SuspenseLP interage com Gio Berlusse

Giovanna mora em Porto Alegre, tem 22 anos e é formada em Letras - Inglês. Aos 10 anos se apaixonou pelo mundo mágico da leitura e, após ler muitas sagas diferentes, decidiu que poderia tentar escrever também. Foi assim, aos 12, que a jornada como escritora começou. Inicialmente escreveu fanfics de Harry Potter, mas com o passar do tempo criou seus próprios personagens e mundos. A escrita é seu hobby favorito, pois através dela se perde em mundos mágicos e conhece pessoas fictícias com vidas extraordinárias. Em todas as suas histórias há um pouco da própria vida e em cada personagem há um pouco dela mesma. Afirma ser feita dos mundos que criou e dos personagens aos quais deu vida. 

Gio teve a história melhor avaliada do nosso desafio "Suspense da Quarentena" do mês de Agosto. Arrasou!

Vamos conhecê-la um pouco!!!

SLP:  Qual é a sua principal história escrita aqui no Wattpad?

GIO: A história pela qual eu nutro um carinho especial é Hematomas, que foi escrita em 2017. Quando a iniciei não imaginei o quão popular ela seria. A recepção foi tão boa que me aventurei a escrever uma 2ª temporada, Cicatrizes, além de duas histórias especiais sobre os personagens. A narrativa trata de relacionamentos complexos, de pessoas com passados dolorosos e lembranças difíceis de serem esquecidas. Contudo, o elemento principal do enredo é o romance e as dinâmicas afetivas de diferentes casais, bem como a importância da transformação e do diálogo para a construção de um relacionamento saudável. 

SLP: Antes do desafio você já escrevia histórias de suspense? Cite-as, se houver.

GIO: Ano Novo, Crime antigo foi minha primeira narrativa do gênero. Sempre flertei com o suspense em todas minhas histórias, as quais possuem elementos típicos do gênero. Por exemplo, a minha história "O Presidente" lida com a rotina de um governante, que é cercada de ameaças e escândalos.

SLP: "Ano Novo, Crime Antigo" nos atraiu com todo o suspense policial, numa abordagem forte e madura. Como surgiu a ideia?

GIO: Toda véspera de ano novo eu me obrigo a escrever uma história. Faço isso todos os anos e, na virada de 2019 para 2020 quis criar uma narrativa diferente, algo que eu nunca havia escrito antes. Portanto, escolhi o gênero suspense, policial e mistério.

Eu tinha uma ideia embrionária de um romance entre um policial e um serial killer, mas descartei parcialmente a parte romântica e me concentrei no suspense. Antes de começar a escrever lembrei de todos os thrillers que eu já havia lido, como Garota Exemplar (meu favorito) e decidi que seria interessante contar a história a partir de dois personagens e "brincar" com o passado e o presente, revelando algumas coisas e omitindo outras. Foi arriscado narrar, com diferentes timelines e personagens, porque eu sou péssima com planejamento e geralmente deixo meus personagens decidirem aonde querem ir. Mas surpreendentemente, consegui inserir elementos no passado dos narradores sem me perder.

Aos poucos a ideia tornou-se sólida para mim. Eu sabia o essencial: um assassinato numa cidade pequena na véspera de ano novo. Um crime oferece muitas possibilidades de caminhos e esse foi o ponto inicial da narrativa. Eu tinha vítima, assassino, policial e suspeitos, a combinação clichê dos romances policiais e, aparentemente, deu certo. Como era véspera de ano novo, espalhei o "clima" festivo que todos sentiam na vida real na narrativa também.

SLP: Qual foi o seu maior desafio ao escrever "Ano Novo, Crime Antigo"? Enfrentou algum bloqueio criativo, por exemplo?

GIO: O maior desafio foi conectar o presente e o passado dos personagens sem ser inconsistente com a personalidade deles. Ou seja, o planejamento. Eu detesto planejar, no entanto sei que é algo essencial a se fazer, especialmente com histórias de suspense com assassinato, (é preciso haver um motivo plausível e uma explicação boa para o crime) e foi muito complicado entrelaçar o enredo, ligar as pontas soltas sem cometer algum erro. Nem tudo foi revelado para que o leitor pensasse e criasse teorias, mas o elo entre os personagens e seus passados me deu dores de cabeças, bem como a timeline. Escrevi "Ano Novo, Crime Antigo" em dois dias e, inicialmente seria uma one shot, uma história curta de apenas um capítulo. Mas, para torná-la mais atrativa e fácil de ler, dividi em capítulos curtos, mais rápidos de serem lidos. 

SLP: Dê uma dica para quem pretende escrever histórias com enigma.

GIO: Planeje. Essa é minha dica principal, mas o planejamento pode ser do seu jeito, não precisa ser feito de antemão. Você pode planejar conforme vai escrevendo, sabia?

Muitas vezes o fim da história só aparece para mim quando estou escrevendo o meio e, só então, o passado dos personagens começa a se solidificar na minha mente. Isso me permite voltar ao início, inserir detalhes, tirar outras informações e fazer anotações.

A dica final é: brinque com o passado! Essa é a parte mais legal de criar um enigma, você pode fazer O QUE QUISER com o passado de um personagem! Pode criar um trauma que só você conhece ou um acontecimento importante que será revelado apenas em determinada situação. As possibilidades são infinitas e é um recurso muito interessante, pois é com isso que os segredos importantes da narrativa surgem.

E essa foi a vencedora do último mês do desafio "Suspense da Quarentena". Confiram "Ano Novo, Crime Antigo" e muito mais da autora:

E vocês, Suspensers? Gostaram da entrevista? O que aprenderam com ela? Já haviam lido a autora? Comentem! Participem! Os próximos podem ser vocês!!!

Venham ser mais que elementares conosco!


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