09.
Estava perplexa enquanto fitava Chanyeol boquiaberta, "o alvo é só você", aquelas palavras faziam eco na minha cabeça.
— Chungha-ssi – Ouvi sua voz me chamar mas eu estava distante, ao menos em pensamentos.
— Por que de repente eu virei o alvo? – Eu não entendi porque eles estavam atrás de mim e por que agora eu virei o alvo, a gente ia pagar mais um pouco da dívida, sei que houve atrasos mas por que essa mudança de repente?
Não fazia sentido eles me quererem como pagamento da dívida quando eu estava dando meu melhor pra paga-lá. Park de repente me mostrou um sorriso amarelo, muito suspeito.
— F-Foi minha culpa – Minhas sobrancelhas se juntaram e eu o encarei desentendida. — Eu sugeri que te fizessem de alvo pra pararem de importunar seus pais. Pedi que sua mãe mentisse que você fugiu no meio da noite então, eles vão te procurar por aí – voltei a me sentar sobre o tapete.
— Eu devia ficar aliviada ou ainda mais preocupada? – questionei sem saber como reagir, meus pais – talvez – estivessem seguros mas, e eu?
Eu estava segura?
— Não se preocupe, você está segura aqui. Eu protegerei você – Olhei Chanyeol tentando confiar em suas palavras, meus olhos haviam se umedecido novamente e eu estava prestes a chorar. — Foi a única solução que encontrei naquele momento, eles queriam quebrar a sua casa e levar sua mãe pra te fazer aparecer, me desculpa por não ter sido tão útil e talvez ter piorado toda situação.
— Foi por isso que te agrediram? – perguntei percebendo – agora – que era uma grande possibilidade.
— Mais ou menos, eu me neguei a fazer algumas coisas também, mas não se preocupe, já me acostumei com isso. – "já me acostumei com isso", nunca pensei que fosse ficar triste por ouvir essa frase sendo dita por uma pessoa que, sequer tem um laço comigo.
— Tenho outra pergunta – Chanyeol fez sinal pra que eu continuasse — Eu sei que você me sugeriu como alvo mas, eles já estavam atrás de mim de qualquer forma, não? Por que? Porque essa mudança de planos repentina? O que fez seu – fiz aspas com os dedos – chefe, decidir que me – fiz aspas com os dedos novamente – queria?
— Eu não sei sobre isso – Chanyeol não parecia estar sendo sincero — Eu soube de última hora, como aquele dia, já estavam atrás de você. – Ele passou a mão em seus fios, Park estava escondendo algo, tinha certeza. — Não se preocupe, eu vou te proteger e manter sua mãe segura, eu te prometo. – Queria sentir alívio com suas palavras mas, só conseguia ter ainda mais dúvidas depois delas.
— E por que você faria isso? Você mal me conhece. – Rebati, não fazia sentido proteger uma desconhecida.
— Por que eu quero, ao menos alguma coisa certa eu tenho que fazer em vida. – Arqueei uma das sobrancelhas em desconfiança.
— Em vida?! Você não vai morrer, vai? – Perguntei olhando em seus olhos fixamente.
— Todo mundo vai um dia, não vai? – Soou despreocupado e sarcástico
— Sim, mas estou falando de agora, tipo, daqui alguns dias ou meses. Você não vai, né? – Chanyeol caiu na gargalhada, só consegui encarar ele sem qualquer sinal de humor.
— Claro que não, ainda sou novo – respirei fundo antes de dar um soco em seu braço, na verdade eu queria lhe acertar no rosto, contudo, ele já estava ferrado o suficiente. Park soltou um gritinho de dor, me arrependi no mesmo instante de lhe bater. — Até você vai me agredir? – fez drama e eu só revirei os olhos.
Decidi me calar e só passar o antisséptico no idiota, aparentemente ele não tinha uma pomada para machucados então, só o outro medicamento deveria servir neste momento.
Com muito custo alguns minutos depois o rapaz se levantou e disse estar indo tomar banho, pra mim parecia que ele estava querendo fugir de mais perguntas. Fiquei sozinha ali outra vez pensando no que devia fazer, o chefe de Chanyeol me procurando e eu aqui em sua casa, isso lhe traria tantos problemas, no entanto, acredito ser o último lugar que me procurariam.
