Era uma vez um final feliz...

A moça explicou para Zé Peto que cada minuto que passava era um ano que Pinote viveria no mundo coisado, então ele poderia voltar a qualquer momento.

Explicou também que na hora em que ele chegasse no outro mundo, teria o corpo de um menino e o manteria, caso vencesse a prova.

Uma hora depois um senhor bem vestido e de boa aparência retornou pelo portal.

"Quem é você?" - perguntou um assustado Zé Peto, querendo dar uma de corajoso para a donzela.

"Não reconhece seu filho?"

A fada ficou de queixo caído e nariz comprido em riste.

"Você está tão diferente, como isso aconteceu? E venceu o desafio, pois ainda está em forma de gente..."

"Foi muito fácil, pai. Você me mandou para o mundo coisado, que é chamado por muitos de Fakelândia. Imagina por que?"

"Não faço ideia, mas a Fakelândia é aqui..."

"Tem esse nome porque a falsidade existe por toda a parte e quem engana melhor facilmente faz fortuna. Foi um paraíso para mim..."

"Mas e o seu nariz?"

"Fácil! Lá tem modelos que tem o nariz maior que essa mocreia do seu lado. Passam por cirurgia plástica e ficam com o nariz novinho em folha. Basta ter dinheiro. Virei político por lá, a profissão mais rentosa do mundo, onde a minha arte de mentir é uma dádiva. Só vim lhe esfregar isso na cara e já estou voltando... Fui!"

Pinote vazou pelo portal e deixou os dois embasbacados.

Pelo menos ganhei uma fada linda como esposa - pensou Zé Peto.

Voltaram e se casaram imediatamente.

Na manhã seguinte quando acordou, sua esposa usava um velho babydoll roxo que ele já vira num pesadelo e para piorar o recheio da peça íntima era o mesmo de antes, com rugas e tudo.

Sim! Ele caíra no conto do vigário, mas podemos dizer que ao menos dois tiveram um final feliz: a fada-bruxa-mocreia e um mentiroso muito bem sucedido no mundo coisado...

(322 palavras)

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