Era uma vez um tesouro...

Enquanto o Zé Peto se mantinha estatelado no chão naquela posição cômica, a fada rainha planejava o que fazer com o marceneiro de araque.

No fundo você já percebeu que elas não eram fadas coisa nenhuma, eram sim bruxas que viram uma vila dando sopa e sem proteção e resolveram dominá-la.

Quando o Zé Peto acordou ele pode constatar isso ao ver que existia até um ranking das madames para ver quem mais tinha transformado aldeões em sapos nos últimos tempos e adivinhem quem liderava a lista.

Sim!

A fada-bruxa-mocreia rainha!

Eu já queria ter lhe alertado sobre isso lá na introdução, mas você sabe, estão dando somente 5000 palavras, então se eu ficar enchendo linguiça como faço agora, como poderei contar toda essa aventura épica. E lembre-se: eu só tenho até amanhã...

Ao ser acordado com direito a chazinho de camomila, para acalmar os nervos, Zé Peto percebeu que era hora de usar as cartas que tinha na manga, apesar de usar um jaleco preto tipo motoqueiro de gangue, sem camiseta por baixo, pois ele queria mostrar os ossos pra mulherada.

Conseguir um pedido e se livrar do Pinote... - pensou - Eis que tirei a sorte grande!

Já menos abatido questionou a rainha o que ela poderia lhe dar em troca por tão importante preciosidade que ele lhe forneceria de bom grado, apesar disso lhe partir o coração, ele fez questão de frisar.

A rainha o mediu por inteiro e pensou: Esse aí não daria prejuízo se eu tivesse que lhe dar seu peso em ouro, mas reconsiderou e resolveu se divertir um pouco.

"O que você deseja, nobre artificie das madeiras?"

Desta vez ele não vacilou para responder, não levou nem três minutos para isso.

"Eu estava pensando numa poção?"

"Que tipo de poção?"

Quatro minutos depois...

"Uma que transformasse um boneco em gente!"

Eu não disse que ele ia nos surpreender! Quem já ouviu falar em algo assim?

"Hum! Nem eu tenho tanto poder assim..."

"Mas existe um encantamento que pode fazer isso... - continuou ela - e penso que o vai querer usar para um boneco em especial?"

Vinte e cinco minutos depois...

"Sim!" - respondeu ele eufórico e quase capotando novamente de tanta emoção."

Nesse intervalo em que Zé Peto levou para responder, a fada-bruxa já havia saído e retornado com um pequeno baú e agora o exibia para o marceneiro estupefato.

"Aqui dentro deste meu porta-joias existe o ingrediente para o encantamento que você quer."

Ela começou a abrir o bauzinho sob o olhar atento de Zé Peto, que vislumbrou um pequeno saco cinza amarrado, esticando a mão para tentar agarrá-lo, mas a rainha fechou rápido, quase prensando o dedão atrevido dele.

"Existem regras aqui, meu velho..." - falou ela gargalhando. Tente imaginar como é que saiu a frase, ele pensou que ela estava convulsionando.

Sim, nosso amigo achou que era moleza, que ia ser como tirar doce de criança enganar aquela Cinderela às avessas, mas o que o Zé Peto nem imaginava é que ela ia lhe aplicar uma rasteira tão bem dada que quando ele percebesse, já seria tarde demais...

(522 palavras)

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