mesmo.

Ninguém havia a visto nua da cintura para baixo. E aquela verdade a fez sentir-se constrangida, a ponto de tentar sair do lugar antes dele a beijar.

Um beijo quente, rápido e desesperado.

Nunca antes um homem havia a tocado daquela forma, tampouco a feito sentir aquela sensação de calor em seu corpo, que a deixava úmida entre suas pernas. O que estava acontecendo ao seu corpo?

— Esqueça o jantar. Quero você de prato principal essa noite... — sussurrou Jeremy a arrastando até a ilha da cozinha.

— Salvatore. Eu estou faminta de refeição, por favor, podemos só...?

Parecendo ver que ela não estava mais no clima para nada, Jeremy apenas parou de a cercar a perguntando com muita tranquilidade:

— Sei que fui um idiota mais cedo, mas podemos começar do zero? Você não merece o tratamento que estou a dando...

— Isso é um pedido de desculpas? — Aly pergunta em tom curioso cruzando seus braços sobre o peito.

Ela não entendeu o porquê de sentir o olhar dele a esquentar tanto, até que se deu conta de onde estava e como estava.

Nua da cintura para baixo, em frente a um homem que era marido de sua irmã.

— O acidente me fez repensar nas coisas. E a maneira como a tratei foi uma delas..

— Tudo bem. Vou colocar o short e cozinhar um pouco, está bem? — avisou ao homem que sorri e sobe as escadas sem dizer nada.

Sentindo seu corpo queimar como se tivesse em chamas, diminuiu o ar condicionado até quatro graus e voltou a cozinhar agitada, terminando tudo depressa para subir e tomar um banho no segundo quarto de lá, colocando algo maior para vestir.

Um vestido seu longo e um roupão por cima, descendo para cozinha onde seu marido a esperava com os pratos sobre o balcão.

— Obrigada, Jeremy... — Alyssa o agradece com gentileza ao ser ajudada a se sentar.

— E seu pai?

— Teve uma recaída, mas é forte. Muito mesmo — ela respondendo desanimada  o assiste colocar seu prato.

Quando não estava sendo um libertino, igual aos romances de época que ela lia, Jeremy Salvatore era um cara normal. Quando não estava surtado. Ele facilmente poderia ser um personagem de época na concepção de Alyssa.

Um daqueles que pegam mocinhas inocentes e as disvirtuam das piores formas possíveis, sempre causando escândalos por onde ia. Visitas aos jardins em companhia dele seriam proibidas por leis, se Jeremy Salvatore fizesse parte de uma das histórias que Aly tanto lia e suspirava.

— Está bom pra você? Quer mais? — Jeremy Salvatore a olhou com intensidade que fez a mulher se sentir quente, apesar de ter acabado de sair do banho gelado.

Se aquele homem tinha um superpoder estava em seus olhos. Tinha quase certeza.

— Perfeito. Obrigada...

— Vinho? — Jeremy questiona suavemente abrindo a garrafa com ar de superioridade que a deixou presa aos movimentos dele.

Eram ágeis, limpos, rápidos e felinos.

Concordando, incapaz de falar sem soar abalada com o quanto aquele homem de bermuda, descalço, sem camisa e parcialmente molhado estava mexendo com sua cabeça.

— Gosto do seu cabelo assim. A deixa mais selvagem. Eu realmente gosto disso é natural e lindo...

— Sério? — Aly perguntando animada não consegue evitar transparecer sua felicidade.

Nenhum homem havia a elogiado antes de maneira tão fofa. Jeremy era um cara cavalheiro no final das contas. O que não mudava o fato de ser claramente um libertino.

— Mal posso esperar para mais tarde, quando eu te puser de quatro e puxar esses cachos lindos com minhas mãos enquanto te fodo...

Engasgando com a comida, Aly faz menção de levantar as mãos, mas em uma delas, Jeremy apenas encheu uma das taças no balcão e a entregou com cuidado.

— Direto demais? — o senhor Salvatore fala em tom tranquilo da mesma forma que havia dito anteriormente todas as coisas obscenas.

Onde estava aquele libertino que nunca havia o visto antes? Jesus, o homem não tinha filtro algum do cérebro para a sua boca.

— Sim.

— Sinto muito? — ele disse incerto antes de tomar um gole de seu vinho.

Constrangida, pois uma parte sua gostou de ouvir o que Jeremy a disse. Da mesma forma errada que estava naquele momento imaginando com ricos detalhes como seria a cena, Alyssa cruzou suas pernas e bebeu todo o vinho, sendo pega de surpresa pelo marido que logo encheu a taça de vinho novamente.

Aquela noite seria muito longa. Demais até para o gosto de Aly.

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