Fiquei na sala esperando que o rapaz voltasse, tinha inúmeras perguntas mas, percebi que ele não estava muito afim de respondê-las, o que ele estava escondendo?
O garoto saiu do quarto com os cabelos úmidos, vestia uma calça de moletom e camiseta, seus pés estavam descalços. Ele segurava algumas roupas dobradas e uma toalha.
— Eu não sei que tipo de roupas você trouxe, mas se quiser usar as minhas... – Ele estendeu os braços me entregando uma camiseta e uma bermuda confortável, além de uma toalha de banho. Não lembrava nem que tipo de roupa havia realmente pego antes de sair de casa, então aceitei. — Tome um banho, eu vou pedir algo pra comer. – assenti. Chanyeol me indicou onde ficava cada cômodo do apartamento, embora eu já tivesse verificado, não me lembrava mais.
Tomei um banho não muito demorado, afinal, não estava na minha casa, não queria abusar. Vesti as roupas que ficaram largas, o short não ficou pois havia um elástico na cintura que se ajustava ao corpo. Sai do banheiro e Chanyeol estava sentado no sofá mexendo no seu celular, desviou o olhar pra mim no mesmo instante ao notar minha presença.
— Elas ficaram boas pra você – disse se referindo as roupas. Forcei um sorriso.
Me aproximei e me sentei no sofá de dois lugares, Chanyeol se levantou e foi até o cômodo onde era localizado seu quarto, ao voltar, tinha outro aparelho de celular em mãos.
— A partir de hoje, use este celular – o encarei interrogativa — Eles podem rastrear o seu.
— Seu chefe tem tanto poder assim? – questionei curiosa, se ele tinha, isso indicava que as coisas poderiam ficar ainda piores do que eu podia imaginar.
— Você nem imagina. – Senti ainda mais medo e preocupação pelos meus pais. Me encolhi no sofá pensando que meus progenitores estavam correndo perigo e eu estava aqui, no apartamento do possível cúmplice.
— Eu estou com medo, Chanyeol. Medo de não conseguir ver meus pais de novo, de nunca conseguir me livrar dessa dívida, de nunca ter uma vida normal e sem preocupações. – meus olhos se encheram de lágrimas quando as possibilidades me atingiram.
— Chungha-ssi – olhei pra ele quando disse meu nome. — Aguente só mais um pouco, eu vou resolver as coisas, só tenha um pouco de paciência. Em breve tudo irá se resolver. Quanto ao seus pais, eu garanto a segurança deles e já estou vendo um lugar seguro pra eles ficarem.
— Não entendo por que você faria isso, me ajudaria. – não importa o quanto pensasse, não havia motivos.
— Eu disse que tenho que fazer algo bom em vida, não disse? – Ele falou meio bem humorado e eu revirei os olhos, aquilo não era uma resposta decente. — Não te convenci, certo? – Assenti. — Tudo o que você acha que sabe, é só a ponta do iceberg, mas às vezes, quanto menos a gente sabe, melhor, Chungha. Por isso, é melhor que continue assim, pense que é algo que eu tenho que fazer pra compensar o mal que já causei um dia, é o modo de pagar pelos meus pecados. – Chanyeol estava totalmente sério, mesmo ouvindo que ele já havia causado mal um dia e, mesmo sem saber do que se tratava, eu não tive medo dele. Ele parecia carregar muito arrependimento consigo, também parecia estar sendo verdadeiro. — Embora seja difícil, eu só peço que confie em mim.
Chanyeol passava sinceridade e confiança, acho que já não tinha mais nada a perder então, decidi dar o voto de confiança à única pessoa que se dispôs a me ajudar até agora.
— Ok, eu vou confiar em você, Chanyeol-ssi.
»»»
E ai bebês? como estão? espero que bem!
espero que tenham gostado do capítulo, as atualizações estão demorando né? Mas é por eu ter voltado a trabalhar e estar ficando sem tempo e muito cansada, espero que entendam!
Outra coisa, por conta do wattpad não estar notificando todo mundo que lê, eu sugiro que quem não me segue ainda, siga, pra receber a notificação dos avisos do meu mural ou sempre dê uma olhadinha lá, pois além de avisar sobre as atualizações, também tem avisos e novidades!
bom, por enquanto é isso! SEMPRE deixem o voto e comentem hein? u.u
obrigada por ler bebês, XOXO ♡🌸
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